Adeus Pumas...

  • 43 Respostas
  • 13482 Visualizações
*

Charlie Jaguar

  • Investigador
  • *****
  • 5558
  • Recebeu: 5535 vez(es)
  • Enviou: 3637 vez(es)
  • +10067/-2645
(sem assunto)
« Responder #30 em: Fevereiro 13, 2006, 11:00:41 am »
Mais um capítulo da novela Puma/SNBPC.

Citar
Reconversão dos Puma custa 25 milhões de euros
Grupo de trabalho constituído para analisar futuro da frota conclui que aluguer de longa duração pode sair mais barato.
 Manutenção anual ascende a 6,5 milhões.

JN Online, 13/02/06


Carlos Varela e Inês Cardoso


A reconversão dos dez helicópteros Puma da Força Aérea Portuguesa (FAP) para o combate a fogos florestais custará ao Estado mais de 25 milhões de euros, um valor que está a ser levado em linha de conta pelo Ministério da Administração Interna (MAI), que ainda não decidiu se vai ser esse o destino das aeronaves ou se, pelo contrário, mantém o sistema de aluguer. Tendo em conta os custos elevados, foi criado um grupo de trabalho envolvendo elementos do MAI e da Força Aérea. As conclusões do relatório, entregue em Janeiro mas ainda em estudo pela tutela, deixam cada vez mais afastado o cenário de reconversão dos Puma.

Segundo apurou o JN, são traçados vários cenários de custos a 15 anos, mas apenas num é mais vantajosa a manutenção da frota relativamente à opção de aluguer plurianual de helicópteros (incluindo os serviços de operação e manutenção) a privados. No outro lado da balança, em contraponto aos custos elevados, estão vantagens de autonomia. Isto porque a opção de juntar os Puma aos dez helicópteros (seis médios e quatro ligeiros) cuja aquisição, pelo MAI, já está em curso permitiria ultrapassar a dependência do Estado face a privados.


Fecho de concursos

A decisão final está, em qualquer caso, para breve. Ainda esta semana, na quarta e sexta-feira, fecham duas fases de entrega de propostas para aluguer de helicópteros. A expectativa do Governo, tendo em conta que os concursos foram lançados com mais antecedência que nos últimos anos, é que surjam mais empresas concorrentes e os preços praticados baixem. "Tudo está dependente dessa abertura de propostas, para que possa haver uma decisão final", explica fonte do MAI. Em Junho do ano passado, em entrevista ao JN e Antena 1, o ministro da Administração Interna, António Costa, tinha dado como certa a opção pelos Puma, reafirmada durante a fase mais quente do período de incêndios, quando se viu a braços com a falta de meios aéreos. A certeza, contudo, foi dando lugar a dúvidas levantadas pela comissão especial para o estudo dos meios aéreos de combate aos incêndios, constituída no final do Verão, que já nessa altura dedicou parte da análise ao futuro da frota dos Puma.

É que, além do investimento inicial de 25 milhões de euros para reconversão, a manutenção da frota está calculada anualmente em 6,5 milhões - 3,5 para os chamados consumíveis e mais três milhões para as manutenções programadas. A possibilidade destes valores baixarem é reduzida, por um lado porque a manutenção tem custos fixos, por outro porque a Força Aérea está a abater os Puma na medida em que recebe os EH-101. Ou seja, o planeamento da FAP está a voar nos Puma até esgotar as horas de voo e o stock de sobressalentes, parando as aeronaves no solo próximo do momento em que normalmente iriam para as grandes reparações, reduzindo assim os gastos do ramo.

Uma vez que, ao longo dos anos e dos vários governos, nada foi acordado entre os ministérios da Defesa e da Administração Interna, dois dos helicópteros já foram abatidos. Segue-se um terceiro, em serviço em Porto Santo, até ao fim do mês de Fevereiro, e as quatro aeronaves colocadas nos Açores têm igual destino no Verão. As restantes três aeronaves serão também abatidas durante o segundo semestre, substituídas pelos EH-101, e o mesmo vai acontecer com as tripulações, que gradualmente estão a deixar de voar nos Puma transitando para os EH-101, perdendo as qualificações nos velhos helicópteros. Aliás, a questão da tripulação é outra dificuldade que se levanta no caso de uso pela Protecção Civil (ver caixa de cenários para a operação).


Helitransporte para levar meios de intervenção rápida

A principal missão dos helicópteros Puma seria não o transporte de "baldes" com água, mas antes o helitransporte de equipas de primeira intervenção, num conceito que foi ganhando força em 2005 e que este ano é uma aposta ainda mais estratégica. É que às já existentes brigadas helitransportadas, compostas por bombeiros, juntam-se este ano as equipas da GNR enquadradas no GIPS (Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro), a que o ministro António Costa deu corpo este ano. A unidade já começou a fazer treinos, a nível de oficiais, e foi apresentada oficialmente ao ministro da Administração Interna numa recente ida à Lousã. O GIPS vai dispor este ano de 315 homens, organizados em três companhias, em particular com base no efectivo do Regimento de Infantaria da GNR, embora nos anos subsequentes possa crescer até aos 500, com várias missões no âmbito da Protecção Civil. O GIPS vai operar nos distritos de Vila Real, Viseu, Coimbra, Leiria e Faro, distritos que foram escolhidos por serem de particular risco de incêndio e não disporem de brigadas helitransportadas. Numa lógica de complementaridade, os 84 elementos destas equipas irão manter-se instaladas nos distritos da Guarda, Castelo Branco e Santarém.


É impressão minha ou esta história está a dar para o torto?  :?
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

*

pedro

  • Investigador
  • *****
  • 1435
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #31 em: Fevereiro 13, 2006, 06:56:56 pm »
Ola a todos aqui vai novas noticias sobre os pumas:
Conversão de helicópteros Puma para protecção civil ainda incerta

A utilização dos helicópteros Puma da Força Aérea para missões de protecção civil, como combate a incêndios, só deverá ser decidida em Março ou Abril, existindo a possibilidade de os aparelhos serem rejeitados face a propostas concorrentes.




Fonte do Ministério da Administração Interna disse à agência Lusa que a «conversão» para combate a incêndios, vigilância rodoviária ou da costa dos 10 helicópteros da Força Aérea ainda operacionais foi objecto de um relatório entregue a António Costa, que será analisado até Abril em confronto com propostas «concorrentes».

Só quando estas propostas forem abertas será possível «fazer o confronto» e perceber se os Puma são ou não mais vantajosos que outras opções apresentadas, afirmou a mesma fonte.

A possibilidade de os Puma, recentemente substituídos na Força Aérea pelos novos EH-101 Merlin, serem preteridos face a propostas financeiramente mais vantajosas é real, segundo o ministério.

«Poderão vir a ser [utilizados], dependendo se for vantajoso financeiramente», adiantou a mesma fonte.

No início de Fevereiro, na cerimónia de «entrada ao serviço» de oito dos 12 novos helicópteros EH-101 da Força Aérea, o ministro da Defesa, Luís Amado, prometeu uma decisão «a muito curto prazo» sobre a conversão dos Puma para missões de protecção civil, sob a alçada do Ministério da Administração Interna.

«A muito curto prazo teremos uma opção definitiva em relação ao futuro dos Puma», referiu à margem da cerimónia que decorreu na Base Aérea nº6, no Montijo (Setúbal), acrescentando que o destino dos aparelhos será decidido «no quadro da apreciação que está a ser feita em conjunto com outros sectores do Governo, nomeadamente o Ministério da Administração Interna».

No início de Setembro, o ministro da Administração Interna anunciou a intenção do Governo de dotar o Estado, já em 2006, de meios aéreos permanentes para combate aos fogos.

Quase na mesma altura - a 25 de Agosto -, durante uma visita à Base Aérea de Monte Real (Leiria), António Costa admitiu a possibilidade de «reaproveitamento para a Protecção Civil» dos 10 helicópteros Puma.

No combate aos incêndios que assolaram o País no ano passado participaram helicópteros Puma alemães e holandeses.

Em Dezembro, António Costa anunciou a abertura de sete concursos públicos para aquisição ou contratação de meios de combate a incêndios.

Os concursos destinam-se à compra de meios permanentes - quatro aviões pesados anfíbios, seis helicópteros médios e quatro ligeiros - e de meios sazonais, em contrato plurianual, compostos por 14 aviões medidos e ligeiros, quatro helicópteros médios e 16 ligeiros.

Ao todo são 50 aeronaves, disponíveis para combater os fogos florestais entre 1 de Julho e 30 de Setembro deste ano.

No ano passado os incêndios florestais consumiram cerca de 325 mil hectares, de com um relatório da Direcção-Geral de Recursos Florestais divulgado em Janeiro.

Diário Digital / Lusa
 

*

TOMKAT

  • Especialista
  • ****
  • 1173
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #32 em: Fevereiro 13, 2006, 10:20:50 pm »
Citação de: "Charlie Jaguar"
Mais um capítulo da novela Puma/SNBPC.

Citar
Reconversão dos Puma custa 25 milhões de euros
Grupo de trabalho constituído para analisar futuro da frota conclui que aluguer de longa duração pode sair mais barato.
 Manutenção anual ascende a 6,5 milhões.

É impressão minha ou esta história está a dar para o torto?  :?


"O que nasce torto,... tarde ou nunca se endireita."

A novela dos Pumas para o SNBPC é uma história mal contada desde o 1º capítulo.
Os autores deste argumento caíram na tentação fácil de transmitir só o que o publico "ignorante" quiz ouvir, na tentativa, provavelmente conseguida, de captar audiências.

Omitiram factos importantes ao longo dos vários episódios desta novela, e, como alguns "desconfiados" da qualidade destes enredos têm escrito, no episódio final, a novela Puma/SNBPC vai ter um desfecho inesperado, para descontentamento da maioria dos fãns da novela, ou então vão-se gastar rios de dinheiro para filmagens de última hora, numa tentaviva final de dar a volta a um enredo sem qualidade.
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8530
  • Recebeu: 1622 vez(es)
  • Enviou: 684 vez(es)
  • +940/-7276
(sem assunto)
« Responder #33 em: Fevereiro 13, 2006, 10:49:59 pm »
Ai a máfia...
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

Rui Elias

  • Investigador
  • *****
  • 1696
  • +2/-2
(sem assunto)
« Responder #34 em: Fevereiro 24, 2006, 03:05:26 pm »
Realmente a FAP já fez saber que com os actuais meios de que dispõe não poderá assegurar a operação dos 10 PUMA que serão retirados, para efeitos de Protecção Civil.

A serem aproveitados para o SNBPC, ou o Estado dota este serviço com meios humanos técnicos para essa operação, ou já que estão na calha a aquisição de mais meios aéreos, e nomeadamete aviões (pelo menos é o que está anunciado pelo Governo e alguma comunicação social) poderia ser viável o Governo criar uma entidade pública para a gestão e operação desses meios aéreos, ainda que a sua manutenção ficasse a cargo das OGMA?

A hipótese agora aventada da GNR ficar com a responsabilidade não me desagrada.

Trata-se de uma força policial de âmbito territorial nacional e pode ser potenciada com a utilização desses meios aéreos durante os anos necessários para que futuramente possa ser dotada de outros helis que venham a substituir os Puma para esse tipo de missões.

É que acho extremamente intrigante que de repente os mesmo Puma que serviam para transportar ministros e secretários de estrado pelas aldeias e vilas de Portugal e a efectuar missões SAR, de repende se vejam com as "células" tão envelhecidas que nem sirvam para mais nada.   :roll:

Ou então, em alternativa, dotar a FAP desses meios financeiros e humanos.

É que se é verdade que a FAP pode não ter essas funções, também não me parece que compita à Polícia de Fronteiras alemã vir a Portugal de 2 em 2 anos para nos ajudar a apagar os incêndios.

Portanto, a FAP (e eu quero acreditar que teria toda boa vontade em colaborar com esse combate) teria de deixar de ser tão "de capelinhas", do estilo, esta função é para mim e esta já não é.

Porque para salvar náufragos junto da costa, também não vejo porque que tenha que ser a FAP a fazer esse serviço, em vez de uma entidade civil pública com meios aéreos.

Portanto, ou faz tudo, ou nada.

Não se pode é passar a vida a escolher missões.
 

*

PereiraMarques

  • Moderador Global
  • *****
  • 7931
  • Recebeu: 1267 vez(es)
  • Enviou: 345 vez(es)
  • +5171/-235
(sem assunto)
« Responder #35 em: Fevereiro 24, 2006, 09:05:03 pm »
Citação de: "Rui Elias"
Porque para salvar náufragos junto da costa, também não vejo porque que tenha que ser a FAP a fazer esse serviço, em vez de uma entidade civil pública com meios aéreos.

Portanto, ou faz tudo, ou nada.

Não se pode é passar a vida a escolher missões.


Cá para mim, a FAP olha para a Marinha e vê: autoridades portuárias, Polícia Marítima e Instituto de Socorros a Naúfragos e não quer enviar mais "barretes", ou seja, missões civis que contribuam para aumentar os custos no orçamento da FAP...

Cumprimentos
B. Pereira Marques
 

*

Lightning

  • Moderador Global
  • *****
  • 11094
  • Recebeu: 2354 vez(es)
  • Enviou: 3267 vez(es)
  • +741/-1033
(sem assunto)
« Responder #36 em: Fevereiro 24, 2006, 09:40:32 pm »
Corrijam-me se estou errado mas penso k as forças aéreas gregas e espanholas tem esquadras de combate aos incendios, penso k se dotassem a FAP com meios humanos, materiais e financeiros não haveria problema nenhum em fazer isso.
Todos sabem k alugar empresas privadas pa combater fogos é um balurdio mas pagar a pilotos civis tb não é barato, pk acham k os pilotos militares quando podem saiem da FAP pa ir pas empresas civis, só vão ganhar no minimo 3 ou 4 vezes mais, fora horas extraordinárias o todo um grupo d coisas k estão vedadas aos militares, (horas extraordinarias, feriados e fins de semana não são pagos) tem k ir pa onde os mandam ker seja pa missões ker seja tranferidos pa uma unidade longe da familia (BA4 Lages - Açores por exemplo) por um periodo de no minimo 2 anos.
 

*

Rui Elias

  • Investigador
  • *****
  • 1696
  • +2/-2
(sem assunto)
« Responder #37 em: Fevereiro 27, 2006, 11:44:22 am »
Amigo Pereira Marques:

Mas a questão é:

O Governo, se se preocupa com a operacionalidade e capacidade dos 3 ramos das FA's, deve dotá-las dos meios financeiros e humanos e materiais para que esses 3 ramos possam actuar sem constrangimentos, e poderem mostrar que servem para qualquer coisa em tempos de paz.

Ou em alternativa, como apontei acima, criar um novo organismo, ou dotar o já existente SNBPC de meios aéreos para SAR e combate a fogos, dispensando as FA's dessas tarefas.

Se o Governo der esses meios, a FAP, ou outro ramo, não pode escolher as missões que mais lhe agradem.
 

*

PereiraMarques

  • Moderador Global
  • *****
  • 7931
  • Recebeu: 1267 vez(es)
  • Enviou: 345 vez(es)
  • +5171/-235
(sem assunto)
« Responder #38 em: Fevereiro 27, 2006, 02:43:46 pm »
A questão das aplicações/missões civis das forças armadas não deixa de ser importante como "montra" das mesmas em relação ao público em geral, o busílis da questão é que o reduzido orçamento das forças armadas acaba por ter de pagar essas missões civis e, se isso representa um benefício para a sociedade, representa um "prejuízo" para as forças armadas...É por essas e por outras,  que depois alguns estrangeiros dissem, "Ah!!! Mas o vosso orçamento da defesa tem uma percentagem semelhante à nossa em relação ao PIB!!!"

Por isso é que defendo que os Pumas a ser operados por alguém, ao devem ser por um organismo civil - SNBPC, o se quiserem aproveitar capacidade militares "sub-aproveitadas", atribuam-nos ao GALE, agora "sobrecarregar" a FAP com isso é que não me parece razoável...

Da mesma maneira as "missões civis" da Armada, tipo Polícia Marítima, autoridade portuária, Instituto de Socorros a Naufrágos, etc., devem ser atribuidas à tal "Guarda Costeira", que passaria a ser "financiada" e a depender do Ministério da Administração Interna.

Cumprimentos
B. Pereira Marques
 

*

NVF

  • Investigador
  • *****
  • 5380
  • Recebeu: 4018 vez(es)
  • Enviou: 10000 vez(es)
  • +8453/-245
(sem assunto)
« Responder #39 em: Fevereiro 28, 2006, 12:22:38 am »
Nem mais! Alguem sabe o peso das missoes civis no orcamento das FA? Nao me refiro a missoes de socorro a catastrofes naturais, mas sim a missoes regulares do dia a dia, como as referidas anteriormente (SAR e transporte aereo nas ilhas no caso da FAP; Policia Maritima, ISN, capitanias e farois no caso da Armada).
Talent de ne rien faire
 

*

luis filipe silva

  • Investigador
  • *****
  • 2049
  • Recebeu: 6 vez(es)
  • +1/-1
(sem assunto)
« Responder #40 em: Fevereiro 28, 2006, 01:01:29 am »
Os C 130 tinham dois Kits de lançamento de calda retardante.
O Governo cortou as verbas da FAP,e os C 130 seguintes que intervieram no combate aos fogos eram Marroquinos.

Palavras para quê? São artistas portugueses.
-----------------------------
saudações:
Luis Filipe Silva
 

*

Leonidas

  • Analista
  • ***
  • 618
  • Recebeu: 3 vez(es)
  • +1/-3
(sem assunto)
« Responder #41 em: Fevereiro 28, 2006, 03:01:31 am »
Saudações guerreiras.

Aí de quaisquer forças armadas que existam só para que se sirvam a si próprias. Apesar dos males que padecem as FA portuguesas essa, componente “civil” é feita com toda a competência a empenho e só espero que, caso hajam alterações, sejam para melhorar a resposta dada até hoje pela FAP.
 
Na minha opinião deve-se fazer um esforço para simplificar todos os processos organizacionais e não “inventar” nada para que mais tarde resulte em desastre a nível de operacionalidade e sobretudo que ninguém impeça ninguém de fazer o seu trabalho. As organizações existentes a nível central são mais que suficientes. Aquilo que se deve discutir é se são eficientes e se estão a servir melhor os interesses de todos nós portugueses. Aquilo que se pretende é operacionalidade, é SERVIR e não gabinetes, burocratas e mais gente a fazer número.  

Neste momento talvez seja ainda cedo para falar em concreto acerca do destino a dar aos Puma, até porque aquilo que se ouve não, passa disso mesmo, ouve-se. Deixemos assentar a poeira. Já aqui discutimos algumas ideias, mas não somos nós que decidimos, por isso temos que ter paciência. Roma e Pavia não se fizerem num dia.  :wink:

Não nos podemos esquecer que a FAP e o país devem rentabilizar ao máximo os parcos recursos que tem. A FAP deve ter a prioridade, até porque opera com os meios mais adequados a todas e mais algumas das tarefas que falamos, excluindo o combate a incêndios. A FAP tem que se exercitar. O ajudar na componente Serviço Público, mesmo que não seja a sua finalidade primária, é uma ótima maneira de a FAP se posicionar ao nível que se deseja e assim também poder servir melhor tudo e todos que dela dependem. Nunca vi ou ouvi sequer, para os meios aéreos de outros serviços do estado, alugados ou não, tiveram, têm ou terão, alguma vez, as capacidades que a FAP disponibiliza para o Serviço Público.

O estar a retirar competências á FAP é estar a condenar tudo ao fracasso e a dificultar mais as coisas a todos os níveis. Por isso, a componente SAR, por exemplo (Talvez hajam outras que não se conheçam tão bem), é de extrema importância e nunca deve ser posta em causa.

Não sei, mas julgo que o sistema utilizado até aqui tem resultado. A FAP ajuda naquilo que lhe compete e o resto é feito por outros serviços que complementam a oferta de meios á disposição. Isto tudo sem atropelos. Eu não ouvi nenhum.

Cumprimentos
 

*

NVF

  • Investigador
  • *****
  • 5380
  • Recebeu: 4018 vez(es)
  • Enviou: 10000 vez(es)
  • +8453/-245
(sem assunto)
« Responder #42 em: Fevereiro 28, 2006, 05:22:14 am »
Isso e' tudo muito bonito e e' exactamente com esse discurso que os governos diminuem os orcamentos das FA. Nao estao em causa as missoes de servico publico, o que esta' em causa  e' o peso que estas tem no orcamento de funcionamento das FA. Ja' para nao falar nas inumeras manigancias orcamentais a que estao sujeitas, como a cativacao de verbas das LPM ou corte das despesas do PIDDAC para a construcao dos NPO.
Talent de ne rien faire
 

*

Leonidas

  • Analista
  • ***
  • 618
  • Recebeu: 3 vez(es)
  • +1/-3
(sem assunto)
« Responder #43 em: Março 01, 2006, 02:18:50 am »
Saudações guerreiras.

Caro NVF, entendo onde quer chegar, mas talvez se não fosse assim para a FAP seria muito pior para todos no atual contexto. Temos que olhar para a situação e infelizmente admitir que é só mais uma daquelas situações, neste país, em que paga o justo pelo pecador. A FAP é só mais uma vítima daquilo que é a (des)organização do estado no seu conjunto. Todos sabemos onde está o mal, mas ninguém tem coragem de fazer aquilo que tem que se fazer. Assim é lógico que as coisas não funcionam.

A questão das não verbas do PIDDAC para os NPO para este ano só as vejo como um único proprósito, obrigar a instituição a fazer uma gestão melhor dos seus recursos. Neste caso acabar com os tachos e investir em gente produtiva, porque para outra coisa não faz sentido.

Cumprimentos