Economia de Angola

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Lusitano89

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Re: Economia de Angola
« Responder #60 em: Setembro 13, 2015, 06:55:38 pm »
Sem reduzir os custos Angola vai ficar sem indústria do petróleo


"Se não houver uma significativa redução dos custos, tudo vai parar", disse o director-geral da Total em Angola, Jean-Michel Lavergne, em declarações à agência financeira Bloomberg, nas quais explicou que caso as condições não melhorem, a indústria petrolífera angolana "vai desaparecer", partindo do princípio que o preço do barril de petróleo se mantém nos 60 dólares.

Em causa estão as várias medidas que o Governo angolano tem tomado nos últimos anos, que fizeram os custos de produção aumentar em 500 milhões de dólares por ano, disse Lavergne durante um fórum empresarial em Luanda, no qual anunciou que está pedida uma reunião com o Governo angolano para dar conta destas preocupações causadas pelos custos da regulação.

Em Junho, Angola ultrapassou pela primeira vez a Nigéria enquanto maior produtora subsariana, tendo bombeado 1,77 milhões de barris por ano, contra 1,9 milhões da Nigéria, embora no total do ano passado a média de produção tenha sido de 1,66 milhões, comparado com os 1,9 milhões da Nigéria.

A Total é a maior produtora de petróleo em Angola, com cerca de 700 mil barris por dia, o que representa mais de 40% da produção do país.

Os poços de petróleo em águas profundas na costa de Angola têm um desenvolvimento muito caro, e a indústria precisa de preços entre 60 a 80 dólares por barril "para a operação fazer sentido", disse Lavergne.

O preço do barril de petróleo 'Brent' está nos 50 dólares por barril, menos de metade do pico do ano passado, e as previsões apontam para um ligeiro acréscimo de preço no próximo ano.

As novas normas sobre as emissões o desperdício, aliadas aos preços baratos, significam que algumas companhias estão a pensar em sair do país, que se tornou o mais recente membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), em 2007, disse o director da câmara de comércio Estados Unidos - Angola, Pedro Godinho.

"Há muitas petrolíferas que estão a ponderar sair do país se o cenário mundial não mudar", disse o responsável durante o evento em que participou também o director da Total em Angola, concluindo que a solução para a quebra nas receitas fiscais e consequentes dificuldades orçamentais "não é matar a galinha que põe os ovos de ouro".

Económico
 

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Lusitano89

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Re: Economia de Angola
« Responder #61 em: Setembro 28, 2015, 11:07:54 am »
Angola gasta mais de 5 milhões de €€ por dia para importar combustíveis


Em causa estão dados compilados pela Lusa com base no mais recente relatório mensal sobre o setor do Petróleo e Gás do país e que indicam que Angola importou em julho mais de 189 milhões de dólares (169 milhões de euros) em derivados do petróleo.

Em todo o mês foram importados por Angola cerca de 278,91 mil toneladas de produtos refinados, sobretudo gasóleo (75%) e gasolina (21,6%). Em contrapartida, a refinaria de Luanda produziu neste período apenas 214,98 mil toneladas de derivados de petróleo, essencialmente gasóleo.

"Devido a problemas técnico-operacionais não houve produção de gasolina", aponta o relatório.

Construída em 1955, esta refinaria opera a cerca de 70% da sua capacidade e apresenta custos de produção superior aos dos combustíveis importados, indica um relatório de 2014 sobre o setor, produzido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Angola tem em curso projetos para a construção de duas novas refinarias, no Lobito e no Soyo, com previsão de funcionamento para 2017.

O consumo de derivados do petróleo quadruplicou em Angola desde 2005, ascendendo a 119 mil barris por dia em 2013, segundo o mesmo relatório. O gasóleo responde pelo grosso do consumo (63%), utilizado também para a produção de eletricidade, seguido da gasolina (15%) e do GPL (11%).

Ainda segundo o FMI, apesar de Angola ser o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, tendo atingido este ano a marca dos 1,8 milhões de barris por dia, a maioria dos produtos refinados são importados (82%) e o restante é processado no país pela refinaria nacional.

