Portugal comecerá a recuperar?

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JoseMFernandes

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« Responder #15 em: Maio 04, 2006, 02:38:26 pm »
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TOMKAT
A autoestima lusitana anda mesmo por baixo, mas isto acaba por ser uma não-notícia, porque não é novidade para ninguém...


Verdade!E estou de acordo com outra frase, até porque estou em posição de a entender bem...
"De acordo com Luís Simões, Portugal é "um país mais atractivo para os portugueses não residentes, enquanto os residentes não se interessam por ele". "Se Portugal fosse uma marca e se nada fosse feito, estaríamos em risco de desaparecer"(Público 4/5/06)

Algo tem de ser feito para melhorar a nossa auto-estima, mobilizar as vontades e capacidades dos portugueses.Pena que a políitica (e os políticos) estejam tão mal vistos e até certo ponto desacreditados.Ideias precisam-se...
Entretanto há novidades por outros lados, não sei até que ponto terão a ver com este banalizado conformismo...

"Repovoar interior com imigrantes
Povoações desertas, população envelhecida e falta de mão-de-obra caracterizam muitas aldeias e cidades do interior do país. Para combater a desertificação no concelho de Vila de Rei, distrito de Castelo Branco, a autarca Irene Barata resolveu importar habitantes.
Esta quinta-feira chegam ao ponto mais central do país, as primeiras famílias brasileiras que vão povoar o concelho. Quatro casais com filhos vêm para trabalhar na «restauração», área em que há falta de mão-de-obra, disse ao PortugalDiário a presidente da Câmara.
Ao contrário de muitos imigrantes que chegam a Portugal ilegalmente, à procura de uma vida melhor, estas famílias têm contrato de trabalho, escola para as crianças, visto de residência e habitação gratuita para estes primeiros meses de vida em Portugal.
O objectivo da autarquia é trazer mais famílias brasileiras para a região, num processo realizado ao abrigo de um protocolo que a câmara de Vila de Rei tem com a prefeitura da cidade brasileira de Maringá.
Segundo a imprensa maringanense, não faltaram interessados em atravessar o Atlântico, o que obrigou a prefeitura a encerrar as inscrições por excesso de candidatos.

«A população Vila de Rei está a encarar bem» a chegada dos novos habitantes, afirmou Irene Barata. A autarca explicou que «muitos dos moradores de Vila de Rei também têm família no Brasil e compreendem que, assim como fomos bem recebidos lá, também devemos receber bem quem chega».
Ainda assim, há algumas vozes contra, mas Irene Barata é peremptória: «Em Vila de Rei não há desemprego¿ para quem quiser trabalhar».
A autarca quer trazer mais famílias brasileiras para o concelho, mas não avança quando e quantas pessoas serão. Mas a ideia da autarquia já começou a ser adoptada por privados que estabelecem como objectivo trazer cerca de 250 trabalhadores brasileiros até 2008.
(PortugalDiário)


Se atraímos estrangeiros e lhes propomos condições interessantes, temos  de ter também capacidade de atracção para nós mesmos também.Os emigrantes portugueses que vão retornando(e se alguns dos seus filhos  os acompanhassem, tanto melhor), e serão algumas dezenas de milhar nos próximos anos poderiam ter à sua disposição um quadro de Incentivos ao Desenvolvimento, seja para investimento directo (especialmente no interior do país) seja indirectamente através de Fundos com condições privilegiadas, e que canalizariam verbas para novas actividades económicas criadoras de emprego e desenvolvimento.Um exemplo apenas...
 

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dremanu

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« Responder #16 em: Maio 04, 2006, 05:27:20 pm »
Os Portugueses no estrangeiro são sempre das comunidades mais produtivas e trabalhadoras, só não o são no seu próprio país, porquê?
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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Luso

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« Responder #17 em: Maio 04, 2006, 05:40:35 pm »
Fracos reis fazem fraca a forte gente.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Azraael

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« Responder #18 em: Maio 04, 2006, 10:37:36 pm »
Citação de: "dremanu"
Os Portugueses no estrangeiro são sempre das comunidades mais produtivas e trabalhadoras, só não o são no seu próprio país, porquê?

Porque nao os deixam ser... tachos a mais e oportunidades a menos.
 

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USB80

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« Responder #19 em: Maio 16, 2006, 04:53:38 pm »
Citação de: "Azraael"
Citação de: "dremanu"
Os Portugueses no estrangeiro são sempre das comunidades mais produtivas e trabalhadoras, só não o são no seu próprio país, porquê?
Porque nao os deixam ser... tachos a mais e oportunidades a menos.

Não é totalmente verdade, Azraael!
Quem é que não os deixa ser?: os próprios portugueses.
O português é um quando está em companhia de portugueses e é outro quando está "fora" do ambiente português, fica mais livre, mais solto, é ele próprio.
Em Portugal o português tem que cumprir um código tácito de conduta que o oprime, lhe retira espontaneidade, não o deixa ser como ele gostaria de ser realmente. Conheço vários exemplos concretos deste estranho comportamento.
A sociedade portuguesa ainda é opressiva, mesmo que não existam fisicamente Salazares. O português tem medo, medo de ambicionar, de ser ele próprio, de ser feliz...
O português tem um medo terrível da opinião dos seus congéneres, de ser julgado, de fugir ao estereótipo de português aceitável, nesta sociedade mesquinha e essencialmente medíocre.
Quando sai daqui para fora, como que fica liberto, não tem que render contas a ninguém e finalmente pode ser ele.
A ajudar a esta libertação, pode ser que encontre uma sociedade mais tolerante com as diferenças e com a inovação, uma sociedade que não o critica constantemente e que o incentiva até a ser diferente.
Eu acho que o problema é mesmo psicológico ou melhor, psicossocial, porque todos estamos feitos da mesma matéria e sinceramente, não acredito em raças superiores ou inferiores mas sim em sociedades mais eficientes, pragmáticas e maduras.

Abraço a todos
"Common sense is the less common of the senses"
 

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TOMKAT

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« Responder #20 em: Maio 29, 2006, 02:30:31 pm »
Do Jornal de Negócios...
De uma entrevista a um Guru da economia mundial...

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Jack Welch
Portugueses deviam estar «envergonhados» pela forma como são vistos no estrangeiro
«É humilhante para os portugueses a percepção que o exterior tem de Portugal, que é a de uma contínua degradação e declínio ao longo dos últimos anos», disse Jack Welch hoje de manhã numa mesa redonda com empresários portugueses, citado pelo presidente do Fórum para a Competitividade, Luís Mira Amaral, na conferência de imprensa que se seguiu para revelar as conclusões do encontro.


É humilhante para os portugueses a percepção que o exterior tem de Portugal, que é a de uma contínua degradação e declínio ao longo dos últimos anos», disse Jack Welch hoje de manhã numa mesa redonda com empresários portugueses, citado pelo presidente do Fórum para a Competitividade, Luís Mira Amaral, na conferência de imprensa que se seguiu para revelar as conclusões do encontro.

«Welch disse que somos demasiado estáticos em Portugal», afirmou Mira Amaral, confirmando assim o «ralhete» que o ex-CEO da General Electric deu aos empresários portugueses na mesa redonda destinada à análise e discussão sobre «Os Desafios das Empresas e da Economia Portuguesa no Contexto Competitivo Actual», uma iniciativa apoiada pelo Jornal de Negócios.

Jack Welch defendeu o empreendedorismo e um aumento sustentado da produtividade e deu alguns exemplos de sistemas financeiros que actuaram como estímulo para o empreendedorismo: a elevação do nível tecnológico, maior contribuição do Estado (na garantia de qualidade a todos os níveis de ensino, por exemplo) e na inovação e valorização dos recursos humanos, que devem ser as preocupações básicas das empresas.

Outra convicção defendida por aquele que foi considerado o gestor do século XX – pela revista «Fortune», em 1999 – é a de que Portugal tem que criar oportunidades para os novos talentos e fazer com que eles fiquem no país em vez de irem para o estrangeiro – o que faz com que o país perca capacidade de inovação.

Aquele responsável citou exemplos em termos de educação e formação profissional, inovação e desenvolvimento tecnológico, bem como níveis de exportação ao referir-se a alguns dos maus exemplos do desempenho de Portugal. E salientou que o nosso país é mal visto essencialmente pelos seus parceiros europeus e não em países tão distantes quanto os EUA.

