As características do meio ( aparelhos ligeiros de combate) implicam a desactualização num cenário moderno de combate. O seu exemplo é até engraçado, afinal quantos exemplos de novos projectos de interceptores dedicados existem hoje em dia ? A sua missão foi tomada por outras aeronaves capazes de várias missões. O próprio Mirage-III evoluiu para uma uma configuração muito mais multi-função.
Essa implicação é puramente teorica já que na prática se verifica o contrário. Continuamos a seguir a dotrina americana? Os americanos podem-se dar ao luxo de estar errados, aliás a sua doutrina parte desse presuposto, daí a redundância de meios.
O que nós constatamos é que qualquer operaçãozeca militar digna desse nome dá azo a uma lista de requisições à aviação que ultrapassa imediatamente as suas capacidades. Basta dizer que nem os EUA conseguem corresponder plenamente ás solicitações das tropas no terreno. E eles possuem uma estrutura de coordenação com que nós nem podemos sonhar.
É normal que os EUA e os adeptos do modelo yankee defendam a obsolescencia dos meios ligeiros, o problema é quando os grupos de estudo do pentagono, ao elaborarem as suas listas de "lições aprendidas" (lesson's learned) desmentem os teóricos de modo bem claro.
:roll:
Demagogia?? Ninguém disse que eles são culpados da inadequação deste ou daquele meio. Eles são efectivamente culpados de não dotarem as FA com outros meios mais capazes!
a) em que medida é que os projectos nEURON e Barracuda não podem ser considerados UCAVs
porque não se definem, são programas de pesquisa e desenvolvimento ou são projectos concretos com a finalidade de produção? Ninguém sabe!
E isto porque não são projectos fechados como o que eu proponho.
O óptimo é inimigo do bom, como se costuma dizer, e por vezes verifica-se que o óptimo é pouco melhor(ou nem isso) que o bom, mas custa muito mais!
b) porque razão é que considera o UCAV no seu primeiro post como "ligeiro e desprentencioso", quando se comparado com os modelos estrangeiros é tudo menos isso ( e até aparenta ser mais capaz do que eles).
nenhuma das características é realmente pretensiosa, são requisitos que podem ser concretizados com tecnologia acessível, o problema é quando isso pareçe não ser suficiente, como é o caso desses programas que refere. No fundo o interesse de quem está envolvido é o de impingir aos decisores políticos de países ricos produtos caros e altamente lucrativos.
E como é óbvio, além do que dizer ser óbvio (passe a repetição), isso não era o essencial do que eu estava a dizer. A furtividade não é algo mágico, mas também não é algo que se resolva com um par de radares...
Aparentemente é, talvez não com um par mas com uma rede de radares cruzando dados entre sí. Aliás os americanos aprenderam isso da pior maneira.
Está a fugir à minha pergunta, quero ver dados concretos sobre a sua aplicação operacional, não sobre capacidades teóricas que isso já eu sei de há muito.
Acha realmente que dados sobre uma tecnologia crítica como essa seriam facilmente acessíveis?
O mundo só recentemente(+/-) tomou conhecimento do facto de que a russia tinha os seus submarinos armados com torpedos de super-cavitância. Como nos bons(?) velhos tempos da URSS, os programas militares russos estão envoltos em grande secretismo.
Está a falhar completamente o meu ponto. Dê uma volta por sites ou fórums internacionais e veja a quantidade de equipamentos ou sistemas de armas propostos pelos russos nos últimos 15 anos que não se materializaram, por uma razão ou outra. O número é impressionante.
Na sua maioria são programas precussores, isto é: são projectos que deram origem a outros, a mim a sua quantidade, longe de significar qualquer incapacidade da russia, significa precisamente o contrário! Aparentemente os centros de desenvolvimento russos desenvolvem um trabalho frenético. E mesmo que a maioria dos seus programas não se concretizem a nível de produção, a verdade é que em matéria de desenvolvimento o resultado é o oposto.
0- O seu post original referia "detecção"...
é um termo genérico, na realidade é necessário não só detectar o alvo, como identificá-lo e localizá-lo com precisão.
1- De um sensor passivo não é possível obter alcance ( a não ser por comparação do tamanho da imagem), normalmente estes estão associdados a um laser, que terá menor alcance que o sensor, mas isso já era de esperar.
são sensores de alerta, servem apenas para detecção, pelo menos a essas distancias.
4-Os mais recentes sensores de IR (imaging infrared) além permitem formar uma imagem do objecto, não estão limitados a um cdo tão específico como antigamente. Por exemplo o de um míssil moderno permite-lhe formar uma imagem completa do avião, e não apenas guiar-se pelo energia emitida dos motores ( capacidades semelhantes são referidas para os novos sensores ópticos, por exemplo do EF). Aliás estes mísseis estão programados para se dirigirem ao centro de gravidade/cockpit do aparelho evitando a zona traseira dos motores, de modo a causar o máximo de danos possível.
Infelizmente um avião rodeado de ecrã de plasma seria ele mesmo invisível aos sensores que apenas poderiam ver o ar ionizado em volta do aparelho.
O balbúrdio acha que é possível/viável/exquível/etc o desenvolvimento e aquisição por Portugal (um país sem experiência na área) até 2015/2020 de um modelo único de UCAV com capacidades superiores aos que estão a ser projectados a médio prazo por empresas da área em projectos verdadeiramente multinacionais. Eu não.
Eu não sei se é possível ou não, o que sei é que é absolutamente necessário!
Aliás também não temos experiência em resolver problemas financeiros a nível do estado, e contudo se não resolvermos o da sustentabilidade do nosso modelo social bem que podemos fechar o país por falência!
Não se trata de um problema de experiência, é um problema de sobrevivência.
O balbúrdio acha que aviões ligeiros de combate têm futuro na guerra aérea moderna e futura, e um lugar nas forças aéreas de países do primeiro mundo. Eu não.
Também não sei se terão futuro ou não, mas que todos os casos em concreto parecem indicar isso...
Aliás os americanos andam a desenvolver UCAVS que tanto quanto sei, não são mais que aviões ligeiros sem piloto!