OS GRANDES PORTUGUESES (CANAL-1)

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Luso

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« Responder #135 em: Janeiro 22, 2007, 09:58:00 pm »
http://viriatos.blogspot.com/2006/02/le ... tides.html
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A LENDA DO ARISTIDES

Desafiado pelo valoroso blogue Portas do Cerco a participar num discussão ali em curso sobre a mistificação conhecida por caso Aristides de Sousa Mendes, contribuo para esse peditório reproduzindo um excelente artigo publicado há algum tempo no semanário "O DIABO". Não sei quem é o autor, mas o que vale não é quem o disse, e sim o que foi dito. O pequeno artigo podia perfeitamente chamar-se "para bom entendedor meia palavra basta"; e bonito seria que se pudesse ficar por aqui, até por respeito para com um falecido e a sua família. Mas a falsificação da História talvez exija mais; e a quem queira saber mais recomendo a leitura do livro do Embaixador José Carlos Fernandes, editado pelo Instituto Diplomático e que certamente ainda não terá sido retirado da circulação. Quanto aos documentos originais do processo Sousa Mendes, onde se poderia constatar fácilmente quais os fundamentos do procedimento disciplinar e quem é que se queixou dele, esses provavelmente já terão sido postos a recato. Mas a mentira, neste caso, é demasiado coxinha para ir longe.

A LENDA DO ARISTIDES
Eram dois irmãos gémeos, de prosápia afidalgada, vindos de Cabanas de Viriato, onde tinham solar conhecido e onde nasceram a 18 de Julho de 1885. Ambos se formaram em Direito pela Universidade de Coimbra. E ambos ingressaram na carreira diplomática, um em Maio de 1910 e outro em Junho do mesmo ano. Um chamava-se Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches, o outro César de Sousa Mendes do Amaral e Abranches.Apesar da extrema igualdade de origem, rapidamente se distinguiram pela diversidade de qualidades, embora os dois fossem tidos por naturalmente bondosos, pacíficos, de bom trato e de formação familiar tradicional. Já em 1913 o César passara na carreira à frente do irmão, sendo promovido a 1.° secretário de Embaixada. E, em 1926, alcançou as plumas brancas dos diplomatas pela sua ascensão a Ministro Plenipotenciário de 2ª classe, tendo representado Portugal na chefia das Legações de Estocolmo, de Varsóvia, do México e de Berna. Numa breve passagem pela política, César de Sousa Mendes do Amaral e Abranches foi Ministro dos Negócios Estrangeiros, na última fase da Ditadura, em Governo já presidido por Oliveira Salazar. O irmão Aristides, porém, ia-se arrastando por postos consulares de minguado relevo, tendo falhado no concurso para conselheiro de Embaixada e acumulando processos disciplinares, porque, com frequência, as contas dos consulados por ele geridos... não andavam certas. Era bom homem, segundo se dizia. Mas também ganhara fama de limitados dotes intelectuais, tinha catorze filhos e, pelos postos por onde andara, constava ser propenso a aventuras dispendiosas, em proporção com os ganhos de que dispunha.A guerra apanhou Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches no consulado de Bordéus. Aí choviam os pedidos de foragidos que pretendiam, a todo o custo, lhes fosse reconhecida a qualidade de portugueses e, com ela, passaportes que lhes permitissem alcançar lugares tidos por seguros.De harmonia com as instruções do Governo de Lisboa, o Aristides de Sousa Mendes, tal como os outros cônsules de Portugal naquela altura, foi largo na concessão de passaportes. Mesmo em casos em que,normalmente, essa concessão seria duvidosa, ou negada liminarmente. Porém, no caso do consulado em Bordéus, houve refugiados que, tendo beneficiado de tais facilidades, depois de servidos, se queixaram ao Ministério dos Negócios Estrangeiros por a concessão de passaportes ter sido condicionada por contribuições para obras assistenciais patrocinadas pelo cônsul. Dessas queixas proveio a devassa, o inquérito e a passagem à disponibilidade, ou à situação de aguardar aposentação, para o cônsul Aristides, a quem sempre foi abonada a pensão respectiva. Aquele funcionário achava-se próximo do limite de idade e o seu passado não o abonava especialmente, o que, admissivelmente, terá contribuído para a solução adoptada, não obstante o ambiente favorável de que gozava o irmão César, sempre beneficiado pela amizade do Embaixador Teixeira de Sampayo, Secretário-Geral do Ministério, e pela simpatia de Oliveira Salazar. Naturalmente que se os rendimentos de cônsul no estrangeiro sempre se tinham mostrado insuficientes para as necessidades de Aristides de Sousa Mendes, essa insuficiência se tornou mais acentuada quando retirado para o seu solar em ruínas de Cabanas de Viriato. Mas tal situação, comum a muitos outros diplomatas, não deveria ser levada à conta de ajuste de contas políticas, ou castigo por desobediência a ordens superiores, que não se terá verificado.Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches foi, segundo dizem os que o conheceram, um homem bom, pouco dotado, talvez, para a carreira que seguiu, e infeliz nalguns passos da sua vida. Não merecia ser usado como joguete numa pseudo-glorificação que apenas visa, canhestramente, tentar demonstrar que Salazar não se mostrou favorável aos refugiados da guerra. Quem ainda se lembre das ruas de Lisboa, pejadas desses fugitivos da guerra e dos seus horrores, quem tenha colhido os depoimentos de muitos deles, sabe que isso não corresponde à verdade. Aristides de Sousa Mendes, sempre monárquico tradicionalista, fiel aos ideais do Estado Novo, nem sequer poderia enfeitar-se com os ouropéis de reviralhista e de revolucionário com que é costume ornar a memória de alguns. Realmente, não mereceu a especulação tecida em torno do seu nome. Esclarecedora quanto ao assunto parece ser a carta que o embaixador Carlos Fernandes recentemente dirigiu à Sra. D. Maria Barroso Soares. Tanto mais que o referido Embaixador sempre se mostrou afeiçoado ao Cônsul Aristides e compreensivo das dificuldades que ele experimentou em diversas ocasiões, só lhe repugnando as falsidades acumuladas e propaladas por motivo da constituição de uma "Fundação Aristides de Sousa Mendes" à qual aquela senhora preside. Realmente, o amor da verdade exige da gente de bem um particular empenhamento no desfazer de lendas mal engendradas.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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ricardonunes

