Portugal desaparece aos poucos...

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Lusitanian

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Portugal desaparece aos poucos...
« em: Maio 12, 2011, 02:08:55 am »
Não sei se já existe este tópico, se sim façam o favor de mover ao respectivo lugar.

Criei este tópico com o intuito de divulgar a gravissima perda de habitantes portugueses, ou algo que prejudique Portugal, directamente no povo.

Começo com estas....estas noticias fazem-me chorar e ficar muito mas muito preocupado. Estamos a extinguir-nos, e somos nós que o permitimos.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1589534

Esta apareceu hoje nas noticias, há em video mas preferi meter uma noticia em texto (no video é mais esclarecedor): http://noticias.portugalmail.pt/artigo/20110511/populacao-portuguesa-pode-estar-reduzida-seis-milhoes-daqui-90-anos
Isto nem é " previsão" . Está confirmado que, Portugal ao manter-se neste estado, vai acabar com este cenário. E isto nem inclui, o cenário de vários portugueses imigrarem para outros países a partir do inico de 2011. O que piora e imenso....

http://thebests2010.blogspot.com/2011/05/populacao-portuguesa-em-2100-podera-ser.html

Isto é vergonhoso e inadmissivel. Não se pode continuar assim. O que vale, é eu esperar pelas eleições, e ver no que dá. Mas se sair o PS ou PSD vencedor, eu vou juntamente com outras pessoas que conheço, fazer certas coisas que moralmente são erradas, mas justificadas. Estamos fartos, e exigimos mudanças. Perder 4 milhões de portugueses....onde se já se viu? E ficarmos de braços fechados a lamentar? O caraças. Se vencer outro partido, teremos alguma esperança. Mas se continuar este rotativismo, então vai-se ter que acabar. E apelo-vos, se acreditem no nosso país, que é a primeira virtude que devemos ter ao nascermos, fiquem para lutar, mesmos que sozinhos (mas com apoio de outros). A história diz que muitos gestos pequenos, podem mudar a opinião publica. Não imigrem ou desistam, só piora Portugal, e condena mais ainda á sua " morte". Há sempre um limite, e esse tem que ser este ano. Portugal tem que se voltar para o mar, e não para a UE. Só nos traz desilusões. De mim, não ficará assim.
Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce.
Por Portugal, e mais nada!
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Luso

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Re: Portugal desaparece aos poucos...
« Responder #1 em: Maio 12, 2011, 10:05:20 am »
Esses números mostram que pelo menos um dos objectivos de quem manda a sério está a ser alcançado.
Quem paga manda, meus senhores.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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PereiraMarques

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Re: Portugal desaparece aos poucos...
« Responder #2 em: Maio 12, 2011, 10:38:54 am »
A esmagadora maioria dos países europeus também não consegue assegurar a renovação natural das gerações, i.e. uma taxa de fecundade de, pelo menos, 2,1 filhos por mulher.



Fonte: http://epp.eurostat.ec.europa.eu/statis ... man%29.png
 

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Vicente de Lisboa

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Re: Portugal desaparece aos poucos...
« Responder #3 em: Maio 12, 2011, 10:54:00 am »
É uma consequência normal do desenvolvimento económico - no nosso caso agravada pela forma desigual como esse desenvolvimento chega - mas há alguma esperança. O The Economist há uns meses correu um artigo sobre como a taxa de natalidade está a aumentar na Suécia, sugerindo que pode haver um nível de desenvolvimento após o qual a taxa volta a subir, da mesma forma que crasha ali pela altura que um país chega aos 5000$ per capita.
 

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Re: Portugal desaparece aos poucos...
« Responder #4 em: Maio 12, 2011, 11:18:42 am »
Eu e a minha mulher ganhamos mal e porcamente e mesmo assim não tivemos direito a qualquer tipo de abono ou ajuda por parte do estado. Ou seja, os aumentos salariais nos próximos anos vão ser reduzidos, os impostos vão aumentar ainda mais, o custo de vida a mesma coisa, e as creches estão cada vez mais caras.

