Nova LPM

  • 352 Respostas
  • 118658 Visualizações
*

ricardonunes

  • Investigador
  • *****
  • 4841
  • Recebeu: 404 vez(es)
  • Enviou: 80 vez(es)
  • +256/-5877
(sem assunto)
« Responder #75 em: Maio 30, 2006, 06:44:06 pm »
Potius mori quam foedari
 

*

PereiraMarques

  • Moderador Global
  • *****
  • 7896
  • Recebeu: 1224 vez(es)
  • Enviou: 344 vez(es)
  • +5154/-235
(sem assunto)
« Responder #76 em: Junho 01, 2006, 06:28:05 pm »
Texto do Comunicado do Conselho de Ministros:
Citar
Comunicado do Conselho de Ministros de 1 de Junho de 2006

2006-06-01

I. O Conselho de Ministros, reunido hoje na Presidência do Conselho de Ministros, aprovou os seguintes diplomas:

1. Proposta de Lei que revê a Lei de Programação Militar

Esta Proposta de Lei, a submeter à Assembleia da República, dá continuidade ao processo de reequipamento das Forças Armadas, tendo como parâmetros de referência a racionalização do emprego dos meios existentes ou a adquirir e a gestão eficiente e eficaz dos recursos disponíveis, traduzidos, entre outros, nos seguintes instrumentos:

a) Reforço da centralização no Ministério da Defesa Nacional (MDN) dos processos de reequipamento, tendo em vista, nomeadamente, obter mais harmonia, equilíbrio e coerência no Sistema de Forças Nacional (SFN), bem como maiores economias de escala nas aquisições, maior eficácia no desenvolvimento dos núcleos de forças da componente operacional e, ainda, maior rapidez na execução dos procedimentos. Esta linha de acção é concretizada atribuindo aos Órgãos e Serviços Centrais do MDN a responsabilidade pela gestão das designadas capacidades conjuntas;

b) Reforço do investimento em Investigação e Desenvolvimento (I&D) de Defesa, em alinhamento com as orientações decorrentes da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico;

c) Adopção de uma política de alienações de equipamento militar que seja considerado em excesso (surplus) face ao conceito adoptado de constituição de núcleos de forças tecnologicamente actualizados, de dimensão equilibrada e harmoniosamente integrados no Sistema de Forças Nacional;

d) Criação de instrumentos de gestão técnica e operacional que permitam racionalidade económica na manutenção e emprego de equipamentos tecnicamente complexos e de utilização dispendiosa. A título de exemplo, a criação de uma Força Conjunta de Helicópteros, permitindo a gestão centralizada das várias esquadras.

Por outro lado, esta Proposta de Lei constituindo um instrumento para articular os recursos financeiros disponíveis com a edificação da componente operacional do Sistema de Forças Nacional, procede aos ajustamentos adequados e concilia os compromissos assumidos com as prioridades para a manutenção e o desenvolvimento de capacidades, numa óptica de continuidade que contribua decisivamente para a estabilidade e previsibilidade das opções fundamentais em matéria de reequipamento das Forças Armadas portuguesas. A Proposta de Lei traduz, assim, o compromisso de reequipamento essencial e dispõe de uma perspectiva de financiamento exequível, considerando que, em particular no período do PEC, esta revisão da LPM atende ao esforço de contenção orçamental exigido.

2. Decreto-Lei que aprova o regime jurídico das contrapartidas

Este diploma vem estabelecer um instrumento fundamental para a actuação da Comissão de Comissão Permanente de Contrapartidas, em matéria de definição e gestão de programas de contrapartidas.

Neste contexto, define-se que as contrapartidas são as compensações acordadas entre o Estado e um fornecedor de equipamentos de defesa, e devem ser susceptíveis de contribuir para o desenvolvimento industrial da economia portuguesa e para o consequente aumento do valor económico associado à aquisição, através de efeitos directos e indirectos, reconhecidamente estruturantes e inovadores.

