Corrupção em Portugal

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« Responder #60 em: Fevereiro 27, 2008, 10:52:51 am »
ao fim e ao cabo, isto está tudo ligado...
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O desastre Finlandês":

"Confesso, caro leitor, que estava determinado a não falar sobre educação, pelo menos nos próximos tempos.
Mas a visita do primeiro-ministro à Finlândia não me deixou outra alternativa. Sócrates foi à Finlândia para ser filmado numa escola. Para quê?
Para legitimar as medidas que prepara para destruir o que resta de sensato no nosso ensino. A Finlândia, depois da célebre visita de Sampaio, tornou-se a União Soviética dos socialistas portugueses.
Das coisas que Sócrates viu com tanto agrado na escola finlandesa, a imprensa destacou duas.
A responsabilidade das Câmaras na gestão das escolas, tendo inclusive o poder de seleccionar os docentes, e a existência de exames nacionais, mas com a diferença, em relação a Portugal, de a responsabilidade, em caso de insucesso, ser da escola e não dos alunos.
Ideia que agradou supinamente ao ministro da Economia e vai agradar, por certo, às associações de estudantes e de pais.
Já imaginou, caro leitor, o que significa entregar a escolha dos professores às Câmaras? Alguém acredita que o compadrio, a cunha, o truque baixo não vão existir nas Câmaras quando se tratar de contratar professores?
Imaginem o regabofe por esse país fora, as clientelas partidárias, os amigos dos vereadores, tudo à cata dos lugares de docência.

Já imaginou, por outro lado, o que significa dizer a um adolescente português que ele vai fazer exame, mas se tiver insucesso a responsabilidade não é dele, mas da escola?
Eis o modelo finlandês, em Portugal.
Mas a escola finlandesa não é boa e os alunos não têm excelentes resultados?
É óptima e os resultados são dos melhores. Então não a deveríamos imitar?
Não! A escola finlandesa funciona bem na Finlândia, com autarcas finlandeses, alunos finlandeses, pais finlandeses, professores finlandeses, no clima finlandês e na cultura finlandesa.
Para um finlandês não se coloca sequer a questão de copiar num teste, não fazer os deveres, não estudar. A cultura finlandesa, como toda a cultura luterana, é regida pela ideia estrita do cumprimento do dever, seja estudar, pagar impostos, ou não favorecer os amigos do partido.
Por isso, as coisas são como são. O sistema finlandês de educação nem precisa de Inspecção. Mas nós vivemos em Portugal, num país de tradição católica, onde a ideia de dever é muito frágil e o clientelismo político é enorme. Em Portugal, o aluno que não estuda e faz batota bem sucedida é um herói. Não há um pai que reprove tal comportamento.
[nota-BEM VERDADE!]
O modelo finlandês vai agora guiar as políticas da educação. Mas como, por cá, ninguém é finlandês, como a realidade não se vai adequar à utopia dos políticos, a escola portuguesa vai tornar-se num organismo repressivo e num aparelho de perseguição aos professores, esses incompetentes que não conseguem transformar os seus alunos em finlandeses.
No horizonte, um novo desastre!"



Jorge Carreira Maia :Jornal Torrejano
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Luso

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« Responder #61 em: Fevereiro 27, 2008, 12:45:25 pm »
Já falei com alguns finlandeses a este propósito.
Seria bom falar com os verdadeiros utentes antes de considerar o sistema finlandês como o melhor do mundo.
Mas como o que as luminárias gostam de fazer é copy-paste... :roll:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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« Responder #62 em: Fevereiro 27, 2008, 02:42:37 pm »
essa da luminária é para moi? c34x
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Luso

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« Responder #63 em: Fevereiro 27, 2008, 05:10:18 pm »
Citação de: "P44"
essa da luminária é para moi? :twisted:
Ou professor universitário (argh!).
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #64 em: Fevereiro 27, 2008, 05:27:30 pm »
Há pelo menos um professor universitário que eu gosto, que por acaso até é nosso Presidente da República.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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« Responder #65 em: Fevereiro 28, 2008, 08:17:26 am »
Citação de: "Luso"
Citação de: "P44"
essa da luminária é para moi? :twisted:
Ou professor universitário (argh!).

olha que não, olha que não.... :mrgreen:


Citação de: "Cabeça de Martelo"
Há pelo menos um professor universitário que eu gosto, que por acaso até é nosso Presidente da República.


o corta-fitas?
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Luso

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« Responder #66 em: Março 03, 2008, 10:37:16 pm »
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Entrevista a Jorge Coelho 2008-03-03 00:05
“A Mota-Engil é só mais um cliente”
Economista vai ser consultor da Mota-Engil e aponta o estrangeiro como solução para as construtoras.


