EDP: Notícias

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Lusitano89

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Re: EDP: Notícias
« Responder #45 em: Agosto 13, 2010, 11:18:35 pm »
EDP eleita melhor empresa eléctrica em inovação no Brasil


A EDP foi eleita a melhor empresa do setor energético nas áreas de gestão em inovação e qualidade por uma sondagem anual realizada pela revista económica brasileira Isto é Dinheiro.

O grupo EDP também obteve destaque nos critérios de governança corporativa e sustentabilidade financeira, na sondagem “As Melhores da Dinheiro”, edição especial da revista Istoé Dinheiro.

“Hoje é importante buscar aperfeiçoamento do negócio em inovação e sustentabilidade”, disse o vice-presidente de Distribuição e Inovação da EDP no Brasil, Miguel Setas.

“São essas práticas que vão diferenciar a qualidade das ações corporativas do mundo atual”, salientou o executivo após o anúncio do galardão.

No Brasil, o grupo português lançou o Programa EDP 2020 – rumo à nova era energética, que visa desenvolver e estimular a criação de novos modelos de negócio.

Uma das ações desse programa é o EDP 2020 – Prémio de Inovação e Empreendedorismo, a maior distinção do setor no Brasil, que destaca soluções energéticas com tecnologias limpas.

No Brasil, a EDP é pioneira na implantação de uma rede de abastecimento de veículos elétricos, com a instalação de postos nos estados do Espírito Santo e de São Paulo, áreas de atuação do grupo.

No Brasil, a EDP controla actualmente empresas de distribuição (Bandeirante e Escelsa), de comercialização e de produção de energia.

Lusa
 

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Re: EDP: Notícias
« Responder #46 em: Outubro 01, 2010, 12:40:35 pm »
EDP quer investir 600 M€ em Espanha nos próximos anos


A EDP quer continuar a reforçar a sua presença em Espanha e tem previsto investir, em várias áreas, cerca de 600 milhões de euros "nos próximos dois a três anos", reconhecendo assim a importância "qualitativa e quantitativa" do mercado.

João Manso Neto, administrador da EDP, explicou à Lusa, em Madrid, que os investimentos se canalizarão para o sector das renováveis e para a expansão da rede de electricidade e gás.

"É um investimento em renováveis e em redes de gás e electricidade, de acordo com o plano de negócios", afirmou, referindo que o mercado ibérico continua a ser o mercado ‘core' da EDP.

"Espanha, do ponto de vista das renováveis, tem uma regulação relativamente estável e isso é importante. E somos já o segundo distribuidor de gás o que permite uma expansão rentável e segura dos activos de gás", disse.

Manso Neto recordou a compra das redes de gás na Cantábria e em Múrcia, realizada já "no sentido de potenciar esse crescimento".

João Manso Neto, administrador da EDP, falava à Lusa em Madrid depois de receber, em nome da empresa, o prémio de "Mérito Empresarial - Empresa Portuguesa em Espanha" atribuído pela Câmara Hispano Portuguesa.

Um prémio que, frisou, é "particularmente agradável" por reconhecer o trabalho da EDP em Espanha, um mercado importante "tanto quantitativamente como qualitativamente".

"Mais de metade das receitas líquidas da EDP são de fora de Portugal, mas Espanha e o nosso grande mercado depois de Portugal. Somos aqui o quarto produtor eléctrico, terceiro em renováveis e segundo distribuidor de gás. Mais de 20% do EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da EDP vem de Espanha", relembrou.

"Mas o aspecto qualitativo não é menor, porque Espanha é a continuação do mercado português, na electricidade ou no gás, onde se tem que pensar no mercado ibérico", afirmou.

Considerando que Espanha continua a ser um mercado difícil, Manso Neto referiu que a EDP "nunca foi discriminada por ser de capital português", apostando sempre na sua política de gestão em questões como a flexibilidade, na importação e exportação de práticas.

"É importante que as empresas não percam a sua identidade própria (no caso das empresas que adquirimos). Queremos manter, mais do que as marcas, a identidade das empresas que existam para que as pessoas no terreno mantenham a autonomia", disse.

Instado a comentar as recentes medidas de austeridade aprovadas em Portugal, Manso Neto sublinhou que para as empresas "é fundamental que os mercados acreditem na política económica do Governo".

Lusa
 

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Re: EDP: Notícias
« Responder #47 em: Outubro 05, 2010, 08:47:15 pm »
EDP no Brasil eleita uma das «Melhores Empresas para Investir»


A EDP foi eleita a segunda melhor empresa do Brasil para se investir, segundo ranking divulgado esta semana pela revista especilizada Capital Aberto. O ranking da revista analisa criação de valor da empresa, rentabilidade, liquidez das ações e adoção de melhores práticas de governança corporativa, de responsabilidade social e ambiental.

Para o presidente da EDP no Brasil, António Pita de Abreu, o reconhecimento do desempenho do grupo é fruto do plano estratégico adotado e pela qualidade dos seus colaboradores.

“Trabalhamos de forma criteriosa e empenhada para entregar um retorno atrativo aos acionistas”, disse o presidente António Pita de Abreu, citado num comunicado.

Desde o IPO, há cinco anos, a EDP distribuiu cerca de 1,1 mil milhões de reais (478 milhões de euros, ao câmbio atual), em dividendos e o seu valor bolsista mais que duplicou.

No mesmo período, investiu 4,8 mil milhões de reais (2,09 mil milhões de euros) em projetos de expansão, especialmente no segmento de produção de energia.

“O contexto de escassez de recursos energéticos primários, a necessidade de responder às alterações climáticas e a tendência de concentração pessoas em cidades cada vez maiores estão colocando em marcha uma profunda alteração no setor elétrico”, salientou Pita de Abreu.

Segundo o executivo, a EDP “está atenta a essas mudanças”, dando prioridade a investimentos em inovação, em gestão do capital humano e em sustentabilidade.

No Brasil, a EDP controla atualmente empresas de distribuição (Bandeirante e Escelsa), de comercialização e de produção de energia.

Lusa
 

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Re: EDP: Notícias
« Responder #48 em: Março 22, 2011, 06:52:29 pm »
EDP é a marca portuguesa mais valiosa


A EDP é a marca portuguesa mais valiosa com um valor estimado de 2,755 milhões de euros, seguindo-se a Portugal Telecom (PT) e o Pingo Doce, revela um estudo da Brand Finance hoje divulgado.

A EDP lidera o ranking global, apresentando um valor de marca de 2,755 mil milhões de euros e um rating de AA-, seguida da PT que apresenta um valor de marca de cerca de 1,101 milhões de euros e um rating de AA.

A terceira e a quarta posição são ocupadas pelo Pingo Doce e Modelo Continente, com um valor de marca de 1,050 mil milhões de euros e 877 milhões de euros, e um rating de AA e AA-, respectivamente, seguidas da Galp Energia que ocupa a quinta posição, com um valor de marca estimado em 799 milhões e um rating AA-.

O estudo dividiu-se em diversas áreas de intervenção, como o sector bancário, telecomunicações, media, distribuição e bebidas, entre outros.

O estudo Marcas Portuguesas mais Valiosas, na sua segunda edição, foi realizado pela Brand Finance, empresa especialista em estratégia de marcas e avaliação de activos intangíveis.

Lusa
 

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Re: EDP: Notícias
« Responder #49 em: Maio 07, 2011, 04:36:33 pm »
EDP tem lucros de 342 milhões de €€€ no primeiro trimestre

 
Os resultados da EDP superaram as estimativas dos analistas. António Mexia fala em números "históricos".

A empresa obteve um lucro de 342 milhões de euros entre Janeiro e Março, mais 11% do que em igual período do ano anterior. Os analistas apontavam para um resultado de 307 milhões de euros, pelo que os lucros ficaram acima das estimativas.

A empresa divulgou que o EBITDA (lucros antes de juros, impostos e amortizações) subiu 7% para os 1.008 milhões de euros, um resultado igualmente acima das expectativas - os analistas esperavam que o EBITDA fosse de 961 milhões . O Brasil representou 20% do EBITDA do primeiro trimestre.

Para António Mexia trata-se "um resultado histórico para a companhia" por ser a primeira vez que o EBITDA supera os mil milhões de euros, graças às operações no exterior que pesam agora 60% nas actividades da empresa.

"Já estamos longe de uma empresa que tinha 100% da sua actividade em Portugal. Em 2012 teremos 66% fora de Portugal", disse ainda o presidente-executivo da EDP.

Os resultados mostram ainda uma redução de 8,5% dos custos operacionais entre Janeiro e Março e um emagrecimento de 2,2% na dívida líquida, que está actualmente nos 15,98 mil milhões de euros.

Ainda assim a EDP não antecipa problemas de financiamento. "Em Março de 2011, a EDP detinha uma posição total de caixa e de linhas de crédito disponíveis no valor de 4,8 mil milhões de euros. Esta posição de liquidez permite cobrir a nossa necessidade de fundos esperados nos próximos 24 meses", lê-se no relatório.

Diário Económico
 

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Re: EDP: Notícias
« Responder #50 em: Julho 19, 2011, 09:20:35 pm »
EDP distribui mais 1% de energia no 1.º semestre


A energia distribuída pela EDP subiu 1% no primeiro semestre deste ano, "suportada pela actividade de gás e operações no Brasil", indica o grupo nos dados operacionais previsionais.

De acordo com os dados enviados pela EDP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a energia total vendida a clientes no mercado livre subiu 5%.

O grupo refere que, nos últimos 12 meses, "aumentou a capacidade instalada em oito por cento, para 22,5 gigawatts", uma subida suportada, essencialmente, "por adições de capacidade eólica".

No que respeita à distribuição de electricidade e gás na Península Ibérica, a electricidade distribuída em Portugal no primeiro semestre caiu 1,2% face ao mesmo período do ano passado, "reflectindo uma menor procura nos segmentos residencial e Pequenas e Médias Empresas (PME)".

Já o gás distribuído cresceu 5,5% em Portugal no primeiro semestre, "impulsionado pela subida de 10% na base de pontos de ligação", e 4% em Espanha.

Ainda em Espanha, a electricidade distribuída pela HC Distribuición na região das Astúrias aumentou 3% nos primeiros seis meses deste ano, "reflectindo uma maior base de clientes (mais 1%)".

No Brasil, a electricidade distribuída pela Bandeirante+Escelsa aumentou 3,4% no primeiro semestre, refere a EDP, acrescentando que no negócio de geração de electricidade a produção cresceu 12%.

A produção de energia eólica aumentou 27% entre Janeiro e Junho deste ano, sendo que nos EUA cresceu 39% e na Europa 13%.

A EDP divulga os resultados do primeiro semestre deste ano no dia 28 de Julho, depois do fecho do mercado.

Lusa
 

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Malagueta

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Re: EDP: Notícias
« Responder #51 em: Dezembro 14, 2011, 10:37:55 am »
Privatização de 21.5 da EDP as propostas:

Eu tenho a minha opinião, acho mais interessante a proposta alema, já que vai ser vendido ( para mim o estado nesta empresa nunca devia sair totalmente )

Deixo aqui as propostas:


"Os alemães da E.ON entraram na corrida à EDP com os olhos postos no negócio de energias renováveis da empresa liderada por António Mexia.

Ao que o Diário Económico apurou, a proposta germânica é de 3,25 euros por acção (2,54 mil milhões de euros), mas inclui ainda a entrega de uma das suas participadas espanholas, a Viesgo. A E.ON entrega assim activos convencionais de geração e distribuição de energia (incluindo centrais termoeléctricas a carvão), em troca de uma participação accionista na EDP Renováveis, de posições minoritárias nos activos brasileiros da EDP e de 100 milhões de euros pagos pela EDP. Os activos que os alemães pretendem ceder à EDP estarão avaliados em 1,7 mil milhões de euros, mas o seu real valor só estará definitivamente aferido após um processo de ‘due dilligence'.

Além disso, os alemães acenam com outros benefícios para a economia nacional que não estão contabilizados na compra da posição do Estado na EDP. Nomeadamente, um centro de ‘research' e desenvolvimento avaliado em cerca de mil milhões de euros, para aposta nas energias renováveis e para criação de um ‘cluster' industrial equiparável ao do mais importante investimento germânico em solo português, a Autoeuropa.

No que toca à governação da empresa, os alemães aceitam a condição de três a quatro elementos no conselho geral e de supervisão da EDP, prometendo não interferir na gestão liderada por António Mexia. Além disso, a E.ON terá cedido numa sua pretensão inicial, que passava por alterações na gestão da EDP Renováveis"


A China Three Gorges tem contra si o facto de ser desconhecida em Portugal e de carregar o ‘estigma’ de uma empresa estatal chinesa.

Mas a proposta da energética do Império do Meio é, de longe, a mais elevada do ponto de vista financeiro, com uma oferta de 3,45 euros por acção (2,69 mil milhões de euros).

Os chineses comprometem-se a assegurar linhas de crédito no valor de quatro mil milhões de euros para a EDP, dos quais metade são garantidos pelo CDB (banco chinês que concedeu um financiamento ao BES). Os outros dois mil milhões são prometidos à eléctrica numa carta de outro banco chinês, o ICBC, mas esta parte do financiamento não é considerada ‘commited' (ou seja, falta definir a taxa de juro e os prazos, e outros pormenores). Estes financiamentos permitem à EDP inverter a política de contenção de custos e de retracção estratégica, já que assegura grande parte das necessidades de refinanciamento da dívida da empresa nos próximos anos. Até 2015, a EDP tem dívida a vencer no valor de 10,8 mil milhões de euros



"Os brasileiros da Eletrobras partiram para a privatização da EDP com a confiança dos conquistadores, tendo a imprensa de além Atlântico relatado que a operação eram “favas contadas” para o estado-maior liderado por José Carvalho Neto.

Mas os brasileiros, que oferecem cerca de 2,56 mil milhões de euros (3,28 euros por acção) terão cometido um erro estratégico ao menosprezar a importância dos accionistas privados da eléctrica, que não viram com bons olhos as exigências dos brasileiros em relação ao conselho geral e de supervisão da EDP.

Ao que o Diário Económico apurou, a proposta da Eletrobras passa por um reforço dos direitos de voto para 32%, de modo a acomodar a aliança que terá acordado com a Iberdrola, o maior accionista privado da EDP. Exige ainda mais lugares no Conselho Geral e de Supervisão do que aqueles que o Governo pretende conceder (quatro). A concretizar-se esta exigência, os outros accionistas da eléctrica portuguesa perderiam poder ou mesmo representatividade no conselho. Assim se explica, segundo as fontes ouvidas pelo Diário Económico, o facto de o conselho geral ter excluído os brasileiros do parecer que entregou ontem à Parpública.

Além disso, a Eletrobras pretende que a EDP compre as suas unidades de distribuição brasileiras, o que, a concretizar-se, seria uma viragem completa na estratégia do grupo liderado por António Mexia, que tem passado pela aposta na geração de energia e na venda das distribuidoras brasileiras. Para implementar essa viragem, a Eletrobras exige mudanças na administração da Energias do Brasil, com a entrada de elementos seus, o que poderia, no limite, implicar a saída do actual presidente-executivo (António Pita de Abreu ) "
 

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Re: EDP: Notícias
« Responder #52 em: Dezembro 22, 2011, 04:41:18 pm »
A Parpública e a Three Gorges acabam de assinar a minuta do contrato da venda de 21,35% da EDP

Citar
Depois da decisão do Governo em vender a posição estatal na EDP aos chineses da Three Gorges - em detrimento dos alemães da E.ON e dos brasileiros da Eletrobras e da Cemig -, a Parpública esteve reunida com os assessores do grupo chinês para discutir as condições da oferta, nomeadamente as garantias bancárias.

Depois disso passou-se à assinatura da minuta do contrato que concretiza a venda de 21,35% da EDP à Three Gorges por 2,7 mil milhões de euros, apurou o Económica junto de fonte próxima do grupo chinês.

http://economico.sapo.pt/noticias/parpu ... 34378.html
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: EDP: Notícias
« Responder #53 em: Dezembro 22, 2011, 07:42:14 pm »


Venda de 21,35% da EDP aos chineses: ministro Miguel Relvas explica o negócio em directo

O Governo entrega a EDP a privados, após 35 anos de ter sido nacionalizada .A empresa vai passar a ser iminentemente privada e controlada pelos chineses da Three Gorges Corporation, um dos passos fundamentais exigidos pela 'troika' para a abertura do mercado de energia e a uma maior concorrência.

Após a criação da EDP em 1976, que resultou da nacionalização de várias  empresas, a energética portuguesa fica agora quase integralmente nas mãos  dos privados passados 35 anos. Pelo meio ficaram oito fases de privatizações,  parcerias com empresas espanholas que nunca se chegaram a concretizar, como  é o caso da Iberdrola que é atualmente o segundo maior acionista (6,79 por  cento) e uma expansão internacional iniciada pelo ex-presidente João Talone,  com a compra da espanhola Hidrocantábrico, e continuada pelo atual presidente  executivo António Mexia, levando a empresa para mercados como o Brasil e  Estados Unidos.

A alteração da limitação de votos dos acionistas de 10 para 20 por cento,  realizada em julho, tornou ainda mais apetecível a venda dos 21,35 por cento  da EDP detida pelo Estado e uma peça fundamental de abertura da empresa  ao mercado.

Nos três últimos anos, a EDP tem apresentado resultados líquidos generosos,  sempre por volta dos mil milhões de euros em contraponto com um aumento  do endividamento da empresa, que ronda os 16 mil milhões de euros. Perante  a conjuntura de dificuldade de crédito e de um aumento desmesurado das taxas  de juro, foram os próprios interessados na privatização a alertarem para  um possível problema de gestão da dívida da EDP.

A abertura do capital privado na empresa começou praticamente quando  esta entrou em bolsa a 16 de junho de 1997, com a venda de 29,99 por cento  do capital social, numa altura em que o capitalismo popular ficou na moda.  Aliás, a operação foi destinada ao público em geral, trabalhadores e investidores  institucionais que ficariam obrigados a proceder à posterior dispersão das  ações.

A segunda fase de privatização aconteceu logo no ano seguinte, em 1998,  com a intenção de realizar um acordo de parceria com a espanhola Iberdrola,  um processo liderado por Joaquim Pina Moura, então ministro da Economia  e atual presidente em Portugal da empresa espanhola.

Na venda direta à Iberdrola, o acordo estratégico permitiu que ambas  ficassem com a opção de adquirir 2,25 por cento do capital social da outra,  sendo que a Iberdrola exerceu a sua opção durante a terceira fase de privatização,  onde o Estado vendeu 16,2 por cento da EDP.

A quarta fase de privatização aconteceu em outubro de 2000, tendo sido  alienada pelo Estado uma posição equivalente a 20 por cento. Após a operação,  o Estado reduziu a sua posição na EDP dos anteriores 50,8 por cento para  31,3 por cento.

A quinta fase de privatização da EDP, realizada em finais de 2004, foi  feita através de aumento de capital, realizado com o objetivo de financiar  a aquisição de uma participação adicional na Hidrocantábrico, e uma venda  direta de referência à espanhola Cajastur, que atualmente detém 5,01 por  cento da empresa. Com esta operação, o Estado viu reduzida a sua participação  para cerca de 25,3 por cento.

Na sexta e sétima fase de privatização da empresa, a Parpública, empresa  do Estado que detém a participação da EDP, lançou duas emissões de obrigações  suscetíveis de permuta por ações representativas do capital social. A primeira  foi em 2005 com a colocação de 4,4 por cento do capital e a segunda em 2007  com 4 por cento do capital, exatamente a mesma percentagem com que a Parpública  ficará na EDP após a última fase de privatização.

Lusa
http://sicnoticias.sapo.pt/economia/201 ... em-directo

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EDP: as vantagens da parceria com a Three Gorges

Liderar nas energias renováveis e melhorar perfil de crédito

    * PorRedacção  PGM
    * 2011-12-22 18:38

A EDP já aprovou o estabelecimento de uma parceria estratégica com a China Three Gorges (CTG), depois de o Governo ter escolhido a chinesa na última fase de privatização da empresa. Em comunicado, a eléctrica lista as vantagens de estar aliada ao gigante chinês.

«A EDP e a CTG, o maior grupo chinês de energias limpas, vão combinar esforços no sentido de se tornarem líderes mundiais de produção de energia renovável, atravésde uma parceria estratégica em projectos de energia renovável, sendo que a EDP irá liderar na Europa (nos países onde está presente), EUA, Canadá, Brasil e outros mercados sul-americanos selecionados, enquanto a CTG irá liderar nos mercados asiáticos onde está presente e/ou onde possui vantagens tecnológicas ou industriais», diz.