Do mesmo modo, as contrapartidas devem contribuir para o desenvolvimento de capacidades empresariais na área das indústrias de defesa, de modo a torná-las competitivas nos mercados internacionais e a integrá-las nas redes de criação de valor da indústria europeia de defesa, procurando particularmente a participação nacional na cadeia de valor associada aos equipamentos ou sistemas objecto do fornecimento ou a construção de capacidades nacionais ligadas à sustentação do ciclo de vida de equipamentos ou sistemas de defesa adquiridos pela Forças Armadas.

3. Decreto-Lei que estabelece o novo Estatuto da Comissão Permanente de Contrapartidas

Este diploma consagra a revisão do Estatuto da Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC), que tem por missão definir e implementar a política nacional em matéria de contrapartidas e programas de cooperação industrial, bem como estudar, promover, avaliar e acompanhar a execução e fiscalização dos processos de contrapartidas ou de cooperação industrial a desenvolver no âmbito de programas de aquisição de equipamentos e sistemas de defesa.

Visa-se, assim, criar condições para reforçar os efeitos estruturantes dos programas de contrapartidas sobre as empresas nacionais, considerando, nomeadamente, a possibilidade de desenvolvimento de programas de cooperação industrial, no contexto da globalização dos mercados de defesa, da crescente actuação da União Europeia no sentido da criação de um mercado interno de equipamentos de defesa e, a nível nacional, da necessidade de contenção da despesa pública.

As alterações, que agora se consagram, visam permitir que a CPC possa assumir uma atitude proactiva e orientar o sistema de contrapartidas para um leque de projectos pré-definidos, ser dotada de meios permanentes adequados à missão e responsabilidade que lhe são conferidas e pautar-se por regras de estrita transparência

Fonte: http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Go ... 060601.htm
 

*

TOMKAT

  • Especialista
  • ****
  • 1173
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #77 em: Junho 02, 2006, 10:19:30 am »
Citar
LPM: militares vão ter pela primeira vez verba para I&D

A nova Lei de Programação Militar (LPM) afecta, pela primeira vez, 54,5 milhões de euros para investigação e desenvolvimento (I&D), uma verba cuja gestão vai obrigar a aproximar os militares da indústria portuguesa e da Agência Europeia de Defesa.
A notícia surge na edição desta sexta-feira do jornal Público, que recorda a legislação aprovada, na quinta-feira, em Conselho de Ministros, que também aprovou o novo regulamento da Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC).

Segundo a nova LPM , um por cento do total da verba destinada às Forças Armadas passa agora a ser aplicada em I&D, alteração que acaba obrigando a uma mudança de fundo na forma como os militares e a indústria se relacionam.

De acordo com o ministro da Defesa, Luís Amado, os 54,5 milhões de euros «têm de ser geridos em função dos próprios programas de contrapartidas» para as empresas portuguesas, com base nas grandes compras públicas de equipamento militar, sendo que o segundo objectivo é explorar uma maior ligação à Agência Europeia de Defesa (AED) na aplicação destes recursos.

«Temos de considerar de forma mais activa e agressiva a possibilidade de ligação a programas a desenvolver no âmbito da AED», acrescentou, em declarações reproduzidas pelo Público, o ministro, embora sem concretizar.

Esta «evolução orgânica» - da qual Amado é defensor - de aproximação entre os militares e a indústria reflecte-se também na passagem das empresas portuguesas do sector de defesa para uma tutela partilhada com o Ministério da Economia, na criação de um comité director de orientação estratégica para as contrapartidas, inspirado no exemplo holandês, e nas novas competências atribuídas à própria Comissão Permanente de Contrapartidas.

Luís Amado admitiu ainda que, nas próximas semanas, o plenário governamental venha a aprovar o alargamento da tutela das empresas na holding de defesa Empordef, até agora exclusivamente da Defesa, à Economia, um passo relativamente ao qual o ministério de Manuel Pinho não tem manifestado, no entanto, grande entusiasmo.

O ministro da Defesa sustenta ter «muita dificuldade» em defender «a tutela exclusiva de sectores industriais de grande densidade estratégica como a aeronáutica», que têm de ser enquadrados numa «estratégia de política industrial».

