Objectivos da ofensiva estão "quase cumpridos" diz OlmertO primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, garantiu hoje que Israel «está próximo de atingir os objectivos que fixou» para a sua ofensiva militar na Faixa de Gaza.
Atingir esses objectivos permitirá «mudar as condições de segurança no sul de Israel», alvo frequente de mísseis artesanais palestinianos, e «garantir a estabilidade e segurança da população a longo prazo», declarou Olmert na abertura do Conselho de Ministros semanal.
«Até agora, temos obtido resultados impressionantes na operação contra as organizações terroristas em Gaza», afirmou.
Nesta ofensiva, 878 palestinianos morreram e mais de 2.500 foram feridos, metade dos quais civis, segundo o responsável do serviço de urgências da Faixa de Gaza, Moawiya Hasanein.
Olmert atribuiu estes «êxitos» à «valentia, determinação e sacrifício» das tropas israelitas.
«Não devemos deitar a perder no último momento um esforço nacional sem precedentes que logrou restaurar o espírito de unidade do povo de Israel», considerou o chefe do governo israelita.
Ehud Olmert reiterou a sua recusa de cumprir a resolução 1860, aprovada esta semana pelo Conselho da Segurança das Nações Unidas, que exorta a um cessar-fogo em Gaza.
«Nenhuma resolução passada ou futura nos privará do direito básico de defender o povo de Israel. Nunca permitimos a ninguém decidir se temos o direito de atacar aqueles que lançam bombas contra as nossas escolas, e assim continuaremos a proceder no futuro», disse.
Ehud Olmert considerou que «nenhum país do mundo, incluindo os que pretendem dar lições de moral, teria demonstrado a contenção que Israel teve antes de lançar a ofensiva».
Por seu lado, o titular de Defesa israelita, Ehud Barak, defendeu que «não existe contradição» entre a actividade militar desencadeada em Gaza e a diplomática para atingir um cessar-fogo.
Lusa