Peço desculpa mas neste caso concreto esconder-se atrás da falta de recursos não cola e cai muito mal. O Exército não tem recursos para manter dezenas de quartéis espalhados pelo país e respectivos gastos em pessoal, manutenção e serviços, não tem material adequado e suficiente para se envolver nas diversas operações internacionais em que tem estado presente, não tem recursos para muitas coisas que vai fazendo e mantendo. Mas para isto? Isto é o mínimo dos mínimos, se não há para isto não há para rigorosamente mais nada.
Outra coisa é a responsabilidade política neste tipo de casos. Os políticos têm imensas responsabilidades em várias coisas que acontecem no país e a Defesa não é excepção. Mas caramba, o Estado não começa nem acaba nos políticos. A cada caso lá vem o passa culpas entre os envolvidos, o papel que faltava, a assinatura, o alegado desconhecimento. Temos milhares de dirigentes na administração pública, com salários bem acima da média devido à alegada complexidade e responsabilidade dos cargos, mas parece que no fim das contas é sempre o Ministro de turno que tinha a responsabilidade de fazer tudo, de mandar tudo, de controlar tudo. É suposto que o Estado consiga funcionar minimamente independentemente dos políticos, principalmente as Forças Armadas e de Segurança. O Exército tem 25 Generais para quê?
E a situação é menos grave por ter havido roubos de armas em outros países? A sério? A maior parte dos outros roubos foi de menor gravidade do que este, considerando o material roubado e as condições em que foi feito o roubo. E com o mal dos outros podemos nós bem, vamos relativizar o sucedido e as condições de insegurança do paiol? Estamos nesse nível de falta de exigência e de aceitação da mediocridade e irresponsabilidade?
Estou lixado com isto! E juntando o processo das messes da Força Aérea, pior ainda fico.