Só que essa tarefa, defende, tem de ser partilhada com a Economia, uma vez que, «sem essa articulação, continuamos a desperdiçar recursos. Basta ver a quantidade de projectos UAV [pequeno avião não tripulado de recolha de dados] pelo país. Todos fazem aeromodelismo, mas ninguém faz um projecto consistente nesse domínio.»

02-06-2006 8:23:09

 
fonte http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=230498
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

*

Miguel

  • Investigador
  • *****
  • 2490
  • Recebeu: 45 vez(es)
  • Enviou: 8 vez(es)
  • +461/-578
(sem assunto)
« Responder #78 em: Junho 02, 2006, 07:31:56 pm »
Citar

LOGIN      
     
 
 
   
Loureiro dos Santos apoia venda de F-16 e submarinos
arquivo jn
 
Programa de substituição dos velhos submarinos vai custar ao país 800 milhões de euros


Carlos Varela

F inalmente dão-me razão". Foi com estas palavras que o general Loureiro dos Santos, confrontado pelo JN, reagiu à venda de 12 aviões F-16, anunciada pelo ministro da Defesa, Luís Amado, no âmbito da Lei de Programação Militar (LPM). O general lamenta, no entanto, que a alienação não se estenda também aos submarinos, actualmente em construção "Sempre se poderia usar 800 milhões de euros em programas prioritários, como os aviões de transporte ou o navio de desembarque".

A LPM foi ontem aprovada em Conselho de Ministros e prevê a alienação de vário armamento, entre o qual os 12 F-16, 10 Puma, 18 Allouette III e as fragatas "Sacadura Cabral" e "João Belo" e blindados. Foram ainda estabelecidas novas regras para o leasing, reduzido de 60 para 40%, assim como foi estabelecido um novo regime para gestão de contrapartidas e foi criado o novo estatuto da Comissão Permanente de Contrapartidas, o órgão que negoceia os benefícios para a indústria nacional pela aquisição de armamento e equipamento.

Luís Amado enquadrou, no entanto, as aquisições no "esforço de contenção financeira" e, embora o ministro não o tenha dito, várias fontes militares enquadram a venda dos F-16 nesse âmbito, uma vez que as missões das Força Aérea - que também não comenta oficialmente o caso - continuam a ser as mesmas.

No entanto, o general Loureiro dos Santos, instado pelo JN a comentar a opção governamental, considera que foi "razoável". O estratego lembra que logo no início do programa em finais dos anos 90, salientou "que o número de 40 aviões F-16 era excessivo, metade seria suficiente". "Há que ter em conta que a Guerra Fria tinha acabado e os possíveis cenários de intervenção nacional não justificavam um tal número de aviões", sublinhou. "Seria bem melhor que a verba atribuída para essas aeronaves fosse canalizada, por exemplo, para aviões de transporte ou helicópteros", argumentou.

Mas esse exemplo dado agora por Luís Amado poderia ser também extensível aos submarinos "O país vai gastar 800 milhões de euros em dois submarinos, mas, em contrapartida, continuamos com graves dificuldades em transporte naval estratégico".

O general do Exército, reformado, salienta que os meios militares devem estar de acordo com o conceito estratégico nacional e, na sua opinião, os submarinos não são actualmente um elemento essencial de defesa, como o seriam no cenário da Guerra Fria, que há muito é apenas uma memória.

Daí que, entende o oficial, assim como "vamos vender os F-16 depois de serem renovados, e isto porque há compromissos assumidos com os fornecedores, a mesma opção poderia ser tomada em relação aos submarinos e canalizar as verbas para outros programas como o navio de desembarque ou viaturas blindadas de rodas, também destinadas aos fuzileiros".

O JN confrontou o Estado-Maior da Armada com as palavras de Loureiro dos Santos, mas não houve qualquer comentário.  
 
   
 

 
 


   

 
   
   
 

*

Yosy

  • Especialista
  • ****
  • 1079
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #79 em: Junho 02, 2006, 08:58:56 pm »
^^^^

:roll:

Sem comentários. Este homem parece o Alberto João Jardim da tropa.
 

*

luis filipe silva

  • Investigador
  • *****
  • 2049
  • Recebeu: 6 vez(es)
  • +1/-1
(sem assunto)
« Responder #80 em: Junho 02, 2006, 09:17:36 pm »
A idade avançada do senhor em questão, tal como acontece com M. Soares, faz às vezes dizer coisas aparentemente sem nexo.
Pelos vistos, o que esse senhor defende, é transformar as FFAA numa grande empresa de transporte.
-----------------------------
saudações:
Luis Filipe Silva
 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8510
  • Recebeu: 1612 vez(es)
  • Enviou: 666 vez(es)
  • +928/-7195
(sem assunto)
« Responder #81 em: Junho 03, 2006, 02:05:24 am »
Partilho da opinião do Yosy... :roll:

Ai, Loureiro, Loureiro...
Mas não me digam que estas intervenções do Sr. General não são eludicidativas a respeito de uma certa "casta"...
Também ajudam a explicar - em parte - o porquê de muitas coisas.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

JoseMFernandes

  • Perito
  • **
  • 394
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #82 em: Junho 07, 2006, 06:50:53 am »
Citar
Aviões e hélis são vendidos porque estão "em excesso"
Helena Pereira


Ex-CEMGFA, general Espírito Santo, diz que compra da segunda esquadra de F16 "nunca fez sentido"

O Governo justifica a decisão de vender F16, helicópteros Alouette e fragatas com o argumento de que se trata de equipamento militar que está "em excesso". De acordo com a proposta de lei da Lei de Programação Militar (LPM), que ontem deu entrada na Assembleia da República, existem vários equipamentos militares que estão a mais "face ao conceito adoptado de constituição de núcleos de forças tecnologicamente actualizados, de dimensão equilibrada e harmoniosamente integrados no sistema de forças nacional".
Nessa lista, como já foi anunciado, estão 12 aviões F16, duas fragatas João Belo e vários helicópteros Alouette. O PSD já veio criticar o Governo, acusando-o de vender esses aparelhos como forma de gerar receitas extraordinárias. Com a argumentação do Ministério da Defesa, expressa na LPM, o que o Governo se prepara para responder é que não está a sacrificar nada para ter novas receitas, está apenas a ver-se livre de coisas de que não precisa.
O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) à data da compra da segunda esquadra de F16, general Espírito Santo, afirmou ontem ao PÚBLICO que "já nessa altura não fazia sentido a compra de uma segunda esquadra de F16, porque era evidente, desde o início, que não havia dinheiro para a manter". Em 1999, recorda, havia apenas 13 pilotos de F16 e era previsível a dificuldade, que hoje se mantém, de arranjar pilotos para as duas esquadras.
A justificação política para a compra foi a necessidade de Portugal ter uma esquadra de 20 F16 para luta anti-submarina no Atlântico, atribuída ao Saclant, e uma esquadra de apoio a operações ao solo, atribuída ao Saceur. De lá para cá, mudaram os comandos NATO bem como o número de aviões que devem formar uma esquadra (passaram de 20 para 12).

Revisão da LPM
só daqui a três anos

Ainda de acordo com a proposta de LPM, o Governo só aceita rever nova LPM daqui a três anos, quando a norma apontava para revisões em todos os anos pares.
Por outro lado, a LPM insiste na "imperiosa necessidade de planear, a longo prazo, as capacidades de cada um dos ramos das Forças Armadas, permitindo perspectivar um todo nacional maior e mais forte que a soma aritmética das partes". É o caso dos helicópteros dos três ramos que, no futuro, irão ficar todos juntos sob comando do CEMGFA.
O ministro da Defesa, Luís Amado, deixa ainda claro que considera que "o futuro da defesa nacional passa pelo desenvolvimento de capacidades militares intrínsecas e pela cooperação no quadro das alianças, ao nível do armamento e da investigação aplicada".