Devido à necessidade de importação e para manter os preços ao consumidor artificialmente baixos, o Estado angolano subsidia a aquisição dos combustíveis no exterior, operação que representou 3,7 % do Produto Interno Bruto (PIB) angolano em 2014.

Esses apoios começaram a ser eliminados progressivamente nos últimos meses, com o consequente aumento de preços nos postos de abastecimento.

Lusa
 

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Lightning

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Re: Economia de Angola
« Responder #62 em: Dezembro 09, 2015, 02:25:36 am »

Depois do ouro negro, Angola vira-se para o "ouro verde"
 

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Re: Economia de Angola
« Responder #63 em: Abril 06, 2016, 04:29:57 pm »
Angola pede ajuda ao FMI

O prazo é de 3 anos, mas o montante ainda não está definido!
Não quiseram reduzir os custos quando o preço do petróleo não parava de descer....... (as receitas do país dependem 80% do petróleo).

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/mundo/africa/detalhe/angola_pediu_ajuda_ao_fmi.html
 

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Re: Economia de Angola
« Responder #64 em: Junho 07, 2016, 03:37:33 pm »
Sonangol com imparidades de 50 mil milhões de dólares (44 mil milhões de euros!!!!!!)

Para onde terá ido parar tanto dinheiro!!!!!!

http://economico.sapo.pt/noticias/sonangol-com-imparidades-de-50-mil-milhoes-de-dolares_251449.html
 

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Re: Economia de Angola
« Responder #65 em: Junho 07, 2016, 11:11:23 pm »
O último Relatório de Contas disponível é do exercício de 2014! A empresa responsável pela auditoria externa às contas (chamada Revisão Legal de Contas, emitida por um Revisor de Contas), é a filial portuguesa da Ernst & Young. A partir da página 59 começa o relatório do Auditor....... a partir da página 60 começam as reservas do auditor, ponto por ponto (uma reserva é o equivalente a um cartão vermelho do Auditor às contas da empresa).

Assim por alto eu conto 9 reservas, que o auditor refere, ou que a empresa não mostrou documentos que confirme os valores apresentados na contabilidade, ou porque o auditor duvida dos valores apresentados, principalmente na avaliação de activos ou ainda mais grave, o auditor expressa "escusa de opinião" em várias situações, que em termos de auditoria financeira quer dizer para os leigos que o auditor não confia minimamente dos dados financeiros para sequer emitir opinião!!!!!!

Já vi relatórios de gestão com ênfases e até com 1 reserva. Com 9 reservas às contas nunca vi e mais grave com escusa de opinião........

http://www.sonangol.co.ao/Portugu%C3%AAs/Paginas/In%C3%ADcio.aspx
 
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Re: Economia de Angola
« Responder #66 em: Junho 08, 2016, 10:54:00 am »
"Sonangol: O Partido da Monarquia Dos Santos

   Autor: Rafael Marques de Morais

6/6/2016, 14:10

Isabel dos Santos foi a raposa nomeada para cuidar do galinheiro que é a Sonangol. Vão-se as galinhas, vão-se os ovos, e ficam as penas e as cascas. Isabel dos Santos adora ovos.

Texto originalmente publicado no Maka Angola.

Isabel dos Santos é presidente do Conselho de Administração da Sonangol. Muito pródiga, a filha do presidente. Está, justamente, a caminho da presidência. Depois da Sonangol, estagiará alguns meses como ministra, e pronto: sucede ao pai na monarquia em que Angola tem vindo a ser transformada pelo clã Dos Santos.

Isabel dos Santos foi a raposa nomeada para cuidar do galinheiro que é a Sonangol. Vão-se as galinhas, vão-se os ovos, e ficam as penas e as cascas. Isabel dos Santos adora ovos. Aliás, começou a sua carreira empresarial a vender ovos. Agora já não precisa de pedir empréstimos à Sonangol, de pedir para pagar as suas contas e receber acções como oferta, por exemplo, as da GALP, que usa para ser a mulher mais rica de África. Isabel dos Santos já não precisa assaltar o galinheiro, porque se tornou dona do galinheiro.

