Pandur II

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Vitor Santos

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Re: Pandur II
« Responder #2100 em: Maio 18, 2020, 02:44:24 am »
Vitor Santos,

A primeira parte do artigo tem pelo menos, um erro é este:

"Em 2005 Portugal assinou um contrato para a aquisição de 240 blindados 8×8, em 7 versões, a saber: VBTP Mtr 12,7mm, VBTP SARC, VBR Can 105mm, VBE PC, VBE Soc, VBE Amb e VBCI Can 30mm, para o Exército Português (EP). Posteriormente, este contrato foi reduzido para 188, excluindo em sua totalidade as VBR".

As versões iniciais eram onze  e não sete, e, não incluíam a versão porta canhão 105, mas sim Porta Morteiro 120mm; Porta Míssil Anti-Carro TOW; Reconhecimento; Engenharia; Comunicações. O porta canhão 105 em numero de 33 viaturas fazia parte de uma segunda encomenda, e não da encomenda inicial.

Retirado do Operacional :

Ponto de situação nas entregas de VBR Pandur

O contrato assinado entre o Estado Português e a firma austríaca Steyr prevê a entrega de 240 viaturas em 11 versões para o Exército e 20 viaturas em 4 versões para a Marinha. Uma cláusula no contrato admite ainda a aquisição de mais 33 Pandur II, equipadas com uma peça de 105mm, destinadas também ao Exército. Neste ramo todas as viaturas estão atribuídas à Brigada de Intervenção e na Marinha ao Corpo de Fuzileiros.
Até ao momento em que escrevemos o Exército recebeu 120 Pandur em 7 diferentes versões. Destas 20 estão oficialmente recepcionadas – ou seja, a garantia contratual acordada com o fabricante já está “a contar” – sendo que a recepção definitiva das viaturas só acontece no final do período da garantia. Aí então, estamos por “nossa conta”, até lá Portugal tem o apoio das firmas fornecedoras (Steyr austríaca e Fabrequipa portuguesa) nos termos definidos no contrato de aquisição.
As versões entregues ao Exército são: VBR Transporte de Pessoal com reparo para a MP Browning 12,7 mm; VBR Transporte de Pessoal com MP 12,7 mm, a disparar do interior da viatura; VBR Posto de Comando; VBR Recuperação e Manutenção; VBR Ambulância; VBR Vigilância VCB; VBR Porta Canhão 30 mm. Estão em falta 5 versões, Porta Morteiro 120mm; Porta Míssil Anti-Carro TOW; Reconhecimento; Engenharia; Comunicações.


http://www.operacional.pt/vbr-8x8-tp-pandur-ii-127/

Abraços

Grato pela correção! Oportuno esclarecimento.
 

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Pedro Monteiro

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Re: Pandur II
« Responder #2101 em: Maio 19, 2020, 07:43:18 pm »
Alguém sabe se as 22 últimas pandur, acordadas com a GDELS, onde se encontram as unicas ATGM e comunicações, sempre vieram?

http://www.operacional.pt/em-braga-com-os-dragoes-dentre-douro-e-minho/
Correcto, vieram essas 22 e ficámos com 188 ao todo - as ATGM estão em Braga no Grupo de Reconhecimento e as de comunicações na Companhia de Transmissões.

Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 
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Re: Pandur II
« Responder #2102 em: Junho 16, 2020, 11:54:28 am »
Recomendo vivamente a consulta desta tese da Academia Militar que vai a fundo nas melhorias que poderiam ser introduzidas, mas também em soluções doutrinárias e orgânicas com base em entrevistas com operadores de Pandur portugueses, checos e austríacos (os Pandur EVO 6x6 recebidos novos de fábrica). Ao contrário do que por vezes falamos, a maior limitação não está em mais torres e afins mas em melhorias muito práticas mas essenciais para o operador:
https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/29655

Cumprimentos,
Pedro Monteiro

Estive a ver a tese e vou também "recomendar vivamente" - não só sobre o uso dos Pandur e sobre as versões em falta, mas também sobre a doutrina das secções / pelotões de atiradores, as ML, o uso (ou, no nosso caso, o não uso) de Spike, os Carl-Gustaf, os constrangimentos da falta de recursos... até refere para que poderia servir os famosos JLTV.
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Re: Pandur II
« Responder #2103 em: Junho 16, 2020, 12:07:12 pm »
Recomendo vivamente a consulta desta tese da Academia Militar que vai a fundo nas melhorias que poderiam ser introduzidas, mas também em soluções doutrinárias e orgânicas com base em entrevistas com operadores de Pandur portugueses, checos e austríacos (os Pandur EVO 6x6 recebidos novos de fábrica). Ao contrário do que por vezes falamos, a maior limitação não está em mais torres e afins mas em melhorias muito práticas mas essenciais para o operador:
https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/29655

Cumprimentos,
Pedro Monteiro

Estive a ver a tese e vou também "recomendar vivamente" - não só sobre o uso dos Pandur e sobre as versões em falta, mas também sobre a doutrina das secções / pelotões de atiradores, as ML, o uso (ou, no nosso caso, o não uso) de Spike, os Carl-Gustaf, os constrangimentos da falta de recursos... até refere para que poderia servir os famosos JLTV.

Os pandur 6X6 EVO, seriam a melhor escolha para equipar os ERec(R) que vamos possuindo.
Substituiriam os 8X8 alocados ao RC6, permitindo o levantamento do terceiro BiMec(R), da BrigInt, e ao mesmo tempo se deveria adquirir a versao PM do 6X6 EVO, para colmatar a falta dessa versão na frota 8X8.

Abraços
« Última modificação: Junho 16, 2020, 12:08:46 pm por tenente »
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Re: Pandur II
« Responder #2104 em: Junho 16, 2020, 12:13:28 pm »
O 6x6 tem versão AA? Também dava um jeitaço...
 

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Re: Pandur II
« Responder #2105 em: Junho 16, 2020, 04:15:30 pm »
Esta tese coloca "a nu" o estado que chegamos... desde os rádios, às experiências de tamanho das secções por falta de homens (continuo sem entender o ter 2 ML, de 7,62mm e 5,56mm, nas secções mas enfim), a falta de veículos (e armas e radares) para as Secção VCB, PelACar, PelRec e PelMortP, o facto de termos "no papel" 3 BIMec  a 2 CAt como exército (para além do grupo de CC,. de unidades de apoio às brigadas, dos Paras e Comandos, etc)... uma leitura reveladora do que a falta de meios humanos e investimentos em equipamento fizeram.  Falta (quase) tudo, mesmo para equipar tão poucas unidades.

     
« Última modificação: Junho 16, 2020, 04:17:04 pm por LM »
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Re: Pandur II
« Responder #2106 em: Junho 20, 2020, 03:25:49 pm »
Esta tese coloca "a nu" o estado que chegamos... desde os rádios, às experiências de tamanho das secções por falta de homens (continuo sem entender o ter 2 ML, de 7,62mm e 5,56mm, nas secções mas enfim), a falta de veículos (e armas e radares) para as Secção VCB, PelACar, PelRec e PelMortP, o facto de termos "no papel" 3 BIMec  a 2 CAt como exército (para além do grupo de CC,. de unidades de apoio às brigadas, dos Paras e Comandos, etc)... uma leitura reveladora do que a falta de meios humanos e investimentos em equipamento fizeram.  Falta (quase) tudo, mesmo para equipar tão poucas unidades.
   

Sem duvida, demonstra a miséria franciscana em termos de efectivos de praças que o Exército possui. Na arma de infantaria a falta de Praças é tao grave que não existem três Batalhões de infantaria completos.

Se em qq exército a infantaria representa cerca de 50% do total dos efectivos está tudo dito quanto ao estado das unidades de manobra e apoio, estao completamente desfalcadas.

O exemplo dos dois bimec(r) é suficientemente claro, so possuem duas CAts, e nem estas estão completas.

A primeira prioridade no Exercito seria incorporar cerca de um milhar de pracas anualmente durante cinco/seis anos.

Só com esse total se pudera repor algum músculo/eficacia, em termos de efectivos, nos batalhões/grupos das três brigadas.

Abraços
« Última modificação: Junho 20, 2020, 03:30:35 pm por tenente »
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Re: Pandur II
« Responder #2107 em: Junho 30, 2020, 09:39:18 pm »
Mais umas três  duzias destas RWS para a frota pandur e ST5, vinham a calhar.

https://www.defensa.com/espana/la-mini-samson-para-8x8-dragon

Abraços
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Re: Pandur II
« Responder #2108 em: Julho 01, 2020, 04:24:57 pm »
Se tivéssemos exercito com uma capacidade ATGM ou houvesse vontade que a tivesse... o meu sistema favorito (ou o Spike, não sou esquisito  :mrgreen:), agora também parte do "projecto europeu", ficava bem nos Pandur / ST5 / etc e se tivesse "participação PT" ajudava a investir.



MBDA’s MMP Missile Selected to Fulfill the European BLOS Battlefield Engagement Capability

Citar
European developer and manufacturer of missiles, MBDA is joining with 13 partners and subcontractors from 5 countries to develop a new capability based on the MMP missile system that will be unique for mounted and dismounted forces. LynkEUs is the first technological and industrial contribution to the objectives of the Permanent Structured Cooperation (PESCO) Beyond Line Of Sight (BLOS) capability project. The BLOS capability project had been approved in November 2018 by the EU Defence Ministers. LynkEUs, an MBDA coordinated project, has been selected by the European Commission as part of the new European Defence Industrial Development Programme (EDIDP), following consultation with Member States.

Eric Béranger, MBDA CEO, said: “LynkEUs is the first cooperative project in the missile systems field leveraging on the new EU defence instruments, and the first EU defence R&D project to be coordinated by MBDA. It demonstrates our eagerness to cooperate to an ever-greater extent in Europe and to expand our circle of industrial and technological partnerships, particularly with innovative SMEs and European research centres. It also demonstrate our commitment to serve European strategic autonomy and technological sovereignty ambitions.”

The LynkEUs project is managed in close partnership with the French, Belgian and Cypriot armed forces. The project seeks to define an initial operational concept for a European Beyond-Line-Of-Sight (BLOS) capability. The concepts and tests completed for the PESCO BLOS project will contribute to the development of a family of man-on-the loop BLOS missile systems with back image, based on the MMP medium range missile, and under full control of Europe’s defence industry. It will also provide an opportunity to identify and test emerging solutions of potential value for future upgrades to the capability, and will be validated by a test campaign.

MBDA and its 10 partners – from Belgium: The Royal Military Academy, John Cockerill Defense, FN Herstal, Thales Belgium, and Xenics; from Cyprus: Aditess, Cyprus Institute, and SignalGenerix; from France: Novadem and Safran; along with the 3 subcontractors: MILREM (from Estonia), DELAIR (from France), and Carmenta (from Sweden) – are now entering the negotiation phase of the grant agreement with the Commission. This first success at the European level paves the way for further collaborative projects, that will consolidate a European BLOS capability by developing associated functions such as training systems and cooperative engagement. These new projects could be eligible for the future European Defence Fund as early as 2021.

Missile Moyenne Portée (Medium-Range Missile/MMP) is a French man-portable anti-tank guided missile. It was developed by MBDA Missile Systems and is intended as a replacement for their MILAN, which has been sold worldwide. BDA was formed as a joint venture by a merger of the guided missile divisions of EADS (now Airbus), Finmeccanica (now Leonardo), and BAE Systems in December 2001. In 2016 the company had more than 10,500 employees. In 2017, MBDA recorded orders for €4.2 bn and an order book of €16.8 bn. The company name is an initialism of the names of the companies that came together to form it: Matra; BAe Dynamics and Alenia. MBDA works with over 90 armed forces worldwide.
   
« Última modificação: Julho 01, 2020, 04:25:29 pm por LM »
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Re: Pandur II
« Responder #2109 em: Julho 06, 2020, 04:55:24 pm »
11 Sargentos da Especialidade de Mecânico de Viaturas frequentaram o 46.º Curso de Especialização do Curso de Formação de Sargentos de Serviço de Material

Esta formação decorreu no Regimento de Manutenção e teve como objetivo habilitar os novos Sargentos do Serviço de Material com os conhecimentos teóricos, técnicos e práticos necessários para o desempenho de trabalhos inerentes à manutenção da Viatura Blindada de Rodas (VBR) PANDUR II 8X8.

Integram parte do conteúdo programático desta formação os Cursos de Manutenção Nível I e II das VBR PANDUR II 8x8, versão Infantry Combat Vehicle.













https://www.facebook.com/ExercitoPortuguesPRT/photos/pcb.2538527729729243/2538527369729279/?type=3&theater

Abraços
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Re: Pandur II
« Responder #2110 em: Julho 14, 2020, 05:59:25 pm »
A outra lacuna anteriormente identificada, é a proteção do apontador da MP nas Pandur ICV. Na preparação da sua projeção para o Afeganistão foi iniciado um processo de estudo, produção e aquisição pelo comando de logística para a montagem de uma proteção, tendo estagnado, na preferência pelo aluguer das Mine-Resistant Ambush Protected (MRAP).
Retomou com a projeção de duas Pandur ICV para a RCA, ao qual devido aos elevados custos decorrentes da produção de uma torre de proteção nova, optou-se pela adaptação da que equipa os High Mobility Multipurpose Wheeled Vehicle22 (HMMWV) (D. Ferreira, op. cit.). Apesar das limitações tem vindo a cumprir, tendo já sido utilizadas em combate. Nesta mesma operação, verificou-se que as Pandur RWS são as ideais para o apoio de fogos, evitando riscos desnecessários para a guarnição.

A unanimidade é patente entre todos os entrevistados e relatórios produzidos, sendo essencial equipar as Pandur ICV com o sistema RWS, principalmente o PelRec, devendo a torre de proteção ser uma opção de último recurso.

Em todos os empenhamentos foi referido a falta de espaço no interior da viatura Pandur. Na Lituânia devido ao Carl Gustav e na RCA ao morteirete 60mm, não sendo possível colocar no exterior da viatura, devido à sua utilização para operações de controlo de tumultos (J. Pais, op. cit.; V. Cancela, op. cit.).

Foi detetada a necessidade premente para todos os elementos da SecAt, de aparelhos de visão noturna AN-PVS 14 com arnês de capacete, em especial para os chefes de viatura . Identicamente a necessidade de uma equipa sniper para o caso de existência de alvos remuneradores ou proteção circunstancial do batalhão (P. Barreiro, op. cit.).

Ao nível do apoio logístico, a viatura Auto Pronto Socorro M816 apresenta problemas mecânicos devido à sua avançada idade (aquisição em 1978), sendo extremamente difícil a aquisição de sobressalentes, carecendo a sua substituição. A equipa de manutenção deverá possuir uma “tenda oficina” com as dimensões suficientes para a tipologia Pandur, tendo sido verificado em 2017 na Lituânia, que a tenda 16P não possuía as dimensões suficientes que permitissem trabalhar sob condições atmosféricas adversas (J. Pais, op. cit.).

O BIMed Português operou em exercícios com batalhões equipados com Pátria e Piranha, verificando-se que não somos inferiores, existindo pormenores que podem afetar o seu desempenho (A. Dias, op. cit.)



http://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/29655/1/MAJ%20Ferreira%20LouroLouro.pdf
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Pandur II
« Responder #2111 em: Julho 14, 2020, 06:07:02 pm »
Como já disse esse trabalho da AM merece uma leitura - para além de mostrar a triste realidade (não só das faltas nos Pandur / BIMec(R), mas também de vários problemas mais gerais... para além de demonstrar termos "no papel" 3 BIMec  a 2 CAt como exército (para além do grupo de CC,. de unidades de apoio às brigadas, dos Paras e Comandos, etc).

Mas, justiça seja feita, demonstra também que muitas das falhas que nós aqui identificamos e das soluções são bem conhecidas do corpo de oficiais.
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Re: Pandur II
« Responder #2112 em: Julho 14, 2020, 07:15:16 pm »
Como já disse esse trabalho da AM merece uma leitura - para além de mostrar a triste realidade (não só das faltas nos Pandur / BIMec(R), mas também de vários problemas mais gerais... para além de demonstrar termos "no papel" 3 BIMec  a 2 CAt como exército (para além do grupo de CC,. de unidades de apoio às brigadas, dos Paras e Comandos, etc).

Mas, justiça seja feita, demonstra também que muitas das falhas que nós aqui identificamos e das soluções são bem conhecidas do corpo de oficiais.

O problema é que as falhas já foram identificadas e ate as soluções estão na LPM.
Agora vamos ver é que percentagem das falhas vão ser corrigidas ate 2030.

Até porque existe cada vez mais pressão da modernização das forças pesadas/lagartas.
 

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dc

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Re: Pandur II
« Responder #2113 em: Julho 14, 2020, 10:19:13 pm »
Pressões para modernizar as forças de lagartas em que sentido? O tal upgrade ao ar condicionado dos Leopard, ou algo mais abrangente a vários veículos de lagartas?

Para fazer face aos pequenos UAVs, nada mais adequado que Pandur equipados com a torre Oerlikon Skyranger.

Face ao abrir de olhos face à necessidade de mais torres RWS, é bom sinal. Só espero que avaliem opções como a Mini Samson com mísseis Spike, para se colmatar duas lacunas de uma só vez.
 

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LM

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Re: Pandur II
« Responder #2114 em: Julho 15, 2020, 12:03:13 pm »
Como já disse esse trabalho da AM merece uma leitura - para além de mostrar a triste realidade (não só das faltas nos Pandur / BIMec(R), mas também de vários problemas mais gerais... para além de demonstrar termos "no papel" 3 BIMec  a 2 CAt como exército (para além do grupo de CC,. de unidades de apoio às brigadas, dos Paras e Comandos, etc).

Mas, justiça seja feita, demonstra também que muitas das falhas que nós aqui identificamos e das soluções são bem conhecidas do corpo de oficiais.

O problema é que as falhas já foram identificadas e ate as soluções estão na LPM.
Agora vamos ver é que percentagem das falhas vão ser corrigidas ate 2030.

Até porque existe cada vez mais pressão da modernização das forças pesadas/lagartas.

Já li o trabalho há algum tempo, mas julgo que a LPM não considera soluções para tudo... algumas vão demorar tempo e talvez não seja no âmbito da LPM (falta de pessoal em unidades operacionais, falta de "curso de chefe de viatura Pandur a todos os cabos com esta responsabilidade (cabos apontadores de MP das SecAt), não se encontrando em ação devido ao elevado volume de formandos graduados, estando contemplado apenas três cursos de chefe de viatura no Plano Anual de Formação (PFA). A esta dificuldade acrescem os contratos de praças a seis anos, não sendo viável os gastos na formação"; outros problemas:

"Secção VCB está equipada com quatro VTL, que rebocam um radar de localização de alvos móveis (ANTPQ 35/36), não existindo de momento radares suficientes para equipar os dois batalhões, encontrando-se alguns em estado avançado de deterioração."

"O PelMortP constituído por um comando com dois Postos de Comando de Tiro (PCT), encontra-se guarnecido em QO por oito VBR Porta Morteiros de 120mm, tendo sido cancelada a sua aquisição por problemas de ordem financeira. Como solução a curto prazo, para efeitos de treino e possível empenhamento futuro, o PelMortP encontra-se equipado com viaturas táticas de transporte até 5 toneladas (Iveco), rebocando os morteiros 120mm versão Tampella ou Standard existentes. Esta situação causa sérias dificuldades no deslocamento, manobra e apoio de fogos num batalhão equipado com viaturas Pandur"

"Importa salientar, que está preconizado no quadro de material a existência de um sistema sensor remoto VCB, no comando da companhia, sendo uma indefinição quanto à tipologia e aquisição."

"Releva-se a capacidade ACar definida, em que cada SecAt deve possuir um Anti-Tank Guided Missile Short Rage (ATGM SR) e dois Anti-Tank Guided Missile Medium Rage (ATGM MR) por cada secção canhão. A aquisição destes sistemas, encontra-se a cargo de um grupo de trabalho sob a liderança da DPF, recaindo sobre o Carl Gustav devido ao baixo custo, necessitando de variados upgrades a serem analisados no comando da logística."

"A maior lacuna identificada encontra-se na área do apoio de combate, em que possuímos meios modernos e com elevada capacidade de projeção, mobilidade e poder de choque, em dissonância com meios rebocados (PelMortP), pouco flexíveis (PelACar) e obsoletos (SecVCB)"

"A idealização transpõe para a aquisição das viaturas da tipologia Pandur, do qual a realidade monetária não se compadece, por restrições orçamentais. A aquisição da Pandur Porta Morteiros acarreta um custo aproximado de três milhões por unidade, sendo imperativo diminuir o nível de ambição e adquirir sistemas mais baratos. A solução poderá passar por adquirir viaturas 4x4 denominadas de JLTV (Joint Light Tactical Vehicle), tendo de cumprir os requisitos NATO e garantir uma mobilidade idêntica à versão Pandur. Encontrando-se o Exército Americano a desenvolver uma viatura com estas características, resta precaver os seus custos, apoio logístico diferenciado, capacidade para garantir um sistema de tiro indireto automatizado e eficiente, um míssil ACar de 3ª/4ª/5ª geração e radares VCB com capacidade idêntica ao existente no Grupo de Reconhecimento (GRec). Pese embora as dificuldades na aquisição da viatura e material, o conhecimento quanto à sua utilização e planeamento mantêm-se, correndo o risco de se perder"

"Relativamente à aquisição de ATGM SR e MR, desde 2006 que têm sido efetuados estudos sobre a sua aquisição, com grande prevalência para os misseis da família Spike. No entanto, foram efetuados testes ao Carl Gustav durante a NRF2016, na Lituânia e mais recentemente na RCA. De encontro com a realidade Portuguesa, o Carl Gustav torna-se a escolha mais acertada, sendo necessários upgrades à sua estrutura, conforme relatório enviado à SAAB pelo Comando de Logística, a solicitar melhorias significativas no sistema de pontaria e peso (SAAB, 2017). Em todas as situações de treino, foi referida uma grande dificuldade do seu transporte no interior da viatura com as respetivas munições. As possibilidades passavam pela colocação da arma ao centro da viatura entre os elementos, dificultando o “desembarcar”, ou no exterior da viatura, necessitando de um sistema de acomodação exterior (J. Pais, entrevista presencial, 27 de dezembro de 2018). Importa referir, a criação de um sistema engenhoso para utilização do MILAN na Pandur, nunca aprovado, não fazendo sentido por estar anunciada a sua extinção em 2025"

"Em todas as situações foram reportadas lacunas nas comunicações. Os rádios utilizados para comunicações internas até ao nível SecAt são os Marconi PRR-H485521. Estes rádios não são interoperáveis com as montagens nas Pandur, pois trabalham na banda UHF, enquanto que o rádio 525 da viatura trabalha na banda High Frequency (HF)/Very High Frequency (VHF)."

"Para além da necessidade global em adquirir um sistema C4I, o interior das Pandur não está equipado com colunas, obrigando a ter o capacete Combat Vehicle Crewman (CVC) envergado permanentemente. As Pandur Command Post Vehicle (CPV), por sua vez necessitam de um transformador para ligação dos computadores portáteis que garanta a transmissão de dados.

A outra lacuna anteriormente identificada, é a proteção do apontador da MP nas Pandur ICV. Na preparação da sua projeção para o Afeganistão foi iniciado um processo de estudo, produção e aquisição pelo comando de logística para a montagem de uma proteção, tendo estagnado, na preferência pelo aluguer das Mine-Resistant Ambush Protected (MRAP). Retomou com a projeção de duas Pandur ICV para a RCA, ao qual devido aos elevados custos decorrentes da produção de uma torre de proteção nova, optou-se pela adaptação da que equipa os High Mobility Multipurpose Wheeled Vehicle (As torres de proteção foram retiradas a dois HMMWV que estavam inoperacionais, sem terem sido efetuadas alterações à estrutura da viatura.

Apesar das limitações tem vindo a cumprir, tendo já sido utilizadas em combate. Nesta mesma operação, verificou-se que as Pandur RWS são as ideais para o apoio de fogos, evitando riscos desnecessários para a guarnição"

"A unanimidade é patente entre todos os entrevistados e relatórios produzidos, sendo essencial equipar as Pandur ICV com o sistema RWS, principalmente o PelRec, devendo a torre de proteção ser uma opção de último recurso.
Em todos os empenhamentos foi referido a falta de espaço no interior da viatura Pandur. Na Lituânia devido ao Carl Gustav e na RCA ao morteirete 60mm, não sendo possível colocar no exterior da viatura.

Foi detetada a necessidade premente para todos os elementos da SecAt, de aparelhos de visão noturna AN-PVS 14 com arnês de capacete, em especial para os chefes de viatura

Identicamente a necessidade de uma equipa sniper para o caso de existência de alvos remuneradores ou proteção circunstancial do batalhão.

Ao nível do apoio logístico, a viatura Auto Pronto Socorro M816 apresenta problemas mecânicos devido à sua avançada idade (aquisição em 1978), sendo extremamente difícil a aquisição de sobressalentes, carecendo a sua substituição. A equipa de manutenção deverá possuir uma “tenda oficina” com as dimensões suficientes para a tipologia Pandur, tendo sido verificado em 2017 na Lituânia, que a tenda 16P não possuía as dimensões suficientes que permitissem trabalhar sob condições atmosféricas adversas"

Quidquid latine dictum sit, altum videtur