Do PUBLICO de 7/6/06
Cumprimentos
 

*

PereiraMarques

  • Moderador Global
  • *****
  • 7896
  • Recebeu: 1224 vez(es)
  • Enviou: 344 vez(es)
  • +5154/-235
(sem assunto)
« Responder #83 em: Junho 07, 2006, 12:37:16 pm »
Citação de: "JoseMFernandes"
a necessidade de Portugal ter uma esquadra de 20 F16 para luta anti-submarina no Atlântico, atribuída ao Saclant


Grandes malucos, tinham um projecto para permitir ao F-16 utilizar torpedos e não disseram nada a ninguém... :toto:
 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8510
  • Recebeu: 1612 vez(es)
  • Enviou: 666 vez(es)
  • +928/-7195
(sem assunto)
« Responder #84 em: Junho 07, 2006, 05:26:21 pm »
Citar
Aviões e hélis são vendidos porque estão "em excesso"
Helena Pereira
(...)
A justificação política para a compra foi a necessidade de Portugal ter uma esquadra de 20 F16 para luta anti-submarina no Atlântico


Ai a bela Helena... :mrgreen:
Topei logo.
Um tipo que se preze não diz disparates destes.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8510
  • Recebeu: 1612 vez(es)
  • Enviou: 666 vez(es)
  • +928/-7195
(sem assunto)
« Responder #85 em: Junho 10, 2006, 08:24:59 pm »
http://www.vozsurda.blogspot.com/

Citar
"É mais fácil apanhar um mentiroso que um coxo"

Talvez por coincidência... ou por terem aceite o repto aqui lançado ontem, hoje, alguns O.C.S. levantaram a manta com que Luís Amado cobriu os F-16 de mentiras.

Agora só fica a faltar confrontar o senhor com a verdade posta a nú! Alguém o vai fazer?

Luís Amado: "precisamente por não voarem é que não fazem falta à Força Aérea"
"Claro que não fazem falta, se fizessem falta não seriam alienados"
Afinal a culpa dos F-16 não voarem, não é da FAP, mas sim dos políticos, da falha de verbas e...
...OGMA.

É curioso (no mínimo) que vão ser precisamente as OGMA, quem irá pôr agora os F-16 a voar (?)para serem vendidos, o que não conseguiram anteriormente e que vem mesmo a calhar nesta fase de falta de clientes...

Clientelismo?
---------------------------------------------------------------------------------------------
...programa dos caças F-16 foi iniciado nos anos 90, na sequência de contactos com os norte-americanos, e em duas fases a primeira com a aquisição de 20 aeronaves e a segunda, já em 2002, com a cedência de fuselagens e peças suficientes para a montagem de outros tantos caças.(…)
As primeiras aeronaves a serem renovadas seriam as que chegaram em peças, mas desde então apenas seis aviões beneficiaram do MLU, se bem que só quatro estejam já operacionais e entregues à FAP. Questões financeiras
A razão de ser dos atrasos esteve em problemas financeiros mas também pela incapacidade das OGMA - responsável pela renovação - em dar resposta às necessidades da Força Aérea, levando a que este ramo assumisse também o programa em termos de montagem e MLU, para apressar a sua execução
Daqui:
http://jn.sapo.pt/2006/06/02/nacional/p ... cacas.html

O ministro Luís Amado estima vender cada um por 15 milhões de euros, dado o objectivo de obter 180 milhões de euros com essa alienação, a concluir depois de os 40 aviões estarem modernizados. Essa opção decorre dos contratos existentes, nomeadamente com a OGMA.Além de modernizar os comprados em 1994, a empresa aeronáutica está encarregada de montar os 20 que o Governo português decidiu comprar aos EUA em 1998 e ainda se encontram quase todos empacotados (em que se investiam mais de 300 milhões de euros quando estivessem a voar)..
Daqui:
http://dn.sapo.pt/2006/06/02/nacional/f ... oes_2.html

Publicado 1 Fevereiro 2005
O Jornal de Negócios confrontou a presidente do conselho de administração da Empordef e da Ogma, Rosário Ventura, com um conjunto de questões relativas à privatização da Ogma, depois de ter tido acesso a informação sobre o processo que justificava esses esclarecimentos. (…)
E como será a partir daqui, deixa o Estado de poder negociar a manutenção de quaisquer aeronaves militares que vier a adquirir no futuro?
Não há exclusividade na manutenção. Antes de mais temos que perceber que este acordo foi firmado por duas partes que querem continuar a trabalhar em conjunto na Ogma. Temos ainda que perceber que, o novo accionista queira garantir que o Estado amanhã não faça outra Ogma.
E a FAP pode fazer o que os franceses fizeram com os C-130 deles, ou seja, encomendar a manutenção onde quiserem, no caso dos franceses até foi à Ogma.
Mas isso pode. Se a Ogma não for competitiva, a FAP pode mandar arranjar os C-130 onde quiser. O que o Estado se compromete neste acordo é a não criar uma nova empresa que se dedique à manutenção aeronáutica. Não deve.
Daqui:
http://www.negocios.pt/default.asp?SqlP ... olderId=48



Citar
Assim se mente ao País, Srs JORNALISTAS.


Um deles, é mentiroso compulsivo, o outro não pode (ou não deve) falar.

Um mente arrogantemente à Nação e descarta a culpa do seu próprio partido na Governação Guterres, o outro engole o sapo públicamente em todos os telejornais e imprensa escrita (será que vai engolir???)


Agora ao contrário:

Um, é um Homem com honra e dignidade, entrega-se por uma causa, a Pátria. O outro, desconhece tais valores e serve-se de um cargo público para ofender as "sombras" do anterior.

A mentira ou o porquê:

(…)
Está prevista a venda de doze aviões de combate F16. Segundo o Jornal Público, os caças em causa foram comprados pelo Governo de Guterres e nunca foram usados pela Força Aérea. Mas Portugal está obrigado a gastar dinheiro com a modernização dos aparelhos. Só depois poderá vender.
Daqui:
http://sic.sapo.pt/online/noticias/dinh ... avenda.htm

Matéria de facto a ser investigada por jornalistas sérios e honestos (tipo F.C.):

Disse hoje (canal 2 às 22H00), Luís Amado, sobre os tais F-16: "Claro que não fazem falta, se fizessem falta não seriam alienados"

Já tinha dito na SIC (telejornal das 13H00) "precisamente por não voarem é que não fazem falta à Força Aérea"

Defesa - Portugal vende aviões, helicópteros e fragatasCavaco Silva elogia esforço de Amado

Daqui:

http://www.correiodamanha.pt/noticia.as ... idCanal=90

Factos históricos e de público acesso:

Sobre questões de Defesa Nacional e Forças ArmadasConferência de Imprensa com Rui Fernandes, da Comissão Política do PCP e António Rodrigues, do Comité Central e do GEDNLisboa, 22 de Julho de 2005
- Não sabia o PS, quando o Governo de Guterres comprou aos EUA os aviões F 16, tão velhos que vieram encaixotados, que fazer o upgrade destes aviões custava mais de 60 milhões de contos? E não sabia quanto ia custar isto é, quanto vai custar a sua manutenção, se e quando estiverem operacionais bem como a formação dos respectivos pilotos? E quando comprou estes aviões para constituir uma 2ª esquadra de F 16 não sabia já das dificuldades financeiras para assegurar a manutenção plena da 1ª esquadra?
Daqui:
http://www.pcp.pt/actpol/temas/defesa/ci20050522.htm

Proposta de lei nº. 181/VII
(Programação Militar para 1998 - 2003)
Intervenção do deputado Raimundo Narciso
Assembleia da República, 1998/06/19. Sr. Presidente Sr. Ministro da Defesa Nacional Sr. Secretário de Estado da Defesa Nacional Srs. Deputados
(…)
Uma é a compra de 25 aviões F16 usados e já com cerca 3 mil horas de voo. Os aviões tal como estão custam qualquer coisa como 75 milhões de dólares ou 13,7 milhões de contos, dinheiro que não sai do orçamento de Estado visto que será descontado no crédito que Portugal ainda possui do penúltimo acordo das Lages.
Uma parte das verbas deste programa vai para os custos de desmontagem e revisão total do avião e para o reforço das suas estruturas e dos motores.
A outra parte do programa diz respeito à compra e instalação dos "kits" para o Prolongamento da Vida Útil do avião, designado na nomenclatura OTAN por "mid life update" ou "MLU", para 20 aviões.
O MLU transforma praticamente o modesto F16 que os Estados Unidos deixaram de operar e exportam para todo o mundo, num muito mais eficaz F16 idêntico aos que a Força Aérea norte americana utiliza. Este programa não só aumenta em 8 mil horas o tempo de vida destes F16, como lhes permite combater de dia ou de noite, em quaisquer condições meteorológicas e identificar e seguir múltiplos alvos simultaneamente e atingi-los com novos mísseis de médio alcance.
Quer a realização do programa MLU quer parte das revisões e reforços dos aviões a comprar será feita em Portugal. É um dado em abono da capacidade tecnológica da nossa Força Aérea e das OGMA que surpreendeu o nosso fornecedor e aligeirou os custos.
(…)
Sr Presidente
Senhores membros do Governo
Senhores Deputados
A programação militar tem o objectivo de servir e é determinada pelo Sistema de Forças Nacional, pelas Missões das FFAA, pelo Conceito Estratégico Militar e acima deste pelo Conceito Estratégico de Defesa Nacional.
Isto quer dizer que as armas, equipamentos, infra-estruturas que hoje aqui apreciamos devem ser os mais adequadas àqueles conceitos.
Daqui:
http://www.geocities.com/CapitolHill/9219/lpm.htm

Claro que a investigação poderá ser feita com base apenas em dados do conhecimento público, mas, pelo que já revelou, pela postura digna, altivez e honra, talvez o Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, não se negue a comunicar a verdade, sustentada com outros documentos mais comprometedores da corrupção, má-fé e incompetência da nossa classe política. Tentem, Srs Jornalistas, façam-no não apenas pela verdade mas também porque os vossos compatriotas têm o direito de conhecer a verdade, de saber quem o faz e de que modo lhes usam o dinheiro dos impostos!
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8510
  • Recebeu: 1612 vez(es)
  • Enviou: 666 vez(es)
  • +928/-7195
(sem assunto)
« Responder #86 em: Junho 10, 2006, 11:33:41 pm »
Do Indy de 9 de Junho de 2006

Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

Bravo Two Zero

  • Especialista
  • ****
  • 1007
  • Recebeu: 13 vez(es)
  • Enviou: 16 vez(es)
  • +1/-0
(sem assunto)
« Responder #87 em: Junho 11, 2006, 12:17:41 am »
Porque será que não fico surpreendido nx2l1

Gostei especialmente da frase:
 
Citar
Portugal receberia, dos EUA, carcaças de aviões F-16, algumas delas já abandonadas no deserto................


 Aerospace Maintenance and Regeneration Center (AMARC) - Davis-Monthan Air Force Base



Não estão abandonadas..............



Isto é que é abandono......................
"Há vários tipos de Estado,  o Estado comunista, o Estado Capitalista! E há o Estado a que chegámos!" - Salgueiro Maia
 

*

snakeye25

  • Membro
  • *
  • 134
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #88 em: Junho 11, 2006, 01:05:53 am »
Ai, os jornalistas, os jornalistas...

Vigiar o espaço aéreo com satélites.  :P

Não me admira que na próxima semana apareça um novo artigo, terminando com correcções ao corrente.  :x

Lançam as bombas e depois tentam varrer estilhaços. Haja qualidade neste jornais!
Um abraço,

André Carvalho
 

*

TOMKAT

  • Especialista
  • ****
  • 1173
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #89 em: Junho 13, 2006, 03:14:27 am »
Entrevista de Ana Gomes ao Jornal de Notícias...

Citar
"Quero que se apure responsabilidades pela compra dos F-16"

Adepta de uma política de Defesa europeia e partidária de uma maior participação de Portugal no mercado europeu do sector, a socialista Ana Gomes, em entrevista ao JN, exige responsabilidades no caso da compra desnecessária dos F-16, agora em venda, e do abandono do programa do avião A400M. Aponta críticas a colegas de partido, aplaudindo, no entanto, as opções do actual ministro da Defesa, Luís Amado.


[Jornal de Notícias] Que passos foram dados para a criação do mercado europeu de armamento?


[Ana Gomes] Apoiámos a criação da Agência Europeia de Defesa em Dezembro de 2003, no auge das fricções intra-europeias sobre a guerra no Iraque. E foi possível todos os Estados-membros porem-se de acordo, quer para aprovação da doutrina da estratégia de segurança europeia, a chamada "Doutrina Solana" quer para a criação da Agência e reconhecendo quer era preciso uma base industrial e tecnológica e um mercado de defesa competitivo ao nível europeu. É um sector em que hoje reina a opacidade, onde as regras do mercado interno não se aplicam.


Que significa isso?

Os equipamentos militares não estão teoricamente excluídos das regras da concorrência do mercado interno, mas os países têm usado e abusado do artigo 296 do Tratado de Roma, que admite que os contratos não sigam as regras do mercado interno quando são invocadas especiais razões de soberania. No Parlamento temos apoiado os esforços da Comissão Europeia no sentido de trazer mais transparência a esse sector e espera-se em breve que a Comissão venha dar um parecer interpretativo sobre o artigo 296, para o tornar mais restritivo. Esperamos também que a Comissão apresente uma directiva sobre as regras que se aplicam aos contratos no âmbito do mercado de defesa para os quais não é aplicado o artigo 296. Estes contratos movem milhões e sabemos que são áreas onde a falta de transparência não beneficia nem a democracia nem a racionalidade das aquisições.



E Portugal?

Houve a admissão pelo ministro da Defesa português na Lei de Programação Militar desse episódio dos aviões F-16, que foram comprados, que nunca foram montados nem usados e que agora vão ser vendidos. Quem é que é responsável? Há aqui dois aspectos, o de olhar para trás e o de olhar para a frente. No olhar para a frente gostaria que isto não fosse mais possível, que houvesse transparência e uma gestão criteriosa das aquisições de equipamento militar. Olhando para trás, quero que se apure responsabilidades, tanto política como tecnicamente por estas compras absolutamente desastrosas.


E esse é o único caso?

Posso-lhe dar outro, a decisão de abandono do A400M. Agora, o ministro Luís Amado vem dizer que quer recuperar a participação portuguesa no projecto e eu apoio-o. Gostaria que os responsáveis pela decisão anterior de abandonar o A400M fossem responsabilizados - quanto é que Portugal perdeu? Quanto está a perder?


A nossa política de defesa parece então não seguir uma linha.

Os casos agora publicamente admitidos pelo actual Governo são um reconhecimento de que não houve uma orientação estratégica nas aquisições militares. Isso só porque até agora os ministros da Defesa mudavam freneticamente. Quantos ministros da Defesa teve, por exemplo, o Governo de António Guterres, quando se processou essa compra dos F-16? E os ministros estavam ao sabor das chefias militares e, como estamos a ver, em muitos dos casos os equipamentos não se justificavam.


Está a fazer uma crítica a elementos do seu próprio partido.

É uma questão de Estado. Faço as críticas com um sentido construtivo e satisfeita porque neste momento se estão a reconhecer os erros, por o actual ministro da Defesa ter explicado o que está a fazer com os condicionalismos de controlo do défice. Temos que olhar para os erros para os corrigir e verificar onde é que estão as responsabilidades. E a responsabilidade é política e é repartida.


fonte: http://jn.sapo.pt/2006/06/13/nacional/quero_se_apure_responsabilidades_pel.html

Uma mulher de armas a "botar a boca no trombone" ?
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein