Livros sobre armamento

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Janus

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« Responder #15 em: Fevereiro 10, 2005, 08:20:55 pm »
Contanto que a pressão na câmara não exceda 40.000 psi, uma acção M1 Carbine em bom estado deve aguentar bem.  Mas porquê a M1 Carbine?  A 6.5x33 Luso seria baseada na cápsula desse cartucho?
 

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Luso

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« Responder #16 em: Fevereiro 10, 2005, 09:18:39 pm »
Exacto!
Agora essa das pressões é que me tramou...
Mas sabe, tenho a impressão  que se exagera um pouco a questão da pressão em detrimento do "backthrust" ou a força que o ferrolho faz na culatra e que poderá ter consequências no corte dos ressaltos. A isso se chama tensão de corte ou de cisalhamento. E isso calcula-se. O problema que o aço de muitas das M1 Carbine era de "segunda escolha" ou "waivered steel" o que por si traz problemas de confiabilidade. A minha ideia era manter peso de projectil e não aumentar cargas de proplente.
Infelizmente tudo isto para mim se reduz a um exercício de engenharia teórica, mas quando chego a alguma conclusão "científica" fico todo contente!
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Janus

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« Responder #17 em: Fevereiro 11, 2005, 06:58:15 pm »
Algumas tardes passadas num stand de tiro com equipamento portátil de recarregamento e uma escolha razoável de pólvoras e projécteis, além das cápsulas já formadas para aceitarem balas de 6.5 e uma espingarda com câmara e cano devidamente preparados para aceitarem a nova munição, seriam suficientes, penso eu, para chegar à uma conclusão sobre a carga adequada--bastava ir carregando aos poucos até as cápsulas começarem a mostrar os primeiros sinais de pressão excessiva--espoletas achatadas, etc.--para estabelecer o limite máximo.  Depois ia-se experimentando abaixo desse limite até alcançar-se uma combinação pólvora/projéctil que resultasse em tiros precisos e consistentes.

A Ruger mini-14, que já vi à venda na Soldiers em Lisboa, tem, como sabe, a acção muito parecida com a da M1 carbine, porém mais resistente.  Não é igual, claro, mas é do mesmo tipo (assim como da M1 Garand e M14).

Realmente é pena o recarregamento não ser mais facilitado aí…
 

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Luso

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« Responder #18 em: Fevereiro 11, 2005, 09:34:59 pm »
Bom método, Janus!
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Luso

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« Responder #19 em: Fevereiro 13, 2005, 12:06:18 pm »
Janus, veja isto:

http://www.gunboards.com/forums/topic.a ... C_ID=88830

A Mannlicher 1900 existe afinal!!!!
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Janus

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« Responder #20 em: Fevereiro 15, 2005, 09:52:41 pm »
E pensar que estive quase a ir ao show onde essa Mannlicher foi comprada…  Acerca daquelas marcas que aparecem na Luger (o triangulo dentro de um circulo) e que presumo seja o “v” dentro do circulo que menciona:  nunca vi numa espingarda, mas não quer dizer que não existam.
 

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Luso

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« Responder #21 em: Fevereiro 15, 2005, 11:13:41 pm »
A carabina Mannlicher M1896 que possuo é profusamente punçoada com o tal "V" num círculo...
Quanto à Vergueiro confesso que ainda não dei atenção a tal pormenor...
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Luso

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« Responder #22 em: Fevereiro 15, 2005, 11:14:36 pm »
É isso! É um triângulo e não um V! Ooops!
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Janus

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« Responder #23 em: Fevereiro 20, 2005, 03:29:01 am »
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A carabina Mannlicher M1896 que possuo é profusamente punçoada com o tal "V" num círculo...



Luso, não se importa de dizer onde, na espingarda, aparecem as tais marcas de punção?  Poderia além disso partilhar umas fotos?  Tenho muita curiosidade sobre o que esses punções significam e onde e quando foram utilizados.  Também gostaria de compará-los aos punções da mesma descrição que aparecem numa parabellum M2 e em duas pistolas Mauser 6,35 que possuo.  (Já deixei aqui umas fotos dessas armas, mas posso tornar a fazê-lo, se achar útil.)  Presumo que sejam marcas de propriedade do Estado, ou talvez especificamente do exército, e que foram utilizadas só durante um certo período.  Mas se são marcas de propriedade militar, porquê aparecem numa pistola de calibre 6,35, calibre esse que, como o Luso já disse há algum tempo atrás, é de uso civil?
 

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Janus

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« Responder #24 em: Fevereiro 20, 2005, 03:59:00 am »
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Encontrei estes livros no site da Fnac.

MILITARY SNIPER SINCE 1914
PEGLER, MARTIN

 
Twenty-First Century Small Arms : the world's great infantary weapons
Steve Crawford

 
Small arms of World War II
Chris Chant
 
TWENTIETH CENTURY SMALL ARMS
MCNAB, C


O que acham? valem a pena? Não tive hipotese de os ver em mão pois não estavam disponiveis na loja do GaiaShopping.


Wildcard_pt, desculpe não ter respondido antes, mas estive bastante ocupado no trabalho e por isso não tive oportunidade de ir à procura desses livros, como tinha dito que iria fazer.  Mas hoje estive mais folgado e consegui ir ao stand de tiro da NRA, e depois passei pela livraria deles, onde vi o Twenty-First Century Small Arms, de Steve Crawford e o Small arms of World War II, de Chris Chant.  O Small Arms of WWII contem fotografias a preto e branco--a maioria de pouca qualidade--das várias armas em acção, mas tem poucas fotos pormenorizadas das armas em si; o texto é bastante resumido.  O livro do Crawford é de um nível básico e não oferece uma seleção de armas bem equilibrada ou extensa--além disso, a folhear o livro notei alguns erros.  Os outros dois livros não vi.  Se quiser saber mais alguma coisa diga que tentarei responder.
 

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Luso

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« Responder #25 em: Fevereiro 20, 2005, 11:14:33 am »
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Janus

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« Responder #26 em: Fevereiro 21, 2005, 01:39:32 am »
Muito obrigado pelo scan, Luso! Já tinha visto o seu post igual no tópico de forças paramilitares.  Gostaria que, se pudesse, compartilhasse umas fotos dos punções triângulo-dentro-de-um-círculo que aparecem na sua Mannlicher.
 

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Wildcard_pt

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« Responder #27 em: Fevereiro 24, 2005, 12:47:24 pm »
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Wildcard_pt, desculpe não ter respondido antes, mas estive bastante ocupado no trabalho e por isso não tive oportunidade de ir à procura desses livros, como tinha dito que iria fazer


Não faz mal Janus, agradeço já ter visto alguns.

Comprei o Small arms of World War II de Chris Chant e o TWENTIETH CENTURY SMALL ARMS. Só é pena que as ilustrações do 2º não passam de desenhos.
Agora que comprei estes que são um pouco básicos estou a pensar avançar para livros sobre modelos especificos.
Gostava de começar pela K98k, na minha humilde opinião a melhor "Bolt Action" de sempre.
Encontrei este link http://www.mausershooters.org/ parece ser bom, também tem um manual da K98 - Model 48

Ainda estou de olho no "military sniper since 1914" mas ainda está esgotado.
Perguntai ao inimigo quem somos
 

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Luso

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« Responder #28 em: Fevereiro 24, 2005, 08:07:56 pm »
Mausers: não gosto da obra do Olson porque me parece confusa.
Mauser Military Rifles of the world já me parece mais organizado mas um pouco superficial. O melhor seria uma obra que combinasse o melhor destes dois livros.
"Bolt Action Rifles" de Frank the Haas, foi um dos meus primeiros livros de armas e encontra-se aí grande parte das culatras militares excepto as straight pull e -oh crime! - a Vergueiro.

Depois a melhor arma de ferrolho militar não é a Mauser mas a Enfield No4! :mrgreen:
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Janus

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« Responder #29 em: Fevereiro 25, 2005, 01:59:25 am »
Um trabalho muito pormenorizado sobre a K98k é o “Backbone of the Wermacht,” de Richard Law.  Concentra-se nas muitas variações da K98k usadas pelos alemães, mas também toca muito brevemente em algumas variações de outros países (inclusive a m/937 portuguêsa).  O livro faz parte da colecção da Collector Grade Publications, que também publicou o “Lee Enfield Story” que o Luso mencionou.  

Sobre a Lee Enfield, lembro-me de ter lido há muito tempo que na opinião de algum "perito" (já não lembro quem), os alemães fizeram espingardas para a caça, os americanos para tiro ao alvo, e os inglêses para a guerra!  É um exagero, claro, mas a verdade é que a posição do ferrolho da Lee Enfield e o seu manípulo em relação ao gatilho, facilita a rápida manipulação do ferrolho e consequentemente aumenta a rapidez do tiro em relação à Mauser e Springfield (que foi copiada da Mauser).  Por isso é um bom sistema para uso militar, e o seu uso limita-se quase exclusivamente a isso (quer dizer, é díficil adaptar a Lee Enfield a coronhas, calibres e configurações civis).  O sistema da Mauser é mais adaptável--além de mais forte e simples--o que o faz um sistema superior para um número quase infindável de calibres e configurações de espingardas de ferrolho.

Luso, esto curioso em saber porquê gosta da M1917.  Não estou a dizer que discordo, só queria talvez aprender qualquer coisa.