Miguel Pacheco

Jorge Coelho vai traçar o plano estratégico da Mota-Engil para os próximos cinco anos, funcionando como consultor externo da maior construtora nacional. Afastado das lides partidárias, o ex-ministro de António Guteres diz que agora “tem de trabalhar “ e que este é apenas mais um numa longa lista de clientes. E quanto à política? “Uma coisa não tem nada a ver com a outra”.
 
Foi recentemente convidado pela Mota-Engil para delinear o futuro plano estratégico. Que papel terá dentro da  empresa como consultor?
Primeiro é preciso enquadrar. Há sete anos que deixei de ter funções públicas e saí do Governo, como é sabido. Desde então constituí uma empresa de consultadoria, que tem os seus  clientes em diversas áreas. A Mota-Engil é apenas mais um cliente. Quem fez o contrato foi a minha empresa [a CongetMark], onde trabalho como consultor e administrador. Trabalho nas mesmas condições com a Martifer, Visabeira, Novabase... Não é o único cliente, apesar de ter tido mais repercussão que os outros.

Parece que já está a antecipar críticas…
Não, não. Estou só a dar conta de que tenho uma empresa que felizmente está bem, com bastantes clientes. Houve um entendimento no sentido de prestarmos trabalho técnico à Mota-Engil e é isso que vai acontecer a partir do dia 1 deste mês. O primeiro projecto desafio é o de elaborar, em conjunto com a administração da empresa, um novo plano estratégico.

Foi ministro do equipamento de António Guterres. Sentia na altura - e ainda sente - que as construtoras estão muito dependentes do Estado?
É verdade. Por isso é que a  Mota-Engil tem tido a capacidade de diversificar a sua actividade. Ainda agora ganhou uma concessão no México, está a concorrer a outras noutros países, na Roménia e na Europa Central...Está a ir no caminho certo. Mas há uma grande dependência no campo das obras públicas, de tudo o que tem a ver com o Estado.

O projecto para o novo aeroporto também está em cima da mesa e um dos principais consórcios integra a  Mota-Engil…
Isso tem a ver com a gestão da empresa e eu não sou gestor da empresa, nem sobre isso me quero pronunciar. Fui contratado para ser consultor na área do desenvolvimento estratégico e internacionalização. E é isso que estamos a fazer.

O engenheiro Ferreira do Amaral foi recentemente criticado por ter sido ministro do PSD e ser agora administrador da Lusoponte. Não teme que o seu exemplo também possa ser criticado? Pelas ligações que tem ao Governo e ao PS?
Eu tenho de trabalhar, não? Saí há sete anos do Governo, não tenho nenhum cargo político, tenho há seis anos uma empresa com um cargo de consultadoria, com clientes, uns que são mais conhecidos que outros. Criamos postos de trabalho, pagamos os nossos impostos, somos uma empresa viável que desenvolve o seu esforço. Como cidadão tenho o direito de ter as minhas opções. Não tenho nenhum cargo político, não sou nada. Quando fundei a minha empresa, o Governo era do PSD. E, portanto, uma coisa não tem a ver com a outra.

Ainda é membro da Comissão Política do PS. Não há nenhuma incompatibilidade, numa altura em que o Governo discute os grandes projectos públicos?
As pessoas estão nos órgãos do partido e não é por esse facto que deixam de poder exercer. A comissão politica do PS reúne-se poucas vezes por ano e é um órgão político de aconselhamento, não tem mais nenhuma função. Além disso, não é nenhum órgão de Estado. Só haveria incompatibilidades se eu fosse ministro, deputado… Trabalho há seis anos nas mesmas condições em que vou agora trabalhar para a Mota-Engil.

Há quanto tempo é que surgiu este convite?
O engenheiro António Mota já me vinha fazendo este desafio há algum tempo, mas agora a empresa entendeu que era o momento de fazer algumas transformações e de desenvolver o plano estratégico para os próximos cinco anos. Convidou a minha empresa e eu aceitei. E  eu e os meus colaboradores vamos dedicar-nos a este trabalho porque é bom para a Mota-Engil. E porque é bom para nós.


http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 96054.html

- E eu é quí sô um velho-do-reztêlo? Eu?! :roll:
- Ahhhhahhhhhh!
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Luso

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« Responder #67 em: Março 03, 2008, 10:40:52 pm »
E também esta...

Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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ricardonunes

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« Responder #68 em: Março 03, 2008, 10:53:38 pm »
Citação de: "Luso"
- E eu é quí sô um velho-do-reztêlo? Eu?! :roll:

 
Citação de: "O Coelhone"
Eu tenho de trabalhar, não?

Citação de: "O Coelhone"
E eu e os meus colaboradores vamos dedicar-nos a este trabalho porque é bom para a Mota-Engil. E porque é bom para nós.


Isto no final de contas, é bom para "todos"..........
Potius mori quam foedari
 

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« Responder #69 em: Abril 02, 2008, 04:20:58 pm »
Citação de: "Luso"
E também esta...




não admira que esses "srs" passem o tempo a lamber as botas á ministra :twisted:

aqui um exemplo que deveria ser seguido "cá" no "burgo":::
http://tsf.sapo.pt/online/internacional ... =TSF190236
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #70 em: Abril 04, 2008, 12:37:35 pm »
Citação de: "Luso"

- E eu é quí sô um velho-do-reztêlo? Eu?! :roll:
- Ahhhhahhhhhh!

Zêga-te pra lá, belhu, que eu tb me quero sentar no banco du zardim...

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Como alguém disse um dia: «Em Portugal o importante não é ser ministro, mas ter sido ministro».

Pina Moura e Ferreira do Amaral já o tinham demonstrado. Por isso, nada a estranhar que agora seja a vez de Jorge Coelho - depois de passar de Ministro das Obras Públicas para opinador político com funções no partido - passar de opinador político ou propagandista do PS para presidente da maior empresa de construção civil.

Como à mulher de César não basta ser séria, sempre que a Mota-Engil ganhar um concurso público, no mínimo, suscitar-se-ão legítimas suspeitas, tanto mais quanto entre as contas dos partidos e as contas das empresas de construção civil há intensas interconexões...

Mas como uma demonstração de despudor nunca vem só, alguém que é presidente da maior câmara municipal do País - a sua capital -, que é um ex-ministro do actual Governo socratino e que é considerado o número dois do PS passa a acumular a sua função política governativa com o lugar de comentador político televisivo.

Já não chegava termos dois imparcialíssimos comentadores como Marcelo Rebelo de Sousa e António Vitorino. Agora temos mais outro imparcialíssimo comentador, com a agravante de desempenhar um dos cargos mais importantes do País que já deu um Presidente da República e um Primeiro-Ministro.

Este regime tornou-se num circo em que os simples cidadãos são tratados como palhaços ou como animais amestrados...

Não há vergonha nem respeito.

Só já falta mesmo o engenheiro técnico e projectista José Sócrates, recuperar o famoso Conversas em Família de Marcelo Caetano...

Já agora, a Maria de Lurdes Rodrigues e o Valter Lemos mandavam colocar o retrato do Grande Mestre em todas as escolas do País e içar todos os dias de manhã a bandeira do PS em cada escola portuguesa com no seu Director Executivo a presidir à cerimónia com o seu punho erguido...


http://socratinice.blogspot.com/2008/04/despudor.html
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« Responder #71 em: Julho 10, 2008, 03:35:23 pm »
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Banca 2008-07-10 00:05
CMVM está segura de que houve indícios de crime no BCP
Carlos Tavares não tem dúvidas de que houve manipulação de mercado no BCP. Só por isso, enviou o processo para a PGR.
 

 

 



M.R. e T.F.

Para a CMVM, não existem dúvidas: houve crime de manipulação do BCP com as acções do próprio banco. Em entrevista ao Diário Económico, que será publicada na edição de amanhã, Carlos Tavares lembra o relatório enviado ao Ministério Público e diz que a CMVM só entrega estes relatórios “quando existem esses indícios”. “É algo sério de mais para que não tenhamos elementos suficientemente seguros”, acrescentou. Ontem, o presidente da CMVM foi à comissão parlamentar de inquérito à supervisão bancária onde afirmou que “o próprio banco [BCP] deter ‘offshores’ que compravam acções dele próprio, com financiamento dele próprio, não é legal em lado nenhum”. “Tudo isto”, afirmou Carlos Tavares referindo-se ainda ao crédito concedido pelo banco aos pequenos accionistas, “faz parte de  uma mesma lógica de construção que poderá ser conhecida quando concluirmos o processo em curso sobre prestação de informação não verdadeira ao regulador”. O presidente da CMVM espera ter este processo de contra-ordenação terminado até final do Verão. Relativamente à prestação explícita de informação não verdadeira, Carlos Tavares defendeu que esta prática seja alvo de uma “sanção mais efectiva e mais dissuasora”, dado que é “um elemento de ruptura do sistema”. Actualmente é considerada contra-ordenação grave e alvo de uma coima máxima de 1,25 milhões de euros. Na audição, o presidente da CMVM disse não estar preocupado com eventuais prescrições, mas em apurar o que se passou e disse que “há sempre uma sanção moral e, mais que isso, uma avaliação da idoneidade por parte do Banco de Portugal [BdP]”.  Carlos Tavares defendeu ainda que uma mesma sociedade não deve poder prestar consultoria e auditoria à mesma empresa e a rotatividade dos auditores externos. O caso BCP “mostra que devem ser reforçados os mecanismos de controle e de cruzamento da informação que nos é fornecida”, disse ainda.

Hoje é ouvido na comissão de inquérito o governador do BdP, Vítor Constâncio.  


http://diarioeconomico.com/edicion/diar ... 44415.html
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Normando

  • Perito
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Marinho Pinto e a Exclusividade do Cargo de Bastonário
« Responder #72 em: Julho 17, 2008, 11:04:00 pm »
Então o Sr. Bastonário da Ordem dos Advogados fez aprovar para si próprio uma remuneração de 6000 euros para exercer o cargo em exclusividade (mais um subsídio de reintegração quando o mandato terminar) e hoje qual não é o meu espanto quando o vejo na SIC a falar enquanto advogado de uma das arguidas no caso de alegada negligência médica no Hospital de Lagos. Em que ficamos, senhor Bastonário?
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner
 

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DC 38

  • 43
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Re: Marinho Pinto e a Exclusividade do Cargo de Bastonário
« Responder #73 em: Julho 20, 2008, 01:00:38 am »
Citação de: "Normando"
Então o Sr. Bastonário da Ordem dos Advogados fez aprovar para si próprio uma remuneração de 6000 euros para exercer o cargo em exclusividade (mais um subsídio de reintegração quando o mandato terminar) e hoje qual não é o meu espanto quando o vejo na SIC a falar enquanto advogado de uma das arguidas no caso de alegada negligência médica no Hospital de Lagos. Em que ficamos, senhor Bastonário?


 :bang:

Pois este Sr. pode dizer muita coisa certa, agora a forma como o diz é que deixa muito a desejar   :sil:
"Sem a loucura que é o Homem, mais que a besta sadia cadáver adiado que procria..." F.Pessoa (in Mensagem)
 

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Lancero

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« Responder #74 em: Agosto 01, 2008, 05:35:08 pm »
Recebido por e-mail. Desconheço seriedade ou verdade.

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O Estado a que o Bloco Central de Interesses conduziu o país:

 Mais uma Golpada - ERSE

Era uma vez um senhor chamado Jorge Viegas Vasconcelos, que era presidente de uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem, poucos devem saber para o que serve. Mas o que sabemos é que o senhor Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores.

Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco, não lhe sendo devidos, pela entidade empregadora, quaisquer reparos, subsídios ou outros quaisquer benefícios. Porém, com o senhor Vasconcelos não foi assim. Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês - ou seja, 2.400 contos - durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego.

Aqui, quem me ouve ou lê pergunta, ligeiramente confuso ou perplexo: «Mas você não disse que o senhor Vasconcelos se despediu?». E eu respondo: «Pois disse. Ele demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!». E você volta a questionar-me: «Então, porque fica o homem a receber os tais 2.400contos por mês, durante dois anos? Qual é, neste país, o trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?».

Se fizermos esta pergunta ao ministério da Economia, ele responderá, como já respondeu, que «o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE». E que, «de acordo com artigo 28 dos Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao estatuto do gestor público em tudo o que não resultar desses estatutos». Ou seja: sempre que os estatutos da ERSE foram mais vantajosos para os seus gestores, o estatuto de gestor público não se aplica.

Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos. Com a bênção avalizadora, é claro, dos nossos excelsos governantes.

Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade sem limites, de uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com ordenados baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis. Trata-se, em suma, de um desenfreado, abusivo e desavergonhado abocanhar do erário público.

Mas voltemos à nossa história. O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros mensais, mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo. 18 mil euros seriam mais de 3.600 contos, ou seja, mais de 120 contos por dia,  sem incluir os subsídios de férias e Natal e ajudas de custo.

Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve - a ERSE? A missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o sector energético. E pergunta você, que não é trouxa: «Mas para fazer cumprir a lei não bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?».

Parece que não. A coisa funciona assim: após receber uma reclamação, a ERSE intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de serviço. Ou seja, a ERSE não serve para nada. Ou serve apenas para gastar somas astronómicas com os seus administradores. Aliás, antes da questão dos aumentos da electricidade, quem é que sabia que existia uma coisa chamada ERSE?
Até quando o povo português, cumprindo o seu papel de pachorrento bovino, aguentará tão pesada canga?
E tão descarado gozo?
Politicas à parte estou em crer que perante esta e outras, só falta mesmo manifestarmos a nossa total indignação.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito