Freitas sai. Amado no MNE. Severiano Teixeira na Defesa

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luis filipe silva

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« Responder #15 em: Julho 02, 2006, 11:34:05 pm »
Alfsapt escreveu:

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Podemos vender mais alguma coisa?


Talvez Generais e Almirantes, temos um grande stock.
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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C. E. Borges

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« Responder #16 em: Julho 04, 2006, 04:01:40 pm »
«De volta ao Governo, desta feita na Pasta da Defesa, questionado ontem, após a tomada de posse, sobre se haveria alguma tensão nas relações com o Presidente da República, Severiano Teixeira respondeu que "na política não há inimigos, há adversários" sendo que a sua relação com o PR é "sobretudo institucional". Quer isto dizer que o PR que é o chefe supremo das Forças Armadas (ou seja na hierarquia, o Ministro é subordinado do PR) é o adversário do Ministro. Severiano Teixeira logo na tomada de posse, abre a boca e exprime uma ideia: É adversário do seu chefe...
Aguardamos entusiasmados, por mais patetices...».
(Do «Politicopata»)
 

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C. E. Borges

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« Responder #17 em: Julho 11, 2006, 10:58:59 pm »
Hoje, lá foi o Presidente com o pequeno pela mão.
Os psicanalistas têm aqui um mundo de aprendizagens para os próximos anos.
 

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Rui Elias

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« Responder #18 em: Julho 31, 2006, 11:58:58 am »
O Nuno Severiano Teixeira é uma pessoa muito conhecedora da história e do fenómeno militar em Portugal, e tem boa formação em termos de relações geo-estratégicas, o que ao nível de currículum poderá representar uma melhoria relativamente a Luís Amado que pareceia estar no cargo de MDN a "fazer frete".

Aliás, se os colegas se lembrarem, já no tempo do governo de Guterres, quando Severiano Teixeira foi para Ministro da Administração Interna, a grande surpresa foi não ter ido para a Defesa, no lugar de Rui Pena.

Porque o seu perfil e curriculum o colocam mais de acordo com o fenómeno da Defesa e ele parece ser do agrado dos "generais".

Seria um bom ministro da Defesa, e eventualmente com peso politico, se desde o início tivesse sido ele o escolhido.

Agora, a meio do mandato, não acredito que ele mude muita coisa, porque está espartilhado pela LPM agora aprovada, e porque não tem espaço temporal para mudar qualquer coisa de relevante.

Aliás, na tomada de posse ele disse que iria prosseguir as linhas para a Defesa já lançadas pelo anterior ministro, assumindo-se como um ministro de continuidade.

Luís Amado à frente do MDN foi uma perda que tempo, e até acredito que ele faça um melhor papel nos Negócios Estrangeiros que na Defesa.

O problema de Severiano Teixeira é que entrou a meio, e já com tudo acertado e aprovado entre o Governo, as militares e o PR.

Só se o PS for reeleito em 2009, e ele for nese altura reconduzido no cargo, se poderia eventualmente esperar mais.

Nessa altura, com a revisão prevista para 2010 da LPM, e eventualmente com maior disponibilidade orçamental, poderia fazer umas "flores" na Defesa.

Para já, acho que lhe teremos que dar o benefício da dúvida, mas sem esperar milagres, pelas razões que apontei acima.
 

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C. E. Borges

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« Responder #19 em: Agosto 02, 2006, 04:29:41 pm »
«Estado revê contratos de submarinos»
Título do «Correio da Manhã» de hoje, 2 de Agosto 2006.
Não dizia ?
Nem para comprar dois submarinos com as opções tecnológicas previamente acordadas ...
 

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Luso

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« Responder #20 em: Agosto 02, 2006, 04:38:52 pm »
Desconfio MUITO de "intelectuais" como Severiano...
Lá começa o meu péssimismo a vir ao de cima...
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Marauder

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« Responder #21 em: Agosto 02, 2006, 05:06:01 pm »
Citação de: "C. E. Borges"
«Estado revê contratos de submarinos»
Título do «Correio da Manhã» de hoje, 2 de Agosto 2006.
Não dizia ?
Nem para comprar dois submarinos com as opções tecnológicas previamente acordadas ...


Revê as contrapartidas...

Pode consultar a informação, não do Correio da Manha, mas que foi vinculada hoje no Diario Digital no outro tópico, "As contrapartidas para as empresas portuguesas".
 

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C. E. Borges

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« Responder #22 em: Agosto 03, 2006, 01:48:10 am »
Oxalá, Marauder, oxalá esteja eu enganado.
É que, «rever as contrapartidas», o que é ao certo ?
Num «contrato fechado» - e então logo com os alemães ! - «rever as contrapartidas» não será, no fim de contas, re-abrir o contrato ? O que eu receio é que as opções tecnológicas que foram acordadas para a aquisição dos submarinos, e que, segundo li aqui no fórum, eram de excelência em termos operacionais militares, acabem por ser preteridas em favor do portuguesíssimo "mais baratinho" ...
 

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Luso

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« Responder #23 em: Agosto 03, 2006, 09:18:44 am »
Citação de: "C. E. Borges"
Oxalá, Marauder, oxalá esteja eu enganado.
É que, «rever as contrapartidas», o que é ao certo ?
Num «contrato fechado» - e então logo com os alemães ! - «rever as contrapartidas» não será, no fim de contas, re-abrir o contrato ? O que eu receio é que as opções tecnológicas que foram acordadas para a aquisição dos submarinos, e que, segundo li aqui no fórum, eram de excelência em termos operacionais militares, acabem por ser preteridas em favor do portuguesíssimo "mais baratinho" ...


Borges, só lhe posso dar razão.
Mas do que adiantam as contrapartidas quando depois não há a capacidade de as gerir/exigir?
Pergunto se não é preferivel poupar (indirectamente) nessas contrapartidas e dar contratos a empresas portuguesas para prestarem serviços e fazerem investigação e desenvolvimento?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Marauder

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« Responder #24 em: Agosto 03, 2006, 09:22:48 am »
Citação de: "Luso"
Mas do que adiantam as contrapartidas quando depois não há a capacidade de as gerir/exigir?
Pergunto se não é preferivel poupar (indirectamente) nessas contrapartidas e dar contratos a empresas portuguesas para prestarem serviços e fazerem investigação e desenvolvimento?


Mas será que o preço realmente baixaria se não houvesse contrapartidas?

Relativamente ao contracto dos submarinos, a notícia refere apenas uns pequenos ajustes, isto porque foi neste contracto que a "coisa" correu menos mal :roll:
 

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Rui Elias

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« Responder #25 em: Agosto 03, 2006, 09:37:46 am »
Amigos, Companhiros e Camaradas:

O título do Correio da Manhã de ontem era enganoso e sensacionalista.

Pela leitura do corpo da notícia nada faz prever que estejam em causa os programas.

Está aqui a transcrição da notícia, através do CM on-line:

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Exclusivo CM



2006-08-02 - 13:00:00 http://www.correiomanha.pt/

Comissão - acompanhamento reforçado
Estado revê contratos de submarinos e helicópteros

A Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC) vai rever o contrato associado à aquisição dos helicópteros EH-101, e realizar ajustamentos ao contrato dos submarinos, analisando ainda o contrato de aquisição dos veículos blindados de rodas (VBR).

 
O EH-101 Merlin, um dos 12 adquiridos recentemente pela FAP, e dos qusi foi recepcionado há poucas semanas o último, na versão CSAR

Segundo apurou o CM junto do presidente da CPC, Rui Neves, o caso mais grave parece ser o contrato dos helicópteros cuja execução das contrapartidas oferecidas pelo fornecedor a empresas portuguesas (que no total somam 394 milhões de euros), que deveria somar 98 milhões de euros até ao final deste mês, está apenas nos 42 milhões.

“Foi um mau contrato, mal preparado desde o início”, afirmou ao CM, Rui Neves, que atribui o incumprimento ao fornecedor a AWI – AgustaWestland International. “O plano de contrapartidas deste contrato, aprovado em Março de 2005 era, já nessa altura, manifestamente insuficiente e incompleto, pelo que exigia ser substancialmente reformulado, o que não foi possível concretizar, apesar dos esforços da CPC nesse sentido”, refere o relatório de actividade da CPC relativo ao primeiro semestre de 2006.

Em relação aos submarinos, são necessários alguns “ajustamentos”, nomeadamente em relação ao valor atribuído pelo fornecedor à transferência de tecnologia a realizar para empresas nacionais.

Também em avaliação está o contrato dos veículos blindados de rodas que entrou em vigor no início do ano. Neste caso a CPC está a apreciar a decisão da Steyer Puch de reformular o programa de montagem das viaturas em Portugal, alterado unilateralmente pelo fornecedor.

Com efeito, depois do anterior ministro da Defesa, Paulo Portas, ter aberto a possibilidade dos blindados serem montados nas instalações da Bombardier na Amadora, o fornecedor acabou por seleccionar uma fábrica no Barreiro, a Fabrequipa, para montar aquelas viaturas.

Esta decisão tem de ser analisada para verificar que está conforme ao contrato inicialmente assinado.

SEM INDÍCIOS CONCRETOS DE CORRUPÇÃO

O presidente da Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC) nunca identificou nenhum indício de corrupção na negociação dos contratos da Defesa.

Rui Neves, que tomou posse em Maio de 2005, admitiu que a comissão não tinha os meios necessários para acompanhar a execução dos vários contratos o que, na prática, “implicava que não havia seguimento desses contratos”.

Comentando a entrevista dada ao CM pelo vice-presidente da Empordef, Sérgio Parreira de Campos, onde este responsável afirmava existirem “fumos de corrupção em negócios da Defesa”, Rui Neves acrescentou que a CPC “não tem competências de investigação” e que “nas contrapartidas não existe a distribuição de dinheiro.

O que há é a abertura de novos mercados e de novos sectores para que as empresas portuguesas possam realizar negócios, que de outra maneira lhe estariam vedados”.

CONTRAPARTIDAS

1,210 MILHÕES

O contrato dos submarinos começou a ser negociado em 1997 e as contrapartidas entraram em vigor no dia 4 de Outubro de 2004 após o visto do Tribunal de Contas. O prazo geral de implementação do plano de contrapartidas é de oito anos.

394 MILHÕES

São as contrapartidas negociadas com o fornecedor AgustaWestland. O prazo geral de implementação do plano de contrapartidas é de oito anos.

516,3 MILHÕES

É a obrigação de contrapartidas assumida pelo fornecedor. A data da assinatura do contrato de contrapartidas foi 15 de Fevereiro de 2005, o prazo geral é de nove anos.  

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Miguel A. Ganhão


Como se vê, nada indica que estejam programas ou calendários em causa.

Aliás, o programa dos EH-101 foi já concluido.
 

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C. E. Borges

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« Responder #26 em: Agosto 03, 2006, 02:06:13 pm »
«realizar ajustamentos ao contrato dos submarinos».
É uma questão de português. Se, por «ajustamentos ao contrato dos submarinos», não estiver em causa as opções tecnológicas que haviam sido acordadas, não há aparentemente nenhum motivo de frustração. É o que eu desejo.
 

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Marauder

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« Responder #27 em: Agosto 03, 2006, 02:25:00 pm »
Citação de: "C. E. Borges"
«realizar ajustamentos ao contrato dos submarinos».
É uma questão de português. Se, por «ajustamentos ao contrato dos submarinos», não estiver em causa as opções tecnológicas que haviam sido acordadas, não há aparentemente nenhum motivo de frustração. É o que eu desejo.


As contrapartidas fazem parte do contracto dos submarinos, logo, a ideia está correcta. Alterar o sistema de contrapartidas, alterar o contracto dos submarinos.
 

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Get_It

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« Responder #28 em: Agosto 03, 2006, 08:21:22 pm »
Então o nosso querido LPD - isto é, querido pelo pessoal daqui do fórum, pois parece que o governo não o "curte" - pode estar definitivamente em risco. Isto visto que o LPD é uma contrapartida pela compra dos submarinos.

Se o LPD não ia para a frente, então agora pior.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Marauder

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« Responder #29 em: Agosto 04, 2006, 06:02:53 am »
Citação de: "Get_It"
Então o nosso querido LPD - isto é, querido pelo pessoal daqui do fórum, pois parece que o governo não o "curte" - pode estar definitivamente em risco. Isto visto que o LPD é uma contrapartida pela compra dos submarinos.


O que me assusta é a parte de ser construído nos ENVC. Vamos a ver quanto tempo demorará, quando é que será entregue, e se terá algum problema tipo limalhas nos motores..