Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) da Marinha do Brasil

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Re: Re: Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil - 206 Anos
« Responder #180 em: Julho 23, 2019, 02:08:40 pm »
Operação Formosa 2019














 

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Re: Re: Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil - 206 Anos
« Responder #181 em: Agosto 26, 2019, 12:17:27 am »
Em campo com os caçadores do Corpo de Fuzileiros Navais


Na atualidade da guerra moderna em todos os seus espectros, desde as montanhas do Afeganistão, passando pelas savanas africanas e chegando à selva urbana do Rio de Janeiro, a simples presença de um atirador de elite, atirador de precisão ou sniper, já é suficiente para que a tropa saiba que o combate vai ser duro e o inimigo já tem a batalha por perdida...


Independente da glamourização do cinema, quem estuda profundamente o tema, sabe que a atividade de um atirador de precisão é algo complexo, com exigências muito acima da média para outros tipos de operadores em todos os sentidos, e, em todos os processos de seleção e cursos específicos, somente os realmente mais capazes conseguem o êxito de se formar "Atirador de Precisão", Caçador ou Sniper (o nome varia conforme a Força).


Durante minha experiência na Operação Formosa, realizada pelo Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, tive a grata oportunidade de acompanhar um dos muitos tipos de treinamento super realista de um grupamento de atiradores de elite,  integrantes de uma equipe de operações que simulava uma emboscada à um comboio terrorista, tudo ao melhor estilo anti-Talebãn que as vezes vemos no cinema, com a diferença que eu senti na pele uma pequena amostra de todos os duros percalços que tal missão oferece aos que se voluntariam para tal.

A preparação da missão começa muito antes

Somente com o empenho da preparação prévia com estudos diversos que vão desde a análise topográfica do terreno, a checagem de todos os equipamentos, checagem da saúde e capacidade física dos operadores envolvidos, entre outros detalhes restritos.


E tudo orbita ao redor do planejamento da emboscada; a espera, tocaia ou cilada, que é o ato de esperar às escondidas pelo inimigo para atacá-lo de surpresa. È uma técnica que vem da guerra de guerrilha, onde os atacantes escondem-se em lugares por onde irá passar a tropa inimiga ou grupo dessa,  para se prepararem e   atacarem de surpresa esse inimigo que passa pelo local escolhido. E tudo isso mesmo estando em desvantagem numérica, mas aproveitando a configuração do terreno e as muitas habilidades táticas características da doutrina operacional dos COMANF's.


Pelo que pude observar superficialmente, para cada hora de ação em campo, ocorreram pelo menos 48h ou mais de estudos e planejamentos diversos para a ação.

A marcha até o alvo

A missão começa às 04:00ham, com um deslocamento diferenciado para nosso pequeno grupo de observadores que acompanhou a missão, pois o grupamento de COMANF's que estava empenhado na missão partiria embarcado em um helicóptero EC-725 "Super Cougar" do Esquadrão HU-2 "Pégasus" da Marinha do Brasil para o reconhecimento aéreo prévio do local, e, nosso grupo partiria ao local da infiltração inicial de caminhão, para observar e registrar o desembarque inicial a partir da chegada da aeronave no ponto de infiltração.


Depois de registrar o desembarque por via aérea no ponto de infiltração, acompanhamos a marcha, com navegação por bússola, GPS e outros métodos que não pude observar (restritos aos operadores COMANF's). Em meus cálculos, acredito que percorremos aproximadamente 10km pela região de vegetação mais alta e espessa até o ponto onde aconteceria a ação da emboscada, em uma marcha que não foi nada fácil devido à vegetação espinhosa do cerrado goiano, e principalmente ao calor estava beirando os 45°C ou mais!


Sabiamente aproveitamos as paradas de reorientação para descansar e recompor a alimentação de maneira mais leve possível para não comprometer o desempenho físico na marcha. Entre minhas câmeras, equipamentos de sobrevivência e água/alimentos eu tinha aproximadamente 10kg de carga, mas os operadores COMANFS carregavam 30KG ou mais, pois no caso do operador que portava o fuzil  Hécate II  calibre 12,7 mm (.50 BMG) o peso unitário do mesmo é de 16kg fora a munição e acessórios!


A emboscada

Ao chegar ao ponto aproximado da emboscada todos diminuíram o passo até que fosse obtido contato visual com o local aonde ocorreria a emboscada e também o contato visual com os respectivos alvos. Como existiam outros dois grupamentos com armas diferentes, ocorreu a coordenação do reposicionamento dos operadores em seus respectivos grupos, tudo em uma geometria devidamente estudada nos dias anteriores e readaptada conforme alguns pequenos detalhes surpresa do terreno.


E quando o momento "ZERO" chegou, todos dispararam suas armas em uma sincronia perfeita para causar o máximo de destruição e confusão ao inimigo... E então, o "grand finale", com o comboio de terroristas sendo completamente "neutralizado" pela ação dos Commandos Anfíbios...


FONTE:  https://orbisdefense.blogspot.com/2019/08/em-campo-com-os-cacadores-do-corpo-de.html
 

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Re: Re: Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil - 206 Anos
« Responder #182 em: Agosto 26, 2019, 12:22:45 am »















ADSUMUS!!!  :diabo:
 

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Re: Re: Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil - 206 Anos
« Responder #183 em: Outubro 29, 2019, 02:43:37 pm »
Batalhão Tonelero realiza capacitação no Chile para operações em clima frio


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Oito Comandos Anfíbios do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais – Batalhão Tonelero foram capacitados em técnicas e procedimentos básicos para operações em clima frio, de 23 de setembro a 6 de outubro, na região do vulcão Lonquimay, na Patagônia Oriental chilena, porção Leste da Cordilheira do Andes.

Este treinamento faz parte do Programa de Intercâmbios da Marinha do Brasil com a Armada da República do Chile, sob a coordenação do Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, com o propósito de qualificar pessoal e ampliar o apoio dos Fuzileiros Navais às atividades desenvolvidas para o ambiente de clima frio.

Durante o intercâmbio, conduzido por uma equipe de Comandos da Marinha do Chile, foram ministradas instruções teóricas e práticas, voltadas para o desempenho de atividades operativas e de apoio em ambientes gelados, como os encontrados na Antártica. Algumas das atividades desenvolvidas foram primeiros socorros, escaladas no gelo, marchas na neve, ações de busca e resgate de pessoal.

A equipe de Comando Anfíbios do Batalhão Tonelero foi capacitada com técnicas e procedimentos para o uso de equipamentos especiais, como as raquetes e esquis para neve, trenós para transporte de pessoal e material e demais itens empregados nas escaladas e deslocamentos naquele ambiente. A escalada do vulcão Lonquimay (2.865 m) coroou o intercâmbio e foi realizada em quatro dias, com pernoites em abrigos, alguns construídos pelos próprios militares, sob nevascas e temperaturas extremas, com sensação térmica de até 15º C negativos.

Com informações da Marinha do Brasil & Corpo de Fuzileiros Navais.

FONTE:  https://www.defesa.tv.br/batalhao-tonelero-realiza-capacitacao-no-chile-para-operacoes-em-clima-frio/


 

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Re: Re: Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil - 206 Anos
« Responder #185 em: Março 09, 2020, 01:09:12 pm »
Corpo de Fuzileiros Navais celebra 212 anos de criação


Citar
O Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), parcela integrante da Marinha do Brasil (MB), celebra nesta quinta-feira (05), 212 anos de criação. O evento contará com a presença do Ministro da Defesa, Fernando Azevedo; e do Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Junior, além autoridades civis e militares, na Fortaleza de São José (RJ).

O CFN é formado exclusivamente por militares profissionais. Conforme preconizado na Estratégia Nacional de Defesa, é uma força estratégica, de pronto emprego e de caráter expedicionário.

Encontra-se presente em todo o território nacional, tanto no litoral, quanto nas regiões ribeirinhas da Amazônia, Pantanal, Caatinga Selva, regiões semiáridas entre outras.
Atuando em tempos de paz na segurança das instalações do Mar, no apoio às forças de segurança e no auxílio a populações carentes através de ações cívico-sociais desenvolvidas regionalmente pelos Distritos Navais.

No exterior, zela pela segurança das embaixadas brasileiras na Argélia, Paraguai, Haiti e Bolívia. Participou de todos os conflitos armados da História do Brasil.

Teve atuação destacada nas operações de paz, como no Haiti (2004-2017); nas operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e na segurança dos Jogos Olímpicos Rio-2016, dentre muitas outras.


Mais recentemente, os Fuzileiros Navais atuaram na Operação Verde Brasil, combatendo as queimadas e o desmatamento na Amazônia Verde; na Operação Amazônia Azul, combatendo as consequências do crime ambiental causado pelo derramamento de óleo no litoral brasileiro; na Operação Regresso, realizando a descontaminação do pessoal e material envolvidos no resgate e na quarentena dos brasileiros repatriados da China; e na Operação Mandacaru, GLO no Ceará.


ADSUMUS!

O lema do Corpo de Fuzileiros Navais é "ADSUMUS", expressão em latim que, na língua portuguesa, significa "Aqui estamos!".

O lema surgiu no ano de 1958, próximo às comemorações do aniversário de 150 anos do CFN, quando o almirante-de-esquadra (FN) Leônidas Telles Ribeiro pediu a sua esposa, sra. Violeta Telles Ribeiro, que sugerisse algo apropriado para ser usado. Após o almirante haver saído para uma caminhada, D. Violeta redigiu o seguinte texto:

“ Nesta hora de júbilo e orgulho em que o Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil comemora seus 150 anos, não há de faltar à gloriosa corporação o panegírico merecido de seus feitos de honrosa tradição. Mas, além disso, será imprescindível que se ofereça ao homenageado um presente, algo que marque de maneira expressiva os feitos gloriosos de sua História. Vamos dar-lhe uma divisa. Qual a divisa apropriada para os Fuzileiros do Brasil? "ADSUMUS", ou seja, aqui estamos, prontos para servir, lutar e vencer. Há 150 anos está gravado em cada coração fuzileiro o seu lema. Esta é a divisa do Corpo de Fuzileiros Navais do BRASIL: ADSUMUS.


 :arrow:  https://orbisdefense.blogspot.com/2020/03/corpo-de-fuzileiros-navais-celebra-212.html
 

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Re: Re: Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil - 206 Anos
« Responder #186 em: Março 09, 2020, 01:09:50 pm »
 

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Re: Re: Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil - 206 Anos
« Responder #187 em: Março 27, 2020, 06:47:41 pm »
Fuzileiros Navais na Amazônia: Marinha realiza Operação “Ribeirinha” com carros anfíbios em Belém-PA

Carro Lagarta Anfíbio é lançado do navio durante adestramento ribeirinho

Citar
O dia 5 de fevereiro marcou o momento principal do Adestramento de Operações “Ribeirinhas” (“ADERIB”), realizado em Belém-PA, pela Marinha do Brasil. O treinamento militar teve seu ápice em praia na área do Outeiro, com ações de desembarque de tropas em um contexto simulado de guerra, que contaram com diversos navios, Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf), lanchas e helicópteros, além de mais de mil militares envolvidos.
 
O evento teve como objetivo integrar os diferentes meios e pessoal de Marinha a fim de aperfeiçoar as técnicas de ação e combate bem como demonstrar a capacidade do Poder Naval. Os comandantes da Força de Fuzileiros da Esquadra e do 4º Distrito Naval ressaltaram a importância deste tipo de atividade nesta região ribeirinha para aumentar a proteção do Portal da Amazônia e a flexibilidade de interação dos meios.
 
A operação contou com a participação da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), do Navio de Desembarque de Carros de Combate (NDCC) “Almirante Saboia” e militares de diversas organizações militares subordinadas ao Comando do 4º Distrito Naval, do qual destacam-se: o Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Norte, presente por meio do Navio-Auxiliar “Pará”, Navio de Apoio Oceânico “Iguatemi” e Navio-Patrulha “Bracuí”, a Capitania dos Portos da Amazônia Oriental e o 2º Batalhão de Operações Ribeirinhas.
 
O início das atividades foi marcado pela simulação de ataques assimétricos durante a navegação do NDCC “Almirante Saboia” até o ponto em que foi efetuado o lançamento de quatro CLAnfs na baía do Guajará, transportando, ao todo, 88 Fuzileiros Navais, que se dirigiram até a faixa de areia da praia para ocupar o local e anular o poder do possível inimigo. Em apoio aos CLAnfs, Embarcações de Transporte de Tropa seguiram em direção à costa ribeirinha para potencializar a ação de controle e conquista do território. Por fim, a aeronave “Super Cougar” (UH-15), do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Norte, pousou no NDCC “Almirante Saboia” para embarcar dez Fuzileiros Navais, que desceram de rapel na área do exercício, para também contribuir com a ação. Ao final do exercício, moradores da região conheceram os CLAnfs que estavam na praia, se aproximando, assim, ainda mais da Marinha.

 :arrow:   https://www.marinha.mil.br/noticias/marinha-realiza-operacao-ribeirinha-com-carros-anfibios-em-belem-pa
 

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Re: Re: Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil - 206 Anos
« Responder #188 em: Março 27, 2020, 06:51:37 pm »







« Última modificação: Março 27, 2020, 06:52:43 pm por Vitor Santos »
 

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Re: Re: Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil - 206 Anos
« Responder #189 em: Agosto 15, 2020, 05:08:55 pm »
Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais (BtlOpEspFuzNav), Batalhão Tonelero


Matéria especial sobre o tradicional Batalhão Tonelero. Traz uma descrição completa da organização da unidade militar

Uma Marinha de concepções modernas, e olhar visionário do cenário geopolítico que a cerca, além das variadas capacidades para a dissuasão, defesa e projeção de força através de meios Navais, Aeronavais e de Fuzileiros Navais necessita possuir em seu ´baralho´ meios que possam cumprir os objetivos de caráter político tático-estratégico para a execução de ações não convencionais que atendam os interesses da força e do governo do seu respectivo país, em operações confidenciais em ambiente interno e/ou estrangeiro.
 
Sem os tais recursos à disposição, as aplicações para os esforços de guerra serão árduos e dificilmente bem sucedidos, e ocorrendo a grande probabilidade de inúmeros objetivos no Teatro de Operações não serem cumpridos, além de colocar em xeque de maneira direta e indireta a permanência e subsequente vitória no conflito, ou a intervenção de alto valor a ser realizada.
 
Com essa preocupação, visão e mentalidade que nos anos 60 um grupo de Oficiais e Praças do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil observando a conjuntura nacional e internacional sob a ameaça direta de atores estatais e não estatais de origem marxista-leninista, viram a necessidade da criação imediata de um vetor impetuoso, movido por altíssimo grau de profissionalismo e violência, e que pudesse fazer frente a essa ameaça que aplicava a instabilidade regional por meio de ações terroristas ao longo de toda a América Latina.

Foi então, poucos anos mais tarde com base em intensas pesquisas e estudos que em 09 de setembro de 1971 foi criado no município do Rio de Janeiro, aos pés do morro do Marapicu, no bairro de Campo Grande, o Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais (BtlOpEspFuzNav), conhecido popularmente como Batalhão Tonelero, sendo consagrado naquele tempo por ser a única Organização Militar estruturada e organizada a nível de Batalhão para aplicabilidades de Operações Especiais no Brasil.
 
Junto a criação da OM foi gerado o Curso de Contra-Guerrilha (ConGue), e que teve naqueles tempos o importante impacto para as ações de inteligência e neutralizações de contra-insurgência marxista nas mais distantes rincões do Brasil, como por exemplo nas regiões de; São Geraldo do Araguaia, São Domingos do Araguaia,  Marabá e Xambioá - operações essas à época classificadas como sigilosas e inimagináveis dentro da sociedade civil daquele período.
 
Com ao passar dos anos, e com a evolução acelerada da sociedade, conflitos e meios científicos-tecnológicos foi necessário aplicar uma radical e profunda modificação no Curso de Contra-Guerrilha, vindo ele a sofrer diversos incrementos, modificações e novas linhas organizacionais para acompanhar de maneira duradoura e sustentável a nova era que se aproximava, repleta de inovações e desafios até então nunca vistos.
 
Modificações essas que veio a se materializar no atual Curso Especial de Comandos Anfíbios (C-Esp-ComAnf), para o planejamento e execução de ações a nível estratégico, e o Estágio de Qualificação Técnica Especial em Operações Especiais (E-QTEsp-OpEsp) para a execução de ações a nível tático e auxílio às atividades de Comandos Anfíbios.
 
Hoje, o Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais é a maior, e mais estruturada Organização Militar de Operações Especiais com o maior número de operadores em termos quantitativo e qualificativo dentro do escopo do Comando Naval de Operações Especiais, em estado 100% operacional para desempenhar quaisquer ações de guerra não-convencional de interesse da Marinha e do Estado brasileiro a qualquer hora, e em qualquer lugar durante os 365 dias do ano.
 
É atualmente, dentro do universo da Marinha do Brasil, a Organização Militar de Operações Especiais com o maior número de dias e missões em combate real direto, seja em missões de combate ao narcoterrorismo através das Garantias de Lei e da Ordem e/ou Intervenção Federal, missões para a neutralização de grupos e/ou alvos de alto valor sob a égide da ONU, e missões de caráter reservado para a Marinha do Brasil e ao Ministério da Defesa.
 
Como um componente de conexão direta da Força de Fuzileiros da Esquadra e do Comando Naval de Operações Especiais, e ser a Organização Militar da Marinha do Brasil responsável pelo preparo, planejamento e execução de ações diretas e das ações de reconhecimento, é um dos principais vetores para a captação de dados ao Sistema de Inteligência da Marinha (SIMAR) e por subsequência ao Centro de Inteligência da Marinha (CIM), que proporcionam a capilaridade necessária para a produção e salvaguarda de conhecimentos com vistas ao assessoramento oportuno e de qualidade do processo decisório nos diversos níveis da estrutura do Comando da Marinha, e consequente defesa dos interesses da Instituição.
 
Para que isso seja possível, o Batalhão Tonelero é estruturado atualmente da seguinte forma:
 
1ª Companhia de Operações Especiais: Cia RECON.

São envolvidas as ações de reconhecimento pré-assalto e pós-assalto em apoio às forças de desembarque, com efetivos altamente qualificados como mergulhadores autônomos ou usando o paraquedas como meio de infiltração com a missão de identificar e relatar atividades do inimigo, conduzir fogos das armas de apoio, implantar sensores no terreno e orientar operações com aeronaves.



2ª Companhia de Operações Especiais: Cia de Ação de Comandos (Ações Diretas).

As ações de comandos visam destruir ou danificar objetivos relevantes, retomar instalações, capturar ou resgatar pessoal, obter dados, despistar e produzir efeitos psicológicos.


3ª Companhia de Operações Especiais: Grupo Especial de Retomada e Resgate (GERR/OpEsp).

Tem como missão resgatar militares ou autoridades civis mantidos em confinamento ilegal, contraterrorismo, busca e resgate de pilotos abatidos em zona de combate e retomada de instalações de interesse da Marinha e/ou do Governo Federal.
 
4ª Companhia de Comando e Serviços:

Com relação ao gerenciamento de seus recursos materiais e humanos, o Batalhão possui uma Companhia de Comando e Serviços e autonomia administrativa por meio da qual planeja e executa os recursos recebidos da Força de Fuzileiros da Esquadra - FFE.
 
5ª Companhia de Apoio às Operações Especiais:

Tem a tarefa de prestar o apoio especializado de serviço ao combate, seja a bordo, por meio da seção de dobragem e manutenção de paraquedas, da seção de apoio ao mergulho e da seção de apoio de embarcações, seja nas operações dos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais. A companhia organiza um Destacamento de Apoio às Operações Especiais para atuar junto ao Componente de Apoio de Serviços ao Combate dos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais, realizando tarefas de apoio especializados, tais como, operar embarcações de desembarque pneumáticas, ressuprir equipes de operações especiais infiltradas, ou ainda, realizar a manutenção de material específico empregado nas operações especiais, tais como paraquedas e equipamentos de mergulho.


Seção de Instrução de Operações Especiais:

Capacitar os recursos humanos pertencentes ao Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais; Contribuir para o desenvolvimento da doutrina de Operações Especiais no Corpo de Fuzileiros Navais; e Realizar a pesquisa e a experimentação de novas técnicas operacionais e de equipamentos peculiares às Operações Especiais.
 
A depender do tipo de missão, duração, local e complexidade o BtlOpEspFuzNav através da sua estrutura como Unidade de Combate e Apoio ao Combate organiza os Comandos Anfíbios em times especiais, de forma descentralizada, para o emprego em Operações Especiais, que é composto por operadores com conhecimentos altamente especializados em assuntos específicos relativos ao cumprimento da missão a ser planejada e executada, organizadas em:
 
ECAnf (Equipe de Comandos Anfíbios):

Constitui a organização básica de emprego, sendo composta por seis ComAnf. Cada ECAnf pode incluir militares com habilitações especiais em paraquedismo, mergulho, operações aéreas, operações na selva, operações em montanha, operações na caatinga, operações no pantanal, tiro de precisão, uso de artefatos explosivos, entre outras.
 
Excepcionalmente poderão ser empregadas ECAnf com menor efetivo, dependendo da tarefa a ser executada, como por exemplo, pode-se citar o emprego de duplas de atiradores de precisão, comum em ambiente urbano.
 
GruCAnf (Grupo de Comandos Anfíbios):

Formado quando se torna necessário organizar por tarefas duas ou mais ECAnf, sob controle de um mesmo elemento de comando.

Eventualmente, militares que possuem outras habilitações especiais e que não realizaram o C-Esp-ComAnf poderão reforçar os ComAnf no cumprimento de suas tarefas, tais como: intérpretes, médicos, entre outros.


O ADEST MONTANHA, Estágio Básico de Combatentes de Montanha ministrado pelo Exército Brasileiro. Os militares, armados e equipados, cumpriram o trajeto de aproximadamente 35 Km em conduta operacional, atravessando o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, que liga os Municípios de Teresópolis a Petrópolis, Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, tendo o Maciço das Cidades Imperiais como cenário.

No atual momento, o Batalhão Tonelero e os Comandos Anfíbios lançam-se em múltiplos estudos e projetos para a ampliação e aplicação de ambiciosos e singulares planos na esfera do Corpo de Fuzileiros Navais, pois compreendem que assim como ocorreu no passado, chegou o momento para necessárias modificações estruturais, aquisições de meios e recursos tecnológicos, ampliações e reformas nas atuais estruturas de edificações existentes, além da criação de novas unidades subordinadas ao Batalhão que serão destinadas ao apoio às Operações Especiais e para a aplicação de Operações Especiais, como forma de garantir os interesses do Brasil ao longo do século XXI.
 
Será que possuiremos em médio prazo algo como um ´´Comando de Operações Especiais de Fuzileiros Navais´´? Apenas o tempo irá se encarregar dessa resposta, e a depender única e exclusivamente dos Oficiais e Praças do Corpo de Fuzileiros Navais, e da reafirmação de aliados que estão além das fronteiras da Armada, o Batalhão Tonelero é um monstro incontível, isso será apenas o estopim, e acreditem, sem passagem de retorno.


 :arrow:  https://www.defesanet.com.br/cfn/noticia/37685/Batalhao-de-Operacoes-Especiais-de-Fuzileiros-Navais
 

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Re: Re: Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil - 206 Anos
« Responder #190 em: Agosto 26, 2020, 03:13:33 pm »
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Operação Formosa 2020

Um dos maiores exercícios do Corpo de Fuzileiros Navais, cujo objetivo é aprimorar o treinamento e manter as condições de pronto emprego da Força Naval. Neste ano, em virtude das medidas de enfrentamento à COVID-19, excepcionalmente, o efetivo e o emprego dos meios foram reduzidos. A ação, que ocorre desde o dia 17 de agosto, segue as medidas sanitárias preventivas e os protocolos em vigor e conta com a participação de 520 militares, aeronaves de asa fixa, artilharia de campanha e veículos lançadores múltiplos de foguetes, além de tropas de infantaria com armas de apoio orgânico.




 

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Re: Re: Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil - 206 Anos
« Responder #191 em: Agosto 27, 2020, 04:28:08 am »
Primeiras fotos do que seria o novo camuflado do uniforme de combate do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil:





 

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Re: Re: Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil - 206 Anos
« Responder #192 em: Agosto 27, 2020, 03:35:46 pm »
Adestramento militar da Marinha emprega equipamento de projeto Estratégico de Defesa


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Formosa (GO), 26/08/2020 – O ambiente é de campo de batalha: vasto terreno desabitado, com vegetação de cerrado a perder de vista. A atmosfera do ambiente é de combate: militares concentrados na tarefa de executar o ataque a forças inimigas. Vestindo camuflados e portando fuzis ou rádios para comunicação entre membros da tropa, eles estão focados no desempenho da missão. Quem presencia um treinamento militar como esse, executado com equipamentos bélicos reais, é transportado para um ambiente típico de combate. Canhões e lançadores múltiplos de foguetes disparavam sob o comando de militares treinados. É o caso da utilização do Astros 2020, projeto estratégico de Defesa composto por foguetes e mísseis de alta tecnologia, lançados por viaturas e capazes de atingir entre 15 e 300km.

Nesse cenário, a Marinha, em parceria com o Exército, treinou seus fuzileiros navais durante a Operação Formosa 2020. Trata-se de uma operação anfíbia, de preparação dos militares. A capacitação envolveu 250 militares da Força Fuzileiros de Esquadra (FFE), que manejaram armas de artilharia, aviação e infantaria em demonstrações reais de tiro. O adestramento ocorreu de 17 a 25 de agosto, no Campo de Instrução de Formosa, no município goiano localizado a 69 km de Brasília.

“Nesse treinamento, pudemos aplicar as nossas armas de apoio em todas as suas características”, ressaltou o Comandante da Divisão Anfíbia, Contra-Almirante Pilar. A organização militar que ele comanda é responsável por planejar a operação, que ocorre anualmente. O treinamento assegura condições de pronto-emprego do Grupamento de Fuzileiros Navais.

O Exército apoiou o adestramento com a disponibilização do Campo de Instrução de Formosa, na região da Pedra de Fogo do Forte Santa Bárbara. O último dia do treinamento foi prestigiado por autoridades como o Comandante da Marinha, Almirante Ilques Barbosa. “Esses exercícios contribuem muito para o aprestamento da Força Naval, mas também para o Exército”, ressaltou. Eles puderam acompanhar demonstrações de disparos de tiro de morteiro e obuseiro, que são tipos de armas para disparo de projéteis, bem como ataque aéreo, pela aeronave AF-1. Após as instruções, militares treinados em artilharia, infantaria e aviação atacaram os inimigos, conforme a simulação. Ao longe, todos puderam acompanhar os impactos das bombas com as enormes nuvens de fumaça que se formaram.

O General Valério Lange, Comandante do Comando de Artilharia do Exército, falou da parceria com a Marinha na Operação Formosa 2020. “É uma satisfação para nós, apoiar o exercício do Corpo de Fuzileiros Navais. Em caráter inédito, a Força Terrestre atirou junto com a tropa naval durante o exercício final”, disse ele, referindo-se à participação dos equipamentos Astros 2020 no disparo de tiros.

O Sargento Douglas Feliciano foi um dos participantes do exercício. Ele conduziu os pilotos até determinado alvo para realizar o ataque. “Aqui eu pude ganhar mais experiência e poderei atuar melhor em combates reais ou adestramento”, destacou.

Projetos Estratégicos de Defesa
Com meios dos Projetos Estratégicos de Defesa, as Forças Armadas preparam suas tropas para defender a soberania e os interesses do Brasil. Muito semelhante à realidade, os militares simulam ambientes de batalha e se capacitam em ataques com meios terrestres, navais e aéreos.

Entre os projetos estratégicos, a Marinha possui o Programa de Desenvolvimento de Submarinos; o Projeto Míssil Anti-Navio Superfície (MANSUP); o Programa "Classe Tamandaré"; o Projeto-Piloto do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (PP-SISGAAz); e o Programa Nuclear da Marinha (PNM).

O Exército possui o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), maior projeto de vigilância de fronteiras, e o Programa Guarani, formado por blindados prontos para a defesa externa.

A Aeronáutica está à frente dos Projeto F-X2 e KC-390. O primeiro envolve aviões de caça Gripen. Entre eles, há o avião multiemprego F-39 Gripen, projetado para missões ar-ar e ar-superfície (mar e solo). Essa aeronave será utilizada pela Força Aérea em ações de defesa aérea, ataque e reconhecimento.

 :arrow:   https://www.gov.br/defesa/pt-br/assuntos/noticias/adestramento-militar-da-marinha-emprega-equipamento-de-projeto-estrategico-de-defesa

 

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Re: Re: Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil - 206 Anos
« Responder #193 em: Novembro 05, 2020, 08:04:04 pm »
Batalhão Riachuelo: Adest-Eq FFE Marambaia 2020


Citar
Por Luiz Padilha

O Adestramento de Equipes da Força de Fuzileiros da Esquadra, Adest-Eq FFE Marambaia 2020 é um exercício de onde os 3 Batalhões (Riachuelo, Humaitá e Paissandu), irão se deslocar para a ilha da Marambaia, para realizar a prática de tiro com munição real. Devido ao Covid-19, ocorreu um atraso para este tipo de adestramento, o qual está sendo atualizado nessa Operação.

O Defesa Aérea & Naval teve a oportunidade de acompanhar por um dia o desenrolar do adestramento e pôde comprovar o alto grau de dificuldade imposto no treinamento dos fuzileiros e assim, poder ter a tropa 100% qualificada.

O CMG (FN) Luciano Dias Dutra, comandante do 1º Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais (Batalhão Riachuelo), nos recebeu na base instalada dentro da ilha da Marambaia e explicou que havia apenas uma fração de seu batalhão presente no exercício, aproximadamente 250 homens. O Batalhão Riachuelo possui um Efetivo/Lotação de 840 homens. Uma outra fração do Batalhão participou anteriormente de outro adestramento em São Pedro D’Aldeia.

Os exercícios foram compostos por Natação Utilitária, Fogo em Movimento, Ataque Noturno, Tiro de Combate, Tiro Institivo, Tiro com armas de apoio e Tiro Tático. Cada Batalhão possui 3 Companhias de Infantaria (CiaInfFuzNav), uma Companhia de Apoio de Fogo (CiaApF) e uma Companhia de Comando e Serviços (CCS).

Cada CiaInfFuzNav ia se revezando nos exercícios, onde os instrutores orientavam o uso dos equipamentos e avaliando o desempenho de cada fuzileiro. No exercício foi utilizado o “armamento orgânico” de cada Cia, como Pistolas, Fuzis, Metralhadoras Leves (Minimi), equipamento Anti-Carro (AT-4), Granadas de mão, Granadas de bocal, Granadas 40mm, Espingardas Militares, Metralhadoras a Gás e Morteiros de 60mm.

Tudo o que não é “orgânico” da CiaInfFuzNav, é da CiaApF. Por isso é que o exercício de tiro com as outras armas faz parte da instrução de “Tiro com armas de apoio”.

As armas de apoio fazem parte da Companhia de Apoio de Fogo e são:

. Metralhadora Pesada (MtrP) 0.50
. Morteiro 81mm (Mrt81)
. Mísseis Anti-Carro (MAC)

Neste exercício só foi utilizada a Metralhadora 0.50, pois as outras armas já tinham sido usadas em exercícios anteriores.

Na base instalada para o exercício, haviam 2 barracas Hospital totalmente equipadas para a eventualidade de um militar ferido necessitar de atendimento. A equipe médica presente está pronta inclusive para pequenas cirurgias afim de estabilizar o militar ferido e prepará-lo para a evacuação, que tanto pode ser via lancha até Itacuruçá onde 2 ambulâncias estão de prontidão ou por via aérea através de uma aeronave do esquadrão HU-1.

O adestramento

Na ocasião, o Capitão Tenente (FN) Freitas, nos explicou de forma clara a programação que o Batalhão Riachuelo estava cumprindo. Assista o vídeo abaixo:

O adestramento de cada Batalhão durou uma semana e nós acompanhamos um dia, por essa razão, algumas partes do adestramento nós não conseguimos registrar.

Na área A9 um pelotão se encontra recebendo instrução para o Tiro Tático com Pistola, enquanto outro já inicia o Fogo e Movimento. Nesse treinamento, os fuzileiros são divididos em grupos, onde enquanto um grupo avança, o outro executa fogo para cobrir seu avanço. E assim eles vão se alternando e avançando até o fim do circuito, que seria o embate frontal com o inimigo.

Foi um dia bastante puxado, tanto para os militares como para mim, pois eram muitas atividades ocorrendo simultâneamente, que não foi possível acompanha-las em sua totalidade, porém, com a ajuda do CMG (FN) Luciano, consegui ver inclusive com deslocamento via UNIMOG, os exercícios na área A11 e A12, onde ocorreu o treinamento com a metralhadora .50 e o lançamento de Granada de Bocal.

Acima um pouco do que perece ser um caminho fácil de se transitar, porém, a areia fina e fofa faz com que poucos caminhões consigam transpor, mas nesse caso, os UNIMOGs do CFN dão conta do recado com facilidade.

Voltando ao treinamento, os instrutores repetiam seguidas vezes as instruções de segurança para obter o melhor desempenho possível dos fuzileiros, promovendo a familiarização deles com seus equipamentos.

Ao entardecer, com a escuridão chegando, sou surpreendido por um pelotão que surge de repente para realizar o ataque noturno. 45 homens se movimentam silenciosamente até atigirem o ponto para o ataque, e é nessa hora que o silêncio acaba. Na escuridão total, os fuzileiros cerram ataque ao “inimigo”. Além da movimentação e penetração silenciosa, mais uma vez, o objetivo era a utilização de munição real, desta vez a noite, para dar ao fuzileiro a experiência do uso de seu armamento em condições extremas.

Mas a anoitecer não quer dizer que terminou, muito pelo contrário. O Batalhão preparou uma surpresa para os fuzileiros antes do treinamento de Tiro Institivo. Com som ensurdecedor de um Heavy Metal que não parava de tocar nem por 1 segundo, o pelotão foi levado ao máximo stress, simulando situação de combate com os instrutores imputando-lhes exercícios e mais exercícios, onde quem não fizesse corretamente era sancionado com mais flexões e alguns eram levados para o riacho que havia ao lado para se “refrescar” e ficar molhado, aumentando assim o nível de dificuldade. Após uma carga pesada de exercícios, um a um os fuzileiros eram levados para um estande de tiro préviamente preparado com alvos que seriam iluminados aleatóriamente, onde o fuzileiro tinha que dar 2 tiros toda vez que a luz vermelha se acendia. Não acompanhamos todos, mas os que vimos atirar, se sairam bem no treinamento. Após o treinamento, os fuzileiros passaram a noite em Bivaque (ao relento).

 :arrow: https://www.defesaaereanaval.com.br/naval/batalhao-riachuelo-adest-eq-ffe-marambaia-2020












 

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