Welch deu ainda o exemplo de Espanha, Irlanda e Eslováquia, que têm um ambiente competitivo, por comparação com Portugal, onde o ambiente é deprimido. «É preciso liderança e um choque muito forte sobre a sociedade, que permita criar um ambiente positivo», referiu Welch na mesa-redonda, citado por Mira Amaral. Além disso, também a componente fiscal foi vista como essencial no processo.

«Jack Welch disse que lhe faz impressão que não estejamos envergonhados», referiu um outro responsável do Fórum para a Competitividade.

Outra ideia defendida por Welch para uma mudança positiva reside no «venture capital», que é necessário para estimular o empreendedorismo. No entanto, o ex-presidente executivo da GE salientou que o problema da falta de empreendedorismo não está apenas do lado do financiamento. Há também falta de ideias e projectos. Nos EUA, cerca de 25% dos diplomados tem como ambição começar um negócio próprio, ao passo que na Europa o desejo é o de ter um lugar numa empresa já estabelecida, frisou Welch para salientar a falta de iniciativa.

«Existem mais associações do que empresas»
Mais tarde, na conferência que precedeu o almoço, Jack Welch falou para uma audiência de centenas de pessoas e começou por dizer que a ideia que teve de Portugal é a de que «existem mais associações do que empresas».

Quando questionado sobre sinergias, o ex-CEO da General Electric disse que aquela era uma palavra já muito gasta e que não devia ser utilizada. Welch mexeu de forma entusiasta com a audiência e recordou que em todas as empresas há flores e ervas daninhas.

«Cortem as ervas daninhas e terão um bonito jardim», aconselhou. Afirmou também que« os gestores que apenas gostam de números e que não querem saber de pessoas – mas elas existem na empresa! – são uns idiotas».

Antes de passar à sessão de Perguntas e Respostas, Jack Welch falou ainda sobre o facto de os negócios serem como jogos e que as empresas (equipas) com os melhores jogadores são as que vencem.

Nesta altura recordou uma vez mais o importante papel dos recursos humanos, dizendo que numa equipa de futebol é o treinador e não o chefe da contabilidade quem sabe gerir o plantel.

Questionado sobre os fundos de «private equity», Welch defendeu-os como benéficos para as empresas, salientando que foram responsáveis por tornarem a América mais competitiva. Além disso, afirmou que as pessoas têm que se sentir confortáveis no mundo global, senão não poderão vencer.
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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Luso

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« Responder #21 em: Maio 29, 2006, 03:28:44 pm »
Em cheio!

E os vigaristas e mentirosos que alegadamente nos governam julgam (julgam não: dizem e fazem) que é tudo uma questão de aumentar o "moral" e a "confiança". Já me estou a imaginar, de mãos dadas com os meus meus "camaradas" a trabalhar alegremente ao som de canções patrióticas, cheios de confiança e a ver a produtividade de Portugal a aumentar...
 :twisted:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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dremanu

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« Responder #22 em: Maio 29, 2006, 04:23:07 pm »
Citação de: "USB80"
Citação de: "Azraael"
Citação de: "dremanu"
Os Portugueses no estrangeiro são sempre das comunidades mais produtivas e trabalhadoras, só não o são no seu próprio país, porquê?
Porque nao os deixam ser... tachos a mais e oportunidades a menos.
Não é totalmente verdade, Azraael!
Quem é que não os deixa ser?: os próprios portugueses.
O português é um quando está em companhia de portugueses e é outro quando está "fora" do ambiente português, fica mais livre, mais solto, é ele próprio.
Em Portugal o português tem que cumprir um código tácito de conduta que o oprime, lhe retira espontaneidade, não o deixa ser como ele gostaria de ser realmente. Conheço vários exemplos concretos deste estranho comportamento.
A sociedade portuguesa ainda é opressiva, mesmo que não existam fisicamente Salazares. O português tem medo, medo de ambicionar, de ser ele próprio, de ser feliz...
O português tem um medo terrível da opinião dos seus congéneres, de ser julgado, de fugir ao estereótipo de português aceitável, nesta sociedade mesquinha e essencialmente medíocre.
Quando sai daqui para fora, como que fica liberto, não tem que render contas a ninguém e finalmente pode ser ele.
A ajudar a esta libertação, pode ser que encontre uma sociedade mais tolerante com as diferenças e com a inovação, uma sociedade que não o critica constantemente e que o incentiva até a ser diferente.
Eu acho que o problema é mesmo psicológico ou melhor, psicossocial, porque todos estamos feitos da mesma matéria e sinceramente, não acredito em raças superiores ou inferiores mas sim em sociedades mais eficientes, pragmáticas e maduras.

Abraço a todos



Plenamente de acordo!  :D
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Luso

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« Responder #23 em: Maio 29, 2006, 05:44:58 pm »
A ajudar a esta libertação, pode ser que encontre uma sociedade mais tolerante com as diferenças e com a inovação, uma sociedade que não o critica constantemente e que o incentiva até a ser diferente.

Isso também é um factor, é verdade, mas mal de um adulto empreendedor se se deixa desanimar com a crítica dos outros (desde que não se refira à falta de qualidade dos produtos)!
Estava bem tramado! :roll:
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Marauder

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« Responder #24 em: Junho 12, 2006, 09:35:21 am »
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Empresas: Falências em queda pela primeira vez desde 2001

A tendência de aumento do número de empresas falidas registou uma inversão em 2005, o que sucede pela primeira vez em quatro anos.


De acordo com os números avançados pelo DN, os casos de falência ou insolvência diminuíram de forma significativa, recuando 33%: menos 858 casos do que no ano anterior.

O jornal cita um estudo sobre falências e recuperação de empresas do Instituto Informador Comercial (IIC), o qual adianta que no ano passado houve 1.747 acções deste tipo, abaixo das 2.605 observadas em 2004.

Dos vários tipos de acções, as insolvências foram as únicas que registaram um aumento, uma situação que, no entanto, «o ICC desvaloriza» com a «entrada em vigor do novo Código das Insolvências, que adopta o conceito de insolvência, que é muito idêntico aos autos de falência e recuperação de empresas».

Por sectores de actividade, foi nos sectores do comércio por grosso, indústria de construção civil e industria têxtil que se registaram mais casos de acções de falência/insolvência, com 296, 199 e 193, respectivamente.

12-06-2006 6:44:26


de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5 ... news=68260

Pois..vamos a ver se 2005-06 foram os anos de viragem.....eu prefiro esperar pelo fim do ano e talvez dados anuais referentes a 2006 para cimentar a minha ideia...aparenta que sim...vamos a ver...
 

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USB80

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« Responder #25 em: Junho 19, 2006, 04:03:45 pm »
Citação de: "Luso"
A ajudar a esta libertação, pode ser que encontre uma sociedade mais tolerante com as diferenças e com a inovação, uma sociedade que não o critica constantemente e que o incentiva até a ser diferente.

Isso também é um factor, é verdade, mas mal de um adulto empreendedor se se deixa desanimar com a crítica dos outros (desde que não se refira à falta de qualidade dos produtos)!
Estava bem tramado! :roll:

é verdade Luso, mas o ambiente também conta. Se viver-mos num ambiente desfavorável não ajuda nada e o empreendedor tem que gastar muita energia a combaté-lo. Veja o caso de centros industrais e de pesquisa por esse mundo fora onde o ambiente é competitivo, exigente e cheio de ideias, isto é um caldo de cultivo que promove e facilita a reprodução de projectos e riqueza...
Enquanto ao nosso atraso e só ligar a futebol, penso que tudo tem a ver com o isolamento e a ignorância que imperou e ainda impera em Portugal, veja só os números da literacia, é assustador: somos um país analfabeto e ignorante. Daí que pouca gente se interesse por alguma coisa, há mesmo aversão e alergia ao conhecimento. Enquanto é comum noutros países o público em geral falar em conversas normais de aspectos de saúde, ciência básica, descobertas que viu na televisão, as pessoas sabem o que é o ADN, quem foram os gregos, etc. veja em Portugal de que se fala, é só entrar num café e ver o que se lê: a bola, o jogo, o record. E se não há conhecimentos, literacia, interesse por outras coisas, o que é que vamos inovar?, que empresas vamos criar e para produzir o qué?
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Luso

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« Responder #26 em: Junho 19, 2006, 05:50:48 pm »
USB80,

Há dias assisti a uma conversa entre tipos novos (cerca de 21, 22 anos). Trabalham na indústria de moldes numa das empresas mais avançadas no país. A conversa deles girava em torno da inutilidade da internet e dos custos que esta traz: "- Eh pá tanto dinheiro e só para umas horas de messenger. Pus aquela porra abaixo." :shock:
Isto é um exemplo.
E grande parte das pessoas que conheço utilizam a net para ver gajedo, ver o futebol, escolher óculos de sol, videos engraçados, piadas, toques de telemóvel.
O interesse pelo mundo é reduzidíssimo. E cada vez me espanto que os níveis a que chega tal falta de interesse.
Ambiente?
Ajuda, mas EU sou o único responsável pelas minhas opções. Caramba, eu tenho interesses que adquiri sem a necessidade de ambiente própícios.
Falta de informação?
Nunca na história humana existiu tanta facilidade de acesso à informação. E no entanto...

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é verdade Luso, mas o ambiente também conta. Se viver-mos num ambiente desfavorável não ajuda nada e o empreendedor tem que gastar muita energia a combaté-lo. Veja o caso de centros industrais e de pesquisa por esse mundo fora onde o ambiente é competitivo, exigente e cheio de ideias, isto é um caldo de cultivo que promove e facilita a reprodução de projectos e riqueza...


A ideia chave do meu mestrado.
Uma ideia interessante que funciona em Finlândias, Bélgicas, Canadás e Euas.
Como é possível ser criativo se não se conhecem os elementos que nos vão permitir fazer recombinações e novas associações?

Um "canhão" na NASA que não goste de ciência - e até pode ter feito um doutoramento numa treta qualquer e na base do paleio (como muitos por cá) de certeza que não é capaz de ser inovador ou de melhorar as suas capacidades produtivas.

Agora se me falar num ambiente que dignifique a ciência e o conhecimento em vez de Floribelas, Morangos com *** ou o Mantorras aí dou-lhe toda a razão. Já para não falar do nosso sistema deseducativo esquerdelho que nivela por baixo, obrigando todos os que tem potencialidade (que interessam as razões desse potencial!) a transformarem-se na escumalha que por aí vemos.

Mas assim tornar-se-ia o povo mais exigente e atento. O horror do tachista!
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Marauder

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« Responder #27 em: Junho 29, 2006, 11:14:42 am »
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Economistas: dados são insuficientes para dizer se retoma é sustentada

Os indicadores económicos que têm sido divulgados nas últimas semanas são insuficientes para concluir que Portugal está já numa rota de crescimento económico sustentado, ainda que lento, segundo os economistas ouvidos hoje pela agência Lusa.


A economista-chefe do BPI, Cristina Casalinho, considera que existem sinais que apontam para uma recuperação lenta da economia portuguesa, referindo que os indicadores «reais» são menos positivos que os indicadores prospectivos (permitem antecipar a evolução da economia ou inversões do ciclo económico).

«As melhorias [da actividade económica] são muito modestas», admitiu a economista, numa altura em que o investimento volta, à semelhança do que aconteceu no ano anterior, a dar sinais de melhoria apenas pelas intenções dos empresários.

Nem sempre as melhorias reportadas nos indicadores prospectivos acabam por se verificar, alertou Cristina Casalinho, sugerindo que é necessário aguardar mais algum tempo para se perceber melhor qual o ritmo de recuperação da actividade económica portuguesa e se é continuado ou não.

A alta do preço do petróleo pode ameaçar a melhoria no défice externo, com o aumento do preço a anular parte do efeito da subida das exportações, referiu a analista do BPI.

O economista e professor do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) João Ferreira do Amaral reconhece também que «existem indicadores de melhoria» na economia portuguesa, mas que apenas permitem concluir que alguns dados estão agora melhores do que no primeiro trimestre de 2005.

Para o professor do ISEG, a melhoria já perceptível é generalizada, sendo sentida ao nível da indústria, dos serviços e do comércio.

No entanto, «é ainda cedo para dizer se a recuperação é consolidada», acrescentou Ferreira do Amaral, bem como para aferir da dimensão da retoma.

Talvez em meados de Junho seja já possível avaliar melhor a recuperação económica, arriscou o economista do ISEG, altura em que são divulgadas as contas nacionais do INE.

Para Carlos Andrade, economista-chefe do BES, a economia portuguesa «está em trajectória de recuperação», ainda que frágil e dependente da procura externa (exportações).

Depois de na segunda metade de 2005 o desempenho da economia portuguesa ter sido «particularmente mau», é natural que o consumo privado esteja agora a melhorar, acrescentou.

Essa evolução actual não é incompatível com a expectativa de que no conjunto de 2006 se verifique uma desaceleração do consumo, alertou o economista, para quem o motor da recuperação terá que ser as exportações.

Portugal deixou para trás um «período eleitoral bastante intensivo», afirmou Carlos Andrade, facto que pode estar a ajudar a economia, porque em altura de eleições os indicadores de confiança se costumam deteriorar.

Ao princípio da manhã, o INE divulgou os indicadores de conjuntura onde se pode ler que se os sinais encontrados no primeiro trimestre perdurarem, «poderão representar o arranque de uma fase mais viva de crescimento».

Na semana passada soube-se que os indicadores coincidentes da actividade económica e do consumo privado, calculados pelo Banco de Portugal, voltaram a melhorar, numa altura em que algumas organizações estão a rever em alta para perto de 1% o crescimento português.

Alguns membros do governo têm reiterado que o processo de recuperação económico está já em curso, mas deverá ser lento e gradual, mostrando alguma cautela para evitar um optimismo excessivo.

Diário Digital / Lusa

22-05-2006 19:10:52


É esperar para ver..
 

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Doctor Z

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« Responder #28 em: Junho 29, 2006, 05:46:34 pm »
Além disso, para os portugueses que regressam a pátria (não de férias,
mas para trabalhar e viver), não há apoio nenhum : não existe uma
entidade que possa ajudar nos processos administrativos ; já nem falo
de ajudas financeiras ... :roll:

Sabendo que tudo que diz respeito a administração, é bastante diferente
dos outros países : estou a falar disso, porque regressei a Portugal em
Fevereiro deste ano e tive que me desenrascar sozinho e é tudo até
bastante complicado : quando se têm acesso a uma informação, por vezes
estão em contradição em relação a outra fonte que divulga a mesma
informação.

Para a legalização dum carro é também preciso um monte de papeis : se
não tivesse acesso a internet no trabalho, não teria acesso a (pouca)
informação que tive.

Para quem nunca viveu em Portugal como eu, no início é tudo muito
complicado e demorado, depois a gente vai apreendendo com o tempo ...

Mas o estado português não facilita minimamente o regresso do portugueses
não residentes : muitos devem perder a coragem perante as várias
formalidades que se têm de fazer ... (já nem falo das equivalências de
diplomas escolares ...).

É a minha opinião ...
Blog Olivença é Portugal
"Se és Alentejano, Deus te abençoe...se não
és, Deus te perdoe" (Frase escrita num azulejo
patente ao público no museu do castelo de
Olivença).

:XpõFERENS./
 

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Marauder

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« Responder #29 em: Julho 07, 2006, 04:47:11 pm »
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Portugal: Indicador avançado OCDE com 10ª subida em Maio

O indicador avançado da OCDE para Portugal voltou a subir em Maio, pelo décimo mês consecutivo, para o valor mais alto desde há cinco anos, indicou hoje a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE).


O indicador, que mede o comportamento da economia, atingiu os 100,1 pontos, uma subida de 1,3 pontos em relação ao mês anterior, em aceleração face ao crescimento do mês anterior, que foi de 0,5 pontos.

Segundo os dados divulgados pela OCDE, o nível atingido pelo indicador para Portugal é o mais alto desde Março de 2001.

A taxa de variação a seis meses do indicador para Portugal, que visa identificar pontos de viragem do ciclo económico com uma antecedência de nove meses, continuou igualmente a melhorar, para 6,9% em Maio, uma subida de 2,2% face ao registado em Abril, indiciando assim uma subida da actividade económica.

Diário Digital / Lusa

07-07-2006 11:53:00


de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... news=69230

A ver se a malta descola da crise..