Indústria de Defesa do Brasil

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #180 em: Dezembro 13, 2017, 05:51:34 pm »
MANSUP: novo contrato é assinado com a SIATT


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A Sistemas Integrados de Alto Teor Tecnológico (SIATT) assinou com a Marinha do Brasil, através da Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM), o contrato do Míssil Antinavio Nacional de Superfície (MANSUP).

A assinatura ocorreu, no dia 6 Dezembro 2017, na sede da DSAM, no Rio do Janeiro com a presença do Vice-Almirante José Renato de Oliveira, Diretor da DSAM e Rogerio Salvador, Diretor Comercial da SIATT, e Robson Duarte, Gerente do Programa MANSUP na SIATT.

O contrato contempla o fornecimento pela SIATT de três conjuntos dos seguintes subsistemas do MANSUP – Míssil Antinavio Nacional de Superfície, a saber:

Compartimento de Vante, englobando o Computador de Guiagem, o Radioaltímetro, a Plataforma Inercial, desenvolvida pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) e a Bateria Dianteira;

Cabeça Telemétrica (Cabeça de Combate Inerte), englobando o Transmissor de Telemetria Embarcado e o DSA- Dispositivo de Segurança e Armar; e

Compartimento de Ré, englobando Atuadores, Superfícies Aerodinâmicas (Profundores), Bateria Traseira e Interface com o Lançador do Navio.

Serviços adicionais não contratados originalmente foram incluídos, dentre outros:

Realização de ensaio em túnel de vento, e, caracterização e testes da plataforma inercial fornecida pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP).

A partir dos dados e caracterizações obtidos nas atividades acima, a SIATT refinará o modelo de simulação do armamento inteligente MANSUP. O protótipo virtual resultante será utilizado para a realização de milhares de voos virtuais antes da execução de ensaios em voo com míssil real. O lançamento do primeiro protótipo real do MANSUP está programado para Outubro 2018.


FONTE: http://www.naval.com.br/blog/2017/12/12/mansup-novo-contrato-e-assinado-com-siatt/
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #181 em: Dezembro 13, 2017, 06:02:37 pm »
MANSUP no estande da SIATT em evento da MB de outubro


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Para complementar notícia sobre contrato da empresa SIATT para a continuidade do desenvolvimento do míssil MANSUP da Marinha do Brasil (MB), mostramos algumas fotos tiradas durante o IV Simpósio de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha, realizado nos dias 30 e 31 de outubro deste ano.

A SIATT apresentou o míssil em seu estande no evento realizado em São Paulo (SP), no Centro de Convenções Rebouças, mostrando um mockup do MANSUP (Míssil Antinavio Nacional de Superfície) Destacadamente, mostrou os sistemas que estão sob sua responsabilidade: o SGNC (Sistema de Guiagem, Navegação e Controle) e o Sistema de Telemetria a ser utilizado durante os ensaios operacionais, incluindo um Transmissor de Telemetria Embarcado e Estações de Recepção de Telemetria para operações em solo, navios ou helicópteros.


O SGNC é composto de Computador de Guiagem, Radaraltímetro, Plataforma Inercial (esta fornecida pela MB) e Bateria Dianteira, localizados no Compartimento de Vante do míssil, e também pelos Atuadores, Superfícies Aerodinâmicas (Profundores), Bateria Traseira e Interface com Lançador do Navio, localizados no Compartimento de Ré.

Já a chamada Cabeça de Combate Inerte (Cabeça Telemétrica), instalada logo atrás dos componentes do SGNC do Compartimento de Vante, é composta por Transmissor de Telemetria Embarcado e pelo Dispositivo de Segurança e Armar (DSA).


Segundo a empresa, os fatores-chave do desenvolvimento do MANSUP é que o projeto esteja orientado para necessidades logísticas e de manutenção, tenha componentes “ITAR Free” (ou seja, não submetidos à lei que controla exportação de componentes de material bélico dos Estados Unidos), e que seja compatível com a infraestrutura operacional do míssil Exocet MM-40

O MANSUP é um míssil antinavio do tipo superfície-superfície, ou seja, para lançamento a partir de navios. É do tipo “sea skimming” de voo rente ao mar (em velocidade transônica), sendo propulsado por motor-foguete com propelente sólido, e segundo a empresa terá alcance máximo de aproximadamente 70km. A guiagem é inercial, com radar ativo na fase terminal e, ainda segundo a SIATT, terá capacidade de operação em quaisquer condições climáticas. O peso do MANSUP é de 860kg, e suas dimensões são: comprimento de 5780mm, diâmetro (corpo do míssil) de 344mm e envergadura máxima de 1135mm.


A SIATT, que está localizada no Núcleo do Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), emprega principalmente profissionais que trabalhavam na antiga Mectron, anteriormente responsável pelo desenvolvimento do MANSUP.

FONTE: http://www.naval.com.br/blog/2017/12/12/mansup-no-estande-da-siatt-em-evento-da-mb-de-outubro/
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #182 em: Dezembro 13, 2017, 06:03:28 pm »
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #183 em: Dezembro 14, 2017, 12:25:50 pm »
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #184 em: Janeiro 25, 2018, 11:03:16 pm »

CBC - 90 Anos da Companhia Brasileira de Cartuchos
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #185 em: Fevereiro 04, 2018, 12:30:07 pm »
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #186 em: Fevereiro 09, 2018, 12:46:48 am »
Transferência das seções do Submarino Riachuelo








 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #187 em: Fevereiro 09, 2018, 01:15:17 pm »
Estaleiro de Construção recebe as seções do 1° submarino convencional e o S40 Riachuelo começa a ganhar forma


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No dia 8 de fevereiro, a Marinha do Brasil e a empresa Itaguaí Construções Navais encerraram o processo de transferência das seções do primeiro submarino convencional, o “Riachuelo” (S40), para o Estaleiro de Construção do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), localizado no Complexo Naval de Itaguaí, Rio de Janeiro (RJ). Em janeiro, as seções de vante (S4, S3 e 2B) já integradas, pesando 619 toneladas, com 39,86 metros de comprimento e 12,30 metros de altura foram transportadas por um veículo especial de 320 rodas, por um trajeto com cerca de cinco quilômetros, percorrido em 11 horas.


A segunda seção (2A), com 370 toneladas e 18 metros de comprimento, foi transferida em 4 horas, no dia 4 de fevereiro. A última seção (S1), com aproximadamente 190 toneladas e 14 metros de comprimento, teve sua movimentação concluída no dia 8 de fevereiro, em 3 horas. O processo exigiu um planejamento de meses que incluiu, entre outras ações, a adequação de trechos da rede elétrica em relação à seção de maior altura e interrupções pontuais do tráfego na BR-493. A entrega de todas as seções no Estaleiro representa o início de uma nova fase na construção. A integração das seções e dos diversos sistemas e equipamentos permitirão o lançamento ao mar do Submarino “Riachuelo” no segundo semestre de 2018.

FONTE:  https://orbisdefense.blogspot.com.br/2018/02/estaleiro-de-construcao-recebe-as.html
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #188 em: Fevereiro 23, 2018, 12:40:54 pm »
Integração final do submarino S-40 Riachuelo é iniciada em Itaguaí, no Rio de Janeiro (RJ)

Itaguaí(RJ) - Submarino apresentado durante cerimônia de Inínio de Integração dos Submarinos Classe Riachuelo, no Complexo Naval de Itaguaí, região metropolitana do Rio(Tomaz Silva/Agência Brasil)

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A Marinha do Brasil começou hoje (20) a fase de integração dos quatro submarinos convencionais da Classe Riachuelo, construídos pelo Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub).

O presidente Michel Temer e outras autoridades participaram da cerimônia de início da montagem final do primeiro deles, no Complexo Naval de Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

O presidente acionou o mecanismo simbólico que uniu duas partes da embarcação.

Itaguaí(RJ) – O presidente Michel Temer e autoridades acionam mecanismo que simbolicamente dá inínio à integração dos submarinos Classe Riachuelo, no Complexo Naval de Itaguaí, região metropolitana do Rio (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Temer destacou a importância da construção do submarino para o desenvolvimento tecnológico e científico do país. “Vamos avançando a passos firmes em um projeto abrangente e ambicioso. O Prosub é peça chave não apenas em nossa política de defesa, mas também em nossa estratégia de desenvolvimento científico e tecnológico. Estamos construindo mais um capítulo em defesa da soberania nacional”.

O presidente lembrou que a construção do submarino de propulsão nuclear, com tecnologia totalmente brasileira, impulsionará também setores tecnológicos como a medicina e a matriz energética, além de gerar empregos de mão de obra extremamente especializada.

Itaguaí(RJ) – O ministro de Defesa Raul Jungmann fala durante cerimônia de Inínio de Integração dos Submarinos Classe Riachuelo, no Complexo Naval de Itaguaí, região metropolitana do Rio(Tomaz Silva/Agência Brasil).

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, destacou a importância do país ter capacidade de dissuasão, alcançada com os submarinos, apesar de ser um país pacífico. “Vai nos possibilitar a capacidade de ter uma tecnologia que nos dê defesa, desenvolvimento e produtividade. O Brasil é um país provedor de paz. O Brasil é um defensor da ordem internacional e do direito internacional dos povos. Nós respeitamos a soberania e não aceitamos a solução pela força e a ingerência seja de quem for e por qual motivo. Mas infelizmente na ordem internacional prevalece a anarquia e não o direito. Por isso o Brasil precisa de capacidade de dissuasão para defender a sua soberania, o seu território e os seus interesses. Embora pacífico, não é desarmado e nunca será desarmado na defesa de seu povo e dos seus interesses”.

Construção de Alta Tecnologia

Essa fase é a última antes do lançamento ao mar do submarino Riachuelo, previsto para o segundo semestre.

Itaguaí(RJ) – Submarino apresentado durante cerimônia de Inínio de Integração dos Submarinos Classe Riachuelo, no Complexo Naval de Itaguaí, região metropolitana do Rio(Tomaz Silva/Agência Brasil)

A montagem envolve elevada sofisticação tecnológica e o projeto conta com a participação de universidades e centros de pesquisa, fomentando o desenvolvimento tecnológico e de materiais do país.

Os segmentos foram construídos na Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem), também em Itaguaí, e foram transportados em três etapas.

Itaguaí(RJ) – O presidente Michel Temer fala durante cerimônia de Inínio de Integração dos Submarinos Classe Riachuelo, no Complexo Naval de Itaguaí, região metropolitana do Rio. (Tomaz Silva/Agência Brasil)

A primeira, no dia 14 de fevereiro, levou para o local da montagem, distante cinco quilômetros do local de fabricação, uma parte com 39,86 metros de comprimento, 12,30 de altura e pesando 619 toneladas.

A segunda parte, com 18 metros de comprimento e 370 toneladas, foi transportada no dia 4 de fevereiro. O último segmento, com 14 metros e 190 toneladas, foi movimentado no dia 8 de fevereiro.

Itaguaí(RJ) – O comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Eduardo Barcellar Ferreira fala durante cerimônia de Inínio de Integração dos Submarinos Classe Riachuelo, no Complexo Naval de Itaguaí, região metropolitana do Rio(Tomaz Silva/Agência Brasil)

O comandante da Marinha, almirante de esquadra Leal Ferreira, ressaltou que o país recupera com o projeto a capacidade de construção de submarinos. O primeiro será incorporado à frota em 2019 e, até 2023, um por ano. Ele admitiu um atraso de dois anos no projeto, devido principalmente a dificuldades relativas a cortes orçamentários.

“Os atrasos tivemos dois aspectos, o orçamentário, que todos da esfera federal tiveram, e o técnico, envolvidos com o modelo, que é mais comprido que o francês. O submarino que vamos receber em 2019 estava previsto para 2017”, disse o almirante.

Além dos quatro submarinos convencionais, o Prosub, lançado em 2008 num acordo de transferência de tecnologia com a França, também está construindo o primeiro submarino de propulsão nuclear do Brasil, com tecnologia totalmente brasileira. A previsão é que o submarino nuclear brasileiro fique pronto em 2029.

O Brasil conta atualmente com cinco submarinos, sendo um da classe Tikuna, construído no Brasil e que ficou pronto em 2008, e quatro da classe Tupi, sendo o primeiro construído na Alemanha entre 1987 e 1989 e os outros três, iguais ao alemão, montados no Brasil, mas sem transferência de tecnologia, nas décadas de 1990 e 2000.

O submarino IKL209 S30 Tupi será um dos substituídos pelos novos Classe Riachuelo.(Imagem: Roberto Caiafa)
FONTE: http://tecnodefesa.com.br/integracao-final-do-submarino-s-40-riachuelo-e-iniciada-em-itaguai-rj/
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #189 em: Fevereiro 23, 2018, 01:00:27 pm »
O Prosub e o submarino nuclear brasileiro SN-BR

Visão em corte simplificada do SN-BR. Observar a semelhança com o Scorpene S-BR

O objetivo principal do Programa de Desenvolvimento de Submarinos é construir o primeiro submarino de propulsão nuclear da Marinha do Brasil

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O acordo de parceria estratégica realizado entre o Brasil e a França em 2008 para a cooperação de longo prazo na área de defesa, incluiu o desenvolvimento e produção de submarinos Scorpene modificados (S-BR), a construção de uma base de submarinos e de um estaleiro moderno.

O acordo garantiu o desenvolvimento da parte não-nuclear do projeto submarino nuclear brasileiro, parcerias industriais, transferência de tecnologia e formação de pessoal.

O primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro (SN-BR) empregará muitos sistemas e tecnologias empregados nos S-BR da classe “Riachuelo”, por isso a construção dos submarinos convencionais é importante, para dar experiência e escala de produção de equipamentos que serão comuns aos dois tipos de submarinos.

Muitos dos sistemas e equipamentos dos S-BR e SN-BR estão sendo nacionalizados e produzidos por empresas brasileiras.

Submarinos S-BR e SN-BR

Concepção do Projeto do SN-BR

No período de 2010 a 2012, um grupo de 31 engenheiros, sendo 25 oficiais e 6 funcionários civis, recebeu capacitação teórica voltada para o projeto de Submarinos com propulsão Nuclear, ministrada pela Empresa DCNS (atual Naval Group) na França.

Até 2018, prevê-se que mais de 400 engenheiros, da MB e da AMAZUL, deverão se incorporar ao Corpo Técnico de Projeto do SN-BR, originalmente formado pelo grupo que recebeu capacitação na França.

A Autoridade de Projeto do SN-BR é da Marinha do Brasil e a elaboração do projeto começou em julho de 2012. A captação do corpo técnico tem sido feita por intermédio de concurso de domínio público, pela empresa AMAZUL, criada a partir da EMGEPRON.



Características do SN-BR

O primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro SN-BR terá um diâmetro de 9,8 metros (o S-BR tem 6,2m), para poder acomodar o reator nuclear brasileiro, um reator de água pressurizada, também referido pela sigla PWR (do inglês pressurized water reactor).

O SN-BR terá 100m de comprimento, deslocamento de cerca de 6.000 toneladas e será movido por propulsão turbo-elétrica com 48 MW de potência, equivalentes a 650 carros de 100 HP ou ao fornecimento de energia a uma cidade de 20.000 habitantes.

Neste sistema, o reator nuclear fornece o calor para a geração de vapor, o qual aciona duas turbinas acopladas a dois geradores elétricos, um dos quais dedicado principalmente a gerar eletricidade ao motor elétrico de propulsão, e outro para o fornecimento de eletricidade aos demais sistemas do SN-BR.

Esquema de funcionamento da propulsão nuclear de um submarino

A previsão inicial para a conclusão da construção do submarino com propulsão nuclear era 2023, se não faltasse dinheiro e não ocorrecem percalços técnicos graves. Tratava-se de um cronograma ambicioso para um projeto complexo, com êxito que também dependeria da consultoria dos engenheiros franceses, cuja participação é limitada no tempo de abrangência do contrato, o qual corresponde ao prazo previsto para conclusão do submarino nuclear.

A montagem eletrônica, o carregamento do reator compacto e os testes de mar deveriam consumir, talvez, mais dois anos, com a entrada em serviço do primeiro submarino em 2025. No ano passado (2017) a Marinha mudou o cronograma de entrega do SN-BR para 2027 e, levando em conta os prazos de testes, a entrada efetiva em operação deverá ser ao fim da década de 2020. O planejamento de longo prazo da Marinha contempla uma frota de seis submarinos nucleares SN-BR, que se somarão aos 15 convencionais S-BR.



O Labgene, em Aramar

O submarino nuclear brasileiro SN-BR é um projeto dual. Por um lado, o domínio da tecnologia de construção do reator vai permitir que, no futuro, o Brasil tenha uma plataforma de armas mais ágil na proteção das águas territoriais. Por outro lado, habilitará o País a construir pequenas centrais nucleares de energia elétrica.

O Labgene será a primeira planta com um reator nuclear de alta potência totalmente construída no Brasil. Conceitualmente, é um protótipo com capacidade de geração de 48MW térmicos ou 11 megawatts elétricos (MWe), o que representa menos de 10% da capacidade de Angra 1, o suficiente para movimentar um submarino e alimentar sistemas elétricos, de renovação do ar etc.

O Labgene, além de unidade nuclear de geração de energia elétrica, será utilizado para validar as condições de projeto e ensaiar todas as situações de operações possíveis para uma planta de propulsão nuclear. Por isso mesmo, apesar de ser construído em terra, procura reproduzir em tamanho o reator que equipará o futuro submarino de propulsão nuclear.

Desde o início do programa, há mais de 30 anos, a Marinha tem investido na construção de componentes do projeto em parceria com empresas privadas, como o vaso do reator, condensadores, pressurizadores, turbogeradores de propulsão, entre outros.


O índice de nacionalização do projeto é superior a 90%, com grande arrasto tecnológico para toda a indústria brasileira. O Labgene já começou a ser construído nas instalações da Marinha em Aramar, em Iperó, São Paulo. Será formado por um conjunto de prédios que abrigarão as turbinas, o pressurizador, o combustível, e contará com área para embalagem de rejeitos, entre outros.

Atualmente, em Aramar já existem diversas instalações construídas ao longo dos anos, com destaque para uma planta de testes de turbinas e sistemas a vapor – nunca é demais lembrar que um reator nuclear gera calor num sistema fechado, que transfere a energia térmica para outro sistema que transforma água em vapor, a qual movimenta turbinas para geração de eletricidade. Máquinas pesadas para produção de diversas partes dos sistemas para o labgene também estão instaladas e operando em Aramar.

O planejamento é que a planta nuclear esteja pronta e comece a fazer os testes em meados de 2021, segundo a última atualização da Marinha.

O Labgene será montado dentro de um “charuto metálico” simulando um casco de submarino. A planta está em construção no Centro Experimental de Aramar, no município de Iperó, região de Sorocaba, em São Paulo. Depois dos testes de funcionamento e eventuais correções, uma segunda planta será construída para equipar o SN-BR


Estágio das obras do Labgene em 2017. Na foto abaixo, com a construção mais adiantada e as previsões de prontificação

Sala de controle em desenvolvimento para o compartimento das turbinas

Labgene: interface Homem x Máquina em desenvolvimento com a USP

FONTE: http://www.naval.com.br/blog/2018/02/20/o-prosub-e-o-submarino-nuclear-brasileiro-sn-br/
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #190 em: Março 17, 2018, 04:32:39 pm »
Exército Brasileiro recebe Guarani Nº 300 (IVECO 2018)



 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #191 em: Março 17, 2018, 06:18:04 pm »

Guarani 6x6 em reportagem na TV aberta brasileira.
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #192 em: Março 18, 2018, 07:45:10 pm »






















Créditos: Roberto Caiafa
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #193 em: Março 19, 2018, 02:32:49 pm »
 

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Re: Indústria de Defesa do Brasil
« Responder #194 em: Março 19, 2018, 06:35:05 pm »
« Última modificação: Março 19, 2018, 11:19:17 pm por Lusitano89 »