Brown Waters of Africa Portuguese Riverine Warfare 1961-1974

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Duarte

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Brown Waters of Africa Portuguese Riverine Warfare 1961-1974
« em: Janeiro 19, 2008, 11:33:32 pm »
Acabei de comprar este..
"Brown Waters of Africa, Portuguese Riverine Warfare 1961-1974" de John P. Cann



http://www.hailerpublishing.com/brownwaters.html


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“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

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seraldo

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« Responder #1 em: Janeiro 20, 2008, 09:25:41 am »
Pode dar a sua opinião sobre o livro?

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Duarte

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« Responder #2 em: Janeiro 20, 2008, 03:19:47 pm »
Ainda não recebi, mas o Dr. Cann é um estudioso meticuloso das nosaas campanhas africanas e autor do livro "Counterinsurgency in Africa: The Portuguese Way of War, 1961-1974" que não desapontou. Darei uma opinião mais objectiva quando tiver lido.
« Última modificação: Janeiro 24, 2011, 01:08:22 am por Duarte »
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« Responder #3 em: Janeiro 25, 2008, 11:52:05 pm »
Recebi hoje o livro. Quando ler todo, darei uma opinião mais concreta, mas posso dizer já que está repleto de informações, fotos inéditas, incluindo uma dum Alouette II a aterrar numa plataforma improvisada na fragata Nuno Tristão. O Dr. Cann teve acesso a muita informação que civis dificilmente teriam, e o apoio de dois CEMA's, correspondência com Alpoim Calvão, e muitos outros oficiais superiores que molharam os pés nos rios da Guiné e nas outras colónias.
Para quem gostou da seu último livro, este será uma continuação do mesmo, mas focado nas operações navais e fluviais. A não perder.


 :G-Ok:
« Última modificação: Janeiro 24, 2011, 01:08:56 am por Duarte »
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PereiraMarques

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« Responder #4 em: Janeiro 26, 2008, 10:02:28 pm »
Citação de: "Duarte"
incluindo uma dum Alouette II a aterrar numa plataforma improvisada na fragata Nuno Tristão


Na Guiné, não é? Também já apareceu em filme naquela série que anda a dar na RTP1 sobre a Guerra Colonial.
 

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Duarte

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« Responder #5 em: Janeiro 26, 2008, 11:17:13 pm »
Citação de: "PereiraMarques"
Citação de: "Duarte"
incluindo uma dum Alouette II a aterrar numa plataforma improvisada na fragata Nuno Tristão

Na Guiné, não é? Também já apareceu em filme naquela série que anda a dar na RTP1 sobre a Guerra Colonial.


Foi de facto na Guiné, durante a operação Tridente, 1964.
O Al-II tem o no. de cauda 9206.

O livro tem 27 imagens, 19 mapas e 19 tabelas diversas, muitos detalhes sobre operações realizadas, estatísticas, muitas referências a outras obras e uma bibliografia extensa, etc..
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zecouves

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« Responder #6 em: Fevereiro 13, 2008, 03:36:43 pm »
Salvo erro, John Cann foi adido aeronáutico dos EUA em Portugal.
 

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Duarte

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« Responder #7 em: Fevereiro 15, 2008, 01:35:53 am »
Citação de: "zecouves"
Salvo erro, John Cann foi adido aeronáutico dos EUA em Portugal.

Acho que não.. Ele era oficial da marinha.. Esteve foi colcoado no Comando NATO em Oerias, onde conheceu oficiais da Armada que serviram no ultramar e daí o seu interesse pela nossa guerra ultramarina.

Acabei de ler o livro e recomendo-o sem reservas. É de esperar uma tradução para Portugês (?), como foi o caso com o seu último livro.
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PereiraMarques

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« Responder #8 em: Março 06, 2008, 01:39:58 pm »
Citar
Medalha Cruz Naval – 1.ª Classe

------- Por despacho do Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada, de 28 de Fevereiro de 2008:


O Capitão-de-Mar-e-Guerra Aviador John P. Cann, da Marinha dos Estados Unidos da América, na situação de reforma, e actual professor de Assuntos de Segurança Nacional no Instituto Superior de Comando e Estado-Maior do Corpo de Fuzileiros dos Estados Unidos da América, conseguiu, ao longo da sua carreira operacional em que acumulou mais de três mil horas de voo, manter uma actividade académica de grande relevo no estudo das Operações Especiais, tendo sido responsável por mais de trinta projectos de investigação sobre operações especiais e conflitos de baixa intensidade, sendo muito justamente considerado um especialista em Guerra Assimétrica.

O seu interesse pelo estudo da guerra que Portugal manteve no então ultramar fez com que se doutorasse no King’s College de Londres, em 1996, com a tese Counterinsurgency in Africa, The Portuguese Way of War, 1961-1974, hoje já com duas edições em português, tendo a segunda edição sido apresentada na Academia de Marinha, em 31 de Maio de 2005.

O seu conhecimento desta temática foi-se aprofundando, tendo já publicado cerca de 15 artigos e proferido inúmeras conferências, algumas delas em Portugal. Mais recentemente, publicou um novo trabalho intitulado Brown Waters of Africa, Portuguese Riverine Warfare, 1961-1974, que é considerada a mais completa e bem elaborada obra sobre a acção da Marinha naquele período da guerra colonial.

A obra do Professor John P. Cann, alicerçada no prestígio académico e no distanciamento próprio de um olhar exterior, oferece-nos uma visão rigorosa e imparcial da acção das Forças Armadas Portuguesas, e mais especificamente da Marinha, numa campanha militar de enorme envergadura e desgaste, cujas consequências ainda estão bem vivas na sociedade portuguesa.

Pelo que fica exposto, é meu grato dever dar público testemunho do meu apreço e consideração pelo Professor John P. Cann, e distinguir o seu contributo para um efectivo conhecimento, em Portugal e no Mundo, das acções levadas a cabo pela Marinha em África durante um período historicamente muito relevante, assim contribuindo para o prestígio da Marinha, razão pela qual, nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 26.º, do número 2 do artigo 27.º e do número 3 do artigo 34.º do Regulamento da Medalha Militar e das Medalhas Comemorativas das Forças Armadas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 316/2002, de 27 de Dezembro, lhe concedo a Medalha da Cruz Naval de 1.ª Classe.  
 

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Ricardo

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« Responder #9 em: Maio 05, 2008, 07:58:48 pm »
 

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Duarte

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Re: Brown Waters of Africa Portuguese Riverine Warfare 1961-1974
« Responder #10 em: Janeiro 24, 2011, 01:07:27 am »
Acabei de ler este livro pela segunda vez, e posso fazer uma análise um pouco mais profunda.

Apesar de alguns defeitos menores que enumerarei, não deixo de o recomendar a quem se interessa por este assunto.

O livro tem algumas gralhas ortográficas. Diogo é repetidamente escrito como Diego; os fuzileiros são referidos como "fuzileiros navis" o que já seria mau em si se não houvesse o erro ortográfico a complicar ainda mais o assunto. O golpe do 25 de Abril é referido como o golpe de de 24 de Abril. Enfim, poderia ser melhor neste aspecto.
A organização do livro também é um pouco desorganizada e não segue uma lógica muito coerente. Há capítulos sobre a Guiné, Angola, Moçambique e novamente a Guiné é referida num capítulo sobre a a Operação Mar Verde.

Reconhecendo-lhe alguns problemas ortográficos e de organização menores, o livro é uma fonte riquíssima de informações sobre a organização, o pessoal, o material e as operações da Marinha no Ultramar. O autor faz ainda uma análise da dicotomia existente entre a Marinha e o Exército e como este conflito inter-ramos teve resultados negativos, especialmente na Guiné e em Moçambique na condução da guerra.
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