EUA fora das Lajes?

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Lightning

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #45 em: Novembro 20, 2012, 12:04:13 am »
Citação de: "Edu"
Se querem salvaguardar a soberania nacional não se fiem em ajuda externa, pois esses só nos irão ajudar enquanto lhes for vantajoso que continuemos independentes.

Imponh[ão]am um serviço militar obrigatório como na Suiça. Mudem a mentalidade dos portugueses nesse sentido e garanto que mesmo potências como os EUA pensam duas vezes antes de nos invadirem.

Mesmo um serviço militar obrigatório já não é muito intimidatório, se formos invadidos é só mais "carne" para o "triturador", a unica vantagem é que depois de termos sido conquistados, vai haver muito pessoal com algum treino militar para serem guerrilheiros.

A unica maneira actualmente de impedir sermos invadidos por qualquer potencia estrangeira é ter "a bomba" :twisted: .
 

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Edu

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #46 em: Novembro 20, 2012, 12:58:33 am »
Citação de: "Lightning"
Citação de: "Edu"
Se querem salvaguardar a soberania nacional não se fiem em ajuda externa, pois esses só nos irão ajudar enquanto lhes for vantajoso que continuemos independentes.

Imponhão um serviço militar obrigatório como na Suiça. Mudem a mentalidade dos portugueses nesse sentido e garanto que mesmo potências como os EUA pensam duas vezes antes de nos invadirem.

Mesmo um serviço militar obrigatório já não é muito intimidatório, se formos invadidos é só mais "carne" para o "triturador", a unica vantagem é que depois de termos sido conquistados, vai haver muito pessoal com algum treino militar para serem guerrilheiros.

A unica maneira actualmente de impedir sermos invadidos por qualquer potencia estrangeira é ter "a bomba" :twisted: .

Isso de ser intimidatório depende do país que estejamos a falar. Se calhar para uns estados unidos não é assim tão intimidatório. Mas para uma espanha saber que tem ao lado um país onde pelo menos toda a população adulta masculina sabe mexer com armas (estou a falar de um serviço militar como tem a suiça, não como tinha Portugal) é suficiente para não os levar a arricar uma invasão que resultaria em baixas elevadissimas.

Além de que um exército desses teria sempre de agir na base da guerrilha, nunca iriamos por o nosso exercito nesse caso frente a frente contra um exercito maior e mais poderoso. Um pouco à imagem daquilo que se passa na suiça.
 

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Lightning

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #47 em: Novembro 20, 2012, 01:19:26 am »
Desculpem lá escrever tantos textos mas é que sou só um curioso sobre o assunto, não possuo nenhum mestrado em relações internacionais, ciencias politicas, ou coisa do género :mrgreen: , a pior coisa que acontece cá é mandarem paralelos da calçada à policia de choque, os Estados Unidos haveriam de achar boa ideia Portugal ser invadido pela Espanha?
 

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Luso

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #48 em: Novembro 20, 2012, 11:02:33 am »
Citação de: "Lightning"
Nessas várias épocas houve revoluções, mudanças de regime, quase guerras civis, assassinio de reis, houve combates no meio de Lisboa, depois do 25 de Abril tivemos o PREC com um partido comunista muito influente, e estavamos na guerra fria, viveu-se alguns anos na incerteza e mesmo assim, as grandes potências dessas épocas nunca permitiram que a Espanha nos invadisse, porque raio de razão é que actualmente, que finalmente somos uma democracia, até somos uma Republica como os Estados Unidos :mrgreen: , a pior coisa que acontece cá é mandarem paralelos da calçada à policia de choque, os Estados Unidos haveriam de achar boa ideia Portugal ser invadido pela Espanha?

Realmente...
É que com os políticos absolutamente corruptos que temos, está-se efectivamente a salvo de invasão. Assim, invadir para quê?
Realmente nunca tinha pensado nisso.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Edu

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #49 em: Novembro 20, 2012, 12:03:55 pm »
Citação de: "Luso"
Citação de: "Lightning"
Nessas várias épocas houve revoluções, mudanças de regime, quase guerras civis, assassinio de reis, houve combates no meio de Lisboa, depois do 25 de Abril tivemos o PREC com um partido comunista muito influente, e estavamos na guerra fria, viveu-se alguns anos na incerteza e mesmo assim, as grandes potências dessas épocas nunca permitiram que a Espanha nos invadisse, porque raio de razão é que actualmente, que finalmente somos uma democracia, até somos uma Republica como os Estados Unidos :mrgreen: , a pior coisa que acontece cá é mandarem paralelos da calçada à policia de choque, os Estados Unidos haveriam de achar boa ideia Portugal ser invadido pela Espanha?

