Se no futuro vamos perder a ZEE (não tenho dúvidas disso) para que necessitamos desses navios?
Em primeiro lugar, não é verdade que se trate da perda da ZEE. Trata-se sim, de considerar que a ZEE portuguesa passe a ser considerada dentro da ZEE da União Europeia, coisa que dá muito jeito á união europeia, pois por muitos estados que absorva, nenhum terá grandes aguas territoriais ou ZEE, excepção feita á Noruega (que não faz parte da UE. E tem petróleo na suas aguas)
Chamem-lhes estupidos.
De qualquer forma, se acharmos que quando as nossas aguas, sendo parte da União Europeia, deixam de ter necessidade de patrulhamento, garanto-vos que OUTROS PAISES DA UNIÃO EUROPEIA, leia-se Espanha ou o Reino Unido, terão todo o prazer em se responsabilizar por isso.
O NPO-2000 não só faz todo o sentido, como é total e absolutamente necessário. É O QUE NECESSITAMOS para patrulha de aguas portuguesas que passam a europeias.
Além de tudo não é um projecto quimérico - muito ao gosto da antiga portuguesa. Não é espampanante nem grandioso, ao gosto deste Portugal falido e que continua a achar que é a grande potência que há cinco séculos deixou de ser.
Sendo algo que podemos pagar, fabricar, reparar e modernizar com os nossos meios, é acima de tudo um projecto de pés-no-chão.
Temos que esperar é que não se transforme num sorvedouro de dinheiro, e se assim for, então serei o primeiro a dizer, que era melhor mandar fazer o NPO-2000 num estaleiro alemão ou espanhol, como com as dez corvetas.
Agora, negar a obvia necessidade destes navios ?
Eles servem para mostrar bandeira, SIM, mas a países da UE, se for necessário, e a países com os quais não vamos entrar em conflito.
Fossem todas as decisões da marinha e das forças armadas tão lógicas quanto as da construção do NPO-2000 e estariamos muito melhor do que estamos.
Cumprimentos