Portugal e Espanha vs Marrocos

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Mueda

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Portugal e Espanha vs Marrocos
« em: Fevereiro 07, 2010, 09:18:40 am »
Enquadramento Politico-Estratégico

Marrocos é o pais de religião islâmica mais próximo da Europa ocidental tendo fronteiras marítimas com o Reino Unido (Gibraltar), Espanha e Portugal possuindo mesmo fronteiras terrestres com a Espanha (Ceuta e Mellila) tendo havido no passado um grave incidente fronteiriço no Rochedo de Perejil.
Marrocos tem sido um importante aliado do Ocidente e dos EUA tendo mesmo o estatuto de aliado privilegiado da NATO.
É deste pais que partem emigrantes ilegais provenientes de toda África para tentar alcançar as costas de Espanha, dos seus portos saem também lanchas rápidas de tráfico de droga em direcção as praias espanholas e portuguesas.
Possui uma difícil relação com a Argélia, mantém um conflito armado de décadas com a Frente Polisário no Sahara Ocidental que anexou na sequência da retirada espanhola.
Possui uma população de aproximadamente 33 milhões de habitantes, umas forças armadas com compostas por 325 mil homens a que se juntam 45 mil homens numa força paramilitar e ainda 130 mil reservistas totalizando mais de 500 mil homens e cerca de 2500 tanques.
A sua Força Aérea possui cerca de 60 F-5, 50 Mirage (F-1 e 2000), 20 Alpha-Jet tendo chegado já os primeiros F-16 de um lote de mais de 20. A estes meios somam dezenas de helicópteros provenientes dos EUA e de França (Puma,Gazele,Chinook,BlackHawk).
A sua economia assenta no turismo, na agricultura, na exploração mineira e na indústria transformadora.
Portugal e Espanha possuem fortes interesses em áreas tão diversas como a construção civil, energia, telecomunicações, turismo ou pescas sendo juntamente com os EUA, a França e a Alemanha os principais parceiros comerciais de Marrocos.
Em termos geoestratégicos Marrocos domina o sul do Estreito de Gibraltar (apenas 11kms separam a Europa Ocidental da África Islâmica), tem amplo acesso à bacia do mediterrâneo, possui uma grande área de costa atlântica e por ultimo o importantíssimo gasoduto Magreb-europa atravessa o seu território vindo da Argélia.
Em termos políticos Marrocos possui um modelo de organização muito especifico visto que o parlamento é eleito e o Rei exerce um grande poder sobre o governo.

Golpe de Estado

A Frente Democrática do Islão com forte implementação no meio religioso, nos jovens, nas zonas rurais, nas camadas mais desfavorecidas e nas forças armadas desencadeou um golpe de estado ao fazer explodir o Parlamento aquando de uma sessão parlamentar com o Governo.
A FDI tomou o Palácio Real, assassinou o Rei e aprisionou o herdeiro do trono, invadiu as Embaixadas de Portugal, Espanha, França, Reino Unido e EUA, assegurou o controlo da Rádio Nacional bem como da TV Marroquina onde o General Al Khassar, sobrinho do Rei, apresentou-se como líder da FDI, acusou os EUA de terem disparado um Míssil sobre o Parlamento mostrando imagens dos destroços de um míssil Américano .
O reputado General Al Khassar acusou ainda os EUA de terem assassinado o Rei revelando as filmagens de corpos ocidentais envergando os uniformes típicos das empresas de mercenários e afirmou que as Forças Armadas estão prontas a deter uma invasão dos EUA. O General anunciou por último a formação de um Governo de Unidade Nacional e a realização de eleições gerais dentro de 3 meses tendo apresentado o seu programa político onde consta a defesa do Islão e a afirmação de Marrocos como motor do progresso no Magreb.
Países como Cuba, a Venezuela, a Dinamarca, a Líbia, a Coreia do Sul ou o Irão já reconheceram o novo Governo e alguns destes países já condenaram de forma pública e violenta o que apelidaram de monstruoso terrorismo americano contra o mundo árabe.
Os EUA negaram de forma enérgica as acusações e afirmam que se trata de um Golpe de Estado em Marrocos e que os EUA estão ser utilizados como bode expiatório.
Junto a diversas Embaixadas dos EUA concentraram-se violentas manifestações anti-EUA, em Marrocos o povo invade as ruas com conturbados protestos contra os EUA e contra os traidores a Marrocos e ao Islão. Correm rumores de diversos linchamentos públicos.
Algumas oposições democráticas aos governos de diversos países ocidentais condenaram também os EUA pelo seu horrível ataque à nação soberana de Marrocos, outras solicitam o devido esclarecimento do sucedido e alguns governos recusam-se a comentar o grave incidente internacional.
A FDI controla a Força Aérea, concentrou as aeronaves nos dois principais e bem defendidos aeroportos do país e colocou radares e baterias anti-aéreas perto da costa.
Os militares do Exercito Real capturados são mantidos presos num campo de prisioneiros, o terminal do Pipeline de Gás Natural foi encerrado e é controlado pela FDI que tomou ainda controlo da principal fabrica de produtos químicos e da principal central eléctrica.
A FDI concentrou os turistas ocidentais na zona costeira onde colocou os seus Mísseis Terra-Terra (alcance de 600kms) podendo assim atingir Lisboa e Madrid e deslocou Artilharia Pesada para a zona do estreito donde pode facilmente atingir Ceuta, Gibraltar, Algeciras bem como ameaçar toda a navegação entre o atlântico e o mediterrâneo.
Mais a leste um agrupamento de Artilharia posicionou-se perto de Melilla.
A única componente do Real Exercito Marroquino que se mantém coesa encontra-se no Sahara Ocidental contudo o carismático General Mohamed Idn está sem logística e sem meios aéreos, porém desencadeou um amplo movimento de incorporação de “voluntários”.
O General Mohamed Idn solicitou a muito urgente intervenção ocidental de forma a destruir ou a enfraquecer a FDI ainda nas horas iniciais do Golpe de Estado abrindo caminho para as suas forças, para o esclarecimento da população e para o regresso do país ao anterior status quo. Contudo o mesmo General colocou como condição prévia que os EUA não participassem visto que tal seria totalmente desastroso pois iria provocar a solidariedade do mundo islâmico e o incontornável reforço do apoio popular ao FDI.
No entendimento do referido General a operação para ter sucesso teria que ser discreta, limitada, ser imediatamente executada por tropas portuguesas e espanholas e de estar concluída em menos de 48 horas com a retirada de todas as forças cristãs.
A Argélia decretou a mobilização geral das suas Forças Armadas e na fronteira começam a chegar os primeiros refugiados marroquinos que são concentrados pelos militares em improvisados campos de refugiados.
Em Ceuta e em Melilla os civis estão a ser evacuados numa improvisada ponte aérea e marítima, o exercito espanhol formou um cordão sanitário em redor destes territórios e os refugiados marroquinos estão a montar acampamentos á volta, começaram a chegar às costas espanholas e algarvias as primeiras embarcações a transbordar de refugiados trazendo consigo histórias de prisões em massa e do inicio de uma guerra civil.
Rumores não confirmados de fuzilamentos desembarcaram também com os refugiados.

Operação Levante

O Golpe de Estado apanhou totalmente desprevenidos os Serviços Secretos ocidentais o que conciliado com o facto de que uma intervenção pública dos EUA poder efectivamente congregar todo o mundo islâmico num movimento internacional de solidariedade com a FDI e lançar o Magreb numa longa guerra de desgaste fez com que os EUA dessem luz verde à Operação Levante efectuada por forças especiais portuguesas e espanholas com o discreto apoio dos meios aéreos dos EUA, do Reino Unido e da França.
Estes três países irão secretamente enviar pequenos destacamentos de Operações Especiais para resgatar os respectivos Embaixadores.
Entretanto a NATO encontra-se a preparar uma vasta operação militar em Marrocos para o caso da Operação Levante não conseguir atingir os seus objectivos.

Noite de Sexta-Feira

Os meios aéreos britânicos concentram-se em Gibraltar onde num voo civil aterra secretamente o SAS.
Os meios aéreos dos EUA concentram-se na base aérea de Beja onde também aterra a Delta Force trajando uniformes portugueses.
Na Base Aérea de Morón concentram-se meios aéreos franceses bem como um destacamento da Legião estrangeira envergando uniformes espanhóis.
Em Portugal e Espanha as respectivas Forças Aéreas estão em alerta total e efectuam sucessivas missões de reconhecimento junto às costas marroquinas em articulação próxima com os outros meios aéreos da Nato.
As Forças Especiais de ambos os países estão também em alerta máximo verificando equipamentos e realizando exercícios de carácter muito específico.
Ao largo das costas do Algarve e da Andaluzia concentram-se vasos de guerra da NATO e muitos outros meios navais estão já a caminho visando salvaguardar essencialmente a segurança da navegação no estreito de Gibraltar.
O comando operacional luso-espanhol encontra-se a preparar a Operação Levante e a todo o momento poderá receber Luz Verde.

QUALQUER SEMELHANÇA COM A REALIDADE É MERA COINCIDÊNCIA.
(TRATA-SE DO CENÁRIO DE UM JOGO IBÉRICO DE AIRSOFT MILSIM QUE SE VAI REALIZAR NO ALGARVE)
 

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YOMISMO

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Re: Portugal e Espanha V Marrocos
« Responder #1 em: Fevereiro 08, 2010, 01:36:46 pm »
Como hipótesis hay mucho fallos o dudas en tu planteamiento:

-¿Marruecos domina la parte sur del estrecho? ¿con qué cañones o misiles SS?
- ¿Marruecos tiene misiles tierra-tierra con un alcance de 600 km?
- Hasta la llegada de los F16 Marruecos no es capaz de poner en el aire más de 50 cazas entre mirage F1 y F5.
- ¿golpe de estado por fundamentalistas sin conocimiento de Occidente?
- ¿porque utilizar bases en Portugal si España está más cerca y cuenta con mejores medios?
 

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nelson38899

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Re: Portugal e Espanha Vs Marrocos
« Responder #2 em: Fevereiro 18, 2010, 10:13:31 pm »
apoiar Castela nunca!

"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Portugal e Espanha Vs Marrocos
« Responder #3 em: Fevereiro 19, 2010, 10:17:55 am »
Citação de: "nelson38899"
apoiar Castela nunca!


Tens a certeza? Tu tens mesmo a certeza? Olha que não, olha que não... :twisted:  :roll:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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YOMISMO

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Re: Portugal e Espanha Vs Marrocos
« Responder #4 em: Fevereiro 19, 2010, 11:10:17 am »
En una hipotética guerra entre España y Marruecos, Portugal tiene poco que aportar:

- No dispone de medios aéreos suficientes (falta de aviones cisternas y capacidad de ataque e inteligencia) ni de stock de misiles o bombas para mantener una campaña inmediata.
- No dispone de capacidad de transporte estratégica (ni aérea ni marítima).
- No dispone de voluntad política (el actual Gobierno de España tampoco).

Poco podría aportar Portugal en caso de guerra pero la ventaja es que tampoco es un potencial enemigo de Marruecos ya que la única relación actual entre Marruecos y Lisboa es el éscudo de la bandera de Ceuta. Portugal está muy lejos de Marruecos y no tiene nada importante para ellos.

En cuanto a la reacción española, pues me la puedo imaginar:

- Una vez confirmada la existencia de rehenes europeos (españoles) la Armada colocaría en alerta a la Flota y prepararía un plan de evacuación desplegando los LPD Castilla y Galicia, el Portahelicópteros Juan Carlos I y el Principe de Asturias bajo la cobertura de 4 destructores AEGIS y 6 FFG; dependiendo del grado de triunfo del golpe de estado (colaboración de las FFAA de Marruecos con españa) actuaría de una manera más o menos agresiva.

- Reforzamiento de Guardia Civil, Policia Nacional en Ceuta y Melilla.
- Envío de unidades militares a Ceuta, Melilla y resto de plazas de soberanía española.
- Activación del paraguas defensivo del estrecho con baterias Patriot, Hawk y cañones AA en coordinación con los buques AEGIS y Ejercito del Aire (F18, Mirage F1 y EFA).
- Despliegue de artillería en el estrecho.
- Activación de flota de transporte civil (barcos y aeronaves).
- Traslado de helicópteros desde el Norte al Sur de la península y hacia los buques de la Armada (Superpuma, Tigre y Chinook).

Y a eperar.

Las Fuerzas Armadas de Marruecos solo obedecen a su rey, en caso de golpe de estado, los rebeldes militares serían oficiales resentidos y no tendrían suficiente capacidad de movilización por lo que serían fácilmente eliminados. El problema peor puede ser la avalancha de marroquies que querían abandonar Marruecos pero eso es otra historia.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Portugal e Espanha Vs Marrocos
« Responder #5 em: Fevereiro 19, 2010, 12:59:06 pm »
Citação de: "YOMISMO"
En una hipotética guerra entre España y Marruecos, Portugal tiene poco que aportar:

- No dispone de medios aéreos suficientes (falta de aviones cisternas y capacidad de ataque e inteligencia) ni de stock de misiles o bombas para mantener una campaña inmediata.

Aviões cisternas para uma guerra com Marrocos? Para quê? Já em relação ao armamento tenho que dizer que tem razão.

Citar
- No dispone de capacidad de transporte estratégica (ni aérea ni marítima).


Naval tenho que concordar, aérea discordo completamente. Os C-130 e os C-295 dão à FAP uma capacidade de transporte aérea bastante razoável.

Citar
- No dispone de voluntad política (el actual Gobierno de España tampoco).

Sem dúvida, o governo e o povo português não vê Marrocos como uma ameaça.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lancero

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Re: Portugal e Espanha Vs Marrocos
« Responder #6 em: Fevereiro 22, 2010, 04:59:26 pm »
Citação de: "YOMISMO"
En cuanto a la reacción española, pues me la puedo imaginar:

- Una vez confirmada la existencia de rehenes europeos (españoles) la Armada (...)

Primeiro pagava os resgates, na boa tradição recente.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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canardS

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Re: Portugal e Espanha vs Marrocos
« Responder #7 em: Fevereiro 22, 2010, 05:41:51 pm »
Zapatero no estará eternamente de Presidente de España.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Portugal e Espanha vs Marrocos
« Responder #8 em: Fevereiro 22, 2010, 07:58:14 pm »
Isso também nós dizemos do Sócrates... :oops:  :evil:

Entre um e outro que venha o diabo e escolha...
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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veiga

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Re: Portugal e Espanha vs Marrocos
« Responder #9 em: Março 15, 2010, 07:01:24 pm »
Portugal nao tem mts meios tecnicos mas tem uma das melhores tropas em termos guerrilheiros
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Portugal e Espanha vs Marrocos
« Responder #10 em: Março 16, 2010, 01:07:18 pm »
Citação de: "veiga"
Portugal nao tem mts meios tecnicos mas tem uma das melhores tropas em termos guerrilheiros

Veiga seja bem vindo ao fórum.

Importa-se de desenvolver mais o seu texto, é que se houvesse uma guerra com Marrocos, concerteza que não seria uma guerra de guerrilhas. Depois há a questão que nós não temos um tropa de guerrilhas, temos tropas que podem fazer acções de guerrilhas, mas não são treinadas só para essa função.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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papatango

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Re: Portugal e Espanha vs Marrocos
« Responder #11 em: Março 17, 2010, 11:53:43 pm »
Esta é uma questão académica, mas tipicamente de origem espanhola.

Tradicionalmente, e aqui falo especialmente do periodo que se seguiu à II guerra, Portugal considerou normalmente Marrocos como um país aliado.
Durante os anos 60, enquanto outros países árabes e africanos assumiam posições totalmente opostas a Portugal, Marrocos foi dos que assumiram posições mais conciliatórias.
A juntar a isto, o país árabe dos mais próximos, que sempre mais se opos a Portugal foi a Argélia. Para piorar as coisas, muitos dos militares que se prepararam para o esperado aparecimento de guerrilhas em África tiveram treino com os franceses na Argélia.

No imaginário dos militares portugueses, o perigo revolucionário islâmico, nunca esteve em Marrocos, mas sim e sempre na Argélia. Exactamente ao contrário da Espanha, que ainda que não oficialmente, não via com problema nenhum a decadência do poder dos franceses, que Franco detestava e contra os quais conspirou durante os anos 40 (para alguma coisa serviu o livro do Ros Agudo, aquele da invasão de Portugal que só fala disso numa página).

Logo, não haverá nunca nenhum conflito entre Portugal e a Espanha por um lado e Marrocos do outro. Isso só ocorreria, no caso de um hipotético conflito de civilizações, em que o norte de África atacasse a Europa.

Em caso de conflito entre a Espanha e Marrocos, nós não seremos sequer mediadores, pois isso fica para quem pode ser mediador, ou seja, os Estados Unidos (por alguma coisa os marroquinos lhes compraram F-16).
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Portugal e Espanha vs Marrocos
« Responder #12 em: Março 20, 2010, 06:28:33 pm »
Bem PT, na verdade é que Portugal tem uma excelente relação institucional com ambos os países:


Citar
Nos dias 7 a 12 de Novembro de 2009, o General Chefe
do Estado-Maior do Exército (CEME), General José
Luís Pinto Ramalho, efectuou uma visita oficial às Forças
Terrestres do Exército Nacional Popular da República
Democrática e Popular da Argélia, a convite do Comandante
das Forças Terrestres, General-Major Achène Tafer (homólogo
do Chefe de Estado-Maior do Exército), no âmbito das acções
de Cooperação Bilateral entre ambos os países.
Para além da visita ao Comando das Forças Terrestres, no
dia 8, onde a delegação nacional foi recebida pelo General-
-Major Achène Tafer, tendo sido realizada uma apresentação
sobre a missão e capacidades desta componente do Exército
Nacional Popular (ENP) da Argélia, o General CEME teve uma
audiência com o General Ahmed Gaïd Salah no Estado-Maior
do ENP, onde esteve também presente o Embaixador de Portugal
em Argel, Embaixador José Moreira da Cunha. Do programa
desta visita constavam ainda deslocações à 1.ª Divisão Blindada,
em Barika, à Escola deAplicação deTropas Especiais, em Biskra,
à Academia Militar Inter-armas e à Escola de Aplicação de
Infantaria, em Cherchell, ao Museu Central do ENP e ao Instituto
Nacional de Cartografia e Teledetecção Hussein-Dey, em Argel.
No comando da 1.ª Divisão Blindada (dia 9) foi realizada
uma apresentação sobre a sua missão e capacidades, a que se
seguiu um exercício de alerta por uma Unidade de Escalão
Companhia, no 14.º Regimento Blindado desta Divisão e, finalmente,
uma visita ao Centro de Instrução Divisionário, que tem
a responsabilidade de formar os efectivos desta Unidade.
No dia 10, em Biskra, o General CEME visitou a Escola de
Aplicação de Tropas Especiais, onde para além da respectiva
apresentação relativa à missão e capacidades desta Unidade,
teve oportunidade de assistir a diversas demonstrações de
capacidades militares, individuais e colectivas, Durante as
visitas efectuadas à Academia Militar Inter-armas e à Escola de
Aplicação de Infantaria, no dia 11, foi dada particular relevância
à simulação utilizada para a formação e treino dos alunos, nas
varias áreas, desde as operações tácticas, ao tiro individual e à
aprendizagem de condução e utilização dos sistemas de tiros
das viaturas de combate.
No dia 12 visitou-se o Instituto Nacional de Cartografia e
Teledetecção Hussein-Dey, em Argel, onde foram apresentadas
a missão, as possibilidades e as ambições deste Órgão
responsável pelo levantamento cartográfico da Argélia e pelas
actividades de teledetecção.
Durante esta visita confirmou-se que existem grandes
possibilidades de ampliarmos as nossas relações de cooperação
bilateral, através da participação de militares de ambos os países
em exercícios combinados, nomeadamente, ao nível das Forças
Especiais, estando o Exército Português particularmente
interessado no treino das suas Forças Especiais no deserto.
Estas acções de Cooperação podem também incluir troca de
delegações de ambos os países para assistirem a exercícios e
diversas acções de formação em Portugal, bem como a realização
de actividades no âmbito da cartografia entre o Instituto Nacional
de Cartografia e Teledetecção Hussein-Dey e o Instituto
Geográfico do Exército.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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papatango

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Re: Portugal e Espanha vs Marrocos
« Responder #13 em: Março 20, 2010, 09:01:38 pm »
Cabeça de Martelo -> Estranho seria que os militares ainda fossem todos os mesmos dos anos 50 e do periodo em que os opositores ao regime utilizavam a Argelia como refugio...

Mas quando eu falo da questão Marrocos x Argelia como país mais estavel e mais amistoso, eu por acaso até estou a pensar não nos anos 50 e 60, mas nas opiniões que «corriam» durante a crise na Argelia, quando a FIS quase tomou o poder após eleições.
Os portugueses estavam na altura certos quanto ao que poderia acontecer. Quanto mais se avança para leste, vão-se encontrando mais árabes e muito menos berberes, não sei se isso não terá algo a ver.

A verdade é que de um ponto de vista geoestrategico (para utilizar palavras caras) Marrocos é muito mais importante para nós que a Argélia. Afinal, está logo ali.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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HaDeS

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Re: Portugal e Espanha vs Marrocos
« Responder #14 em: Março 23, 2010, 11:39:15 pm »
Provavelmente a Espanha perguntaria quanto o governo marroquino quer pra não ter guerra.