Podes crer Johnnie. Só as peças de artilharia do Yamato ou o Dora supercanhão de 800mm do Hitler nos Tejo dariam descanso a alguns foristas.
Mafets, parece impossível tanta demagogia. Enfim, se existisse algum equilíbrio nos argumentos todos beneficiavam neste fórum.
Questionar o porquê dos submarinos no trafico de droga é de bradar aos céus. Pensar que é pelos torpedos? Será que não se sabe que é o único meio que consegue investigar/atuar sem ser visto?
Quando eu peço para me apresentar elementos que comprovem que é necessário um maior armamento para os patrulhas costeiros fruto do risco envolvido com pescadores ou traficantes foi-me apresentado um conjunto de disparates que inclusivamente faz referencia a uma situação cómica que passo a citar: "...de nacionalidade indonésia, não tendo sido encontradas armas a bordo."
Já que utiliza os seus comentários com ironia então aproveito "pela boca morre o peixe"
Dizer que um LPD não nos faz falta é uma completa mostra de desconhecimento das reais necessidades, até as marinhas mais ridículas tem LPD ou similar e a nossa marinha não haveria de ter porque razão? Para além disso em situação de catástrofe com que meios navais vamos resgatar as pessoas das ilhas por exemplo? Com as Bofors? Atirando à agua elas flutuam e as pessoas agarram-se a elas? Explique...
Acusa-me de falta de lógica, porra que a sua lógica (e ainda para mais agressiva) é fantástica. Está de parabéns, pricipalmente porque nos deixa uma ideia chave: a marinha só serve se estiver armada até aos dentes caso contrário é para fechar a loja.
Haja calma e coerência até porque em momento algum eu disse que a Marinha não necessitava de mais meios, provavelmente para mim até deve ter mais meios do que para si mas viver do passado e do que viu nos rios de Moçambique e da Conchichina em 19 e troca o passo não é caminho.
Tenho dito
V.exma tem um problema de distinguir a ironia, da brincadeira e do debate a sério não? Tenha lá calma, beba uma cervejola gelada, um pires de tremoço e não se chateie que aqui demagogias ou exageros à parte estamos basicamente todos do mesmo lado, tanto que praticamente todos até concordamos em que a Marinha precisa de mais e melhores meios. E ria um bocado com isto tudo que rir faz bem à saúde e ao coração
Posto isto, vamos lá falar a sério antes que faça como alguns foristas, amue e não apareça por cá excepto para mandarem umas farpas e nada dizerem sobre os assuntos em debate, até porque coisa que v.exma faz é debater e isso é de respeito:
1- Sobre os submarinos tanto você como eu sabemos qual a razão porque são usados (e não é por causa dos torpedos ou dos sub harpoon). A questão é que são usados. Temos o meio mais caro da Marinha de Guerra portuguesa a recolher informação e a detectar e seguir navios suspeitos. E aqui entra o meu conceito de Marinha ou seja: Emprego dos meios não apenas em guerra mas também em missões de utilidade publica (e humanitárias, embora este não seja o caso). Estamos a falar de 2 submarinos de 900 milhões e são usados neste tipo de missões porque o seu preço, o seu equipamento (aqui nem tanto o armamento) e a sua sofisticação fazem dele um meio extremamente eficaz no combate ou dissuasão ao narcotráfico. Um classe Tejo foi suprido da maioria dos sensores, armamento e sofisticação, logo é um meio menos eficaz seja em que missão. É óptimo que mantenha as turbinas e a capacidade modular, mas nada lhe garante que seja usada e é o próprio camarada Faica que diz: "As 30 mm à proa poderão ser colocadas se houver dinheiro".
2- Um patrulha no mínimo deve ter uma 20 mm automática por um conjunto de razões, desde o emprego operacional em missões não apenas de fiscalização de pescas, mas também de apoia as acções da Policia Marítima ou demais forças policiais, protegendo os marinheiros e demais utilizadores. Achou piada ao facto de os indonésios virem desarmados, e se não viessem? Uma 7,62 ou calibre .50 encontra já na posse de traficantes, assaltantes e terroristas um pouco por todo o lado, por cá nunca encontrou no mar mas não quer dizer que não encontre, até porque recentemente num ataque a um carro blindado de transporte de valores encontrou e até uma arma antitanque foi usada. Não me vê mesmo assim reclamar um lança granadas ou uma 40 mm, agora calibres mais comuns encontra em todo o lado e por isso deve-se dotar a marinha de guerra com algo mais que aquilo que o comum delito possui. Mas existiu outra noticia que não reparou: A do pesqueiro que foi apanhado pela PJ no porto: Imagine se fosse no mar aquele navio a tentar abalroar por exemplo um classe tejo, acha que com uma calibre 0.50 o conseguia deter? Mas a questão até nem e essa: Melhores sensores e armamento, sobretudo se adicionados a uma boa construção aumenta o número de missões possíveis de serem efectuadas. E se tivermos um patrulha que pode ir dar uma ajuda do mediterrânico e a seguir passar pelo Minex, melhor ainda. Poupa os NPO e as fragatas para outras missões
3 - Mas esta do LPD é a serio? pfsbca, v.exma não apareceu no forum hoje. Já interviu sobre o LPD várias vezes e deve ter lido o que outros foristas escreveram. Mas se está esquecido passe pelo tópico do Navpol e leia o que lá escrevo e obviamente mantenho. Agora, quando não tem dinheiro para sensores, armamento e manter a maior parte das missões num navio modular como o Sf300, quando apenas as Bd e os Lynx (só temos 5) vão levar um upgrade decente, quando as VG serão relegadas para missões de segunda linha devido a falta de verba para um upgrade maior (nem me atrevo a falar em substituição por isso é melhor modernizarmos o que temos e é nosso
) e o fulcral abastecedor tem quase 50 anos, não posso dizer em consciência que prefiro um LPD a tudo o que acabei de citar. Mas isso nada tem a ver com a utilidade de um LPD seja em missões de guerra, utilidade pública ou humanitárias. Mais, até um San Giorgio ou um simples navio de desembarque marchava, desde que em condições de operar umas boas décadas e se houvesse dinheiro para o manter activo e não ancorado na BNL. E não sei se face aos constrangimentos orçamentais temos capacidade para operar o tal LPD sem limitações.
4 - Meu caro uma marinha de guerra deve estar armada até aos dentes, porque é de guerra e a principal missão é combater, defendendo a soberania do pais (depois que venha o resto, inlusive NATO, UE e ONU). Se não for para isso mais vale ter uma guarda costeira. O que se poupa em armamento permite ter sensores, helicópteros e calibres ideais (e tendencialmente mais baixos) para missões que não são de guerra. Mas repare no seguinte: Um navio modular como o Sf300 permite fazer 8 missões, tanto de guerra como típicas de uma guarda costeira ou policia. A arma, sensores e módulos são colocadas e retiradas de acordo com a missão. E este deveria ser o caminho da Marinha Portuguesa que não têm nem tera capacidade para muitos recursos. Na Dinamarca os principais navios fazem entre 6 e 8 missões. Se tivesse esse conceito, essa capacidade modular e a usasse, se calhar não falávamos agora num LPD. E a classe Absalon é um bom exemplo disso mesmo (e nós com a capacidade modular dos Sf300 até agora fizemos o que?):
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classe_Absalon5 - pfsbca o caminho é não esquecer o passado, adjudica-lo de forma efectiva ao presente projectar conscientemente o futuro. Se por exemplo reparar que o que se aprendeu nos rios da conchichina ou ultramar, permitiu avançar com uma serie de navios de combate fluvial, costeiro e mesmo de alto mar de ultima tecnologia. Tanto os Paf P colombianos aos LCS americanos, passando pelos LCAC atestam essa experiência adequada a novas ameaças e com a tecnologia actual. Achar que essa experiência não serve, que já passou e que esse tipo de guerra não volta mais é um erro tremendo. Basta ver a experiência de Americanos e Britânicos no golfo pérsico sobretudo nas missões costeiras e fluviais e compara-la com o Vietname ou o Bornéu.
http://fpif.org/u-s-boats-off-course-persian-gulf-actual-example-mythical-rogue-operation/Cumprimentos
P.s. Os Canhões do yamato (a marinha japonesa já os foi buscar ao fundo o pacifico para as poder vender?
) e o dora não eram eficazes apesar do calibre. O primeiro tinha falta de cadência de tiro e as peças de 406 mm americanas e britânicas eram superiores em tudo. O dora desgastava rapidamente o cano e levava que o mesmo a poucas centenas de disparos tivesse de ser substituído. Lá esta, calibre não é sinal de eficácia. Mas se acham que aqui se debate muito o calibre passem por alguns fóruns onde se debate a bofors de 57mm do LCS, a sua eficácia versus capacidade. Dava para escrever varias teses de douturamento.
P.S.2 - Já agora outra questão, que entre ironia, brincadeira e "demagogia" ninguém referiu. Os Classe Tejo foram adquiridos segundo o ex MDN por 4 milhões num investimento total de 28 milhões. Ora se dos 24 milhões que daria 6 milhões por navio (o quinto tejo será equipado com material retirado dos Cacine), e em termos de contratos não se encontra gastos mais de um milhão por Sf300, a minha questão é porque não vieram os restantes (na totalidade os Sf300 eram 14, 3 foram para a Lituânia pelo que sobram 11, o que daria 9 milhões custo de aquisição de por exemplo de mais 5 unidades e um total de 19 milhões de investimento total nas embarcações, sobrando ainda 9 milhões para não sei o que). Supria-se de uma vez por todas a questão da patrulha costeira (foram retirados quase todos os cacine e a lancha de fiscalização águia, já para não falar noutro plano das duas corvetas) e ainda ficava-se com um número de navios razoáveis para acções de desminagem, combate à poluição e balizagem.
https://en.wikipedia.org/wiki/Flyvefisken-class_patrol_vessel