ALQUEVA E OLIVENÇA

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caedlu

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ALQUEVA E OLIVENÇA
« em: Setembro 02, 2007, 01:51:21 pm »
REVISTA NS (NOTÍCIAS SÁBADO), supl. Gratuito de Sábado dos Diário de Notícias e Jornal de Notícias, 01 de Setembro de 2007

 ALQUEVA...
   A vossa reportagem (25-Agosto-2007) sobre o Alqueva, o "Lago dos Milhões", pareceu-me óptima.   Há, todavia, um aspecto raramente abordado, e que tem alguma importância. Basta verificar os mapas OFICIAIS da própria EDIA (Empresa do Alqueva), para verificar uma pequena "anomalia". Na verdade, a fronteira entre Porugal e Espanha é nele assinalada, por sobre as aguas do novo lago, menos na região entre as ribeiras de Olivença e de Alconchel (ou de Táliga). A razão é simples: Portugal joga aqui, a seu favor, com a velha Questão de Olivença, o que lhe permite controlar as águas da albufeira numa escala à superior do que sucederia se reconhecesse a fronteira na região.(...) Há a lamentar aqui muita hipocrisia e muito secretismo, injustificável numa época de boas relações ibéricas e de diplomacia sem segredos. Não me parece que fosse demasiado perturbador referir este aspecto mais vezes, e mais abertamente. Afinal, entre Estados Democráticos, tudo pode ser discutido. E a Espanha também tem as suas reivindicações... que não esconde.
   Os segredos do Alqueva são, afinal, em maior número do que se poderia pensar à primeira vista...
      Carlos Luna
    ESTREMOZ
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TEXTO INTEGRAL ORIGINAL
 

SEGREDOS DO ALQUEVA....
   SEGREDOS DO ALQUEVA...
   A vossa reportagem (25-Agosto-2007) sobre o Alqueva, o "Lago dos Milhões", pareceu-me óptima.
   Há, todavia, um aspecto raramente abordado, e que tem alguma importância. Basta verificar od mapas OFICIAIS da própria EDIA (Empresa do Alqueva), para verificar uma pequena "anomalia". Na verdade, a fronteira entre Porugal e Espanha é nele assinalada, por sobre as aguas do novo lago, menos na região entre as ribeiras de Olivença e de Alconchel (ou de Táliga).
   A razão é simples: Portugal joga aqui, a seu favor, com a velha Questão de Olivença, o que lhe permite controlar as águas da albufeira numa escala à superior do que sucederia se reconhecesse a fronteira na região.
   Curiosamente, isto é pouco falado. Exceptua-se o Dicionário Jurídico da Administração Pública,«ultima edição (1999), onde se lê: "(...) Existem, por conseguinte, três troços da fronteira terrestre luso-espanhola a considerar: o primeiro, que vai do Rio Minho à confluência do Caia com o Guadiana, definido pelo Tratado de 1864; o segundo, que vai do Rio Cuncos até à Foz do Guadiana, definido pelo convénio de 1926; e o TERCEIRO, CONSTITUÍDO PELA PARTE DA FRONTEIRA QUE VAI DA CONFLUÊNCIA DO CAIA COM O GUADIANA ATÉ AO RIO CUNCOS, que se ACHA POR DEFINIR POR ACORDO COM ESPANHA em virtude DA QUESTÃO DE OLIVENÇA.;(...) A razão desta delimitação proveio do facto do troço de fronteira ao sul do Caia até ao Rio Cuncos, correspondendo à região de Olivença,n unca ter sido reconhecida por Portugal que, desde 1815, contestou a posse de Olivença pela Espanha. (...)".
   Também  o livro do prof. Jorge Miranda, de 1994 ("Manual de Direito Constitucional"), a propósito da Artigo 5.º da Constituição ("Portugal abrange o território historicamente definido no continente europeu e os arquipélagos dos Açores e da Madeira"), esclarecia, em nota, que "a definição do território nacional inculca a inclusão de Olivença; e a da Madeira, a do arquipélago das Selvagens, que historicamente (embora não geograficamente) lhe pertencem".
    Muito mais actual, o recente livro (de Fevereiro de 2007), CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA - ANOTADA, de J. J. Gomes Canotilho e de Vital Moreira, nos comentários ao Artigo 5.º (recordemos:"1. Portugal abrange o território historicamente definido no continente europeu e os arquipélagos dos Açores e da Madeira."), se esclarece: "O "território historicamente definido no continente europeu" é obviamente o território ibérico confinante com a Espanha (note-se que a fórmula "historicamente definido" permite deixar em aberto a questão de Olivença)".
   Igualmente, todos os mapas OFICIAIS portugueses apresentam sempre uma interrupção na linha de fronteira no Guadiana na Região de Olivença.
   Há a lamentar aqui muita hipocrisia e muito secretismo, injustificável numa época de boas relações ibéricas e de diplomacia sem segredos. Não me parece que fosse demasiado perturbador referir este aspecto mais vezes, e mais abertamente. Afinal, entre Estados Democráticos, tudo pode ser discutido. E a Espanha também tem as suas reivindicações... que não esconde.
   Os segredos do Alqueva são, afinal, em maior número do que se poderia pensar à primeira vista...
      Carlos Eduardo da Cruz Luna
    ESTREMOZ
 

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Falcão

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« Responder #1 em: Setembro 04, 2007, 09:18:28 pm »
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Basta verificar os mapas OFICIAIS da própria EDIA (Empresa do Alqueva), para verificar uma pequena "anomalia". Na verdade, a fronteira entre Porugal e Espanha é nele assinalada, por sobre as aguas do novo lago, menos na região entre as ribeiras de Olivença e de Alconchel (ou de Táliga). A razão é simples: Portugal joga aqui, a seu favor, com a velha Questão de Olivença, o que lhe permite controlar as águas da albufeira numa escala à superior do que sucederia se reconhecesse a fronteira na região.(...)


Muito interessante professor. Podia desenvolver mais esta questão? Uns gráficos seriam excelentes. :wink:
Cumprimentos
 

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ferrol

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Re: ALQUEVA E OLIVENÇA
« Responder #2 em: Setembro 05, 2007, 09:41:27 am »
Citação de: "caedlu"
REVISTA NS (NOTÍCIAS SÁBADO), supl. Gratuito de Sábado dos Diário de Notícias e Jornal de Notícias, 01 de Setembro de 2007

 ALQUEVA...
   A vossa reportagem (25-Agosto-2007) sobre o Alqueva, o "Lago dos Milhões", pareceu-me óptima.  [...]
      Carlos Eduardo da Cruz Luna
    ESTREMOZ

Perdon, pero, ¿Entendo que vostede abríu un fío neste foro para colocar unha opinión que vostede escribíu noutro foro?  :?:
Tu régere Imperio fluctus, Hispane memento
"Acuérdate España que tú registe el Imperio de los mares”
 

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Migas

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« Responder #3 em: Setembro 05, 2007, 01:22:53 pm »
Carlos se fizer uma pesquisa no Google Imagens por "Portugal site:gov.pt" (domínio governamental) verá que não é bem assim, a maior parte das imagens/mapas aparecem sem o território de Olivença.
 

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Doctor Z

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« Responder #4 em: Setembro 05, 2007, 02:50:48 pm »
Citação de: "Migas"
Carlos se fizer uma pesquisa no Google Imagens por "Portugal site:gov.pt" (domínio governamental) verá que não é bem assim, a maior parte das imagens/mapas aparecem sem o território de Olivença.


Em 2005/2006, de memória e por o que soube na altura, apenas o site da
Segurança Social e do SNBPC tinham um mapa de Portugal com o território
de Olivença.
Blog Olivença é Portugal
"Se és Alentejano, Deus te abençoe...se não
és, Deus te perdoe" (Frase escrita num azulejo
patente ao público no museu do castelo de
Olivença).

:XpõFERENS./
 

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manuel liste

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« Responder #5 em: Setembro 05, 2007, 03:10:58 pm »
http://www.seg-social.pt/

Amigos: no encuentro a Olivenza en la página  :roll:
 

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Migas

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« Responder #6 em: Setembro 05, 2007, 05:27:51 pm »
Citação de: "manuel liste"
http://www.seg-social.pt/

Amigos: no encuentro a Olivenza en la página  :roll:


Manuel tem de ler com mais atenção o que escrevem. O Doctor Z falou em 2005/2006.

Ou será que até leu mas quis fazer mais uma provocaçãozinha ao estilo que nos tem habituado?
 

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Leonidas

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« Responder #7 em: Setembro 05, 2007, 05:28:32 pm »
Suadações guerreiras

Citação de: "Manuel Liste"
http://www.seg-social.pt/

Amigos: no encuentro a Olivenza en la página  


 

Voy a decir algo que quizá sorprenda: la Segurança Social no cubre a los oliventinos

A propósito...


Citação de: "emarques"
Uma coisa que acabei de descobrir (quer dizer, alguém descobriu e anunciou num blog, e que li):

Vão ao site da Segurança Social (http://www.seg-social.pt) e sigam a ligação "Rede Nacional de Atendimento". E reparem bem no mapa que aparece.

Onde está:
 :arrow: http://www.forumdefesa.com/forum/viewto ... &start=285

Este era um dos poucos mapas em que o território continental apresentava a parte correspondente ao território de Olivença.

http://forumdefesa.com/forum/viewtopic. ... &start=390

----------------------

Na página acima chamei atenção para o que se tinha passado. Houve alguém que num acto indecoroso teve o desplante de adulterá-lo. O sr. Manuel Liste não reparou, mas foi logo buscar o pior exemplo para afirmar o que quer que fosse sobre a justeza de Espanha na questão de Olivença.

Como referi, a propósito do tema, noutro tópico relativo ao tema sobre a questão de Olivença, em concreto: A Espanha só resta manobras de dilação, chantagem e traição.

O sr, Manuel Liste, como estrangeiro que é e acrescido o facto de ser espanhol, deveria sempre demonstrar mais cautela nos seus argumentos e atitudes. Como não se coibiu de demonstrar cortesia ao estar calado ou quieto - que era o melhor que teria a fazer -, vi na sua atitude muito cinismo. Isso só tem uma explicação que só vem dar razão ao argumento oficial espanhol (a razão da força), única explicação, aliás, para que Olivença ainda permaneça sob vossa posse.

Não lhe compete a si ou qualquer outro espanhol, pelo argumento utilizado, que nos atire á cara o que quer que seja, com o intuito de nos insultar. Estes são assuntos que dizem somente respeito aos portugueses. O senhor pode ter as dúvidas que quiser e até pode sempre reclamar que Olivença é espanhola, mas nunca a insultar ninguém com essa sua atitude. Se tem dúvidas pergunte e já agora convém que não se faça de sonso.
 

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garrulo

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« Responder #8 em: Setembro 05, 2007, 06:41:27 pm »
Liste no tiene que reclamar que Olivenza es española. La reclaman ustedes que son los que no la tienen. No nos confundamos.
España tiene el 107% de la renta de la UE, Portugal el 75%, entramos al mismo tiempo. No seremos tan tontos.
 

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manuel liste

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« Responder #9 em: Setembro 05, 2007, 08:26:45 pm »
Se molestan por tan poco... ¿es una provocación constatar que la Seg. Social portuguesa no se dedica a retocar fronteras? ¿Es un insulto poner un mapa de Portugal tomado de un sitio del gobierno de Portugal? Caramba, que susceptibles  :wink:
 

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Migas

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« Responder #10 em: Setembro 05, 2007, 09:14:43 pm »
Sem querer ferir susceptibilidades acho que o mapa sem Olivença fica muito mais bonito!   :)
 

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Doctor Z

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« Responder #11 em: Setembro 06, 2007, 05:49:55 pm »
Boas,

No meu blog pessoal, estão aqui os tais mapas (ver dia 26 de agosto).

Como poderão ver, notifiquei isso em agosto de 2005 (não alterei mapa
nenhum, foi aqueles que copiei dos sites respectivos).
Blog Olivença é Portugal
"Se és Alentejano, Deus te abençoe...se não
és, Deus te perdoe" (Frase escrita num azulejo
patente ao público no museu do castelo de
Olivença).

:XpõFERENS./
 

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Sobrevivente

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« Responder #12 em: Dezembro 26, 2007, 07:35:09 pm »
Citação de: "manuel liste"
http://www.seg-social.pt/

Amigos: no encuentro a Olivenza en la página  :roll:


nesta página encontras aquele que era o mapa da segurança social em 2005, mas o covarde governo socialista alterou-o para aquele que convinha mostrar aos seus amiguinhos espanhois
Sábado, 6 de Agosto de 2005
http://porolivenca.blogs.sapo.pt/53318.html

Sexta-feira, 23 de Dezembro de 2005
- Mudam-se os tempos

Será que ter orgulho em ser português é antiquado? Será que defender os interesses nacionais é errado? Começo não entendendo o caminho que Portugal está a tomar. A 06 de Agosto de 2005 tinha motivos por me alegrar ao ver o mapa de Portugal que a Segurança Social exibia. Hoje passados poucos meses é com tristeza que verifico que esse mapa foi alterado.
http://porolivenca.blogs.sapo.pt/50882.html

 :Ups:  Um dia alguém correrá com os traidores da nossa história... sejam eles de que cor politica forem.
viva Portugal
 

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Diogo Ventura

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« Responder #13 em: Dezembro 27, 2007, 05:04:45 pm »
Quero agradecer a minha participação aqui n'éste espaço de Valor Patriótico
Este , primeiro Texto  Sobre a Nossa Olivença e Terras de Juromenha , que é Portugal !!!!!

PROCLAMAÇÃO CONSTITUTIVA
Firmemente convencidos de que a ocupação espanhola de Olivença constitui uma afronta intolerável à Honra e à Dignidade Nacional;

Certos de que a manutenção desta ilegalidade fere, de um modo inaceitável, a integridade territorial do nosso País e não contribui para o estabelecimento das relações amistosas que devem existir entre Portugal e Espanha, baseadas no princípio da igualdade soberana dos dois Estados e no respeito pelas suas fronteiras;

Conscientes dos perigos e ameaças que actualmente se colocam à Independência, à Integridade, à Unidade e à Soberania do Estado Português;

Preocupados com a degradação crescente dos valores patrióticos e com o desrespeito progressivo pela nossa História e pelos nossos Antepassados;

Imbuídos dos mais lídimos valores do Amor Pátrio, do respeito pela História Nacional e da profunda admiração pelas insignes figuras que
fundaram, expandiram e defenderam Portugal de quem nos reclamamos sucessores e a quem devemos um tributo incomensurável;

Resolvidos a manter viva a chama da aspiração nacional à restituição do Território de Olivença;

Convencidos da justiça da reivindicação portuguesa à reincorporação de Olivença e seu termo no espaço da Soberania Nacional, alicerçada em inabaláveis razões históricas e fundamentada em princípios incontestáveis do Direito Internacional;

Guiados por uma vontade intrépida de dedicar os nossos esforços mais eficazes e as nossas capacidades mais elevadas à consecução da legítima aspiração de ver Olivença reunida à nossa província alentejana;

Conscientes das dificuldades do momento presente, mas animados de firme confiança num futuro revigorado do Homem Português, reafirmamos os propósitos de:
a) Lutar, intransigentemente, pela defesa da Unidade Nacional, pela salvaguarda da Integridade Territorial de Portugal e pela afirmação da Soberania Portuguesa;
b) Defender, por meios não violentos, a reintegração da Vila de Olivença e seu termo no Território Nacional, do qual foi apartada, à força, pela Espanha em 1801;
c) Pressionar os órgãos de soberania do Estado Português a não alienarem esta parcela do Território Nacional, em obediência ao Artigo 5.º da Constituição da República Portuguesa;
d) Conservar e alimentar o interesse Nacional sobre a História, a Cultura e o Bem-estar das populações de Olivença e seu termo;
e) Colaborar com os órgãos de soberania portugueses na defesa dos direitos portugueses sobre Olivença, no sentido de se efectuar o cumprimento das decisões do Congresso de Viena de 1815;
f) Promover, entre os portugueses, o culto do amor pela Pátria e o respeito e a admiração pelas grandes figuras da História de Portugal, muito especialmente relacionadas com Olivença e todo o Alentejo;
g) Participar, activamente, na defesa do Património Cultural Português enquanto matriz da nossa identidade;

Persuadidos de que a existência jurídica da nossa associação é uma condição imprescindível à expansão da sua actividade e à proficiência das suas iniciativas;

Decidimos subscrever a presente Declaração Constitutiva, base do registo notarial dos Estatutos, a qual representa um compromisso solene no esforço ingente que urge empreender na defesa dos valores em que acreditamos e na concretização dos princípios que professamos; mantendo o mesmo espírito, os mesmos ideais e a mesma determinação daqueles heróicos portugueses que sempre ergueram mui alto e conservaram bem viva a reivindicação de uma Olivença Portuguesa, em especial os patriotas que em quinze de Agosto de mil novecentos e trinta e oito fundaram a Sociedade Pró-Olivença e em vinte e seis de Novembro de mil novecentos e quarenta e cinco assinaram a Acta Inaugural do Grupo dos Amigos de Olivença.

Feito em Lisboa, aos dez dias do mês de Março de mil novecentos e noventa e sete.
www.olivenca.org