Boa tarde a todos e ao Cabeça de Martelo em especial pela resposta.
Percebi que o NPL tem elevado interesse militar e estratégico, numa lógica de um país que queira acautelar os seus interesses, enquadrado em Forças Armadas bem equipadas e móveis.
Mas como devem ter reparado por alguns dos seus posts tenho uma visão um bocado negativa sobre as sortes de Portugal enquanto país independente!...Entendo que a fragilidade do país em vários domínios é tão grande que com muito pouco se põem fim a quase 1.000 anos de história como país independente...
Neste sentido e falando muito claramente entendo que a primeira e grande preocupação de segurança de Portugal como nação é com o seu grande vizinho. Não hoje ou amanhã, mas numa qualquer situação de grave crise económica (por exemplo) na Europa, em que o populismo vem ao de cima e alguém decide dizer que a Espanha fica melhor com a integração de Portugal!...Basta ver o Brexit - uma péssima decisão tomada em democracia, mas influenciada pelo populismo e por um país em que a população está um pouco perdida!...no caso de Espanha, possivelmente muita gente reconhece o Estado Português e respeita a história e a soberania de Portugal...mais ainda, a Espanha tem outros problemas bem grandes em que pensar...as Autonomias Espanholas não são pacíficas!...mas nunca se sabe o dia de amanhã e as Forças Armadas são na minha opinião acima de tudo o seguro contra os riscos externos à nossa Independência!...por isso a concentração dos recursos, especialmente quando são tão escassos, deve ser na capacidade combatente, que está em mínimos assustadores!...neste sentido acho que o tal navio que assegura outras valências que não de combate é um desperdício de recursos!...com esse dinheiro podem-se comprar navios de combate (e até novos)!...e falei nas alternativas das Absalon (navios combatentes mas com capacidade de transporte) mas admito que posso ter uma visão negativa de mais e que há que ver os problemas sobre outras perspectivas também...e que o NPL é uma plataforma que serve para muitas outras coisas!...se acharem que o nosso grande vizinho não é uma preocupação então até faz sentido...quanto à capacidade de mandar os Fuzileiros para o exterior (como força expedicionária, tipo Marines), já não acho que faça muito sentido...hoje vejo os Fuzileiros como mais uma força de qualidade superior, bem equipada, móvel e com poder de choque, como são os Comandos e os Paras...no contexto desse seguro que são as Forças Armadas para a defesa da segurança e independência nacional na defesa do território nacional (dentro das nossas fronteiras)...as participações no exterior em missões de segurança (como na RCA) devem existir mas são "outro assunto"...