José Eduardo dos Santos é um bom pai. É tirano e ladrão para o povo, mas é um bom pai. Angola é para os seus filhos. O que é de Angola é para os seus filhos. O que sobrar é para o MPLA e para os filhos dos tipos do MPLA. Sim, são tipos. Apenas celebram a corrupção, o poder da repressão. O MPLA é hoje apenas uma comissão de oportunistas ao serviço da família Dos Santos. O povo é o estrume que usam para fertilizar os seus esquemas de enriquecimento ilícito, de estatuto social, de esquemas mil. O MPLA é o partido que sustenta as raposas. Ou seja, o MPLA é um partido que apenas serve para atirar areia aos olhos do povo, para pedir o seu voto e para cafricar o povo quando este se manifesta descontente.

Anos atrás, um colega sul-africano, tendo tomado contacto com a realidade do interior de Angola, perguntou-me por que é que o país, com tantos recursos naturais e tanto potencial humano e de investimento estrangeiro, era tão mal gerido e tinha uma população tão pobre. Perguntou-me por que razão os dirigentes não faziam o mínimo esforço pela população.

Respondi com o seguinte exemplo:

Um grupo de bandidos torna-se bastante bem-sucedido em assaltar sempre o mesmo banco durante muitos anos. Os accionistas do banco decidem, para pôr cobro aos assaltos, nomear o líder do gangue como gestor do banco. Perguntei ao colega quais eram as probabilidades de o líder do gangue gerir bem o dinheiro dos clientes que toda a vida roubara. Entregar a gestão permanente do cofre aos ladrões seria uma solução funcional para se acabar com os roubos? Qual seria a motivação dos ladrões para deixarem de roubar e empreenderem uma boa gestão?

É isto que acontece actualmente: o presidente é ladrão e nomeia a sua filha ladra para gerir o maior cofre de Angola, a Sonangol. E nós, o povo, somos obrigados a acreditar que é para o bem da Sonangol, de Angola e dos angolanos. Mas ninguém acredita. Ainda assim, já há quem se prepare para enviar o currículo a Isabel dos Santos, procurando uma oportunidade de emprego e/ou de negócios. É a Sonangol que conferirá poder político a Isabel. O pai, José Eduardo dos Santos, colocou-a ali para esse efeito. A Sonangol, ou melhor, o controlo das receitas produzidas com a venda de petróleo, é o verdadeiro poder do presidente, que este agora transfere para a filha.

Angola passou efectivamente a ser uma monarquia, e o verdadeiro partido no poder é a Sonangol. O MPLA é apenas um símbolo, a história de que a família Dos Santos precisa para legitimar a monarquia que entretanto instituiu.

Como prova, o presidente praticamente ofereceu o segundo canal da TPA aos filhos José Paulino “Coréon Dú” e Welwitchia “Tchizé” dos Santos. Houve algum burburinho, é certo, mas passou depressa.
Tchizé foi para o parlamento, como deputada, cargo que acumulava com as funções de direcção na TPA. Falou-se disso, mas passou depressa. A primeira-dama também foi “eleita” deputada, mas suspendeu o mandato.

Veio então a grande nomeação. O presidente colocou o seu filho Filomeno José dos Santos a presidir o Fundo Soberano de Angola. Calaram-se as vozes. Os dirigentes do MPLA ficam à espera de oportunidades também para os seus filhos: estão unidos pelos votos da corrupção e do nepotismo. Os da oposição e os jovens como José Hata, Nelson Dibango ou Fernando Tomás (do Processo dos 17) levam porrada se refilarem.

Os filhos do povo vão para a cadeia se criticarem José Eduardo dos Santos. Os filhos do ditador têm direito a apossar-se do país. Esta é a realidade.

Qual é então a solução?

A solução é clara. José Eduardo dos Santos tem de ser pressionado a devolver o poder ao povo angolano. A sua família tem de largar o poder juntamente com JES. Mas remover apenas o líder é somente o início de um processo complexo.

O modelo de gestão corrupta e venal de José Eduardo dos Santos congrega um extraordinário apoio no seio do MPLA e da sociedade. É um modelo de vida fácil, de lotaria, de esquemas a que muitos angolanos se foram habituando e que os beneficiários e aspirantes a beneficiários querem manter.

Esse é o problema maior. Como mudar as consciências dos militantes do MPLA que se habituaram a apoiar o seu líder em troca de comida, de emprego, de estatuto social? Como convencer os militantes do MPLA, a força de choque de José Eduardo dos Santos, que há muito se perderam no caminho que os deveria conduzir à defesa dos interesses da pátria, da cidadania e de uma Angola melhor para todos? Como convencê-los de que continuam a viver no mundo da propaganda da TPA, da RNA, do Jornal de Angola, enquanto a maioria deles também vive no meio do lixo, com um sistema de saúde desumano e uma educação que aliena os seus filhos?

A culpa principal do estabelecimento da monarquia em Angola é do MPLA, dos seus militantes que protegem os abusos do presidente. A discussão começa aqui."

Fonte: http://observador.pt/opiniao/sonangol-o-partido-da-monarquia-dos-santos/ (por sua vez retirado do Jornal Maka Angola
 

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perdadetempo

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Re: Economia de Angola
« Responder #67 em: Dezembro 01, 2016, 09:04:45 pm »
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A presidente da Sonangol, Isabel dos Santos, disse hoje que a petrolífera angolana precisa de uma reestruturação financeira e de 1.569 milhões de dólares (1.476 milhões de euros) para fazer face às necessidades de pagamentos até final do ano.

Em conferência de imprensa na sede da petrolífera, em Luanda, Isabel dos Santos explicou que a "redução acentuada de receitas" com a venda de petróleo, fruto da queda na cotação do barril de crude no mercado internacional, "não foi acompanhada" na Sonangol "pela necessária revisão da estratégia de investimento do grupo".

Este cenário, apontou, "conduziu a uma situação difícil perante os credores internacionais, dificultando a capacidade de obter novos financiamentos fundamentais para a sustentabilidade das operações, manutenção dos níveis de produção, pagamentos a fornecedores e cumprimento dos seus compromissos financeiros".

Isabel dos Santos foi nomeada para aquelas funções, e para liderar o processo de reestruturação da petrolífera estatal, em junho deste ano, tendo hoje revelado que a avaliação entretanto realizada ao grupo, para "conhecimento total da situação de partida", permitiu detetar "inconsistências entre a informação contabilística e a informação real da empresa", bem como "uma falta de controlo sobre várias participações financeiras".

Afirmou mesmo que a situação da Sonangol "é bastante mais grave do que o cenário inicialmente delineado", obrigando a "decisões de gestão com caráter de urgência".

"Fica assim cada vez mais evidente a necessidade de implementar de imediato um programa de reestruturação financeira do grupo para conseguir garantir os compromissos financeiros assumidos até à data", disse Isabel dos Santos.

Durante a conferência de imprensa, foi divulgado que a dívida financeira do grupo para 2016 está estimada em 9.851 milhões de dólares (9.263 milhões de euros) e que atualmente "existe a necessidade de contrair novos financiamentos", em face dos compromissos financeiros "ainda por financiar", para que a Sonangol "possa cumprir com os pagamentos até ao final do ano".

Esta necessidade, foi ainda adiantado, totaliza 1.569 milhões de dólares (1.476 milhões de euros).

A administração da Sonangol era liderada desde 2012 até à nomeação (junho de 2016) de Isabel dos Santos pelo chefe de Estado, por Francisco de Lemos José Maria, que por sua vez sucedeu a Manuel Vicente, eleito então vice-Presidente da República.

Segundo a presidente do Conselho de Administração da petrolífera, foi igualmente detetada nesta avaliação um "sobredimensionamento da estrutura" do grupo, com cerca de 22.000 pessoas ligadas ao universo Sonangol, 8.000 colaboradores ativos, mais de 1.100 colaboradores não ativos - estes representando um custo anual superior a 40 milhões de dólares (37 milhões de euros) - e mais de 8.000 trabalhadores pertencentes a empresas de trabalho temporário.

Face ao cenário vivido pela petrolífera, foi admitido a possibilidade de a Sonangol não entregar dividendos ao acionista Estado


http://24.sapo.pt/noticias/internacional/artigo/sonangol-precisa-de-quase-1-500-meuro-para-fazer-pagamentos-ate-ao-final-do-ano_21589418.html
 

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Re: Economia de Angola
« Responder #68 em: Dezembro 30, 2016, 03:43:58 pm »
 

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Re: Economia de Angola
« Responder #69 em: Junho 19, 2017, 03:38:12 pm »
Angola vira-se para o desenvolvimento de infraestruturas


 

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Re: Economia de Angola
« Responder #70 em: Junho 26, 2017, 09:03:19 pm »
A aposta angolana no caminho do turismo



 

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Re: Economia de Angola
« Responder #71 em: Julho 03, 2017, 11:40:27 pm »
 

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Re: Economia de Angola
« Responder #72 em: Agosto 03, 2017, 04:03:18 pm »
Odebrecht vende participação em mina de diamantes de Angola


 

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Re: Economia de Angola
« Responder #73 em: Agosto 22, 2017, 07:08:45 pm »
Os desafios da eletrificação


 

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Re: Economia de Angola
« Responder #74 em: Outubro 29, 2017, 04:50:14 pm »
Construção do novo aeroporto de Luanda atrasada dois anos


O Novo Aeroporto Internacional de Luanda, em construção desde 2004 por empreiteiros chineses nos arredores da capital angolana, só deverá iniciar a operação em 2019, um atraso de dois anos face à previsão anterior, justificado com dificuldades financeiras.

A informação foi prestada no sábado pelo ministro dos Transportes, Augusto Tomás, após a visita realizada pelo Presidente angolano, João Lourenço, à empreitada, que globalmente, incluindo os novos acessos, já ultrapassa os 5.500 milhões de euros.

O novo aeroporto está em construção no município de Icolo e Bengo, a 30 quilómetros da capital, e o início da operação chegou a ser anunciada para o primeiro semestre de 2017.

Contudo, conforme dados avançados durante esta visita à infraestrutura, a obra está concluída em apenas 57,5 por cento e apenas no final de 2019 deverá ter condições para entrar em funcionamento.

O ministro Augusto Tomás adiantou que problemas de ordem financeira, técnica e operacional condicionaram o decurso da empreitada e obrigaram mesmo à substituição do empreiteiro, com garantia de financiamento para a execução dos trabalhos.

Angola vive desde finais de 2014 uma profunda crise financeira, económica e cambial, decorrente da quebra nas receitas com a exportação de petróleo, condicionando a execução de várias obras públicas.

Só a edificação propriamente dita do aeroporto está a cargo da empresa China International Fund Limited (CIF), contratada pelo Governo angolano por 3.800 milhões de dólares (3.270 milhões de euros).

No equipamento da infraestrutura, o Estado angolano vai gastar mais 1.400 milhões de dólares (1.200 milhões de euros), tendo contratado para o efeito a empresa China National Aero-Technology International Engineering Corporation.

Em 2015 foi escolhido o consórcio da China Hyway Group Limited para construir o acesso ferroviário ao aeroporto.

Nesta empreitada, a construção e fornecimento de equipamentos para as cinco novas estações do Caminho de Ferro de Luanda (CFL) representa um investimento público de 255 milhões de dólares (220 milhões de euros).

Somam-se a construção do respetivo ramal ferroviário desde a atual Estação de Baia do CFL ao novo aeroporto internacional de Luanda (num total de 15 quilómetros), por 162,4 milhões de dólares (140 milhões de euros).

Já o programa de obras e intervenções nos acessos viários ao novo aeroporto está avaliado em 692,7 milhões de dólares (596 milhões de euros), envolvendo igualmente empresas chinesas.

O novo aeroporto é descrito como um “projeto estruturante fundamental para a concretização da estratégia do Governo angolano, no que concerne ao posicionamento do país no domínio do transporte aéreo na região da África austral”.

Duas das pistas foram concluídas em 2015, assim como a torre de controlo, decorrendo a construção dos terminais, que segundo o Governo angolano deverão receber 15 milhões de passageiros por ano.

O projeto é financiado por fundos chineses englobados na linha de crédito aberta por Pequim para permitir a reconstrução de Angola, depois de terminado um período de três décadas de guerra civil.


>>>>>   http://24.sapo.pt/economia/artigos/construcao-do-novo-aeroporto-de-luanda-atrasada-dois-anos
« Última modificação: Outubro 30, 2017, 12:19:06 am por Lusitano89 »