Realmente...
É que com os políticos absolutamente corruptos que temos, está-se efectivamente a salvo de invasão. Assim, invadir para quê?
Realmente nunca tinha pensado nisso.

Exactamente caro Luso, invadir para quê se nós já pomos os interesses das potências extrangeiras à frente dos nossos?

A questão da invasão só se poria se passassemos a ter politicos que lutassem pelos interesses dos portugueses e não outros quaisquer.

Enquanto não sairmos da cepa torta este país nunca será uma tentação à invasão de ninguém.
 

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scrupulum

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #50 em: Novembro 20, 2012, 05:26:00 pm »
A invasão de Portugal esta a acontecer neste momento. Estamos a sêr atacados e ocupados, não por esquadras de navios ou batalhões de assalto, mas de uma forma muito mais barata e proveitosa para os assaltantes. Repare-se o que sucedeu ao nosso patrimonio publico. Empresas que desde sempre foram patrimonio da comunidade nacional,   pertencem agora a quem ? Não me refiro, claro esta, às empresas nacionalizadas durante o PREC. Refiro-me às empresas de bandeira que sempre foram publicas e que sempre trouxeram proveitos a Portugal , como a GALP, EDP, etc.  Quando não houver mais nada para vender, resta-nos o quê ? Os direitos de exploração sobre a nossa ZEE talvez  ?...

A questão da soberania dos Açores, (se algum dia esta questão se colocar), tem muitas implicações com a nossa ZEE.  Sabemos todos o que foi o Mapa Côr-de-rosa e o Ultimatum inglês. Ontem era a Inglaterra a Senhora, hoje são os EUA os Senhores, mas ambos são hoje "irmãos de armas".  O perigo vem destes predadores, e os predadores atuais são o poder fianceiro ( a Nomenklatura Global) que têm no sistema politico e economico anglo-saxão as suas doutrinas e raizes, as suas Citys, as suas Bolsas...e o seu instrumento militar.

Por outro lado, e como o Papatango, eu mesmo e outros foristas ja escrevemos : a soberania portuguesa sobre tão vasta ZEE vai sêr posta em causa um dia. Provavelmente, a integração europeia vai concretizar-se a um nivel tal  que a exploração economica das aguas de um estado membro estara à disposição de todos os outros estados. E mesmo que assim não seja, Portugal podera ser sempre refém de uma divida astronomica. Sujeito premeditada e intencionalmente  a um estado de penuria e de divida eterna, graças à obrigação de pagar juros altissimos pelas dividas que contrai para pagar outras dividas, Portugal sera obrigado, como ja disse, a saldar os direitos de esploraçao sobre a nossa ZEE, a nossa ultima "joia".

Supunhamos que Portugal se consegue livrar do peso da divida e do diktat dos mercados financeiros. Neste caso ja não seremos obrigados a "saldar" os nossos direitos de exploração sobre a nossa ZEE. Utupia mas,... quem sabe ?
Supunhamos ainda que Portugal consiga impedir que a integração europeia nos obrigue a "partilhar" os recursos da nossa ZEE com os outros estados membros. Outra utopia, mas quem sabe ?

Se se concretizarem as duas utopias que acabei de referir, resta aos predadores a boa velha solução : Portugal é despojado à força de uma parte do seu territorio terrestre (os Açores) e de parte do seu territorio maritimo ( a nossa ZEE).

Portugal tem  todo o interesse, se não quizer ser diluido no grande espaço da coca-cola e do Big Brother, em dar um grande pontapé no vespeiro, mudando de politica e de politicos e em pôr a andar os  representantes armados dos predadores que estacionam em territorio português, mais exatamente nas Lajes.
« Última modificação: Novembro 20, 2012, 07:35:22 pm por scrupulum »
scrupulum aka legionario
 

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #51 em: Novembro 20, 2012, 05:40:45 pm »
Citação de: "scrupulum"
A invasão de Portugal esta a acontecer neste momento. Estamos a sêr atacados e ocupados, não por esquadras de navios ou batalhões de assalto, mas de uma forma muito mais barata e proveitosa para os assaltantes. Repare-se o que sucedeu ao nosso patrimonio publico. Empresas que desde sempre foram patrimonio da comunidade nacional,   pertencem agora a quem ? Não me refiro, claro esta, às empresas nacionalizadas durante o PREC. Refiro-me às empresas de bandeira que sempre foram publicas e que sempre trouxeram proveitos a Portugal , como a GALP, EDP, etc.  Quando não houver mais nada para vender, resta-nos o quê ? Os direitos de exploração sobre a nossa ZEE talvez  ?...

A questão da soberania dos Açores, (se algum dia esta questão se colocar), tem muitas implicações com a nossa ZEE.  Sabemos todos o que foi o Mapa Côr-de-rosa e o Ultimatum inglês. Ontem era a Inglaterra a Senhora, hoje são os EUA os Senhores, mas ambos são hoje "irmãos de armas".  O perigo vem destes predadores, e os predadores atuais são o poder fianceiro ( a Nomenklatura Global) que têm no sistema politico e economico anglo-saxão as suas doutrinas e raizes, as suas Citys, as suas Bolsas...e o seu instrumento militar.

Por outro lado, e como o Papatango, eu mesmo e outros foristas ja escrevemos : a soberania portuguesa sobre tão vasta ZEE vai sêr posta em causa um dia. Provavelmente, a integração europeia vai concretizar-se a um nivel tal  que a exploração economica das aguas de um estado membro estara à disposição de todos os outros estados. E mesmo que assim não seja, Portugal podera ser sempre refém de uma divida astronomica. Sujeito premeditada e intencionalmente  a um estado de penuria e de divida eterna, graças à obrigação de pagar juros altissimos pelas dividas que contrai para pagar outras dividas, Portugal sera obrigado, como ja disse, a soldar os direitos de esploraçao sobre a nossa ZEE, a nossa ultima "joia".

Supunhamos que Portugal se consegue livrar do peso da divida e do diktat dos mercados financeiros. Neste caso ja não seremos obrigados a "soldar" os nossos direitos de exploração sobre a nossa ZEE. Utupia mas,... quem sabe ?
Supunhamos ainda que Portugal consiga impedir que a integração europeia nos obrigue a "partilhar" os recursos da nossa ZEE com os outros estados membros. Outra utopia, mas quem sabe ?

Se se concretizarem as duas utopias que acabei de referir, resta aos predadores a boa velha solução : Portugal é despojado à força de uma parte do seu territorio terrestre (os Açores) e de parte do seu territorio maritimo ( a nossa ZEE).

Portugal tem todo o interesse, se não quizer ser diluido no grande espaço da coca-cola e do Big Brother, a dar um grande pontapé no vespeiro, mudando de politica e de politicos e em pôr a andar os seus representantes armados que estacionam em territorio português, mais exatamente nas Lajes.

 :Palmas:  :Palmas:

Não diria melhor. Infelizmente há muitos que acham que temos aliados que são muito nossos amigos, por exemplo os EUA....
 

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #52 em: Novembro 20, 2012, 06:11:08 pm »
Citação de: "scrupulum"
A invasão de Portugal esta a acontecer neste momento. Estamos a sêr atacados e ocupados, não por esquadras de navios ou batalhões de assalto, mas de uma forma muito mais barata e proveitosa para os assaltantes. Repare-se o que sucedeu ao nosso patrimonio publico. Empresas que desde sempre foram patrimonio da comunidade nacional,   pertencem agora a quem ? Não me refiro, claro esta, às empresas nacionalizadas durante o PREC. Refiro-me às empresas de bandeira que sempre foram publicas e que sempre trouxeram proveitos a Portugal , como a GALP, EDP, etc.  Quando não houver mais nada para vender, resta-nos o quê ? Os direitos de exploração sobre a nossa ZEE talvez  ?...

