A aquisição de sistemas de 155mm é prioritário para substituir os M114. E não é um programa caro por aí além, portante é perfeitamente exequível (e até está incluído na presente LPM). Tem ainda a vantagem de, num EP com falta de efectivo, cada sistema operar com cerca de metade do pessoal do M114.
Isto chega ao ponto em que até manter velharia, tem os seus custos, e o seu peso no pessoal necessário para operar. Também quando queremos umas FA mais apelativas de forma a colmatar a falta de pessoal, convém não andar com meios que já se sabem ser desadequados. Mais uma vez, o futuro do Exército passa por uma reorganização da BrigMec, passando uma "mão cheia" de meios modernos de lagartas a ser integrados numa Brigada Mista, e o resto centra-se em meios de rodas. Isto reduziria custos a médio/longo prazo, que passariam a ser canalizados onde importa, isto é, capacitação desta brigada mista. Simplificando as coisas, é mais fácil dividir um orçamento de 500 milhões (exemplo) por 2 brigadas, do que dividir o mesmo por 3.
Quanto às comparações com a guerra na Ucrânia, são obviamente preocupações que têm de ser levadas a sério. Mas, convém ver que nem todas as guerras são iguais. Peguem num cenário "tipo Ucrânia", e mudem um pequeno factor, o adversário passa a ter superioridade aérea, e toda a artilharia, rebocada ou AP, torna-se "obsoleta". Da mesma forma que, tendo nós superioridade aérea, a utilidade de sistemas rebocados e aerotransportáveis aumenta bastante.
O que não faz sentido, é estar a falar de A, B ou C no Exército servirem ou não para conflitos de alta intensidade, quando nem baterias AA temos, que é um dos pilares fundamentais para uma força terrestre em qualquer cenário de média e alta intensidade.