Holanda deve juntar-se a bombardeamentos contra EI na Síria
A Holanda deve ser o próximo país a juntar-se à coligação internacional que bombardeia alvos do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria, depois de os trabalhistas darem hoje sinal verde aos ataques aéreos, alcançando assim maioria parlamentar à proposta.
O partido trabalhista Pvda, que faz parte da coligação do governo do primeiro-ministro holandês, o liberal Mark Rutte, disse estar de acordo em estender os bombardeamentos à Síria, segundo a agência ANP.
Até agora, a Holanda mantinha quatro caças F-16 em bases jordanas que realizavam ataques no Iraque contra esse grupo terrorista. O xenófobo Partido pela Liberdade (PVV), liderado por Geert Wilders, tinha insistido para a Holanda se envolver militarmente na Síria.
Segundo a ANP, o governo holandês deverá tomar uma decisão a esse respeito na próxima sexta-feira.
Rutte tinha pedido para serem «muito cautelosos» ao tomar a decisão de atacar o EI na Síria, embora o seu partido, o VVD, já tivesse reivindicando estender a esse país as ações já realizadas no Iraque, enquanto os trabalhistas se mostravam mais cautelosos e reivindicavam um plano para o futuro sírio antes de bombardear o país.
Após os atentados de 13 de Novembro em Paris, França apelou à defesa coletiva dos seus parceiros na União Europeia (UE), invocando um artigo dos tratados comunitários, enquanto os Estados Unidos, que lidera a coligação internacional que combate o EI no Iraque e na Síria, pediu mais esforços dos países envolvidos de alguma maneira nessa luta, o que inclui a Holanda.
O ministro dos Negócios Estrangeiros holandês, Bert Koenders, afirmou em Dezembro que, após os ataques na capital francesa, a decisão da França e do Reino Unido de intensificar a intervenção na Síria tinham «mudado as coisas». Na altura, disse ainda que a Holanda tinha que estudar qual poderia ser o seu «valor agregado» na resposta internacional aos terroristas nesse país.
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