A questão da soberania dos Açores, (se algum dia esta questão se colocar), tem muitas implicações com a nossa ZEE.  Sabemos todos o que foi o Mapa Côr-de-rosa e o Ultimatum inglês. Ontem era a Inglaterra a Senhora, hoje são os EUA os Senhores, mas ambos são hoje "irmãos de armas".  O perigo vem destes predadores, e os predadores atuais são o poder fianceiro ( a Nomenklatura Global) que têm no sistema politico e economico anglo-saxão as suas doutrinas e raizes, as suas Citys, as suas Bolsas...e o seu instrumento militar.

Por outro lado, e como o Papatango, eu mesmo e outros foristas ja escrevemos : a soberania portuguesa sobre tão vasta ZEE vai sêr posta em causa um dia. Provavelmente, a integração europeia vai concretizar-se a um nivel tal  que a exploração economica das aguas de um estado membro estara à disposição de todos os outros estados. E mesmo que assim não seja, Portugal podera ser sempre refém de uma divida astronomica. Sujeito premeditada e intencionalmente  a um estado de penuria e de divida eterna, graças à obrigação de pagar juros altissimos pelas dividas que contrai para pagar outras dividas, Portugal sera obrigado, como ja disse, a soldar os direitos de esploraçao sobre a nossa ZEE, a nossa ultima "joia".

Supunhamos que Portugal se consegue livrar do peso da divida e do diktat dos mercados financeiros. Neste caso ja não seremos obrigados a "soldar" os nossos direitos de exploração sobre a nossa ZEE. Utupia mas,... quem sabe ?
Supunhamos ainda que Portugal consiga impedir que a integração europeia nos obrigue a "partilhar" os recursos da nossa ZEE com os outros estados membros. Outra utopia, mas quem sabe ?

Se se concretizarem as duas utopias que acabei de referir, resta aos predadores a boa velha solução : Portugal é despojado à força de uma parte do seu territorio terrestre (os Açores) e de parte do seu territorio maritimo ( a nossa ZEE).

Portugal tem  todo o interesse, se não quizer ser diluido no grande espaço da coca-cola e do Big Brother, em dar um grande pontapé no vespeiro, mudando de politica e de politicos e em pôr a andar os  representantes armados dos predadores que estacionam em territorio português, mais exatamente nas Lajes.


Efectivamente, dos melhores postais que tenho lido por aqui há muito tempo. Aliás, as questões e propostas feitas são axiais e decisivas, sobretudo o último parágrafo.
É, já agora, muito contribui para ajudar a desmontar o raciocínio do nosso bom Papatango quando diz, em também bom "português internacional":

Esses grupos podem de fato agir, mas nunca a esse nível. Jamais a esse nível.
Seria demasiado caro e mesmo impraticável.


Pois é assim que as coisas se fazem, pelo menos desde 1700 e picos quando os aventaleiros comçaram a exportar as ideias dos bancos centrais privados.
Para estas coisas há todo o dinheiro do mundo: porque o dinheiro inventa-se e troca-se por poder real.

Se não ocorrer pancada da grossa que se salde em vitória dos Portugueses, e que corra com estes grandes filhos de puta, ou os execute, este país desaparece e fica apenas uma sweat shop / casa de putas.
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FoxTroop

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #53 em: Novembro 20, 2012, 09:42:20 pm »
Citação de: "Luso"
Citação de: "scrupulum"
A invasão de Portugal esta a acontecer neste momento. Estamos a sêr atacados e ocupados, não por esquadras de navios ou batalhões de assalto, mas de uma forma muito mais barata e proveitosa para os assaltantes. Repare-se o que sucedeu ao nosso patrimonio publico. Empresas que desde sempre foram patrimonio da comunidade nacional,   pertencem agora a quem ? Não me refiro, claro esta, às empresas nacionalizadas durante o PREC. Refiro-me às empresas de bandeira que sempre foram publicas e que sempre trouxeram proveitos a Portugal , como a GALP, EDP, etc.  Quando não houver mais nada para vender, resta-nos o quê ? Os direitos de exploração sobre a nossa ZEE talvez  ?...

A questão da soberania dos Açores, (se algum dia esta questão se colocar), tem muitas implicações com a nossa ZEE.  Sabemos todos o que foi o Mapa Côr-de-rosa e o Ultimatum inglês. Ontem era a Inglaterra a Senhora, hoje são os EUA os Senhores, mas ambos são hoje "irmãos de armas".  O perigo vem destes predadores, e os predadores atuais são o poder fianceiro ( a Nomenklatura Global) que têm no sistema politico e economico anglo-saxão as suas doutrinas e raizes, as suas Citys, as suas Bolsas...e o seu instrumento militar.

Por outro lado, e como o Papatango, eu mesmo e outros foristas ja escrevemos : a soberania portuguesa sobre tão vasta ZEE vai sêr posta em causa um dia. Provavelmente, a integração europeia vai concretizar-se a um nivel tal  que a exploração economica das aguas de um estado membro estara à disposição de todos os outros estados. E mesmo que assim não seja, Portugal podera ser sempre refém de uma divida astronomica. Sujeito premeditada e intencionalmente  a um estado de penuria e de divida eterna, graças à obrigação de pagar juros altissimos pelas dividas que contrai para pagar outras dividas, Portugal sera obrigado, como ja disse, a soldar os direitos de esploraçao sobre a nossa ZEE, a nossa ultima "joia".

Supunhamos que Portugal se consegue livrar do peso da divida e do diktat dos mercados financeiros. Neste caso ja não seremos obrigados a "soldar" os nossos direitos de exploração sobre a nossa ZEE. Utupia mas,... quem sabe ?
Supunhamos ainda que Portugal consiga impedir que a integração europeia nos obrigue a "partilhar" os recursos da nossa ZEE com os outros estados membros. Outra utopia, mas quem sabe ?

Se se concretizarem as duas utopias que acabei de referir, resta aos predadores a boa velha solução : Portugal é despojado à força de uma parte do seu territorio terrestre (os Açores) e de parte do seu territorio maritimo ( a nossa ZEE).

Portugal tem  todo o interesse, se não quizer ser diluido no grande espaço da coca-cola e do Big Brother, em dar um grande pontapé no vespeiro, mudando de politica e de politicos e em pôr a andar os  representantes armados dos predadores que estacionam em territorio português, mais exatamente nas Lajes.


Efectivamente, dos melhores postais que tenho lido por aqui há muito tempo. Aliás, as questões e propostas feitas são axiais e decisivas, sobretudo o último parágrafo.
É, já agora, muito contribui para ajudar a desmontar o raciocínio do nosso bom Papatango quando diz, em também bom "português internacional":

Esses grupos podem de fato agir, mas nunca a esse nível. Jamais a esse nível.
Seria demasiado caro e mesmo impraticável.


Pois é assim que as coisas se fazem, pelo menos desde 1700 e picos quando os aventaleiros comçaram a exportar as ideias dos bancos centrais privados.
Para estas coisas há todo o dinheiro do mundo: porque o dinheiro inventa-se e troca-se por poder real.


Se não ocorrer pancada da grossa que se salde em vitória dos Portugueses, e que corra com estes grandes filhos de ***, ou os execute, este país desaparece e fica apenas uma sweat shop / casa de putas.

Apenas sublinhei este dois paragrafos pois parece que muitas pessoas ainda não interiorizaram certas "regras" e modus operandi. Excelente discussão
 

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Edu

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #54 em: Novembro 20, 2012, 11:32:10 pm »
É impressionante ( e não estou a criticar, estou a lamentar) que algumas pessoas tenham de facto mais medo de uma assimilação militar por parte de espanha do que da escravidão a que já estamos sujeitos pelos grandes poderes económicos.

Sinceramente não pondo de parte que a espanha nos quisesse invadir, mas com isso, desculpem que diga, podiamos nós bem. Haviamos de lhes fazer a vida num tal inferno se eles cá viessem que a ETA eram praticantes de paint-ball ao pé de nós. Deus os livrasse de tentarem invadir Portugal, nós podiamos não ter paz, mas eles também nunca mais irião ter.

Agora a destruição vagarosa de Portugal (e de que espanha curiosamente também está a ser alvo) que pouco a pouco e cada vez mais piora a vida dos Portugueses, fazendo-nos trabalhar mais e ter piores condições de vida isso sim deve ser a nossa grande preocupação.
Porque no fim são as condições de vida das pessoas e a capacidade do nosso povo se sentir realizado e ser feliz que interessa. Mais até do que a própria soberania, arriscar-me-ía mesmo a dizer

E a verdade é que essa destruição esta a acontecer agora e as pessoas vivem mal e em sacrificio, como verdadeiros escravos. E por muito que de espanha não venham nem bons ventos nem bons casamentos a verdade é que esta escravatura não vem necessáriamente deles mas mais até do outro lado do atlantico ou do centro da europa.

