Typhoonman.
Acho interessante o conceito.
Você prescinde de fragatas e de tanques pesados
Pessoalmente não acho assim tão absurdo. Como já discutimos, os tanques, na defesa do territorio só têm utilidade como apoio de infantaria e como unidade anti-tanque. Por isso podem ser substituidos por unidades que possam agir furtivamente.
No entanto, em situações em que seja necessário romper o contacto, ou seja: fugir, pode ser útil a utilização de tanques, porque permitem a uma unidade afastar-se do campo de batalha, ao mesmo tempo que garantem pesado poder de fogo contra o IN. Essa é a única razão pela qual defendo a presença de tanques para a defesa do território.
Acho no entanto que você não pensou na questão $$$
O F-15, não tem o alcance do SU-34, e o objectivo principal do SU-34, era garantir o controlo do Atlântico. Garantir o controlo do triangulo Continente-Açores-Madeira e ao mesmo tempo garantir o total isolamento das Canárias.
O SU-34, poderia ser utilizado para pelo menos contestar a superioridade aérea dos PC’s, e poderia mesmo atacar Madrid. Por isso é uma meio de dissuasão. Qualquer ataque sería muito difícil, mas o facto de poder ocorrer, é em si dissuasor.
Eu acho que não teríamos capacidade para ter três esquadras de combate. Além do mais, não acredito na possibilidade de garantir a defesa do território continental por muito tempo. Os principais alvos do IN seriam sempre os nossos radares e depois as pistas das bases aéreas. E embora nós até tenhamos bastantes pistas, para o tamanho do país, a dimensão do país em largura, torna fácil uma acção terrestre do IN contra as bases aéreas.
É por isso que são necessárias unidades anti-tanque muito móveis, dispersas, mas com um sistema de comunicações e controlo de combate que não possa ser facilmente “empastelado”.
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Quanto ao material russo.
Já falamos sobre a questão do SU-34. Trata-se de uma bombardeiro naval com base em terra. Parece uma aeronave feita a pensar num porta-aviões que não se mexe. Parece ser um avião desenhado a pensar nas bases dos Açores.
Poucos países aumentariam tão dramaticamente o seu poder e a sua capacidade de dissuasão como Portugal, ao colocar nos Açores uma aeronave com capacidade efectiva para controlar o Oceano Atlântico.
Um numero relativamente pequeno de SU-34, conjuntamente com submarinos como os U-209PN, tornariam praticamente a vida da task force espanhola com o Principe de Asturias e duas F-100 muito dificil.
Mesmo que a task-force tentasse controlar esse espaço, isso sería muito dificil.
Claro que a questão SU-34 é uma questão académica. Eu, como muita gente, sou um bocado levado pelas características no papel da aeronave. A realidade sería provavelmente diferente. Mas, com o software adequado, um SU-34 pode transportar quatro Harpoon. Quatro SU-34, utilizando a táctica adequada, com o apoio de um avião AEW e com possibilidade de fazer link com o sistema de combate de submarinos U-214, seriam uma arma temível.
Seriam um risco, mesmo para uma Task-Force da US Navy, quanto mais para os espanhóis.
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Reabastecedores
O SU-34 tem uma autonomia notável. Os reabastecedores no entanto, permitiriam atacar mesmo Madrid, ou, inicialmente, destruir os radares espanhóis de defesa. Com estes radares cegos, os castelhanos não escapavam de uma bujardas. Poderiam também servir para operações no continente, mas com base nos Açores.
Sem capacidade de projecção aérea e naval, como articularíamos a defesa do todo nacional?
O todo nacional não é defensável. A melhor defesa, é explicar aos potenciais inimigos que o que Portugal manteria nos Açores, seria de molde a garantir que a Espanha continuaria a ser bombardeada, e que as Canárias ficariam isoladas do resto da Espanha.
Os espanhois não têm nem vão ter barcos suficientes nem porta-aviões suficientes para controlar Canárias, Estreito de Gibraltar e área Atlântica entre o continente e os Açores.
Ao contrário os SU-34, com o seu raio de acção, podem ser transferidos em algumas horas entre o Porto Santo e a Terceira, Santa Maria ou São Miguel. Os seus radares, poderiam detectar qualquer movimento de navios de superficie.
Já experimentei há uns tempos esta possibilidade com um simulador chamado Harpoon Classic (já um pouco antiquado) e os SU-34 (ou SU-32FN) fazem toda a diferença.
Os F-16MLU são rapidamente postos fora de combate durante as primeiras 48 horas. As fragatas João Belo servem de isco e quando detectam alguma coisa é enviado um dos três SU-34 de prontidão. Outros SU-34 destroem a principal base nas Canárias, acabando rapidamente com os F-18. Depois disso, a pista é destruída.
Efectuei também missões a partir de Porto Santo, contra as bases no sul de Espanha, reduzindo-lhes a capacidade de resposta.
A parte mais difícil é encontrar a esquadra Espanhola. A Esquadra no entanto é facil de destruir porque ainda não há F-100 na simulação. Com estas, a coisa fica mais complicada.
Será necessário ter uma quantidade considerável de misseis Harpoon ou equivalente.
De qualquer forma está garantida a dissuasão. Os espanhóis sofreriam perdas tão pesadas, que qualquer invasão só seria efectuada em desespero de causa. Só a notícia do afundamento do porta-aviões seria devastadora, mesmo que fosse estabelecida a censura (o que se coaduna com o cenário de golpe de estado e pré guerra civil em Espanha) porque a noticia seria sempre dada pelas TV’s por satélite.
Para ter capacidade de dissuasão, é necessário ter capacidade para desferir golpes muito debilitantes.
Cumprimentos