Como é que um jovem casal pode ter filhos? Tem 1 filho, com muita força tem dois e mais nada. Eu vejo pela minha familia, grande parte só tem 1 filho. Eu e a minha mulher sempre fomos pessoas que quisemos ter uma familia grande, mas actualmente é impossível ter mais que a nossa filhota.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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papatango

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Re: Portugal desaparece aos poucos...
« Responder #5 em: Maio 12, 2011, 11:32:47 am »
já repararam que dos países que atingem os 2.1 filhos por mulher estão a Irlanda, a Grécia e a Islândia ?
= = =


O problema é, como grande parte dos problemas do país, estrutural.
Modificações a longo prazo na sociedade levaram a este resultado. O problema dos arrendamentos, levou ao colapso do mercado de arrendamento. Como consequência as famílias começaram a optar por endividar-se para comprar uma casa.

A compra de uma casa, coloca um stress muito grande no orçamento familiar, exactamente na altura em que os casais são mais novos e em que poderiam ter mais filhos.
Os casais optam por ter menos filhos, para poder pagar a casa.
É claro que existem mil e um outros factores, mas o problema da habitação tem um peso tremendo.

Ainda ontem vi uma reportagem na televisão, em que o Hospital parecia estar especialmente contente com uma regra que proibia a mãe de sair do hospital, sem ter um carrinho para transportar a criança.

As pessoas habituaram-se a vários luxos e hoje as mães não abrem mão deles.
As fraldas descartáveis são um exemplo. A minha mãe por exemplo, nunca deixou de criticar as fraldas descartáveis.
Uma criança média pode gastar até 1000 Euros de fraldas descartáveis até deixar de as utilizar.
As fraldas de pano custariam cerca de 50 Euros.

Pelo que me dizem eu nunca comi comida de criança, porque ou era demasiado cara ou pura e simplesmente não havia disso.

Os gostos das crianças também passaram a contar. Hoje os filhos são incrivelmente caros. Desde a primária, pedem aos pais coisas de marca, desde os estojos novos, cadernos de uma determinada marca etc.
Quando chegam ao ensino secundário a situação fica ainda mais complicada. Os pais têm tendência a ceder, porque não querem que os seus filhos fiquem atrás dos filhos dos outros.
Isto gera uma situação de pescadinha de rabo na boca.

Como conclusão:
Mais uma vez, como cidadãos não somos os únicos responsáveis,  mas também acabamos por influenciar de forma determinante a situação do país.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Re: Portugal desaparece aos poucos...
« Responder #6 em: Maio 12, 2011, 12:02:23 pm »
Infelizmente nalguns casos é uma questão puramente cultural....

Antigamente os miúdos eram educados com a consciência de constituírem família, hoje em dia não é raro encontrar jovens que simplesmente têm pavor em constituir família. Por outro lado temos a vida profissional.... Antigamente trabalhava-se de sol a sol, mas quando chegava a noite praticamente não havia mais responsabilidade profissional (bem como luz eléctrica se me entendem :(.

Por isso, a diminuição populacional não é exclusivamente um factor económico, embora reconheça que seja a maior fatia do condicionamento.

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papatango

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Re: Portugal desaparece aos poucos...
« Responder #7 em: Maio 12, 2011, 02:21:48 pm »
Citar
Antigamente trabalhava-se de sol a sol, mas quando chegava a noite praticamente não havia mais responsabilidade profissional (bem como luz eléctrica se me entendem :) ).
Esse tipo de argumento é muito interessante, mas cai por terra quando vemos o que acontece em outros países que também têm televisão e luz electrica.


Quanto ao apoio de 500 contos, as famílias pensam quanto vão gastar com os filhos desde que nascem até que possam ser financeiramente independentes. Esse período é cada vez mais longo, o que aumenta muito os custos.
Ter filhos é caríssimo e as famílias não precisavam de apoios de 500 contos por filho, mas sim de 500 contos por filhos por ano.
Pagar pelos filhos não é solução.
Na pior a das hipóteses há ainda a possibilidade de os subsídios serem aproveitados por imigrantes, que se possível vivem disso.

Pessoalmente acho que entre as soluções está o corte de subsidios aos casais que tiverem apenas um filho. Sei que isso pode parecer violento, mas se o objectivo é premiar os casais que têm pelo menos 2 filhos, então a solução também passa por aí.

Na Russia comunista, as mulheres que tivessem 10 filhos, automaticamente recebiam a medalha de herói da União Soviética. A medalha servia de pouco, excepto nas filas para comprar alimentos. As pessoas com medalhas em muitos casos tinham preferência.
É por isso que era tão comum ver pessoas na rua carregando as suas condecorações.

Mas a verdade é que havia incentivos que tinham um significado duradouro.
Dar um apoio quando a criança nasce, permite comprar as fraldas descartáveis e pronto.
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Re: Portugal desaparece aos poucos...
« Responder #8 em: Maio 12, 2011, 03:09:08 pm »
Citação de: "papatango"
Citar
Antigamente trabalhava-se de sol a sol, mas quando chegava a noite praticamente não havia mais responsabilidade profissional (bem como luz eléctrica se me entendem :). A taxa de natalidade em algumas regiões, como a Suécia por exemplo, também pode ser explicada por serem pessoas mais reservadas, mais caseiras, ao contrário de nós portugueses que aproveitamos quase todos as oportunidades para dar-mos uma escapadela e ir beber uma mini com os amigos :(.

Penso que se os Estado ajudasse mais nas despesas escolares por exemplo, talvez ter-mos um modelo igual ao francês onde os livros são gratuitos, e os pais apenas compram os cadernos e as esferográficas poderia ajudar a inverter a situação.... Ou talvez não.

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Lusitanian

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Re: Portugal desaparece aos poucos...
« Responder #9 em: Maio 12, 2011, 04:11:46 pm »
Citar
Os gostos das crianças também passaram a contar. Hoje os filhos são incrivelmente caros. Desde a primária, pedem aos pais coisas de marca, desde os estojos novos, cadernos de uma determinada marca etc.
Quando chegam ao ensino secundário a situação fica ainda mais complicada. Os pais têm tendência a ceder, porque não querem que os seus filhos fiquem atrás dos filhos dos outros.
Isto gera uma situação de pescadinha de rabo na boca.

Como conclusão:
Mais uma vez, como cidadãos não somos os únicos responsáveis, mas também acabamos por influenciar de forma determinante a situação do país.

Mas isso é um problema educacional. O meu pai, por exemplo, não alinha nisso. Resultado: Sou muito poupador em relação ao dinheiro, tal maneira, que só com 200 euros, consigo ajudar na despesa da casa com 50 euros, pagar a um ginásio o mais acessivel (por exemplo livre transito a 35 euros, quando noutros é 49 ou 60 euros), e meter dinheiro de parte para o dia-a-dia (comprar o passe, ou comprar uma bebida, ou carregar o telemovel e abastecer o carro a gasolina :N-icon-Axe: ) e ainda meter dinheiro na conta-poupança.
Claro que não seria com todos, mas teriam alguma noção do gasto de dinheiro.

Tenho uns tios que têm uma filha de 5 anos. Eles tentaram anos ter um filho, e por fim conseguiram. Claro que para eles ela é " preciosa", pois devido á dificuldade de terem um filho e á situação economica do país, ela será a unica descendente. Até os avós estão " obcecados".
Os meus tios infelizmente, na maioria dos casos, não dizem não quando ela quer (é quer, não pedir, vejam lá a atitude), e compram. É o jogos, é bonecas, é roupa, é PSP, é Wii...um exagero. Resultado: ela é muito mimada, não tem noção do que é essencial, chorou no aniversário por os avós darem-lhe roupa em vez de bonecas enfim é exigente e vai ser a "menina" dos pais. Gosto muito dela, e ela é intelegente em certas coisas, até a falar. Mas está muito fora da realidade. Já disse aos meus tios isso do exagero das coisas que compram para ela, e eles simplesmente curvaram os ombros, sabendo que eu tinha razão. Entendo o porquê deles fazerem isso, mas tenho pena da personalidade que vão criar na miúda. É esse o problema de muitos: querem mimar os filhos.
"Ah e tal, o trabalho de construção civil é dura, e não quero que vás para lá", e quem disse foi um pai humilde, trabalhador e honesto, com a realidade assente nos pés, que sempre lutou para ter aquilo que queria. Mas depois diz "quero que vás para um trabalho melhor, mais calmo e etc etc" ao filho. E paga-lhe o carro e etc. Esse é o problema: não se apercebem que a "via dura" é que molda a pessoa, é que faz ver. E a "via fácil" é a ilusão de aquilo que não é na verdade a realidade.
Eu há muito que concluí isso, o " facilitismo" é estupido, faz-nos mais fracos, mais burros. E acredito que chegamos assim devido a isso. E isso é a unica coisa boa da crise: abrir os olhos. Há um texto que um "user" meteu aqui no forum sobre a "Geração á Rasca" que de "á rasca" nada tem, que eram na verdade a "geração desenrascada". Podemos estar muito bem da via, mas não podemos perder a humildade, de lutar e começar do zero até ao nosso sonho. E não ir por atalhos. Queriam o quê? A culpa é dos jovens? Não, é dos pais e da educação escolar, que são uma vergonha. O meu pai não é perfeito nem assim tão rigoroso, lá compramos certas coisas que não necessitamos, mas lá está, nós temos dinheiro para isso. Por exemplo somos á PizzaHut e ao cinema. E prontos, podiamos, fomos. Agora se quisermos ir outra vez, é poupar. Tudo se resume a isso, Educação.

Citar
Penso que se os Estado ajudasse mais nas despesas escolares por exemplo, talvez ter-mos um modelo igual ao francês onde os livros são gratuitos, e os pais apenas compram os cadernos e as esferográficas poderia ajudar a inverter a situação.... Ou talvez não.

Eu sempre apoiei esse projecto, de os livros escolares serem gratuitos até á 4º classe, ou 7º ano. Para mim seria perfeito até ao 12º ano, e a partir de aí, na Universidade ou Escola Profissional, pagava-se do bolso (e ainda temos bolsas de apoio). O problema é que seria muito dispendioso para o Estado...mas é por isso que pagamos impostos, e não aqueles ridiculos que nunca quisemos ou defendemos, tais como Imposto sobre Mijar, Imposto sobre Cagar, Imposto sobre Telefonar, Imposto sobre Automovel (então nós pagamos o carro para o ter, e pagamos o combustivel, e ainda tenho que pagar um imposto por ter carro? Palhaços do caraças. Seguindo a "lógica" deste palermas, ia pagar Imposto sobre Computador, Imposto sobre a Casa, Imposto sobre a Rádio, Imposto sobre as Bicicletas...porra).
E tambem apoio sem dúvida, creches e infantários publicos gratuitos, com a condição de terem apenas alunos necessários, ou seja, um infantário só permite uns 50 alunos (não há minimo nem máximo apenas um numero), então não se ultrapassa isso. Senão era uma corrida todos porem os filhos lá...e davam prioridades aos que têm rendimentos baixos. Os que têm rendimentos mais altos, metiam-os noutro lugar ou então nos infantários ou creches privados, e aí já pagavam.

Claro que são ideias não sei se seriam viáveis, não me é lógico, incentivar a natalidade no papel, e na prática penalizá-los por terem um filho. Cambada de imcompententes porra, mete-me nojo.

O que sei é: quanto mais sabemos (mais conhecimento), mais nos auto-extinguimos. Compare-se Europa com Africa ou Ásia ou América do Sul. Devia ser ao contrário, mas por força humana, é assim.

A unica esperança, é diminuir a carga horaria, dar mais oportunidades de natalidade (não significa aumentar salarios, apenas diminuir a "pressão financeira" de ter filhos) e melhores condições de vida.

Quanto ao facto de compararem esses paises europeus, tambem sofrerem com isso, não me é justo. Eles nao têm 37 anos de crise em pleno século, eles não têm imigrações em massa continuas, não têm crise após crise, não têm uma natalidade precária tão grave como nós, e na maioria dos paises, são mais de 20 milhoes de pessoas, pelo que a perda não é enorme (apesar de ser igualmente má). QUATRO milhoes de almas portuguesas? Meu deus...se fosse um milhão ou 2....agora 4 milhoes? E depois disso? É sempre a crescer? Eu digo isto acaba nestas eleições. Não se pode permitir enquanto povo, que isto se continue. Não se pode.
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Re: Portugal desaparece aos poucos...
« Responder #10 em: Maio 12, 2011, 04:55:52 pm »
A ideia dos colégios e infantários pagos pelo Estado, é muito interessante, mas é mais uma demonstração da nossa tradicional tendência para achar que o Estado tem a obrigação de resolver tudo, com dinheiro que tem que inventar.

Mais uma vez:
A pressão provocada pelo peso dos empréstimos para pagar casa, levou a que um casal não consiga pagar a casa sem que os dois trabalhem.
O resultado, é um dos países da Europa com a maior taxa de actividade feminina.
Somos provavelmente o país da OCDE onde mais mulheres trabalham.
O resultado está à vista: Necessidade de infantários e poucos filhos porque não há dinheiro para os infantários.

Em 1978 a nossa TCN, ou taxa de crescimento natural (taxa de natalidade menos taxa de mortalidade) era de 7.3/1000 habitantes.
A TCN da Suécia em 1978 foi de 0.5/1000 (quase 15 vezes menor).
A seguir ao 25 de Abril a nossa TCN aumentou muito, depois de durante vários anos ter sido negativa por causa da enorme emigração.

A título de curiosidade a TCN da Grécia era de 7.1/1000 a da Irlanda era de 11.1/1000, a da Islândia era de 12.2/1000 e a da Turquia era de 29/1000.
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Re: Portugal desaparece aos poucos...
« Responder #11 em: Maio 12, 2011, 05:07:20 pm »
No meu caso o facto de eu ter comprado um T-2 veio a diminuir os custos, é que eu estava a pagar 350€ de uma moradia arrendada e agora pago 200€ ao banco. Fiquei a ganhar. Já em relação às creches, o que há no mercado é entre o muito caro e o carissimo. Isso sim, vai-nos ao bolso com muita força. De tal forma que eu só vou ter outro filho/a quando a minha filhota sair do infantário.

Eu fiquei com o meus avós até aos 4 anos e por isso os meus pais pouparam imenso dinheiro, actualmente isso é impossível (pelo menos para mim).

Ó PT fraldas de pano? Mete isso no rabo dos teus, porque as assaduras eram mais que muitas. A minha filha tem quase 3 meses e ainda não teve uma única assadura e isso é muito bom para a qualidade de vida dos bébes.
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Re: Portugal desaparece aos poucos...
« Responder #12 em: Maio 12, 2011, 05:19:00 pm »
Citação de: "papatango"
A seguir ao 25 de Abril a nossa TCN aumentou muito, depois de durante vários anos ter sido negativa por causa da enorme emigração.

Se é Crescimento Natural (natalidade menos mortalidade), o que é que a emigração tem a ver com a assunto? A taxa de Crescimento Efectivo (componente natural = natalidade menos mortalidade, mais componente migratória: imigração menos emigração) é que era negativa.

E para não ficarem mais "tristes" têm aqui uma projecção com cenários para todos os gostos...



Fonte: http://www.ine.pt/ngt_server/attachfile ... download=y
 

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Lusitanian

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Re: Portugal desaparece aos poucos...
« Responder #13 em: Maio 12, 2011, 10:25:42 pm »
Pereira Marques isso é de fonte segura? Quer dizer, que no minimo, se perdermos população que é o mais provável, iremos ter 8 milhoes de pessoas?
Então a SIC disse aquilo por dizer? É que foi confirmado pela INE. Bem já estou confuso....no entanto perderiamos 2 ou 3 milhoes de pessoas...continua a ser muito grave.
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Re: Portugal desaparece aos poucos...
« Responder #14 em: Maio 13, 2011, 02:12:06 am »
Este estudo é do próprio INE. Está no site deles e o ficheiro tem o logótipo em todas as páginas.

http://www.ine.pt/ngt_server/attachfile ... download=y

Para os mais incautos, que não percebem plenamente o que estudos disto tipo representam, falo nomeadamente de projecções económicas, projecções demográficas, etc., e que consideram que lá porque são utilizados métodos matemáticas, estes exercícios são "ciência exacta", julgo que o primeiro parágrafo deste estudo é esclarecedor.

Citar
O Instituto Nacional de Estatística disponibiliza em formato digital no seu portal (http://www.ine.pt) a publicação
“Projecções de população residente em Portugal, 2008-2060”. Este exercício de projecções de população foi
executado de acordo com o método das componentes por coortes1, método que permite a elaboração de
diferentes cenários de evolução demográfica das componentes fecundidade, mortalidade e migrações. Partindo
da população residente em Portugal em 1 de Janeiro de 2008, os resultados são apresentados em quatro
cenários que evidenciam a incerteza associada ao futuro comportamento demográfico
: o cenário central, que conjuga um conjunto de hipóteses consideradas como mais prováveis face aos recentes desenvolvimentos demográficos, o cenário baixo, o cenário elevado e o cenário sem migrações. Sublinha-se o carácter condicional dos resultados por decorrerem da aplicação de um método de cenários do tipo ”se…então…”.