Por isso no sentido de quem de facto sofre no nosso país, os EUA são um inimigo bem mais perigoso que a espanha por exemplo.
 

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papatango

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #55 em: Novembro 21, 2012, 10:59:38 am »
Citação de: "Lightning"
Nessas várias épocas houve revoluções, mudanças de regime, quase guerras civis, assassinio de reis, houve combates no meio de Lisboa, depois do 25 de Abril tivemos o PREC com um partido comunista muito influente, e estavamos na guerra fria, viveu-se alguns anos na incerteza e mesmo assim, as grandes potências dessas épocas nunca permitiram que a Espanha nos invadisse, porque raio de razão é que actualmente, que finalmente somos uma democracia, até somos uma Republica como os Estados Unidos :mrgreen: , a pior coisa que acontece cá é mandarem paralelos da calçada à policia de choque, os Estados Unidos haveriam de achar boa ideia Portugal ser invadido pela Espanha?

Porque Portugal neste momento pode estar à beira de uma (mais uma) convulsão social.
Nós não podemos nestas coisas olhar para os países estrangeiros. Nós normalmente fomos precursores em termos de convulsões sociais.

Nós nunca sabemos quando é que a União Europeia entra em colapso.
O que acontecerá se os países começarem a sair da UE (vide Reino Unido) ou a sair do Euro (caso provavel da Grécia).
E mesmo que não comece aqui, se em alguns países europeus começarem a aparecer as soluções «robustas» nós seguiremos a moda.

Nós somos um país instável há muito tempo. 48 anos de Estado Novo, fizeram-nos esquecer a tradição de instabilidade governativa que caracterizou Portugal durante os últimos dois séculos.

Nunca devemos achar que a História chegou ao fim e que os acontecimentos não se repetem.
Eles repetem-se sim.

E é esta visão do mundo, que recomenda que fiquemos com as barbas de molho, continuando hoje como há séculos, a depender de uma potência tutelar que impeça a «tutelaridade natural» de Castela, que já levou à absorção de todos os países da Peninsula Ibérica com excepção de Portugal.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #56 em: Novembro 21, 2012, 11:13:20 am »
Citação de: "Edu"

Não diria melhor. Infelizmente há muitos que acham que temos aliados que são muito nossos amigos, por exemplo os EUA....


como em tudo na vida ,há os "bons aliados" e os "maus aliados"

É apenas questão de gostar mais ou menos da bota que nos espezinha.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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papatango

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #57 em: Novembro 21, 2012, 11:26:12 am »
Citação de: "Edu"
Sinceramente não pondo de parte que a espanha nos quisesse invadir, mas com isso, desculpem que diga, podiamos nós bem. Haviamos de lhes fazer a vida num tal inferno se eles cá viessem que a ETA eram praticantes de paint-ball ao pé de nós. Deus os livrasse de tentarem invadir Portugal, nós podiamos não ter paz, mas eles também nunca mais irião ter.

Eu acho que você não está a entender muito bem a questão.
Desde Alfonso XIII, que a Espanha não tem intenções de anexar Portugal, o que tem são intenções de controlar Portugal e de ficar responsável pela sua tutela.

Quando em 1915 a Espanha envia a sua esquadra para Lisboa, para mostrar os canhões, a Espanha assume uma posição perante a França e perante a Inglaterra, afirmando indiretamente que pode ser a potência tutelar.

É claro que a Republica francesa, que tinha apoiado o aparecimento de uma república na Europa (A França fora durante muitas décadas a única república e Portugal era a outra república europeia) não gostou, e gostou ainda menos porque em 1915 temia-se que a Espanha tomasse uma posição favorável à Alemanha.
A Inglaterra também não gostou, porque achou que os espanhóis estavam a agir unilateralmente.
Ambos os países mandam navios de guerra para Lisboa (apesar de estarem em guerra e em plena campanha dos Dardanelos na Turquia).

Estas potências não queriam invadir Portugal. Queriam apenas garantir a sua capacidade para infuenciar a política portuguesa.
E é disso que falo, porque é isso que conta.

A Espanha nos dias de hoje, pretende contar com os votos de Portugal na União Europeia, garantindo que nem precisa de enviar uma comissão para convencer Lisboa a votar com Madrid.
Para os espanhóis deveria apenas haver uma linha telefónica, em que os portugueses ligam para Madrid para perguntar como votam e pronto.

Mas a situação de hoje é apenas um exemplo, amanhã tudo pode mudar. A questão da tutela dos países pequenos mantem-se sempre.
No leste da Europa a tutela passou da Russia comunista para a Alemanha. A Turquia luta hoje por aumentar a lista de países tutelados, querendo a tutela da Síria, Jordânia (em parte do Egito), além da Sérvia, da Albânia e da Bulgaria.
O Irão quer a tutela do Iraque e mantém uma guerra surda com a Rússia por causa da tutela sobre o Azerbeijão.

O conceito de tutela confunde-se com o que descrevemos como invasão económica.
Tem a tutela sobre um país quem conseguir mais negócios para as suas empresas, e quem consegue ganhar os negócios sempre.
No caso português, a verdade é que a Espanha não conseguiu essa tutela de forma clara. Não controlou a energia, não controla as linhas aéreas, não conseguiu impor a construção do TGV (embora estivesse próximo e apenas a falta de dinheiro o tenha impedido).

Não existe um grande movimento internacional contra o qual temos que lutar para nos libertarmos.
Existem vários.
Mesmo as maçonarias dividem-se entre ritos anglo-saxonicos e ritos seguidos pelos países latinos.
Há muitos pontos de contato, mas os grupos americanos continuam a estar de um lado e os europeus do outro.

Só nos resta hoje, como ontem, jogar com essa divisão, fazendo alianças com um lado contra o outro.

E por isso os Açores e a presença dos americanos são tão importantes. Acho mesmo que nunca foram tão importantes.
Fora o exagero, quase que arriscaria que valeria a pena pagar para que eles lá ficassem.
São um seguro de vida.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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scrupulum

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #58 em: Novembro 21, 2012, 02:24:34 pm »
O atual governo Português é conhecido por ir mais além daquilo que lhe é pedido pela Troika, no que diz respeito às medidas de austeridade.
 ( Mais valia que tivessemos um governo que batesse com o punho na mesa e que dissesse : vamos voltar a fazer as continhas desde o principio .  Portugal paga sim senhor, mas paga os mesmos juros que pagam a Alemanha ou a França pelo dinheiro que pede ou que pediu emprestado. Era isto ou nada.)

O Papatango segue a mesma linha do governo português, pois vai mais além daquilo que nos é pedido. Papatango, não so é pelos americanos nos Açores, como até não se importava de lhes pagar para que eles la continuassem. O Papatango é um situacionista ; eu não sou.
O Papatango diz que tem que ser assim, porque sempre assim foi. Diz tambem que ha varios grupos de interesse no mundo, que a Espanha quer controlar Portugal, fala até das maçonarias, dos turcos, da esquadra espanhola no Tejo em 1915, do Irão, da Russia e até do Azerbaijão.

Ha certamente varios grupos e interesses no mundo, mas e os interesses de Portugal ?
 
Portugal esta na origem de uma vasta comunidade linguistica e cultural, a lusofonia, que tal como o inglês ou o espanhol, esta espalhada pelo mundo. Não me refiro somente aos paises que têm o português como lingua oficial, mas tambem às comunidades lusas que têm o seu peso e influência em paises como os EUA, a França, a Africa do Sul, etc.
Não nos podemos esquecer do papel que tiveram estas comunidades aquando do problema de Timor. Houve em varias cidades de França e dos EUA uma grande mobilização das nossas comunidades em favor da posição de Portugal.

Vamos ao que interessa :
Portugal tem pendente um dossier na ONU que diz respeito ao alargamento da nossa ZEE. Qual é a posição dos EUA em relação a este dossier ? São a favor ou são contra ?
Seria aqui que as Lajes poderiam pesar na balança, mas não acredito. Os EUA querem tudo e têm a força suficiente para se imporem face a Portugal.

Mesmo que não consigamos aumentar a nossa ZEE, a que temos ja é bem extensa e o interesse de Portugal esta em proteger esta grande fonte de recursos. O interesse de Portugal esta tambem em se inserir em mais um grupo de interesses, constituido pelos paises cujas fronteiras das ZEE se tocam : Portugal, Espanha, Cabo Verde e Brasil. Todos estes paises, mais tarde ou mais cedo vão ter que batalhar para guardar o que é seu. Mais vale agir em concerto.
Na disputa pelos recursos mundiais, os EUA não vão estar do nosso lado, eles vão jogar pela equipa deles, pelos seus proprios interesses.

Qual é pois o interesse em termos os EUA nas Lajes ?
Se a resposta é o dinheiro que eles la gastam nos restaurantes e nas lojas, eu digo : não chega !
Os russos, que hoje não se pode dizer que sejam menos democraticos do que os EUA, certamente que nos faziam ganhar mais pela utilização da base. Em troca certamente que nos cederiam uns sistemas de defesa costeira "Bastion" e outros tantos sistemas de defesa anti-aérea S-300 PMU 2.

O sistema democratico nos EUA esta  rapidamente a evoluir para um sistema oligarquico onde a Goldman Sachs e congeneres é que mandam. Estas oligarquias financeiras (sobretudo esta que mencionei) estão presentes ao lado de todos os ultimos presidentes americanos. Isto é muito inquietante tanto mais que nos ultimos anos temos constatado que na luta pelos recursos mundiais, as FA americanas têm sido utilizadas sem discrição e sem vergonha.
scrupulum aka legionario
 

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papatango

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Re: EUA fora das Lajes?
« Responder #59 em: Novembro 21, 2012, 04:33:07 pm »
Vamos ao que interessa:

1-
Desde 2010 que Portugal está na BANCARROTA.
O país não tem dinheiro para pagar pensões de reforma, nem pagar salários aos médicos, aos policias, aos bombeiros, aos militares, aos enfermeiros e aos restantes funcionários.

2-
Esses salários continuam a ser pagos, porque a tal da TROIKA permitiu esses pagamentos, entregando dinheiro ao estado português.

3-
Só quem acredita que podemos bater o pé e dizer que não pagamos, é aquele maluco descerebrado do PS (Pedro Nuno Santos) que acha que temos uma bomba atómica.

4-
Para todos os efeitos Portugal é um país sob intervenção estrangeira, porque ao contrário do que dizem os comunistas, QUEM PAGA É QUEM MANDA !

5-
Nós não temos a mais pequena capacidade para influir nos destinos do controlo do Atlântico, se a União Europeia for controlada por um pequeno grupo de países que podem por e dispor.

6-
Na Europa não temos capacidade para influenciar nada nem ninguém, e para a maioria dos países europeus (com a viragem europeia para o Leste) Portugal é uma realidade distante que lhes é desconhecida.

7-
A dimensão da dívida portuguesa é de tal modo grande e pesada, que qualquer comparação com a crise de Timor, é mais absurda que a evocação da bomba atómica do «não pagamos» da louca do PS.

8-
SEMPRE FOI ASSIM. Quer dizer que nos últimos 370 anos, nós jogámos sempre com a força da potência que controla o mar, contra a força da potência que controla o continente.
Isto é História. E quando se evoca a História, pode-se dizer que «sempre foi assim», porque são os factos históricos que o afirmam.

9-
É do interesse de Portugal, desenvolver politicas que nos permitam fazer o mesmo que fizemos até aqui, e que, queira-se ou não, goste-se ou não, explica porque ainda somos um país independente. Nós temos uma tradição diplomática de jogar por debaixo da mesa. Nós não recuperamos o Brasil aos holandeses, nos compramo-lo. Nós subornámos a família do Napoleão, em Angola subornámos o Savimbi, e em Timor propusemos entregar dinheiro às milicias pró-indonesias.
Esta é a realidade dos interesses de Portugal e sobre a forma como eles sempre foram e devem continuar a ser defendidos.




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Os russos, que hoje não se pode dizer que sejam menos democraticos do que os EUA, certamente que nos faziam ganhar mais pela utilização da base.
I rest mu case  :shock:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...