Choque no Plano Tecnológico

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alfsapt

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Choque no Plano Tecnológico
« em: Novembro 18, 2005, 03:37:36 pm »
A prometida salvação do País que devia ter sido apresentado no final de Outubro, vai continuar adiada...

Correio da Manhã

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2005-11-18 - 00:00:00

José Tavares demite-se

Choque no Plano Tecnológico

Manuel de Almeida/ LUSA

Manuel Pinho (à esquerda) e José Tavares (à direita) no dia da tomada de posse deste em Junho
O Plano Tecnológico, uma das bandeiras eleitorais de José Sócrates e documento inspirador da acção do Governo para o crescimento económico, sofreu um sério revês: cinco meses após ter tomado posse, o coordenador do Plano, José Tavares, demitiu-se ontem sem dar explicações públicas.



http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=181585&idselect=90&idCanal=90&p=94
"Se serviste a patria e ela te foi ingrata, tu fizestes o que devias, ela o que costuma."
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TOMKAT

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Re: Choque no Plano Tecnológico
« Responder #1 em: Novembro 19, 2005, 06:14:07 pm »
Citação de: "alfsapt"
A prometida salvação do País que devia ter sido apresentado no final de Outubro, vai continuar adiada...

Correio da Manhã

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2005-11-18 - 00:00:00

José Tavares demite-se

Choque no Plano Tecnológico

Manuel de Almeida/ LUSA

Manuel Pinho (à esquerda) e José Tavares (à direita) no dia da tomada de posse deste em Junho
O Plano Tecnológico, uma das bandeiras eleitorais de José Sócrates e documento inspirador da acção do Governo para o crescimento económico, sofreu um sério revês: cinco meses após ter tomado posse, o coordenador do Plano, José Tavares, demitiu-se ontem sem dar explicações públicas.


http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=181585&idselect=90&idCanal=90&p=94


É a credibilidade de Sócrates a ir ao fundo...

1º- prometeu não aumentar o simpostos...foi a primeira coisa que fez.
2º- prometeu 150 mil novos empregos a a taxa de desemprego a subir.
3º- prometeu o "plano tecnológico" e o coordenador desse plano demite-se por falta de definição e avanços nesse mesmo plano.

O que virá a seguir???

Daqui a uns meses vamos perceber que Sócrates e o PS conquistaram o poder fruto de uma "gigantesca fraude eleitoral".

À boa maneira portuguesa...ninguém votou neles. :roll:
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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« Responder #2 em: Novembro 21, 2005, 02:46:43 pm »
Isto do Plano Tecnológico continua a ser mais do mesmo, falta de jeito para ter visão de longo prazo e coordenar, trabalhar em equipa (grandes carências portuguesas). Agora vem-se a saber que esta comissão pouco se reuniu com os supostos intervenientes e protagonistas do miraculoso plano tecnológico, quer dizer um plano concebido em gabinetes sem contacto com a realidade. Tive a oportunidade de ler o resumo que apareceu nestes dias passados no Público e senhores, é mais do mesmo, muita palha, muito academismo e intenções extraordinárias, palavras pomposas e que impressionam, mas exequibilidade e pés na terra?, muito pouco. E assim não vamos a lado nenhum. E sublinho, continuamos a falhar como país em aspectos essenciais para o desenvolvimento:
1.- Fraca capacidade de organização e coordenação
2.- Individualismo e péssima capacidade de trabalho em equipa
3.- Pouco sentido prático e visão a longo prazo
4.- Acrescentaria, vaidade académica e carência de simplicidade de pensamento (parece que temos vergonha de fazer coisas simples e exequíveis).


Se não formos capazes nós, chamem alguém de fora com capacidade para nos coordenar, que isto já mete impressão!!!
"Common sense is the less common of the senses"
 

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Luso

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« Responder #3 em: Novembro 21, 2005, 03:50:58 pm »
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1.- Fraca capacidade de organização e coordenação

Chefias fracas

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2.- Individualismo e péssima capacidade de trabalho em equipa

Chefias fracas constroem equipas fracas. Uma equipa é constituida por elementos que partilham de objectivos comuns e os contributos dos seus elementos devem ser geridos para que não se dê hipóteses às maçãs podres que inevitavelmente surgem. Coisa que os chefes fracos não são capazes de fazer. Eu evito trabalhar em equipa. Equipas são úteis se todos os elementos se respeitarem mutuamente e se derem ao respeito. Há muito politicamente correcto no "trabalho em equipa" que os fracos julgam consistir em "sermos todos amiguinhos uns dos outros e da ausência de conflitos" em deterimento da qualidade do trabalho desenvolvido.

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3.- Pouco sentido prático e visão a longo prazo

Chefes escolhidos por serem bem falantes e estarem interessados noutrascoisas que não o trabalho. Gente que nunca fez nada na vida e subiu graças às superiores capacidades de criar redes de relações.

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4.- Acrescentaria, vaidade académica e carência de simplicidade de pensamento (parece que temos vergonha de fazer coisas simples e exequíveis).

Pimba! Um tiro no porta-aviões!
Cá em Portugal, procura-se complicar devido à efeminização das mentalidades em que a emoção é confundida com a razão. A emoção que o "complexo" suscita é o do "profundo" e "elevado". Depois parece que se trabalha mais para impressionar os pares que para fazer trabalho de jeito. Simplificar é, para aqueles que nunca fizeram nada com as próprias mãos e nunca resolveram nada de concreto, um acto simplório, de mentes simplórias e ignorantes. Geralmente, os que ligam o "complicador" têm a tendência a serem cobardes porque julgam que assim fogem à decisão, adiando-a para que se façam mais "estudos".
Faz falta coragem!
Vontade de resolver os problemas a sério, como se a própria honra dependesse disso!
De homens em vez de pavões medrosos (senhoras).
Não imaginam o medo que por aí há de... agir!
Pessoalmente também não fazia ideia, mas há!
Mas agindo coloca-se em risco a aparencia e as pseudo-reputações.

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Se não formos capazes nós, chamem alguém de fora com capacidade para nos coordenar, que isto já mete impressão!!!


Exacto. Desde que não seja um "nuestro hermano" por mim estará tudo bem.
O que fez o Chile após limparem o Allende?
« Última modificação: Novembro 21, 2005, 06:40:03 pm por Luso »
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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PereiraMarques

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« Responder #4 em: Novembro 21, 2005, 04:04:09 pm »
Citação de: "Luso"
O que fez o Chile após limparem o Allende?


"Chicago Boys" do Milton Friedmann, neo-liberalismo puro e "hardcore"... :lol:

Cumprimentos
B. Pereira Marques
 

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Spectral

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« Responder #5 em: Novembro 21, 2005, 05:38:02 pm »
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Luso escreveu:   
O que fez o Chile após limparem o Allende?   


"Chicago Boys" do Milton Friedmann, neo-liberalismo puro e "hardcore"...



Tortura, assassínio e ditadura também.
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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fgomes

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« Responder #6 em: Novembro 21, 2005, 06:31:42 pm »
Bravo Luso! Grande descrição da nossa administração pública!

:Palmas:  :Palmas:  :Palmas:
 

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Luso

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« Responder #7 em: Novembro 21, 2005, 06:38:32 pm »
Citação de: "Spectral"
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Luso escreveu:   
O que fez o Chile após limparem o Allende?   


"Chicago Boys" do Milton Friedmann, neo-liberalismo puro e "hardcore"...


Tortura, assassínio e ditadura também.



Exactamente!
E depois não digam que eu não avisei...
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fgomes

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« Responder #8 em: Novembro 21, 2005, 06:45:40 pm »
Como já se disse nos posts anteriores, temos tendência para não considerar as coisas pequenas e simples e só ligar a projectos megalómanos. Veja-se o seguinte exemplo francês (nem tudo o que vem de França é mau!):
A Direcção Geral dos Impostos francesa optou por substituir o MSOffice 97 pelo Open Office, de modo que em vez de gastar 29 milhões de euros, vai gastar apenas 200 mil!
Cá em Portugal, na nossa Administração Pública continuamos a ter computadores com as mais recentes versões do MSOffice e que depois só servem para fazer ofícios...
Quanto é que o Estado gastará em licenças de "software" subutilizado ou que poderia ser substituido por programas "open source" a custo reduzido ou nulo?
http://insight.zdnet.co.uk/software/0,39020463,39236214,00.htm
 

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alfsapt

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« Responder #9 em: Novembro 21, 2005, 07:30:45 pm »
Citação de: "fgomes"
A Direcção Geral dos Impostos francesa optou por substituir o MSOffice 97 pelo Open Office, de modo que em vez de gastar 29 milhões de euros, vai gastar apenas 200 mil!
Cá em Portugal, na nossa Administração Pública continuamos a ter computadores com as mais recentes versões do MSOffice e que depois só servem para fazer ofícios...
Quanto é que o Estado gastará em licenças de "software" subutilizado ou que poderia ser substituido por programas "open source" a custo reduzido ou nulo?


Essa ideia de que o software "open source" tem custos muito reduzidos é uma irrealidade. Passo expilicar:

1. O Custo de licenciamento em grande volume, como pode ser obviamento o estado, pode ficar na ordem das poucas dezenas de euros  por posto onde se inclui o sistema operativo e todas as aplicações office versão profissional. É apenas uma questão negocial e de gestão.

2. O custo de aquisição de software é apenas uma pequena parte do custo do software chegando a ser inferior aos custos de manutenção e inerentes serviços. Quanto menos "popular" for o software mais caros são estes custos. (Hoje em dia encontra especialistas Microsoft desempregados e se necessitar de ajuda para um "open source" precisará de dinheiro se encontrar recursos...).

3. Qualquer dep. de informática deve ter em conta outros custos dificilmente quantificáveis como por exemplo
- o impacto de em caso de emergência (avarias/vírus/mau uso, etc) quer na capacidade de reposição/substituição dos sistemas quer na salvaguarda de informação
- a evolução assegurada: quer directamente ou indirectamente, o software evolui nem que seja para acompanhar as novidades em produtividade, e são muitos os "open source" antes considerados promissores que simplesmente despareceram e cuja substituição nunca é fácil (serviços de apoio + migração de informação + formação)

Acho que a razão "Francesa" tem um objectivo mais cultural do que propriamente financeiro.

Hoje em dia encontra-se tudo "made in china" (ou arredores), até ferraris... mas Windows ainda não, e não será por uma questão de preço.
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fgomes

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« Responder #10 em: Novembro 21, 2005, 08:23:02 pm »
Alfsapt, no artigo em questão é frisado que não vão abandonar o Windows em favor do Linux, trata-se apenas do Office. É patente que eles não querem correr riscos demasiados. Quanto ao outro software citado, a nível de servers, pelo que sei, a administração pública já os usa.
Quanto ao Office, lembro-me que há uns anos atrás, houve uma "guerra" entre a Microsoft e a administração israelita, porque esta empresa queria vender todo o MSOffice e não apenas o Word.
 

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Luso

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« Responder #11 em: Novembro 21, 2005, 09:24:01 pm »
E quanto custa uma licença de Autocad?
Uminha?
E quem diz autocad diz outra coisa qualquer.

1 autocad para cada 308 munícípios.
Como diria o Gugu "é só fazer as contas".
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USB80

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« Responder #12 em: Novembro 21, 2005, 10:01:48 pm »
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Chefias fracas constroem equipas fracas. Uma equipa é constituida por elementos que partilham de objectivos comuns e os contributos dos seus elementos devem ser geridos para que não se dê hipóteses às maçãs podres que inevitavelmente surgem. Coisa que os chefes fracos não são capazes de fazer. Eu evito trabalhar em equipa. Equipas são úteis se todos os elementos se respeitarem mutuamente e se derem ao respeito. Há muito politicamente correcto no "trabalho em equipa" que os fracos julgam consistir em "sermos todos amiguinhos uns dos outros e da ausência de conflitos" em deterimento da qualidade do trabalho desenvolvido.
Estou de acordo que as chefias tem um grande papel. Mas os chefes donde provem? Quem são os chefes antes de o serem? E quem diz chefes, diz também todas as pessoas que tem alguma responsabilidade, governo, funcionarios públicos, sindicatos, etc. A matéria-prima é a mesma e o problema está na matéria-prima humana. Portugal não tem tido tradição de trabalho em equipa, e como diz, confunde-se frequentemente trabalho em equipa com amiguismo, perda de tempo, conversa e showoff. A educação não tem estimulado o trabalho em equipa. O que tem imperado (até há bem pouco tempo e se calhar ainda) é o professor todo-poderoso, chato, normalmente em cima dum pedestal, o Exmo. Sr. Doutor Professor que quanto menos se percebe, mais sabe...Ora isto está perfeitamente em antagonismo com a forma eficaz de trabalhar e aprender hoje em dia. Já fui testemunha numa multinacional onde trabalhei em Portugal do triste espectáculo de ter que vir um alto executivo da Holanda para ensinar como se deve estar numa reunião: "1º desligar os telemóveis, 2º preparar com antecedência o que se vai tratar na reunião, 3º não interromper a pessoa que está a falar antes dela terminar, 4º Chegar a conclusões na reunião, etc." Parecia uma aula da escola primária, mas só que era dirigida a gestores e altos quadros portugueses!!!

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Chefes escolhidos por serem bem falantes e estarem interessados noutras coisas que não o trabalho. Gente que nunca fez nada na vida e subiu graças às superiores capacidades de criar redes de relações.
Totalmente de acordo !!!  :cry: ).

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4.- Acrescentaria, vaidade académica e carência de simplicidade de pensamento (parece que temos vergonha de fazer coisas simples e exequíveis).

Pimba! Um tiro no porta-aviões!
Cá em Portugal, procura-se complicar devido à efeminização das mentalidades em que a emoção é confundida com a razão. A emoção que o "complexo" suscita é o do "profundo" e "elevado". Depois parece que se trabalha mais para impressionar os pares que para fazer trabalho de jeito. Simplificar é, para aqueles que nunca fizeram nada com as próprias mãos e nunca resolveram nada de concreto, um acto simplório, de mentes simplórias e ignorantes. Geralmente, os que ligam o "complicador" têm a tendência a serem cobardes porque julgam que assim fogem à decisão, adiando-a para que se façam mais "estudos".
Faz falta coragem!
Vontade de resolver os problemas a sério, como se a própria honra dependesse disso!
De homens em vez de pavões medrosos (senhoras).
Não imaginam o medo que por aí há de... agir!
Pessoalmente também não fazia ideia, mas há!
Mas agindo coloca-se em risco a aparencia e as pseudo-reputações.

 :G-Ok: É isso mesmo. Análise interessante a sua! Confesso que não tinha pensado nalgumas destas coisas. Eu também não sabia que havia tanto medo em Portugal, mas há. Este é um país cheio de pessoas assustadas e paralizadas: medo de agir, medo de tomar decisões, medo de errar, medo de arriscar. Já o diz o título do livro do Prof. José Gil: "Portugal, hoje: o medo de existir".
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Luso

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« Responder #13 em: Novembro 21, 2005, 10:39:08 pm »
Citação de: "USB80"
Já o diz o título do livro do Prof. José Gil: "Portugal, hoje: o medo de existir".


Boa Ideia!
Tenho que o comprar para o citar às minhas chefias a quem eu estou sempre a dar pancada (coisa pouco sensata de fazer mas um homem não é de ferro. E se os palermas gostam de citações...).  :mrgreen:

Meus amigos que sabem do que falo: muito obrigado pelas vossas palavras. Não é fácil aguentar certas coisas e tentar fazer com que haja um mínimo de lógica, de razão, naquilo que se faz.
Mas pergunto-vos: estaremos a agir bem?
Será preferível não fazer nada ou ajudar ao descalabro para acelarar a queda de um sistema PODRE?
- Pooooodre!

Digo-vos, agora à laia de guisa, que há funcionários públicos que são uns pulhas de primeira (um tiro na nuca é pouco) mas há outros que passam as passas do Algarve para aguentar um poucochinho isto. Lembrem-se disso antes de insultarem os próximos funcionários públicos (esses cães!) que tiverem que lidar.
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TOMKAT

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« Responder #14 em: Novembro 21, 2005, 11:17:28 pm »
Citação de: "USB80"
Chefias fracas constroem equipas fracas.
...

 :G-Ok: É isso mesmo. Análise interessante a sua! Confesso que não tinha pensado nalgumas destas coisas. Eu também não sabia que havia tanto medo em Portugal, mas há. Este é um país cheio de pessoas assustadas e paralizadas: medo de agir, medo de tomar decisões, medo de errar, medo de arriscar. Já o diz o título do livro do Prof. José Gil: "Portugal, hoje: o medo de existir".


Em Portugal sofre-se de uma doença endémica que é a "doutorite aguda".
Um fulano qualqeur apanha-se com um canudo na mão, e acha-se logo a pertencer a uma raça superior.
Sr. Doutor..
Sr. Engenheiro...
Sr. Professor...

Contacto com muitos quadros estrangeiros devido à minha actividade profissional e nos países ditos desenvolvidos, aqueles que nós queremos seguir como exemplo, o doutor, o engenheiro ou o professor antes de o ser, é o João, o José, o Manuel,...e no contacto profissional não são arrogantes nem dão ares de superioridade pelo simples facto de terem um grau académico elevado.
Em Portugal o João é antes de mais o Sr. Doutor João ou o Sr. Engenheiro José, e por aí a fora...

Tiques do passado que custam a passar. :roll:
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