«A parceria irá permitir à EDP diversificar as oportunidades de crescimento sendo expectável que aumente os resultados líquidos por acção da EDP a partir de 2012», escreve a eléctrica.

No âmbito desta parceria, a CTG irá investir 2 mil milhões de euros (incluindo cofinanciamento de investimento operacional) até 2015 em participações de 34 a 49% em projectos de energia renovável correspondentes a 1,5 GW (líquidos) em operação e prontos a construir, dos quais 800 milhões de euros serão investidos nos primeiros 12 meses após a assinatura da parceria.

Adicionalmente, «a parceria com a CTG inclui um compromisso firme de financiamento por parte de uma instituição financeira chinesa à EDP, ao nível corporativo, num montante até 2 mil milhões de euros com maturidade de até 20 anos».

A parceria «fortalece o perfil de crédito da EDP mediante o aumento da posição de liquidez financeira com uma extensão de dois anos da cobertura das necessidades de financiamento da EDP até meados de 2015».

O objectivo é que a dívida líquida atinja um valor equivalente a três vezes o EBITDA em 2015.

No que se refere à EDP Renováveis, o acordo entre a EDP e a CTG está sujeito à aprovação dos Órgãos Sociais.

O acordo final da parceria estratégica será assinado «na ou próximo da data de conclusão da aquisição da participação na EDP pela CTG a qual está dependente do cumprimento das habituais condições precedentes

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/emp ... -1728.html
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Jorge Pereira

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Re: EDP: Notícias
« Responder #54 em: Dezembro 22, 2011, 07:51:30 pm »
Parece-me uma boa escolha:

Abrimos as portas a um dos maiores mercados de capitais do mundo na actualidade. Para além dos investimentos na área das energias (que poderão catapultar os nossos investimentos nas barragens nacionais e nas energias renováveis) propuseram trazer financiamento de bancos chineses à economia portuguesa.

Poderá significar (se pensarmos também na recepção dos grandes porta-contentores procedentes da zona do canal do Panamá em Sines, assim como as promessas de investimento conjunto nos países lusófonos) que Portugal será definitivamente uma espécie de entreposto ou intermediário da China na Europa e no mundo lusófono.

“Amarramos” de certa forma, os interesses económicos chineses ao bom desempenho económico de Portugal. Isto, numa altura de incerteza sobre o futuro da Europa e do Euro, parece-me uma escolha acertada do ponto de vista geoestratégico.


Citar
Presidente da China Three Gorges: "Mais companhias chinesas irão investir em Portugal" (act)

"Estou muito feliz. A decisão do governo português é boa para o futuro da EDP", disse Cao Guanggjing.
O presidente da China Three Gorges Corporation, Cao Guangjing, considerou hoje "muito sábia e justa" a decisão do governo português de vender à sua empresa 21,35 por cento da parcela que o Estado detém no capital da EDP.

"Estou muito feliz (...). A decisão do governo português é boa para o futuro da EDP e para o desenvolvimento das relações entre os nossos dois países", disse Cao Guanggjing à Agencia Lusa em Pequim.
"Mais companhias chinesas irão investir em Portugal", acrescentou.

Em declarações à agência Lusa, Cao Guangjing disse também estar "agradecido" ao governo português pela forma como conduziu a privatização da EDP e adiantou que irá pessoalmente a Portugal assinar o contrato para a compra das ações.

"Foi um processo justo, objectivo e transparente", afirmou.

Cao Guangjing agradeceu igualmente o "forte apoio" do governo e dos bancos da China à sua candidatura à compra de 21,35 por cento do capital da EDP.

A entrada da China Three Gorges Corporation na EDP "será benéfica para as duas empresas, e para os dois países, especialmente nos mercados internacionais", disse o presidente da companhia chinesa.

Cao Guangjing, 47 anos, formado em engenharia civil, está ligado ao projecto das Três Gargantas do rio Yangtze desde a década de 1980.

Trata-se do maior complexo hidroeléctrico do mundo, com uma capacidade de produção igual ao do consumo anual de electricidade em Portugal

Fonte

Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Miguel

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Re: EDP: Notícias
« Responder #55 em: Dezembro 22, 2011, 08:45:15 pm »
Citar
incerteza sobre o futuro da Europa e do Euro, parece-me uma escolha acertada do ponto de vista geoestratégico

Certissimo :!:

O atual governo, e o excelente PPC sao os melhores para salvar Portugal.

Ainda de lembrar que nunca tivemos problemas com a China, mesmo com a nossa antiga provincia Macau.
 

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Edu

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Re: EDP: Notícias
« Responder #56 em: Dezembro 22, 2011, 09:11:55 pm »
Citação de: "Miguel"

Certissimo :!:

O atual governo, e o excelente PPC sao os melhores para salvar Portugal.

Claro que sim, acho que ninguém tem duvidas que mandar os jovens portugueses emigrar é uma excelente politica económica. Jovens estes que na sua maioria têm licenciaturas, mestrado ou mesmo doutoramento e custaram milhões de euros ao estado para se formarem.

Relativamente aos chineses, não sei, enquanto os EUA tiverem o domínio militar e forem nossos aliados acho que não há grande problema... espero eu.
Não nos podemos é esquecer que estamos a falar de uma empresa estatal de um país que não é uma democracia e que não tem quaisquer problemas em violar normas e regras internacionais...
 

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Miguel

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Re: EDP: Notícias
« Responder #57 em: Dezembro 22, 2011, 09:34:51 pm »
Portugal precisa neste momento de pessoas a produzir.

Se os jovens "doutores" e "engenheiros" nao querem trabalhar nos campos, nao contam com o estado para os pagar para estar em casa a dormir, ou em gabinetes cursos fantasmas.

O tempo dos malandros acabou.

Todos ao trabalho.
 

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Edu

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« Responder #58 em: Dezembro 22, 2011, 09:52:10 pm »
Citação de: "Miguel"
Portugal precisa neste momento de pessoas a produzir.

Se os jovens "doutores" e "engenheiros" nao querem trabalhar nos campos, nao contam com o estado para os pagar para estar em casa a dormir, ou em gabinetes cursos fantasmas.

O tempo dos malandros acabou.

Todos ao trabalho.

Sem duvida que Portugal precisa de pessoas a produzir, concordo totalmente.
Mas os jovens portugueses querem trabalhar nos campos, e querem trabalhar nas minas e nas fabricas. E até querem fazer mais, querem conduzir investigações que levem ao aumento da nossa produtividade.
Porque é que em vez de mandar os jovens portugueses irem ser produtivos para o estrangeiro (e acredite que no estrangeiro são muito produtivos) não se lhes dá condições para serem produtivos no país.
Porque é que se utilizaram os fundos da união europeia para destruir a maquina produtiva nacional, se não se tivesse destruído pode ter a certeza que os jovens estavam nos campos, e nas minas, e nas fabricas e nos navios pesqueiros.
A culpa de como as coisas estão não se pode atribuir aos jovens que até aqui a única coisa que fizeram, bem ou mal, foi estudar.

Mandar os jovens emigrar é passar um atestado de inutilidade ao país.
É dizer que aqui não há mais nada para se fazer, que o país está para fechar.
É basicamente o governo dizer que não há nada que possam fazer e mais vale irem-se embora.

Porque é que não se utilizam os fundos da troika para revitalizar a nossa maquina produtiva, eu propunha começar pela industria pesada (siderurgias e afins).

Peço desculpa peço off-topic
 

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nelson38899

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Re: EDP: Notícias
« Responder #59 em: Dezembro 23, 2011, 09:10:47 am »
Citação de: "Miguel"
Portugal precisa neste momento de pessoas a produzir.

Se os jovens "doutores" e "engenheiros" nao querem trabalhar nos campos, nao contam com o estado para os pagar para estar em casa a dormir, ou em gabinetes cursos fantasmas.

O tempo dos malandros acabou.

Todos ao trabalho.

Pois pois, é esse trabalho que dará a Portugal o valor acrescentado nos seus produtos, que tanto precisamos. Acho incrível, como após 37 anos depois do fim da ditadura, ainda haja pessoas com a mentalidade de pão e vinho sobre a mesa.

Não percebo o que fazes em França, quando em Portugal há tantos campos para lavrar a um custo de 3,3€ por hora.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva