Ideias para transformação da CP em empresa rentável..

  • 26 Respostas
  • 6062 Visualizações
*

Marauder

  • Investigador
  • *****
  • 2093
  • +2/-4
Ideias para transformação da CP em empresa rentável..
« em: Abril 01, 2006, 03:53:18 pm »
Boas, gostaria de discutir com a malta formas de tentar transformar este gigante problema público (se bem que nem é o pior do Estado..muito longe disso) em empresa rentável...

 
  Para além da existente divisão da CP em Passageiros e Carga, eu pessoalmente criaria umas subdivisões.

  Dividiria o transporte de passageiros em CP Rápidos , englobando a gestão dos Alfas e intercidades. Esta empresa-filha teria o objectivo de ser rentável ponto final.

Já a CP Lentos, englobando os regionais, inter-regionais e variados tentaria num prazo de 5 anos caminhar para resultados positivos. Inicialmente haveria um forte investimento em renovação da frota e novas tecnologias, tudo em prol da diminuição dos custos fixos, isto é, automotoras eléctricas , tendo a fonte do abastecimento sendo fontes de energia renováveis também dentro da CP. Inicialmente o investimento seria grande, a fundo perdido, mas penso que seria possivel a aproximação a resultados operacionais positivos daí em diante. Talvez inserir automatização no controlo do comboio (com uma camara e talvez algum software se possível para detectar algum obstáculo na via, senão 1 gajo numa sala a olhar estupidamente para as camaras..).

  A CP-mãe teria somente uma pequena acção passando pela consolidação dos resultados das sub.empresas, o controlo estratégico sobre estas e compras e vendas.

  Para a CP Cargo, bem, talvez uma melhor articulação com as zonas industriais portuguesas (no outro dia tavam umas noticias a dizer que penso que acabaram de construir a ligação ao Porto de Aveiro, e que estão a construir a ligação para Sines).

------------------------------------

 Referente à Refer e CP podiam vender todo o material ultrapassado, desocupando terrenos e secalhar até os vendendo por preços razoáveis. Basta somente visitar algumas estações para perceber a quantidade de barrotes espalhadas por lá, as estações do Barreiro, Entrocamento, etc com material circulante que a ultima vez que circulou deve ter sido quando o Figo jogava nos Pastilhas..
 

*

TOMKAT

  • Especialista
  • ****
  • 1173
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #1 em: Abril 02, 2006, 01:32:39 am »
Problema complicado o da CP.

Um dos problemas que a CP enfrenta, foras das linhas de acesso aos grandes centros urbanos onde a utilização de "passes" é habitual, é o problema dos tarifários.

Tenho a Linha do Oeste a poucas centenas metros de casa, e a última vez que a utilizei para uma pequena viagem, achei o preço do bilhete um exagero,... ficava-me mais barato ir de carro.

Não entendo os tarifários que as empresas de transportes públicos praticam.

Além de horários pouco compatíveis com as necessidades de cada um (não se consegue agradar a todos) o tarifário praticado não é atractivo para cativar novos clientes que possuam transporte próprio.

ps. esta crítica extende-se ao transporte rodoviário.
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

*

Marauder

  • Investigador
  • *****
  • 2093
  • +2/-4
(sem assunto)
« Responder #2 em: Abril 02, 2006, 02:33:38 am »
Citação de: "TOMKAT"
Problema complicado o da CP.

Um dos problemas que a CP enfrenta, foras das linhas de acesso aos grandes centros urbanos onde a utilização de "passes" é habitual, é o problema dos tarifários.

Tenho a Linha do Oeste a poucas centenas metros de casa, e a última vez que a utilizei para uma pequena viagem, achei o preço do bilhete um exagero,... ficava-me mais barato ir de carro.

Não entendo os tarifários que as empresas de transportes públicos praticam.

Além de horários pouco compatíveis com as necessidades de cada um (não se consegue agradar a todos) o tarifário praticado não é atractivo para cativar novos clientes que possuam transporte próprio.

ps. esta crítica extende-se ao transporte rodoviário.


 Desculpa a minha ignorancia, mas quanto custa o passe da CP da zona onde moras para Lx? Compensa ires de carro?

É que eu sempre tive a ideia de que, vivendo fora de Lx, vale sempre mais a pena ir de transportes públicos, mas isso sou eu que vivo dentro de Lisboa e nunca me deparei com isso..

   Penso também que nas pontes sobre o rio Tejo devia-se cobrar pela quantidade de pessoas dentro do carro, isto é, quem vai sozinho para o trabalho no carro deve pagar o normal, mas quem leva mais que uma pessoa deve pagar menos.

  Mas isso realmente também seria um bom tópico..discutir formas de diminuir trafego , isto é , melhorar os acessos e transportes a Lisboa e Porto...
 

*

TOMKAT

  • Especialista
  • ****
  • 1173
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #3 em: Abril 02, 2006, 11:39:16 am »
Citação de: "Marauder"

 Desculpa a minha ignorancia, mas quanto custa o passe da CP da zona onde moras para Lx? Compensa ires de carro?

É que eu sempre tive a ideia de que, vivendo fora de Lx, vale sempre mais a pena ir de transportes públicos, mas isso sou eu que vivo dentro de Lisboa e nunca me deparei com isso..


Desconheço o preço do passe.
O preço do bilhete, ronda os 10 euros, para uma distância de cerca de 100km (por estrada), com +/- 3 horas de viagem, com a maioria dos comboios a pararem nas "tascas" todas.
De uma forma geral a CP pratica, na Linha do Oeste, o preço de 1 euro por Km ( distância calculada aos Kms a percorrer em estrada).

Para viagens a Lisboa, havendo só um passageiro, poderá compensar alguma coisa, devido ao preço das portagens, mas 1 euro por km é uma despesa superior à da grande maioria dos automóveis que circulam nas nossas estradas, então se o automóvel levar 2 ocupantes, a diferença é exagerada.

Para viagens com destino fora dos grandes centros urbanos, essa diferença é amplificada, pela ausência da despesa em portagens, além do aspecto negativo que é a pouca coordenação entre transporte ferroviário e rodoviário, não existindo na maioria das vezes complementaridade entre transportes.
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

*

Marauder

  • Investigador
  • *****
  • 2093
  • +2/-4
(sem assunto)
« Responder #4 em: Abril 02, 2006, 03:30:05 pm »
Citação de: "TOMKAT"
Citação de: "Marauder"

 Desculpa a minha ignorancia, mas quanto custa o passe da CP da zona onde moras para Lx? Compensa ires de carro?

É que eu sempre tive a ideia de que, vivendo fora de Lx, vale sempre mais a pena ir de transportes públicos, mas isso sou eu que vivo dentro de Lisboa e nunca me deparei com isso..

Desconheço o preço do passe.
O preço do bilhete, ronda os 10 euros, para uma distância de cerca de 100km (por estrada), com +/- 3 horas de viagem, com a maioria dos comboios a pararem nas "tascas" todas.
De uma forma geral a CP pratica, na Linha do Oeste, o preço de 1 euro por Km ( distância calculada aos Kms a percorrer em estrada).

Para viagens a Lisboa, havendo só um passageiro, poderá compensar alguma coisa, devido ao preço das portagens, mas 1 euro por km é uma despesa superior à da grande maioria dos automóveis que circulam nas nossas estradas, então se o automóvel levar 2 ocupantes, a diferença é exagerada.

Para viagens com destino fora dos grandes centros urbanos, essa diferença é amplificada, pela ausência da despesa em portagens, além do aspecto negativo que é a pouca coordenação entre transporte ferroviário e rodoviário, não existindo na maioria das vezes complementaridade entre transportes.


   Realmente a linha do Oeste é bera, eu lembro-me quando a usei é normalmente muito lenta. É o resultado da estratégia da CP de só ter um eixo relamente bom, Porto-Lisboa, chamada Linha do Norte...

   A conexão entre a linha Oeste e a linha de sintra não faz muito sentido em termos de tráfego, somente por interesses económicos. O investimento seria demasiado para uma empresa como a CP para fazer o fim da linha passar de Sintra para Lisboa, para além que o terreno e o facto de este ser super caro não ajudar à ideia.
 
  Não seria mais prático criar uma ligação entre Leiria e a estação de Fátima? Com umas automotoras estilo Linha de Serpins..
 

*

Marauder

  • Investigador
  • *****
  • 2093
  • +2/-4
(sem assunto)
« Responder #5 em: Abril 02, 2006, 03:30:34 pm »
Citação de: "TOMKAT"
Citação de: "Marauder"

 Desculpa a minha ignorancia, mas quanto custa o passe da CP da zona onde moras para Lx? Compensa ires de carro?

É que eu sempre tive a ideia de que, vivendo fora de Lx, vale sempre mais a pena ir de transportes públicos, mas isso sou eu que vivo dentro de Lisboa e nunca me deparei com isso..

Desconheço o preço do passe.
O preço do bilhete, ronda os 10 euros, para uma distância de cerca de 100km (por estrada), com +/- 3 horas de viagem, com a maioria dos comboios a pararem nas "tascas" todas.
De uma forma geral a CP pratica, na Linha do Oeste, o preço de 1 euro por Km ( distância calculada aos Kms a percorrer em estrada).

Para viagens a Lisboa, havendo só um passageiro, poderá compensar alguma coisa, devido ao preço das portagens, mas 1 euro por km é uma despesa superior à da grande maioria dos automóveis que circulam nas nossas estradas, então se o automóvel levar 2 ocupantes, a diferença é exagerada.

Para viagens com destino fora dos grandes centros urbanos, essa diferença é amplificada, pela ausência da despesa em portagens, além do aspecto negativo que é a pouca coordenação entre transporte ferroviário e rodoviário, não existindo na maioria das vezes complementaridade entre transportes.


   Realmente a linha do Oeste é bera, eu lembro-me quando a usei é normalmente muito lenta. É o resultado da estratégia da CP de só ter um eixo relamente bom, Porto-Lisboa, chamada Linha do Norte...

   A conexão entre a linha Oeste e a linha de sintra não faz muito sentido em termos de tráfego, somente por interesses económicos. O investimento seria demasiado para uma empresa como a CP para fazer o fim da linha passar de Sintra para Lisboa, para além que o terreno e o facto de este ser super caro não ajudar à ideia.
 
  Não seria mais prático criar uma ligação entre Leiria e a estação de Fátima? Com umas automotoras estilo Linha de Serpins..
 

*

emarques

  • Especialista
  • ****
  • 1177
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #6 em: Abril 02, 2006, 11:21:50 pm »
Citação de: "TOMKAT"
Desconheço o preço do passe.
O preço do bilhete, ronda os 10 euros, para uma distância de cerca de 100km (por estrada), com +/- 3 horas de viagem, com a maioria dos comboios a pararem nas "tascas" todas.
De uma forma geral a CP pratica, na Linha do Oeste, o preço de 1 euro por Km ( distância calculada aos Kms a percorrer em estrada).

Hã...
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

*

TOMKAT

  • Especialista
  • ****
  • 1173
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #7 em: Abril 03, 2006, 12:26:35 am »
Citação de: "emarques"
Hã...


 :)

As contas correctas são 1 euro por 10 km...

É no que dá pensar e bater teclas ao mesmo tempo...

Mas a essência do racíocínio mantém-se, a maioria das viaturas a diesel consegue fazer médias de 6 a 7 litros aos 100 km, ou até inferiores se a cilindrada da viatura for baixa.

Boa emarques. :wink:
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

*

Marauder

  • Investigador
  • *****
  • 2093
  • +2/-4
(sem assunto)
« Responder #8 em: Abril 04, 2006, 06:04:30 pm »
Citar
CP reduz prejuízos em 26% para 197 M€ em 2005

A CP - Comboios de Portugal reduziu em 26% o prejuízo em 2005, que baixou para 197 milhões de euros face aos 265 milhões de euros registados no ano anterior.

Para esta melhoria dos resultados contribuíram um crescimento de 5,3% dos proveitos operacionais, que atingiram os 288 milhões de euros, e ainda uma redução dos custos operacionais, em 1%, para 423 milhões de euros.

Dos resultados de 2005, apresentados hoje pela empresa, sobressai o desempenho da CP Longo Curso, a primeira unidade de negócio a atingir o «break-even» operacional.

A taxa de cobertura dos custos operacionais da CP Longo Curso saldou-se em 102%, atingindo os 1,1 milhões de euros.

António Ramalho, presidente do Conselho de Gerência da CP, destacou, além da redução dos prejuízos em um quarto, para menos de 200 milhões de euros «pela primeira vez», o facto de «as contas das empresas serem apresentadas sem reservas dos auditores».

O resultado operacional antes de impostos, taxas, depreciações e amortização (EBITDA) foi de 34 milhões de euros negativos, o que representa uma melhoria de 70% face a 2004.

O presidente da empresa destacava a importância da «forte contenção» dos custos operacionais para os resultados, «apesar do forte agravamento dos custos da energia», que aumentaram 29,8% no caso do gasóleo e 16,1% na electricidade.

Também os custos com pessoal descerem, em 12,1 milhões de euros, para 149,7 milhões de euros, essencialmente com a redução de 297 colaboradores, para 4.409 pessoas no final de 2005.

O resultado financeiro atingiu 76 milhões de euros negativos e as compensações atribuídas pelo Estado foram 17% superiores às de 2004, cifrando-se em 25 milhões de euros.

O cash flow da empresa registou uma melhoria de 55%, descendo para os 89 milhões de euros negativos.

O investimento (CAPEX) caiu de 85 para 55 milhões de euros, reflectindo uma «política estruturante de redução do investimento ao estritamente necessário ao desenvolvimento da actividade», salientava a António Ramalho.

A CP conseguiu em 2005 travar a tendência de redução do número de passageiros por quilómetro, graças, sobretudo, ao desempenho da CP Longo Curso.

A perda de passageiros decorrente do encerramento do túnel do Rossio foi apenas «atenuada» pelo aumento da utilização dos serviços urbanos das linhas de Azambuja e Lisboa e serviços urbanos do Porto.

As mercadorias aumentaram as quantidades transportadas em 6,2%.

Diário Digital / Lusa

04-04-2006 13:54:00
 


de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... news=65469

Devagar se vai ao longe...mas..tão devagarinho....Mas para eles não é problema...o que faltar, o estado mete...

(hum..o conceito de CP Longo Curso e Pequeno Curso é melhor que a minha ideia de CP Rápidos e CP Lentos..que é a mesma coisa com nome diferente).

No entanto o lucro proveniente da CP Longo Curso é bastante reduzida...não dá para compensar o descalabro que é o resto das contas da empresa.
 

*

dremanu

  • Investigador
  • *****
  • 1254
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +7/-18
(sem assunto)
« Responder #9 em: Abril 04, 2006, 10:27:20 pm »
Para aumentar os lucros da CP é preciso que se desenvolva o interior do país. Aumente-se o fluxo económico entre litoral e o interior, e a CP vai começar a ganhar dinheiro.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

*

Marauder

  • Investigador
  • *****
  • 2093
  • +2/-4
(sem assunto)
« Responder #10 em: Abril 04, 2006, 11:05:57 pm »
Citação de: "dremanu"
Para aumentar os lucros da CP é preciso que se desenvolva o interior do país. Aumente-se o fluxo económico entre litoral e o interior, e a CP vai começar a ganhar dinheiro.


  Quem diz o interior diz o país como um todo também...tanta coisa que se deveria melhorar...fazer uma lista é uma óptima maneira para fazer uma "directa"...

  Passa por não centralizar o país em Lisboa, mas sim apostar no crescimento e desenvolvimento do resto do país/cidades. Não façam como a Grécia, com 5 milhões a viver na capital.....e eles só tem mais uns..200mil que nós +/-
 

*

dremanu

  • Investigador
  • *****
  • 1254
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +7/-18
(sem assunto)
« Responder #11 em: Abril 04, 2006, 11:16:55 pm »
Citação de: "Marauder"
Citação de: "dremanu"
Para aumentar os lucros da CP é preciso que se desenvolva o interior do país. Aumente-se o fluxo económico entre litoral e o interior, e a CP vai começar a ganhar dinheiro.

  Quem diz o interior diz o país como um todo também...tanta coisa que se deveria melhorar...fazer uma lista é uma óptima maneira para fazer uma "directa"...

  Passa por não centralizar o país em Lisboa, mas sim apostar no crescimento e desenvolvimento do resto do país/cidades. Não façam como a Grécia, com 5 milhões a viver na capital.....e eles só tem mais uns..200mil que nós +/-


Eu acho que Lisboa puderia, e deveria, ser uma cidade de 5 milhões ou mais de habitantes, porque não? No entanto, também acho que se deveria desenvolver mais umas cidades que atuassem como pólos regionaís de pujança económica no interior, litoral, e norte e sul de Portugal. Todas elas conectadas por uma rede ferroviária de alta-velocidade, todas elas competitivas entre si próprias, e todas elas competitivas a nivel global.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

*

Marauder

  • Investigador
  • *****
  • 2093
  • +2/-4
(sem assunto)
« Responder #12 em: Abril 04, 2006, 11:24:08 pm »
Citação de: "dremanu"
Citação de: "Marauder"
Citação de: "dremanu"
Para aumentar os lucros da CP é preciso que se desenvolva o interior do país. Aumente-se o fluxo económico entre litoral e o interior, e a CP vai começar a ganhar dinheiro.

  Quem diz o interior diz o país como um todo também...tanta coisa que se deveria melhorar...fazer uma lista é uma óptima maneira para fazer uma "directa"...

  Passa por não centralizar o país em Lisboa, mas sim apostar no crescimento e desenvolvimento do resto do país/cidades. Não façam como a Grécia, com 5 milhões a viver na capital.....e eles só tem mais uns..200mil que nós +/-

Eu acho que Lisboa puderia, e deveria, ser uma cidade de 5 milhões ou mais de habitantes, porque não? No entanto, também acho que se deveria desenvolver mais umas cidades que atuassem como pólos regionaís de pujança económica no interior, litoral, e norte e sul de Portugal. Todas elas conectadas por uma rede ferroviária de alta-velocidade, todas elas competitivas entre si próprias, e todas elas competitivas a nivel global.


 Discordo completamente. Voce vive em Lisboa? É que tal afirmação não pode vir de um Lisboeta. Somos 2.5 e já temos muitos problemas. E posso-lhe dizer também que Atenas é um pequeno inferno...é muita gente numa grande cidade. E como final digo-lhe que aqui na Alemanha vivem uns 82 milhões de pessoas...mas cidades com mais que um milhão de habitantes são raras..

   Prefiro que as outras cidades aumentem...assim aumentando o nível de actividade económica dessas e aumentando também o trafego inter-cidades.
 

*

dremanu

  • Investigador
  • *****
  • 1254
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +7/-18
(sem assunto)
« Responder #13 em: Abril 04, 2006, 11:35:41 pm »
Citação de: "Marauder"
Citação de: "dremanu"
Citação de: "Marauder"
Citação de: "dremanu"
Para aumentar os lucros da CP é preciso que se desenvolva o interior do país. Aumente-se o fluxo económico entre litoral e o interior, e a CP vai começar a ganhar dinheiro.

  Quem diz o interior diz o país como um todo também...tanta coisa que se deveria melhorar...fazer uma lista é uma óptima maneira para fazer uma "directa"...

  Passa por não centralizar o país em Lisboa, mas sim apostar no crescimento e desenvolvimento do resto do país/cidades. Não façam como a Grécia, com 5 milhões a viver na capital.....e eles só tem mais uns..200mil que nós +/-

Eu acho que Lisboa puderia, e deveria, ser uma cidade de 5 milhões ou mais de habitantes, porque não? No entanto, também acho que se deveria desenvolver mais umas cidades que atuassem como pólos regionaís de pujança económica no interior, litoral, e norte e sul de Portugal. Todas elas conectadas por uma rede ferroviária de alta-velocidade, todas elas competitivas entre si próprias, e todas elas competitivas a nivel global.

 Discordo completamente. Voce vive em Lisboa? É que tal afirmação não pode vir de um Lisboeta. Somos 2.5 e já temos muitos problemas. E posso-lhe dizer também que Atenas é um pequeno inferno...é muita gente numa grande cidade. E como final digo-lhe que aqui na Alemanha vivem uns 82 milhões de pessoas...mas cidades com mais que um milhão de habitantes são raras..

   Prefiro que as outras cidades aumentem...assim aumentando o nível de actividade económica dessas e aumentando também o trafego inter-cidades.


Sim, sou de Lisboa, aliás cresci em Lisboa. E não, não vejo problema em fazer de Lisboa uma cidade de 5 milhões de habitantes. Lisboa deve crescer verticalmente, começar a deitar abaixo os prédios velhos que abundam pela cidade, e construir novos edifícios. O país tem que andar p'ra frente, não pode ficar parado no passado.

Na Alemanha existem várias cidades grandes, Frankfurt, Munique, Dusseldorf, Cologne, Estugarda, etc...

Acho que em Portugal puderia-se ter mais umas duas ou trés, ou mais, cidades quase do tamanho do Porto, como por exemplo, Castelo Branco, Évora, Bragança, Faro, Setubal.

Mas para isto acontecer era preciso ter uma política de crescimento demográfico, acompanhada por políticas económicas que visam o rápido crescimento económico.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

*

Marauder

  • Investigador
  • *****
  • 2093
  • +2/-4
(sem assunto)
« Responder #14 em: Abril 05, 2006, 10:38:46 am »
Citação de: "dremanu"
Citação de: "Marauder"
Citação de: "dremanu"
Citação de: "Marauder"
Citação de: "dremanu"
Para aumentar os lucros da CP é preciso que se desenvolva o interior do país. Aumente-se o fluxo económico entre litoral e o interior, e a CP vai começar a ganhar dinheiro.

  Quem diz o interior diz o país como um todo também...tanta coisa que se deveria melhorar...fazer uma lista é uma óptima maneira para fazer uma "directa"...

  Passa por não centralizar o país em Lisboa, mas sim apostar no crescimento e desenvolvimento do resto do país/cidades. Não façam como a Grécia, com 5 milhões a viver na capital.....e eles só tem mais uns..200mil que nós +/-

Eu acho que Lisboa puderia, e deveria, ser uma cidade de 5 milhões ou mais de habitantes, porque não? No entanto, também acho que se deveria desenvolver mais umas cidades que atuassem como pólos regionaís de pujança económica no interior, litoral, e norte e sul de Portugal. Todas elas conectadas por uma rede ferroviária de alta-velocidade, todas elas competitivas entre si próprias, e todas elas competitivas a nivel global.

 Discordo completamente. Voce vive em Lisboa? É que tal afirmação não pode vir de um Lisboeta. Somos 2.5 e já temos muitos problemas. E posso-lhe dizer também que Atenas é um pequeno inferno...é muita gente numa grande cidade. E como final digo-lhe que aqui na Alemanha vivem uns 82 milhões de pessoas...mas cidades com mais que um milhão de habitantes são raras..

   Prefiro que as outras cidades aumentem...assim aumentando o nível de actividade económica dessas e aumentando também o trafego inter-cidades.

Sim, sou de Lisboa, aliás cresci em Lisboa. E não, não vejo problema em fazer de Lisboa uma cidade de 5 milhões de habitantes. Lisboa deve crescer verticalmente, começar a deitar abaixo os prédios velhos que abundam pela cidade, e construir novos edifícios. O país tem que andar p'ra frente, não pode ficar parado no passado.

Na Alemanha existem várias cidades grandes, Frankfurt, Munique, Dusseldorf, Cologne, Estugarda, etc...

Acho que em Portugal puderia-se ter mais umas duas ou trés, ou mais, cidades quase do tamanho do Porto, como por exemplo, Castelo Branco, Évora, Bragança, Faro, Setubal.

Mas para isto acontecer era preciso ter uma política de crescimento demográfico, acompanhada por políticas económicas que visam o rápido crescimento económico.


  Continuo a discordar. Recomendo que procure na internet a informação de quantos habitantes tem essas cidades alemãs que voce referiu...deverá ter uma surpresa...só lhe dou um cheirinho...Frankfurt tem 620mil. Penso que a única cidade q ultrapassa à vontade o 1 milhão é Berlim.

(CORRECÇÃO - estes dados são dos districtos urbanos. Para áreas metropolitanas consulte http://www.graphicmaps.com/citypops.htm para valores mais precisos. )

   Em termos de pessoas, com 2.5 milhões Lisboa já é um caos quase, voce quer duplicar os problemas? A não ser que a expansão da cidade passe pela zona oriental, que está mais desafogada, tipo vale de Chelas, etc.

  Isso de deitar prédios velhos para construir novos, depende da zona e do tipo de arquitectura desses mesmos prédios. Posso-lhe dizer que aqui na Alemanha os americanos fizeram "um bom trabalho" em deitar predios abaixo, tal como os alemães fizeram em Varsóvia. Penso que não será dificil adivinhar que existem muitas cidades feias por causa disso. Visite Mannheim (aonde eu estou), Ludgwighafen (do outro lado do rio, a cidade mais feia da alemanha pelo que dizem) ou Varsóvia.

  Mas é claro que, por exemplo, para a zona oriental ainda existem prédios velhos e abandonados que deveriam ser demolidos. E mais, as nossas habitações sociais em Lisboa são horriveis, tem-se o cor-de-rosa em Chelas, ao todas-as-cores em Chelas, e ainda uns prédios degradados junto ao aeroporto, em frente da estação dos Bombeiros da Encarnação.

   Que se construa verticalmente e com estética sim, mas somente em algumas zonas da capital, escolhidas a dedo, senão basicamente começamos a descaracterizar a cidade, um pouco mais do que já está.
« Última modificação: Junho 01, 2006, 11:52:36 am por Marauder »