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« Responder #136 em: Janeiro 22, 2007, 10:21:17 pm »
Citação de: "Luso"
Mesmo em casos em que,normalmente, essa concessão seria duvidosa, ou negada liminarmente. Porém, no caso do consulado em Bordéus, houve refugiados que, tendo beneficiado de tais facilidades, depois de servidos, se queixaram ao Ministério dos Negócios Estrangeiros por a concessão de passaportes ter sido condicionada por contribuições para obras assistenciais patrocinadas pelo cônsul.


Tanta bondade e amor "$" ao próximo :twisted:
Sempre desconfiei, desconfio, deste tipo de actos.
Potius mori quam foedari
 

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fgomes

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« Responder #137 em: Janeiro 22, 2007, 10:35:35 pm »
É interessante esta fonte citada pelo Luso, pois existem algumas coincidências com uma história que o meu pai me contou. Durante a II Guerra Mundial, o meu pai teve vários colegas de liceu que eram refugiados judeus entre os quais um de origem polaca cuja família estava refugiada em França quando da invasão alemã. Tentaram sair a todo o custo, tendo tentado obter vistos no consulado português de Bordéus, mas foi-lhes pedido algum dinheiro que não tinham. Quem acabou por lhes valer foi o cônsul português em Tolouse.
Não quero de modo nenhum tirar o valor às acções de Aristides de Sousa Mendes, mas considero uma injustiça que não se fale em outros diplomatas portugueses que também salvaram judeus da barbárie nazi. Não há dúvida que Sousa Mendes tem sido usado como arma de arremesso contra Salazar. Por curiosidade, segundo o meu pai, os judeus refugiados tinham todos uma grande admiração por Salazar e achavam Portugal uma espécie de paraíso!
 

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antoninho

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« Responder #138 em: Janeiro 22, 2007, 10:38:34 pm »
Mau e então o mestre Bordalo Pinheiro, que deu corpo ao Zé Povinho.....
Povo ingrato que renegas quem te deu ao mundo......
 

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comanche

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« Responder #139 em: Janeiro 29, 2007, 09:45:32 pm »
É dificil escolher qual foi o maior português, felizmente existiram muitos ao longo da história, concordo com a escolha da maioria dos foreiros, excluindo Alvaro Cunhal, e Joré Saramago (Iberista-traidor).
Para mim, já li algumas coisas sobre a vida de D. Nuno Alvares Pereira, e fiquei fascinado (leiam a grande enciclopédia Portuguesa Brasileira, está presente nas bibliotecas municipais).
Para mim é ele o grande português, um homem de fé,um grande coração, um amor enorme por Portugal, estratega militar, soldado, um lider.
    Nunca mais houve outro homem assim em Portugal e quiçá no mundo!
 

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Luso

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« Responder #140 em: Janeiro 31, 2007, 10:01:59 pm »
http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/

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Vocês há-dem ver!

Vasco Pulido Valente, adianta hoje na sua crónica no Público, razões para os portugueses votantes num concurso televisivo, terem escolhido Salazar e Cunhal como os maiores portugueses de sempre.
E conclui, em glorioso corolário, que os portugueses rejeitam liminarmente a democracia.

VPV é sociólogo e ensinará algo de sociologia, numa escola superior da dita disciplina.
A sociologia, não é uma ciência exacta e nunca o será, pelo que o exercício analítico de VPV, hoje no Público, admite refutação com base em meras opiniões. São estas, aliás, as que aprecio em VPV, desde sempre. O meu respeito pelo escriba opinativo , advém da sua educação cultural, da sua inteligência analítica e do saber acumulado na leitura livresca.
Para mim, basta como cartão de visita das suas crónicas, que conto entre as melhores de sempre, na escrita de jornal local.
Mas não sendo guru, meste ou professor de opinião, a falibilidade do que pensa, assemelha-se à dos demais mortais que escevem ou comunicam, em jornal ou sítios virtuais.
A prova da sua análise falhada de hoje, reside na foto que encima este escrito. É do dia 25 de Abril de 1974 e resume a essência do que o povo português quer , desde sempre: liberdade! A sério! “Quando houver, a paz, o pão, habitação, saúde, educação”!
Cunhal, em dois ou três anos , que se estenderam por mais uns dez, bem contados e votados, logrou enganá-los.
Como dizia o outro estrangeiro, não se engana toda a gente o tempo todo. O PCP tem hoje um peso eleitoral de significado simbólico, com um núcleo duro de fiéis indefectíveis.
Porém, com estes votos anónimos num concurso trivial de tv, o que os portugueses rejeitaram, ao contrário do que afirma VPV, não foi a democracia. Esta deveria significar mais liberdade e isso, toda a gente o pretende. Agora, como há 32 anos.

Então o que rejeitam os portugueses ao escolherem, paradoxalmente, o obreiro principal do jugo ditatorial que nos oprimiu a liberdade durante mais de 40 anos? E ainda aquele que nos preparava um destino bem pior?
Rejeitam a ilusão de democracia, voilà! Rejeitam o nepotismo dos amigos e correligionários e a corrupção geral que todos sentem instalada no próprio seio do aparelho do Estado e sentem impotência para a desinstalar. Rejeitam o arrivismo e oportunismo dos resistentes ao salazarismo e caetanismo e que lhe retomaram os tiques mais perversos para manutenção do poder.
Rejeitam a cleptocracia de uma classe política que se privilegia em nome da putativa imagem e importância do Estado, passeando e circulando da Assembleia para o partido e deste para as empresas do Estado dominado pelo partido do poder que desnomeia para nomear quem lhe agrada e faz os fretes. Rejeitam deputados que duram há mais de trinta anos em comissões de poder e cujas habilitações passam quase sempre pela luta política na oposição, de entrega de panfletos e reuniões conspirativas que os atiraram durante uns meses para uma prisão política. São esses os príncipes deste regime a que os portugueses não reconhecem pedigree.
Rejeitam por isso este sistema de poder que instalou uns poucos milhares e desinstalou milhões de um progresso que se poderia viver, como outros vivem, por essa Europa fora.
Os portugueses sentem que este sistema político não os serve e é, pelo contrário, o mesmo sistema quem se serve deles, de há trinta anos a esta parte.

Escolheram então Salazar, porquê, exactamente? Por nostalgia? Não, não parece nada. Parece, antes, que escolheram uma ideia difusa de valores sólidos que ultrapassam a própria liberdade. Como não sentiram, na sua maior parte, a ausência de liberdade real, imposta pela censura que era branda e cercada pela ausência de alternância partidária numa Assembleia que se queria nacional, mas restrita a classes, votam agora no nome que lhes parece merecer aprovação pelos valores que apregoava. Salazar deixou uma obra que é visível e outra invisível. O sistema salazarista deixou um sistema de educação que permitiu o aparecimento de um Vasco Pulido Valente e muitos outros que aliás, o vilipendiam por ter cerceado liberdades de associação , expressão e reunião, mas isso para quem agora vota em liberdade pouca importância tem. Ficou ainda a obra real, visível, em edifícios, na coerência dos serviços prestados por uma Administração Pública pobre mas algo agradecida e principalmente ancorada num sistema de valores que pura e simplesmente desapareceu. As pessoas notam esse desaparecimento, porque sentem a falta disso, mesmo que nunca o tenham experimentado: a seriedade, a formação profissional, o respeito pela autoridade de quem tem poder. Rejeitam por isso a bandalheira que se instituiu a seguir e que perdura no Estado mastodôntico que a democracia consistentemente construiu. Ficou ainda uma coisa bem tangível e que tende a desaparecer: ouro. Os cofres cheios de ouro e que agora servem para nos salvar o couro e a pele, ou seja, os dedos. Os anéis, já foram.
Quem votou em Cunhal, disciplinadamente, escolheu o mito que nunca se cumpriu. Escolheu a promessa feita dos amanhãs a cantar. Se fosse na Hungria ou na Polónia, ou mesmo na Rússia, pátrias do socialismo real, Cunhal nem figuraria na lista. Assim…

A menção ao distinto cultor da lígua pátria que se pronunciou publicamente pelo famoso “vocês há-dem ver!” tem a ver única e simplesmente com o valor simbólico daquilo que os portugueses também me parecem rejeitar: não o homem concreto e contentinho com as suas empresas prósperas. Apenas e tão-só, a pessoa que saindo da Carris, passou pelo sindicalismo e alcandorou-se, em púlpitos e palanques, num discurso infalível e por um mérito muito próprio, a “patrão” do PS. ( alguém dixit).
Se alguém simboliza bem o estado actual do nosso Portugal- são esses heróis! O problema é que parece que o povo real, agora, não os compreende...
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Spectral

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« Responder #141 em: Janeiro 31, 2007, 10:36:40 pm »
Estamos então agora a usar artigos d' "O Diabo", anónimos como é óbvio, como fontes credíveis sobre alguma coisa?... :roll:


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Por curiosidade, segundo o meu pai, os judeus refugiados tinham todos uma grande admiração por Salazar e achavam Portugal uma espécie de paraíso!


Por curiosidade 2, o caso pessoal que conheço ( um judeu refugiado em Portugal nessa altura e que ficou por cá, ainda vivo), tem uma opinião bastante diferente, mas a cada um a sua...
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Luso

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« Responder #142 em: Janeiro 31, 2007, 10:55:54 pm »
Citação de: "Spectral"
Estamos então agora a usar artigos d' "O Diabo", anónimos como é óbvio, como fontes credíveis sobre alguma coisa?... :roll:
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papatango

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« Responder #143 em: Fevereiro 01, 2007, 10:00:33 pm »
Já agora, e relativamente ao Aristides Sousa Mendes.

Depreendo que não era um revolucionário nem contrário ao regime de Salazar.
Isso não é exactamente estranho. O regime implantado em 1926, foi aclamado em glória nas ruas das cidades portuguesas na pessoa dos militares que deram o golpe.

O primeiro ciclo do Estado Novo, tinha apoio popular. Isso é evidente e comparando com as ditaduras europeias, a ditadura portuguesa parecia quase uma democracia.

Mas, eu não penso na opinião dos que em Portugal promoveram a figura de Aristides Sousa Mendes.

Ele é o único português que tem lugar de destaque no Yad Vashem em Israel, onde está o jardim dos justos.

Alguém acredita que os detractores de Salazar conseguiriam levar os judeus a prestar aquela homenagem sem que ela fosse legitimamente merecida?

Mesmo que ele tivesse sido um escroque, não se lhe pode reconhecer outra coisa que não tenha sido coragem nas acções que levou a cabo.

= = =

Claro que de aí a ser considerado o maior dos portugueses, vai uma distância muito grande.

Cumprimentos
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« Responder #144 em: Fevereiro 01, 2007, 10:06:16 pm »
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Mesmo que ele tivesse sido um escroque, não se lhe pode reconhecer outra coisa que não tenha sido coragem nas acções que levou a cabo.
= = =
Claro que de aí a ser considerado o maior dos portugueses, vai uma distância muito grande.


Não questiono os méritos que Sousa Mendes possa ter tido.
Apenas a "escala" e o critério.

Entre Aristides e Afonso de Albuquerque, por exemplo. Não há comparação.
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papatango

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« Responder #145 em: Fevereiro 01, 2007, 10:19:20 pm »
A comparação é sempre muito muito complicada, por estarmos a tratar de pessoas diferentes e que viveram em periodos muito diferentes da História.

Perante tantas opções, é por isso que fico com o D. João II, pelo facto de ter sido o principal responsável pelo Portugal que existe hoje.

Nas suas respectivas áreas, houve seguramente muita gente importante, mas se temos que escolher um...
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Spectral

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« Responder #146 em: Fevereiro 01, 2007, 11:02:57 pm »
Oh camarada Luso , eu acho que até estamos no "mesmo barco" (sort of)

Repescando um post meu no início desta thread :

"
a) personagens que pelas suas acções, mudaram Portugal como poucos outros conseguiram

b) personagens que mesmo não tendo uma acção directa muito relevante, representam grandes momentos/épocas da nossa História, ou seja representam um colectivo

c) personagens que pelo seu "ser", a nível individual, têm em si algo de Portugal e que melhor nos representam

"

Aristides Sousa Mendes pode ter sido um grande Homem ( e foi!), mas não vejo como se possa encaixar numa das categorias acima, ou seja a sua importância para o que é e o que representa "Portugal". Um grande Homem pode ser um grande Homem aqui ou na Papua Nova Guiné, mas isso não faz dele automaticamente um grande Português. Portanto claramente também não levava o meu voto, que como disse atrás vai para D. João II.
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« Responder #147 em: Fevereiro 02, 2007, 06:07:24 pm »
Citação de: "Luso"
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Mesmo que ele tivesse sido um escroque, não se lhe pode reconhecer outra coisa que não tenha sido coragem nas acções que levou a cabo.
= = =
Claro que de aí a ser considerado o maior dos portugueses, vai uma distância muito grande.

Não questiono os méritos que Sousa Mendes possa ter tido.
Apenas a "escala" e o critério.

Entre Aristides e Afonso de Albuquerque, por exemplo. Não há comparação.


Pois não. É literalmente impossível comparar os dois. É como comparar maçãs e laranjas e quer decidir qual é o melhor fruto.

Para mim Aristides de Sousa Mendes é um grande Herói Português. Está lado a lado com Fernão de Mendes Pinto, Afonso de Albuquerque, Diogo Cão, entre outros.
 

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Luso

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« Responder #148 em: Fevereiro 02, 2007, 09:00:17 pm »
Porque os coloca no mesmo patamar, Yosy?
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Yosy

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« Responder #149 em: Fevereiro 03, 2007, 03:10:43 am »
Porque ambos praticaram actos de grande coragem, que merecem (e ficaram) na História e que glorificam Portugal.