Das torres possíveis para o Pandur-II (que foram já estudadas) não consta o sistema do Stryker.
Uma das torres estudadas terá sido esta:
juntamente com uma torre da Oto Melara, creio que o nome é HITFACT, e que existe para o Centauro também em versão de 120mm.
Não me lembro de terem sido referidos eventuais problemas estruturais num Pandur com peça de 105, principalmente porque não existe nenhum. O problema que foi apresentado na última fase do concurso, foi o da capacidade de a torre garantir a manutenção da sobrepressão dentro do veículo, o que lhe permitiria actuar em ambientes NBQ.
Estas torres, não são equivalentes em termos da capacidade e poder de fogo com a torre do Mobile Gun System, porque este último utiliza exactamente o mesmo canhão de 105mm que equipa os tanques M-60, ou seja, os modelo L-7 ou M68.
O problema parece-me ter a ver com a doutrina de utilização destes equipamentos.
O sistema do Stryker, a torre MGS apresentou problemas porque foi utilizada em testes a mesma munição utilizada pelos tanques M1 Abrahams com canhão de 105mm, o que implicaria utilizar o Stryker para atacar outros tanques, e alvos muito blindados.
Em Portugal, pelo que entendo, o canhão de 105mm no Pandur-II, não tem a mesma função e destina-se a ser utilizado como peça de apoio, utilizando por isso munição com uma velocidade muito inferior, o que em principio não provocará os mesmos problemas que o Stryker encontrou.
Além disto, as torres mostram canhões com freios de boca, destinados a reduzir o problema da absorção da energia do disparo que é na realidade o principal problema do Stryker.
O problema não é portanto apenas a utilização ou não de um canhão de 105mm, mas sim a forma de utilização do canhão (e a munição que se vai utilizar.
Pessoalmente tenho dúvidas sobre qual a função do canhão de 105mm nos Pandur-2 para o exército, principalmente quando parece que cada vez mais, sistemas porta-morteiros dos mais modernos aparecem com capacidade de prestar apoio de fogo de varias formas.
Não sei se o Pandur com canhão de 105mm não será uma superespecialização demasiada para o exército.
Cumprimentos