Caro senhor Menacho. Julgo que corrigir uma frase sua não é provocação. Se considera o meu post como provocação então tenho também de considerar a sua afirmação de que Ceuta já é espanhola à mais de 500 anos como uma provocação e não como produto de ignorância da história da sua parte, como de facto considerei. Ceuta foi conquistada pelos portugueses em 22 de Agosto de 1415. A cidade foi reconhecida como possessão portuguesa pelo Tratado de Alcáçovas (1479) e pelo Tratado de Tordesilhas (1494). Quando Filipe I foi aclamado rei de Portugal, Ceuta manteve a administração portuguesa, tal como Tânger e Mazagão. Quando da Restauração Portuguesa em 1640, Ceuta não aclamou o Duque de Bragança como rei de Portugal, ficando sob domínio castelhano. A situação foi oficializada em 1668 com o Tratado de Lisboa, assinado entre os dois países e que pôs fim à guerra da Restauração, no entanto, a cidade decidiu manter a sua bandeira que é composta por gomos brancos e pretos, à semelhança da da cidade de Lisboa, ostentando ao centro o escudo português. Ceuta foi diocese em 1417 por bula do Papa Martinho V. A partir de 1645 a diocese de Ceuta deixa de pertencer a Portugal, e passa a ser cidade castelhana.
Se Ceuta só foi castelhana e mais tarde espanhola, a partir de 1640 (2009-1640) isso dá 369 anos (70 anos castelhana mais 299 espanhola) e não mais de 500 como o senhor escreveu, certamente por ignorância e não por provocação. Se falei em Armada Castelhana foi porque em 1640 não existia Espanha, Filipe III de Portugal era rei dos reinos de Portugal, Castela e Aragão. Portanto se Espanha não existia eu não podia falar em Armada Espanhola pois era coisa que não existia, na linha aliás do seu pensamento quando diz (discutivelmente) que Ceuta não pode ser devolvida a Marrocos pois na altura da sua conquista por Portugal (e não por Castela ou Aragão) não existia Marrocos. Percebeu? :oops:.