Adeus Pumas...

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Lancero

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Adeus Pumas...
« em: Fevereiro 02, 2006, 11:35:11 am »
"Velhos" PUMA despedem-se sexta-feira com chegada de oito EH-101

Lisboa, 01 Fev (Lusa) - A Força Aérea começa sexta-feira a operar com oito dos 12 novos helicópteros EH-101 Merlin que vão substituir os 10 helicópteros PUMA que servem as Forças Armadas desde o tempo da guerra colonial.

      A entrada em funcionamento dos oito novos helicópteros será assinalada sexta-feira com uma cerimónia presidida pelo ministro da Defesa, Luís Amado, na Base Aérea nº 6, no Montijo (onde está sedeada a esquadra 751).

      Portugal encomendou 12 aparelhos com três configurações diferentes ao consórcio anglo-italiano Agusta Westland, oito dos quais foram já entregues e estão prontos para entrar em funcionamento, disse à Lusa fonte militar.

      Destes oito, seis estão apetrechados para busca e salvamento e dois foram preparados para efectuar missões de fiscalização de pescas e vigilância marítima.

      Os restantes quatro helicópteros, que dispõem de uma blindagem ligeira e estão preparados para transporte táctico, salvamento e combate serão entregues faseadamente ao longo dos próximos meses.

      O início das operações dos primeiros oito EH-101 Merlin marca também o desaparecimento gradual dos aparelhos PUMA, que "deixam de voar em missões de busca e salvamento em Portugal continental", adiantou a mesma fonte.

      Uma vez que os novos helicópteros não operam, por enquanto, nos Açores e Madeira, a utilização dos PUMA ainda operacionais deverá concentrar-se nos próximos meses nos arquipélagos.

      Os PUMA, ao serviço da Força Aérea há cerca de 35 anos, deverão deixar definitivamente de operar quando os 12 helicópteros EH- 101 estiverem disponíveis em pleno.

      A substituição dos PUMA pelos EH-101 obrigou também à formação de novas tripulações (cada uma composta por piloto, co-piloto, mecânico e operador de sistema) e à reconversão de outras, dado o "grande salto tecnológico" que o novo aparelho representa face ao antecessor.

      Além de ter uma capacidade de carga substancialmente superior (os PUMA transportavam no máximo 18 passageiros, o novo aparelho leva 50), os EH-101 estão equipados com "tecnologia de ponta".

      Outra das vantagens do EH-101 (com 19,30 metros de comprimento) é o aumento da capacidade de carga (é capaz de levantar mais de três toneladas) e a autonomia (oito horas e meia em voo).

      De acordo com dados da Agusta Westland, foram encomendados até ao momento 146 aparelhos EH-101 ("mais de 100" já entregues) por países como o Reino Unido (66), Itália (20), Canadá (15), Dinamarca (14) e Japão (14).

      Em Fevereiro do ano passado uma versão deste helicóptero desenvolvida em conjunto com a norte-americana Lockheed Martin foi escolhida para substituir a frota "US Marine One", que transporta o presidente dos Estados Unidos.

      Quanto ao destino a dar aos PUMA no final do processo de substituição, fonte do Estado-Maior da Força Aérea apontou a possibilidade de serem entregues ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, para combate a fogos florestais.

      Incluindo o valor do "leasing" bancário, Portugal vai pagar 446 milhões de euros pelos doze aparelhos EH-101, que resulta de um contrato assinado pelo anterior Governo socialista, de António Guterres, em 2001.

      Até ao momento foram acordados 60 milhões de euros em contrapartidas, relativos a encomendas de fabrico de componentes na OGMA, mas este montante deverá crescer até à quase totalidade das contrapartidas previstas, 315 milhões de euros.

      Entre as contrapartidas a serem negociadas está a atribuição pela Agusta Westland à OGMA de um certificado de reparação dos aparelhos EH-101 a nível europeu e posterior encaminhamento de encomendas para Portugal.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Rui Elias

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« Responder #1 em: Fevereiro 02, 2006, 11:38:45 am »
No último wall-papper da FAP figurava um PUMA.

Será uma despedida?
 

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TOMKAT

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« Responder #2 em: Fevereiro 03, 2006, 10:07:06 am »
Do Correio da Manhã de hoje...
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30 anos a salvar vidas
Adeus ao Puma


O som chega ensurdecedor e a visão da enorme aeronave pode mesmo assustar, mas para mais de 4500 pessoas no últimos 30 anos, a fúria do Puma foi a diferença entre a vida e a morte.
Hoje, cruzam-se duas histórias na Base Aérea do Montijo.


A que começa tem no EH-101 Merlin, novo helicóptero da Força Aérea, o personagem principal. A que está prestes a acabar fala de um helicóptero que nasceu para a guerra, mas que obteve as suas maiores vitórias em tempo de paz. O render da guarda faz-se no ar até ao fim do ano.

....

O futuro, para todos os efeitos, chega hoje, com a entrada ao serviço dos oito primeiros EH-101 Merlin, quatro anos depois de ter sido assinado o contrato de aquisição para 12 aeronaves. As quatro restantes deverão chegar ate ao final deste ano, substituindo em difinitivo, os Pumas nas missões de busca e salvamento em ambiente hostil (CSAR).

Mas nem com todas as valências, incluindo a capacidade de  vôo autónomo desde o Continente aos Açores e o reabastecimento em vôo, as novas aeronaves conseguiram "beliscar" a História dos Pumas. Nas últimas três décadas, as dez aeronaves da Força Aérea somaram 55 mil horas de vôo ...

ESTREADOS NA GUERRA

O primeiro protótipo do Puma, de origem francesa, voou pela primeira vez a 15 de abril de 1965. Portugal recebeu-os em pçlena guerra do Ultramar e foi o primeiro país do mundo a utilizá-lo em situações reais de combate. Os 13 Pumas comprados pela Força Aérea chegaram entre 1969 (2 de Agosto) e 1971. O objectivo da compra foi dispôr de um helicóptero com maior capacidade de transporte que os 150 Alouette III que voavam na guerra. Foram usados com sucesso em angola e Moçambique.

SABOTAGEM

Dos 13 aparelhos iniciais sobraram "apenas" 12. A  primeira baixa ocorreu na, então, Base Aérea nº 3 de Tancos. O Puma com a matrícula 9507 da FAP foi alvo de uma sabotagem em Março de 1971 e ficou destruído. A segunda baixa deu-se a 18 de Dezembro de 1973, no Aeródromo da Base nº 7, em Tete, Moçambique. Com o fim da guerra, os Pumas foram empenhados em missões de busca e salvamento no Montijo e nos Açores. A terceira baixa ocorreu nos anos 80.

PROTECÇÃO CIVIL

O futuro dos dez Pumas que vão ser abatidos ao efectivo da FAP é ainda incerto. Pelo menos alguns dos aparelhos podem vir a ser entregues ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, para combate a fogos florestais e outras missões de interesse público. A FAP disse já que não está em condições de fornecer as tripulações.

O ROLLS-ROYCE

O substituto dos Pumas, o EH-101 Merlin, é considerado o Rolls-Royce dos helicópteros (o Presidente dos EUA tem uma frota para uso exclusivo). Portugal encomendou 12 - custam 446 milhões de euros - e já recebeu oito: 6 para busca e salvamento (SAR) e 2 para fiscalização das pescas (SIFICAP). os restantes 4 - com blindagem para combate (CSAR) -
 chegam nos próximos meses. A Esquadra 751, do Montijo, começa hoje a operar com 6 Merlin. No fim do mês será colocado 1 na Madeira e no decurso do segundo semestre outros 3 nas Lages, Açores. Estã formadas cinco das 15 tripulações (piloto, co-piloto, mecânico, operador de guincho e recuperador) previstas.

PROMENORES

O Merlin é um "héli" de transporte médio. tem flutuadores de emergência, dois barcos internos de 20 pessoas, um guincho primário e um secundário. Tem um radar de busca que identifica e monitoriza 32 alvos em sinultâneo. Tem sistemas que permitem actuar de noite.

....

IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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Rui Elias

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« Responder #3 em: Fevereiro 03, 2006, 04:12:29 pm »
:Soldado2:

 
 

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Marauder

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« Responder #4 em: Fevereiro 10, 2006, 12:46:03 am »
E agora, que fazer com os Puma?

     Bem, embora sejam 10, na semana passada penso que só foram retirados de serviço 8, visto que os Puma ainda aguentarão "o forte" nas ilhas.

     Então temos 8 Pumas, ideias para neles aplicar?

    Pessoalmente, a atribuição a tempo inteiro dos Pumas para o SNBPC é um desperdício visto que tirando a época de fogos não existe muito a fazer.

     Com uma visão economica eu diria talvez arrendar 4 deles à ONU, acho que eles tão a precisar de material como sempre para as missões em Africa, em particular no Darfur, com talvez 2 a regressar no verão para o periodo de incendios.
    Restantes 4, hum...talvez 2 para o SNBPC de forma permanente para o socorro a acidentes, transporte de doentes, etc, e os restantes hum...talvez 1 como doação futura às forças de defesa de Timor-Lorosae.

    O ultimo...prenda pessoal da FAP à minha pessoa!! No gozo, mas a falar a sério e que tal ir directamente para o Museu da Força Aérea? Acho que ao fim de tanta gente salva por essa brava máquina que é o Puma, este merece crédito e um lugar no Museu do Ar.

    Que ideias tem voçês?

    Saudações
 

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Luso

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« Responder #5 em: Fevereiro 10, 2006, 01:07:01 am »
Ficarem na FAP até não poderem mais.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Nuno Bento

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« Responder #6 em: Fevereiro 10, 2006, 06:23:35 am »
Citação de: "Marauder"
E agora, que fazer com os Puma?

   
     Então temos 8 Pumas, ideias para neles aplicar?

    Pessoalmente, a atribuição a tempo inteiro dos Pumas para o SNBPC é um desperdício visto que tirando a época de fogos não existe muito a fazer.

     Com uma visão economica eu diria talvez arrendar 4 deles à ONU, acho que eles tão a precisar de material como sempre para as missões em Africa, em particular no Darfur, com talvez 2 a regressar no verão para o periodo de incendios.
    Restantes 4, hum...talvez 2 para o SNBPC de forma permanente para o socorro a acidentes, transporte de doentes, etc, e os restantes hum...talvez 1 como doação futura às forças de defesa de Timor-Lorosae.

    O ultimo...prenda pessoal da FAP à minha pessoa!! No gozo, mas a falar a sério e que tal ir directamente para o Museu da Força Aérea? Acho que ao fim de tanta gente salva por essa brava máquina que é o Puma, este merece crédito e um lugar no Museu do Ar.

    Que ideias tem voçês?

    Saudações


Caro marauder,

primeiro penso que utilizar o puma no SNBPC será muito caro pois os mesmo terão de ser adaptados para as novas missões com um grande dispendio financeiro e a sua vida operacional já não será longa pelo que o investimento talvez não seja rentavel.
segundo a UN não aluga equipamento dessa forma principalmente a um pais europeu, a UN normalmente faz uma conferencia ded doadores para uma determinada missão e depois em função disso são selecionadas as forças dos diversos paises que integram a missão a serem pagas pelo orçamento previamente acordado, só para lhe dar um exemplo  a UNTAET em timor teve um custo toal de 600 milhões USD dos quais 400 milhões sairam do orçamento de estado POrtugues pelo que o contigente Portugues no fim de contas foi paga com dinheiro Portugues.
Só em caso esporadicos são alugados aparelhos para missões especificas.
Terceiro timor Lorosae não tem capacidade nem Logistica nem humanas para operar aeronaves (com as lanchas da marinha a manutenção é toda feita pela armada Portuguesa, pois houve um curto periodo de tempo em que assim não foi e elas ficaram logo inoperacionais) pelo que as aeronaves ficariam inoperacionais  em três tempos,
quarta quanto a um Puma ir para o Museu do Ar ai estou de acordo

Saudações

Nuno
 

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Marauder

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« Responder #7 em: Fevereiro 10, 2006, 08:55:50 am »
Pois,

             a minha ideia do arrendamento à ONU surgiu porque parece que a Belgica lhes arrendou uns APCs, que desapareceram quando o cargueiro foi apresado temporariamente na Guiné Equatorial. Entretanto parece que o já apareceram.

"Military equipment is not lost or stolen"
Sun 05/02/06 - There are no indications whatsoever that the Belgian military equipment which stranded in Equatorial Guinea, in West Africa, has been stolen or damaged. That's according to the Belgian Ministry of Defence.
The expensive military equipment includes fifteen armoured vehicles of the Pandur type.

The equipment was meant for a Benenise batalion supervising the free election process in Congo under the flag of the United Nations.

In December, a cargo ship left the Flemish port of Zeebrugge bound for Congo.

However, the ship never made it to its destination, as it was seized by local authorities in a port in Equatorial Guinea (West Africa) in January.

Satellite photos as proof
It was first feared that the material was stolen, but the Belgian Ministry of Defence has denied reports by the Flemish daily Gazet van Antwerpen.

"The equipment was unloaded and stored near the port of Malabo, on the island of Bioko," two spokesmen of the Ministry of Defence told the press agency Belga. "Satellite photos prove that".

The United Nations are looking for a diplomatic solution. Belgium leaves the matter to the UN, as it was only lending the material to the UN.



        Referente à doação a Timor Lestes, pois, eu também só estava a pensar algures daqui a 5-10 anos talvez. Também existe a hipótese de Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe, embora o 1º ficasse melhor servido se a gente oferece-se o Aviocar que está lá.

       Realmente tem razão, a total adaptação dos PUMA para serviços SNBPC seria cara e ineficiente visto os anos de vida. Talvez mesmo somente para o verão, onde se mete um balde e está pronto pa batalha.

        Outro problema que eu esqueci-me de referir é, qualquer que seja o caso, a FAP não fornecerá pilotos.

   Saudações
 

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TOMKAT

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« Responder #8 em: Fevereiro 10, 2006, 10:09:52 am »
A entrega dos Pumas ao SNBPC, a meu ver, será a criação de mais uma fonte de desperdício de verbas.
À primeira vista parece uma excelente ideia, mas analisando bem, há várias questões que vão para lá da simples entrega dos helicopteros e que ainda não foram abordados.

A entrega dos hélis ao SNBPC para outros fins que não o combate a incêncidios, é despropositada.
Não há nenhum serviço prestado pelo SNBPC que justifique a utilização de helicópteros do porte do Puma.
O custo da operação destes aparelhos será sempre desproporcionado para as necessidades operacionais a que estarão sujeitos.

No combate a incêndios levanta-se outro problema...
As células dos Pumas já têm uns anos.
Se tivessem capacidades operacionais por muitos mais anos, a FAP não teria necessidade de renovar a frota.

O esforço a que a célula de um helicóptero está sujeita durante o combate a um incêndio é muito superior em relação à utilização que a FAP normalmente dava aos Pumas.
O esforço estrutural a que uma célula de um helicóptero está sujeito é mais acentuado ao levantar e ao pousar, em vôo esse esforço é etenuado.

Numa utilização normal da FAP o Puma, além de ter uma manutenção apurada, os vôos que os Pumas efectuavam normalmente consistiam em levantar,...período de vôo mais ou menos prolongado, a uma altitude estabilizada sem grandes perturbações,...pousar,.... recolher passageiros militares ou civis, ...levantar vôo, ...seguir para o destino,.... largar os passageiros, ...e voltar à base.

No combate a incêndios um helicóptero levanta, e fica sujeito a uma utilização extrema.
Levanta da base e normalmente até esgotar a reserva de combustível, é um sobe e desce constante, com um balde com algumas toneladas de água suspenso, vôos a baixa altitude, mudanças de direcção bruscas, pairar sobre um qualquer reservatório de água para reabastecer o balde, subir com umas toneladas de água suspensas,  vôo a baixa altituda e baixa velocidade,... e isto repete-se vezes sem conta.

Pergunto quanto tempo é que as células dos Pumas vão aguentar este tipo de utilização?

Talvez não seja por acaso que a FAP já descartou a possibilidade de efectuar a manutenção e manifestou-se indisponível para fornecer pilotos, talvez por não os ter...

Isto são observações de um leigo que já teve o macabro previlégio de assistir a este tipo de operação de combate a um grande incêndio que houve há uns anos na floresta que circunda a barragem de Castelo de Bode (estava lá acampado).
Mesmo à minha frente reabasteciam de água 2 hélis (um com balde, outro com tanque) num vaivém constante, descarregando a água a poucas centenas de metros, mais ao largo reabastecia um Canadair.
Dava para ver o esforço estrutural a que um helicóptero está sujeito numa utilização destas.

Outra questão que já coloquei por aqui e que nunca ninguém soube responder: Há pilotos no mercado civil credenciados para pilotar Pumas?
Não sei muito bem como funcionam as regras que regem as certeficações para pilotar certo tipo de aeronaves... :?
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Rui Elias

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« Responder #9 em: Fevereiro 10, 2006, 04:14:41 pm »
A mim, parece-me pacífico que pelo menos um Puma será entregue ao Museu do Ar.

Quanto aos restantes, provavelmente a FAP fará uma selecção dos que estarão em melhores condições e serão entregues ao Estado para fazer deles o que quiser.

A ideia e irem para o SNBPC decorre da falta estrutural de meios aereos de que Portugal padece, mais se parecendo com um país do 3º Mundo e não tanto com um país da UE.

Nem para combate a incêndios nem para mais nada, recorrendo Portugal pela 2ª vez de super-puma alemães para ajudar a combater fogos florestais.

Se não é missão da FAP combater fogos florestais, também não me parece que essa misão seja uma das atribuições da Polícia de Fronteiras alemã, e no entanto eles ajudaram Portugal por 2 vezes (em 2003 e em 2005) porque Portugal nada tem para esse efeito.

E alguém terá pensado que se os Puma serviriam para mais uns anos, com boa manutenção, pelo menos até que houvesse verba para comprar novo, é porque seria desperdício mandá-los para a sucata ou guardá-los num hangar estacionados a ganhar pó.

O SNBPC só tem 2 helis (um em Santa Comba e outro em Loulé) e até o INEM para transporte de feridos utiliza helis alugados.

Nos Açores muito dos meios da FAP estão ao serviço da Saúde e Protecção Civil para transporte entre ilhas de feridos urgentes e grávidas.

Par incêndios nada temos de próprio, recorrendo-se ao aluguer.

O Governo está a estudar a compra de meios próprios, mas isso ainda levará uns anos para se ver no terreno.

Por mim , pessoalmente acho que pelo menos 6 Pumas poderiam servir bem para esse fim até que verba houvesse para que o Estado comprasse (e não alugasse) helis médios para combate a fogos.

E que nos periodos de inverno estivesem ao serviço de outras causas ou de reserva (nunca se sabe quando poderão ser necessários mercê de uma catástrofe natural).

Os restantes poderiam permanecer nos Açores (independentemente de lá estarem os EH-101) exactamente para esse serviço e assistência à população, libertando a FAP dessa tarefa.

Nos países desenvolvidos, esses serviços não são atribuidos às FA's a menos que se tratem de catástrofes naturais de grande escala.

Resumindo:

Dos 12, 1 ou 2 para o Museu do Ar, 6 no Continente para fogos e outras atribuições, e os 4 restantes para Açores (3) e Madeira(1).
 

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Duarte

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« Responder #10 em: Fevereiro 10, 2006, 06:07:33 pm »
Citar
Dos 12, 1 ou 2 para o Museu do Ar, 6 no Continente para fogos e outras atribuições, e os 4 restantes para Açores (3) e Madeira(1).


Julgo que apenas restam 10 Pumas, e não 12..
слава Україна!

“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

The Only Good Fascist Is a Dead Fascist
 

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Luso

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« Responder #11 em: Fevereiro 10, 2006, 08:27:54 pm »
Uma revisão e mudança de óleo e ainda vão para o GALE...
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Miguel

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« Responder #12 em: Fevereiro 10, 2006, 08:54:42 pm »
Citação de: "Luso"
Uma revisão e mudança de óleo e ainda vão para o GALE...


Até podia ser uma boa ideia, até chagar os NH90 ?? em 2008/2010

Podiamos começar a formação operacional do GALE assim?
 

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Charlie Jaguar

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« Responder #13 em: Fevereiro 10, 2006, 10:02:13 pm »
Citação de: "Luso"
Uma revisão e mudança de óleo e ainda vão para o GALE...

O Exército, depois de equacionada essa hipótese em 2002, opôs-se terminantemente preferindo esperar pelos NH90. Sinceramente não me perguntem porquê. As grandes limitações do SA-330 Puma são: a autonomia, o voo nocturno e o desgaste provocado pela corrosão salina. Ora, sobre terra, nenhuma dessas limitações se faria sentir significativamente. Mas as chefias do Exército não se mostraram "encantadas" com este cenário, mesmo sendo o Puma considerado uma medida temporária até à chegada dos NH90.

Quanto ao número de Pumas ao serviço da FAP, dos 13 aparelhos iniciais sobram apenas dez. A primeira baixa ocorreu na então Base Aérea n.º 3 de Tancos. O Puma com a matrícula "9507" da FAP foi alvo de uma sabotagem em Março de 1971 e ficou destruído. A segunda baixa deu-se a 18 de Dezembro de 1973, no Aeródromo Base n.º 7, em Tete-Chingosi, Moçambique. Com o fim da guerra, os Puma foram empenhados em missões de busca e salvamento no Montijo e nos Açores. A terceira baixa ocorreu nos anos 80, na BA6.

Caso os aparelhos sejam, mais tarde, entregues ao SNBPC, o número que se encontra em cima da mesa é de oito unidades e não de dez. Provavelmente uma célula iria para o pólo de Sintra do Museu do Ar e outra armazenada.  :wink:
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Raul Neto

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« Responder #14 em: Fevereiro 10, 2006, 10:17:56 pm »
    :lol:

    Mas se o Charlie diz eu não contesto :wink: