« em: Setembro 01, 2006, 06:59:05 pm »
Compromisso Portugal defende uma nova visão do modelo económico-social
O Compromisso Portugal anunciou hoje que vai debater uma nova visão do modelo económico-social, assim como factores de produtividade que o movimento considera determinantes para o desenvolvimento do país, no âmbito da 2ª Convenção do Beato.
Um dos promotores do Compromisso Portugal, António Carrapatoso, disse hoje que a realização da Convenção, a 21 de Setembro, é importante porque o país continua a defrontar-se com muitos desafios, "sendo necessário explicitar uma nova visão do modelo económico-social do qual deverão decorrer a concretização de profundas reformas estruturais".
"Não nos conformamos com a situação actual do país, pelo que são precisas medidas estruturais para inverter a situação", afirmou o presidente da Vodafone Portugal em conferência de imprensa.
Neste sentido, o Compromisso Portugal elaborou um texto provocatório geral, cujo resumo apresentou hoje aos jornalistas, onde advoga a necessidade de criar um país para o futuro que responda às aspirações dos cidadãos, assente em cinco princípios.
"A nossa pretensão é lançar propostas para incentivar a discussão sobre o que deve ser o modelo económico-social", explicou António Carrapatoso, adiantando que a plataforma de pensamento e reflexão Compromisso Portugal "não faz a apreciação das medidas concretas do Governo".
Entre os princípios enunciados pelo movimento, destaque para a existência de direitos sociais e de uma rede de protecção social selectiva, um Estado forte e independente ao serviço dos cidadãos e a subsidiariedade do Estado e a concorrência dos mercados enquanto fonte de valor económico e social e a flexibilidade e a predisposição à mudança.
O texto provocatório geral que, segundo António Carrapatoso, "não pretende provocar ninguém mas sim promover a discussão sobre temas estratégicos", vai estar disponível no site do Compromisso Portugal (www.compromissoportugal.pt), que vai ser lançado sábado.
Além do texto geral, o movimento vai debater durante a 2ª Convenção do Beato seis factores de produtividade que considera determinantes para o desenvolvimento do país, nomeadamente Modelo Social/Segurança Social, Justiça, Educação, Ordenamento do Território/Qualidade Ambiental, Papel e Organização do Estado e Competitividade.
Estas sessões temáticas, que vão decorrer em simultâneo durante a Convenção, vão passar pela apresentação de um diagnóstico à situação actual, das causas que levaram à situação actual, pelos princípios que devem enquadrar as mudanças e, por último, a apresentação de propostas concretas.
Os documentos "de reflexão e provocação" a apresentar nas sessões temáticas são o resultado dos seis grupos de trabalho constituídos em Fevereiro para analisar os referidos temas.
Posteriormente, os responsáveis pelos seis temas apresentam em plenário as conclusões dos debates temáticos.
A sessão de abertura conta com a presença de Bill Emmott, ex- editor chefe da revista The Economist e actualmente uma figura de destaque na área dos negócios, da globalização e da economia política.
O programa da Convenção, que deverá contar com cerca de 500 participantes, prevê ainda a apresentação dos casos da Irlanda e Espanha pelas vozes de Alan Dukes, ex-líder do partido político irlandês Fine Gael, e Carlos Solchaga, economista e político espanhol.
A conclusão chega no final do dia com "respostas e reflexões concretas para a reforma da sociedade portuguesa", adiantou António Carrapatoso.
O Compromisso Portugal surgiu a 10 de Fevereiro de 2004 com a realização da Convenção do Beato, que contou com cerca de 550 empresários, gestores e académicos e no qual foi debatido o novo modelo económico e de desenvolvimento para Portugal.
No seguimento das propostas discutidas, o Compromisso Portugal apresentou um relatório com sete causas e 50 medidas.
Agência LUSA
http://www.rtp.pt/index.php?article=253704&visual=16
Registado
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein