Pura contradição, um dos problemas de Portugal e que já vem ao longo da sua história, é exatamente por haver e muitos almoços de graça.
Desculpa não concordar contigo quando afirmas que não somos diferente dos outros, somos sim, e muito, cada povo tem as suas diferenças muitas ou poucas que sejam, é isso que nos distingue dos outros.
Eu não entendo onde é que está a contradição.
Eu apenas afirmo que, qualquer país do mundo, não existirá por mais que algumas décadas se não houver alguma coisa que coletivamente faça bem.
Nós criticamos o serviço nacional de saúde, mas esquecemos que 96% da população do planeta não tem nada parecido. A rede de autoestradas portuguesa deixa quase todo o mundo a olhar.
Ainda recentemente quando ocorreu um acidente de comboios na Grécia, uma televisão grega mostrou que um país como Portugal, muito parecido com a Grécia, tinha centrais de gestão de trafego ferroviario que pareciam a NASA, enquanto que os gregos tinham um homem com um computador e uns quadros na parede.
Podiamos ficar aqui a falar bem e mal ao mesmo tempo.
O que conta é o resultado final e mediano e esse mostra um país com quase 900 anos de história, que, como qualquer país tão antigo, terá seguramente altos e baixos, heróis e vilões, tudo e mais alguma coisa.
E muita coisa pode ser responsabilidade da igreja, é verdade. Entre essas, está a própria existência do país como Estado.
E quem diz isto é alguém que se considera politicamente católico, mas na realidade agnóstico.
Por isso, com todos os altos e baixos, eu não vejo a vantagem de uma monarquia constitucional, ainda que, devo dize-lo, se fossemos uma monarquia, provavelmente estaria aqui a dizer que o nosso problema não é não termos implantado a república.
Um povo antigo, tem características especificas, uma delas, é a cautela coletiva. Já passámos por tanta porcaria, que é melhor não entrar em aventuras, porque na maioria dos casos dão chatice.
Não somos um povo dócil, somos um povo escaldado.Por essa razão as pessoas são conservadoras nas suas opções políticas.