Economia nacional

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Lusitano89

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Re: Economia nacional
« Responder #810 em: Outubro 30, 2023, 01:33:43 pm »
Rendas de 2024 sem travão no aumento


« Última modificação: Outubro 30, 2023, 01:34:41 pm por Lusitano89 »
 

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Re: Economia nacional
« Responder #811 em: Novembro 02, 2023, 12:32:55 pm »
Inflação recua para 2,1% em outubro


 

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Re: Economia nacional
« Responder #812 em: Novembro 02, 2023, 12:40:20 pm »
20 mil pedidos de ajuda à DECO para travar endividamento


 

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Re: Economia nacional
« Responder #813 em: Novembro 02, 2023, 01:02:22 pm »
Bosch vai investir 100 milhões euros na sua fábrica de Aveiro

Não só de carros elétricos se pinta o futuro, pelo que há outros investimentos a serem feitos, tendo em vista a neutralidade carbónica. À Bosch, não escapou o pormenor dos edifícios e do quão importante é que eles consigam ser neutros. Por isso, a empresa está a investir na expansão da sua capacidade de desenvolvimento e produção de bombas de calor, em Aveiro.



Tendemos a apreciar os investimentos feitos no estrangeiro, descurando aqueles que movem e fazem evoluir o nosso país. No sentido da neutralidade carbónica, contudo, a Bosch acaba de anunciar a expansão da sua localização em Aveiro, com um investimento de cerca de 100 milhões de euros até 2026.

O objetivo da empresa passa por erguer novos laboratórios e dois edifícios, bem como assegurar linhas adicionais de produção de bombas de calor. A médio prazo, espera-se aumentar em várias centenas o número de colaboradores.





Embora não sejam o foco, atualmente, de facto, a neutralidade dos edifícios é importante, e as bombas de calor são um componente fundamental para esse fim. Com isto em mente, a Bosch investirá um total de mais de mil milhões de euros na expansão de uma rede até o final da década. Esta incluirá, além de Aveiro, em Portugal, Eibelshausen, na Alemanha, e Tranås, na Suécia.



    Estamos a investir agora no desenvolvimento e fabricação das nossas bombas de calor para garantir que podemos aumentar a produção ao ritmo necessário.

    A Bosch tem como objetivo ocupar uma posição de liderança no mercado internacional de bombas de calor, é por isso que estamos gradualmente a expandir as nossas atividades nesta área.

Partilhou Christian Fischer, vice-presidente do conselho de administração da Bosch, responsável pelos setores de Energia e Tecnologia de Edifícios e Bens de Consumo da empresa.



Mais do que isso, a executiva explicou que a Bosch "está a seguir uma estratégia de longo prazo para a sua divisão de Home Confort", pois quer que as suas "soluções de produtos sustentáveis ajudem os consumidores a viver um estilo de vida confortável e amigo do ambiente".

As bombas de calor da Bosch são "made in Europe"

As bombas de calor e os híbridos de bomba de calor são elementos essenciais para a descarbonização dos mais de 200 milhões de edifícios localizados apenas na Europa.

Por isso e para alcançar as metas climáticas no setor dos edifícios e construção, a divisão Home Comfort tem por base um portefólio diversificado, que considera a acústica, a eficiência, os sistemas de rede e a refrigeração natural dos edifícios.





    As nossas bombas de calor ostentam a etiqueta "made in Europe". Os nossos engenheiros, investigadores e desenvolvedores trabalham de mãos dadas dentro da nossa rede de produção para desenvolver bombas de calor de última geração.

    Com o amplo investimento e a expansão adicional que está agora a chegar a Aveiro, estamos a impulsionar a eletrificação dos edifícios e a combinar o conforto doméstico com a tecnologia verde.

Revelou Jan Brockmann, CEO da Bosch Home Comfort.



A Bosch Home Comfort tem vindo a desenvolver e produzir tecnologias para o aquecimento de água, em Aveiro, há muitos anos. Esta localização é também o centro de desenvolvimento de bombas de calor para o sul da Europa.

Além disso, a unidade de Aveiro irá fabricar as unidades exteriores e as unidades interiores para as bombas de calor Compress 5800i AW e Compress 6800i AW da próxima geração, que são particularmente silenciosas, e utilizam o refrigerante ecológico propano.







Maximilian Lederer, gestor de produtos da Bosch Home Comfort, esclareceu que um dos elementos diferenciadores das últimas gerações de bombas de calor da Bosch "é que são compactas e fáceis de instalar, e utilizam o propano amigo do ambiente como refrigerante".

Por sua vez, Tino Hirsch, diretor de vendas da Bosch Home Comfort, na Alemanha, destacou que o formato horizontal das bombas de calor permite que sejam colocadas em várias posições, interagindo "visualmente, de forma apelativa, num quintal ou jardim".

https://pplware.sapo.pt/motores/bosch-vai-investir-100-milhoes-de-euros-na-sua-fabrica-de-aveiro/

Uma das grandes empresas industriais de referência, com várias unidades industriais em Portugal!
 
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Re: Economia nacional
« Responder #814 em: Novembro 02, 2023, 01:23:37 pm »
IVA zero motiva milhares de reclamações


 

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Ataru

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Re: Economia nacional
« Responder #815 em: Novembro 02, 2023, 08:30:30 pm »
Amanhã é a audição no Parlamento sobre o Orçamento de Estado 2024 com a Ministra da Defesa.
Se pudessem estar presentes e fazer perguntas à Ministra, o que lhe perguntavam?
Greater Portugal = Portugal + Olivença + Galiza and the Eonavian Region + border villages that speak galaico-portuguese dialects + Cape Verde + St. Tomé and Principe + Cabinda + Timor
 

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Lusitano89

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Re: Economia nacional
« Responder #816 em: Novembro 03, 2023, 12:28:25 pm »
 

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CruzSilva

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Re: Economia nacional
« Responder #817 em: Novembro 04, 2023, 06:50:59 pm »
Ricardo Kendall: "Estamos há 4 anos à espera de licenças de câmaras"



5 anos foi o tempo que demorou a conseguir a licença, 5 anos! >:(

Pode ir a tribunal, ganhar a causa e mesmo assim a Câmara não licencia, porque a Câmara arranja sempre motivo para indeferir. E mesmo que não arranje, pode deixar-se estar. Uma coisa é a sentença, outra a execução da mesma.
Solução? Untar decisor e partido.
Conquistas de abril...
Mesmo informando o tribunal dos indeferimentos?
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."
 

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Re: Economia nacional
« Responder #818 em: Novembro 10, 2023, 03:39:03 pm »
IMI pode aumentar mais de 6% já no próximo ano

Portugal atravessa um período de indefinição. O Presidente da República fez saber que haverá eleições no nosso país já dia 10 de março de 2024. De acordo com informações recentes, o IMI pode aumentar mais de 6% já no próximo ano.



IMI de 500 euros sobe 33 euros e passa a ser de 533 euros/ano

As taxas do Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) são fixadas anualmente pelos Municípios da área de localização dos prédios. O pagamento pode ser realizado na totalidade ou em prestações.

Por regra, o fisco devia, a cada três anos, fazer a atualização automática desse valor patrimonial que, como consequência, levaria a um aumento do IMI, segundo refere a SIC Noticias.

Segundo o fiscalista Tiago Caiado Guerreiro...

    Há uma portaria que vai atualizar o IMI (...) vai ser atualização em 6,75% que é uma atualização muito elevada, porque, como sabemos, o que está previsto no OE é de uma inflação de 2,9% e o imposto é atualizado em mais do dobro da inflação



Assim, contas feitas, um IMI de 500 euros sobe 33 euros e passa a ser de 533 euros por ano. A Associação Nacional dos Proprietários lembra que o código do IMI prevê essa atualização de três em três anos do valor patrimonial, mas que ela não tem acontecido.

A SIC contactou o fisco para perceber se vai ou não avançar com a atualização, mas não obteve resposta, em tempo útil.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, garantiu no final de outubro, no Parlamento, que o IMI não iria aumentar no próximo ano.

https://pplware.sapo.pt/internet/imi-pode-aumentar-mais-de-6-ja-no-proximo-ano/

Gente séria é assim......
Vamos agora recordar o que disse o Medina à dias atrás:

https://www.publico.pt/2023/10/26/economia/noticia/medina-garante-nao-ha-subida-imi-horizonte-2068146
 

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Re: Economia nacional
« Responder #819 em: Novembro 12, 2023, 10:36:13 am »
Emigrantes na Suíça reformados voltam em força a Portugal onde se sentem estrangeiros

São cada vez mais os portugueses emigrantes na Suíça que após a reforma, e por incapacidade económica de permanecerem naquele país onde viveram décadas, regressam a Portugal, onde se sentem novamente "estrangeiros", segundo a investigação de uma socióloga portuguesa.



"Partir ou ficar? Transição para a reforma e migração de regresso de casais portugueses na Suíça" é o nome da tese de doutoramento em sociologia de Liliana Azevedo, defendida pela autora no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa.

O estudo centra-se na transição para a reforma de casais portugueses emigrados na Suíça e visou apurar "o que acontece no fim da vida profissional, quando o principal motivo da emigração, o trabalho, deixa de existir".

Os dados recolhidos apontam para uma aceleração, na última década, dos movimentos de saída da Suíça de portugueses com mais de 60 anos e sugerem que, na hora da reforma, o regresso a Portugal é cada vez mais frequente.

Com os principais fluxos migratórios de Portugal para a Suíça a acontecerem entre 1984 e 1991, altura em que entraram cerca de 54 mil portugueses por ano, as aspirações e objetivos destes emigrantes foram-se alterando durante o seu percurso.

"A maior parte tinha realmente como projeto de vida ir uns tempos [para a Suíça] e regressar. Para esses, parece que estão a concretizar um projeto de vida pessoal, mas os projetos de vida foram mudando ao longo do tempo e muitas pessoas quando chegam aos 60, 65 anos, já não pensam em regressar de forma permanente a Portugal", disse à Lusa.

E acrescentou: "O que se verifica é um constrangimento de ordem económica. Todo o sistema suíço, nomeadamente o sistema de reforma, não favorece que estas pessoas que ocuparam os escalões mais baixos da economia suíça e que têm pensões relativamente baixas" fiquem nesse país.

"O que leva os portugueses a regressar é a dificuldade ou a incapacidade de muitos em ficar na Suíça", sublinhou.

A investigação apurou que, na hora de decidir, os cônjuges nem sempre estão de acordo, tornando mais visíveis as assimetrias de uma vida, com as mulheres em desvantagem, uma vez que as suas trajetórias profissionais foram, frequentemente, mais precárias e irregulares e, logo, as suas pensões são inferiores às dos maridos e nem sempre dispõem de um fundo de previdência profissional próprio.

O regresso a Portugal revela-se, para muitos, "uma nova migração", neste caso uma "migração de regresso".

Após muitos anos num outro país, e sem acompanhar o quotidiano em Portugal, apesar de o visitar e seguir através da televisão, "quando chegam muitas vezes não estão eles próprios preparados para o desfasamento que têm".

"O primeiro e segundo ano são muito difíceis em termos de reintegração, é preciso voltarem a apropriar-se dos códigos e das normas, as pessoas já não sabem como lidar com as instituições portuguesas, até porque houve uma grande digitalização no país. Há este sentimento de se sentir novamente emigrante, de pessoa que vem de fora", referiu.

Para Liliana Azevedo, que continua a investigar a emigração portuguesa na Suíça, "as autoridades portuguesas não estão conscientes, não estão alertas e atentas para os emigrantes mais envelhecidos. Todo o discurso mediático mostra que a preocupação é com a mão-de-obra, os jovens, os que vêm para trabalhar".

"Há um entendimento de que as pessoas irão regressar de qualquer forma e não é preciso fazer nada de concreto para que regressem", mas "temos de estar atentos para as necessidades específicas e para os lugares para onde regressam", defendeu.

"Alguns estão a regressar para zonas que entretanto foram despovoadas, no interior, aldeias, não encontram serviços de que precisam", disse a socióloga, alertando para "o forte potencial de dinamização da economia local" que estes emigrantes reformados representam.

Mas também há quem queira regressar a Portugal, mas não ao seu local de origem, que entretanto foi esvaziado dos familiares e conhecidos, o que é uma ameaça em termos de solidão.

Estes portugueses também regressam com necessidades em termos de saúde, até porque "são pessoas que ocuparam postos de trabalho desgastantes, com morbilidades várias e necessitam, de facto, de serviços especializados".

Por esta razão, "podem às vezes ser vistas pelas populações locais como alguém que vem pressionar ainda mais os serviços de saúde".

Para Liliana Azevedo, estes desafios acabam por ser ultrapassados, mas as autoridades podiam ajudar a minimizar os seus impactos, promovendo a informação e facilitando o seu relacionamento com as instituições.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/emigrantes-na-suica-reformados-voltam-em-forca-a-portugal-onde-se-sentem-estrangeiros?ref=DET_Recomendadas_pb
 

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Re: Economia nacional
« Responder #820 em: Novembro 18, 2023, 09:15:44 am »
Moody’s sobe rating de Portugal para clube do 'A'. Nunca tinha estado acima de Espanha

A agência de notação financeira elevou a classificação atribuída à República, o que não acontecia desde setembro de 2021. Fica agora um nível acima do rating atribuído pela S&P e no mesmo patamar que a Fitch e DBRS. "Excelente notícia", diz Medina.



A Moody’s melhorou a notação da dívida soberana de Portugal em dois níveis, para o 7.º grau da categoria de investimento de qualidade (ou seja, quatro níveis acima de "lixo").

Com esta subida, Portugal regista pela agência Moody's uma avaliação de risco que é melhor que a que atribui a Espanha. Nunca Portugal teve uma notação superior à espanhola por qualquer agência.

Já o "outlook" (perspetiva para a evolução da qualidade da dívida) foi revisto em baixa, de positivo para estável. Em maio passado, recorde-se, a agência tinha subido a perspetiva para positiva, indicando assim a possibilidade de vir a fazer um "upgrade" da classificação - o que aconteceu.

Desde setembro de 2021 que a notação da República estava no segundo nível acima de "lixo". Entretanto, as duas outras grandes agências, Fitch e a Standard & Poor’s, tinham melhorado a notação portuguesa, para três níveis acima de "junk", mas a Moody’s continuava sem lhe mexer. Em setembro passado, a Fitch voltou a subir a nota, colocando Portugal no clube do 'A' - algo que a Modody's fez também agora.

O atual rating de A3 significa que a agência considera que Portugal dispõe de uma "forte capacidade de reembolso" da dívida.

"Excelente notícia", diz Medina

"A subida de dois níveis no rating de Portugal para A3 anunciada pela Moody’s é uma excelente notícia para o país", afirmou o ministro das Finanças, Fernando Medina, em comunicado.

Portugal fica agora com uma notação de risco em patamar de ‘A’ por três agências de rating (Moody’s, Fitch e DBRS), o que abre a porta de um conjunto muito alargado de investidores à dívida pública portuguesa, refere o Ministério das Finanças em comunicado.

"Esta avaliação traduz-se assim em juros mais baixos para o Estado, as empresas e as famílias, o que é sempre importante, mas é ainda mais importante num contexto de uma política do BCE de taxas de juro altas", acrescenta.

O facto de esta decisão da Moody’s ter sido tomada já após a marcação de eleições legislativas antecipadas "demonstra que os fundamentais da economia são robustos e confirma que Portugal conquistou um lugar entre o grupo de países com maior qualidade creditícia e maior credibilidade internacional. Um lugar que é essencial preservar", aponta ainda o ministério tutelado por Medina.

Os "créditos" de Portugal

A Moody’s justifica a decisão no relatório divulgado esta noite, dizendo que "reflete os sustentados efeitos positivos, no médio prazo, de uma série de reformas económicas e orçamentais, no desendividamento do setor privado e no fortalecimento em curso do setor bancário".

As perspetivas para Portugal no médio prazo, sublinha a agência, "são alicerçadas em significativos investimentos privado e público, bem como na implementação de mais reformas estruturais, ambos em associação ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) do país".

"Além disso, nos próximos anos, ao contrário de outros países em vias de envelhecimento, a Moody’s estima que o impacto negativo das tendências demográficas sobre o crescimento potencial seja atenuado por uma sustentada migração líquida, maiores taxas de participação e aumento do crescimento da produtividade laboral", aponta o relatório.

Enquanto isso, refere a agência, "o choque pandémico interrompeu apenas temporariamente a redução do encargo da dívida". "O crescimento robusto e os orçamentos amplamente equilibrados significam que o encargo da dívida continuará a diminuir a um dos ritmos mais rápidos de entre as economias avançadas, apesar de partir de níveis altos".

A Moodys salienta ainda que o facto de haver mais tendências positivas na solidez económica e orçamental equilibra os recentes riscos políticos. "As investigações de corrupção fizeram com que o primeiro ministro, António Costa, se demitisse, levando assim o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa a anunciar eleições antecipadas. Embora as evidências, até agora, mostrem que as instituições portuguesas permitem que Portugal solucione esta questão de forma eficaz, estes desenvolvimentos políticos poderão abrandar o progresso no investimento e nas reformas associados ao PRR", refere.

Ainda como potencial aspeto negativo, a agência aponta também a exposição do país a riscos climáticos, "que poderão ter um impacto material negativo no crescimento e nos indicadores que a Moodys atualmente assume".

Apesar destes riscos, a Moody's estima, de momento, que a economia portuguesa cresça a um ritmo médio de 2% nos próximos cinco anos.

A importância de estar no clube do rating 'A'

"A decisão da agência Moody’s sucede a melhoria da perspetiva pela agência Standard & Poor’s ocorrida em setembro, o que abriu caminho a uma subida de notação para o nível de notações ‘A’ também por esta agência. Isto já depois de as agências Fitch e DBRS terem subido o rating nacional para o nível ‘A’ em julho e setembro deste ano", relembra o Ministério das Finanças no seu comunicado.

E prossegue: "Ratings de níveis ‘A’ traduzem-se no acesso do país a um maior número de investidores internacionais que aplicam fundos em dívida de países com menor risco. Daí decorre um custo mais baixo para o financiamento da República e, logo, menores custos para os contribuintes. Uma redução dos custos da República tende também a reduzir os custos de financiamento do setor privado, para benefício de famílias e empresas".

"Na sequência de decisões positivas ao longo de 2023, Portugal é considerado um país que garante a sustentabilidade das suas finanças públicas através de uma redução sustentada do défice orçamental, da sua dívida pública e privada e por uma trajetória de crescimento económico marcado. Este enquadramento explica uma maior resiliência e competitividade da economia e, por isso, uma redução do risco de crédito do soberano", aponta ainda.

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/obrigacoes/detalhe/moodys-sobe-rating-de-portugal-para-tres-niveis-acima-de-lixo-e-corta-perspetiva
 

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Re: Economia nacional
« Responder #821 em: Novembro 18, 2023, 10:03:54 pm »
Moody’s sobe rating de Portugal para clube do 'A'. Nunca tinha estado acima de Espanha

A agência de notação financeira elevou a classificação atribuída à República, o que não acontecia desde setembro de 2021. Fica agora um nível acima do rating atribuído pela S&P e no mesmo patamar que a Fitch e DBRS. "Excelente notícia", diz Medina.



A Moody’s melhorou a notação da dívida soberana de Portugal em dois níveis, para o 7.º grau da categoria de investimento de qualidade (ou seja, quatro níveis acima de "lixo").

Com esta subida, Portugal regista pela agência Moody's uma avaliação de risco que é melhor que a que atribui a Espanha. Nunca Portugal teve uma notação superior à espanhola por qualquer agência.

Já o "outlook" (perspetiva para a evolução da qualidade da dívida) foi revisto em baixa, de positivo para estável. Em maio passado, recorde-se, a agência tinha subido a perspetiva para positiva, indicando assim a possibilidade de vir a fazer um "upgrade" da classificação - o que aconteceu.

Desde setembro de 2021 que a notação da República estava no segundo nível acima de "lixo". Entretanto, as duas outras grandes agências, Fitch e a Standard & Poor’s, tinham melhorado a notação portuguesa, para três níveis acima de "junk", mas a Moody’s continuava sem lhe mexer. Em setembro passado, a Fitch voltou a subir a nota, colocando Portugal no clube do 'A' - algo que a Modody's fez também agora.

O atual rating de A3 significa que a agência considera que Portugal dispõe de uma "forte capacidade de reembolso" da dívida.

"Excelente notícia", diz Medina

"A subida de dois níveis no rating de Portugal para A3 anunciada pela Moody’s é uma excelente notícia para o país", afirmou o ministro das Finanças, Fernando Medina, em comunicado.

Portugal fica agora com uma notação de risco em patamar de ‘A’ por três agências de rating (Moody’s, Fitch e DBRS), o que abre a porta de um conjunto muito alargado de investidores à dívida pública portuguesa, refere o Ministério das Finanças em comunicado.

"Esta avaliação traduz-se assim em juros mais baixos para o Estado, as empresas e as famílias, o que é sempre importante, mas é ainda mais importante num contexto de uma política do BCE de taxas de juro altas", acrescenta.

O facto de esta decisão da Moody’s ter sido tomada já após a marcação de eleições legislativas antecipadas "demonstra que os fundamentais da economia são robustos e confirma que Portugal conquistou um lugar entre o grupo de países com maior qualidade creditícia e maior credibilidade internacional. Um lugar que é essencial preservar", aponta ainda o ministério tutelado por Medina.

Os "créditos" de Portugal

A Moody’s justifica a decisão no relatório divulgado esta noite, dizendo que "reflete os sustentados efeitos positivos, no médio prazo, de uma série de reformas económicas e orçamentais, no desendividamento do setor privado e no fortalecimento em curso do setor bancário".

As perspetivas para Portugal no médio prazo, sublinha a agência, "são alicerçadas em significativos investimentos privado e público, bem como na implementação de mais reformas estruturais, ambos em associação ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) do país".

"Além disso, nos próximos anos, ao contrário de outros países em vias de envelhecimento, a Moody’s estima que o impacto negativo das tendências demográficas sobre o crescimento potencial seja atenuado por uma sustentada migração líquida, maiores taxas de participação e aumento do crescimento da produtividade laboral", aponta o relatório.

Enquanto isso, refere a agência, "o choque pandémico interrompeu apenas temporariamente a redução do encargo da dívida". "O crescimento robusto e os orçamentos amplamente equilibrados significam que o encargo da dívida continuará a diminuir a um dos ritmos mais rápidos de entre as economias avançadas, apesar de partir de níveis altos".

A Moodys salienta ainda que o facto de haver mais tendências positivas na solidez económica e orçamental equilibra os recentes riscos políticos. "As investigações de corrupção fizeram com que o primeiro ministro, António Costa, se demitisse, levando assim o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa a anunciar eleições antecipadas. Embora as evidências, até agora, mostrem que as instituições portuguesas permitem que Portugal solucione esta questão de forma eficaz, estes desenvolvimentos políticos poderão abrandar o progresso no investimento e nas reformas associados ao PRR", refere.

Ainda como potencial aspeto negativo, a agência aponta também a exposição do país a riscos climáticos, "que poderão ter um impacto material negativo no crescimento e nos indicadores que a Moodys atualmente assume".

Apesar destes riscos, a Moody's estima, de momento, que a economia portuguesa cresça a um ritmo médio de 2% nos próximos cinco anos.

A importância de estar no clube do rating 'A'

"A decisão da agência Moody’s sucede a melhoria da perspetiva pela agência Standard & Poor’s ocorrida em setembro, o que abriu caminho a uma subida de notação para o nível de notações ‘A’ também por esta agência. Isto já depois de as agências Fitch e DBRS terem subido o rating nacional para o nível ‘A’ em julho e setembro deste ano", relembra o Ministério das Finanças no seu comunicado.

E prossegue: "Ratings de níveis ‘A’ traduzem-se no acesso do país a um maior número de investidores internacionais que aplicam fundos em dívida de países com menor risco. Daí decorre um custo mais baixo para o financiamento da República e, logo, menores custos para os contribuintes. Uma redução dos custos da República tende também a reduzir os custos de financiamento do setor privado, para benefício de famílias e empresas".

"Na sequência de decisões positivas ao longo de 2023, Portugal é considerado um país que garante a sustentabilidade das suas finanças públicas através de uma redução sustentada do défice orçamental, da sua dívida pública e privada e por uma trajetória de crescimento económico marcado. Este enquadramento explica uma maior resiliência e competitividade da economia e, por isso, uma redução do risco de crédito do soberano", aponta ainda.

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/obrigacoes/detalhe/moodys-sobe-rating-de-portugal-para-tres-niveis-acima-de-lixo-e-corta-perspetiva
Demorou mas o PS lá percebeu a questão das "contas certas" - agora falta o resto...
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."
 

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Re: Economia nacional
« Responder #822 em: Novembro 19, 2023, 12:40:51 pm »
Resta perceber é a custo do quê?

No tempo do Salazar os cofres também estavam cheios e o país financeiramente estável. As pessoas não viviam necessáriamente bem, nem o país estava desenvolvido...
 

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Re: Economia nacional
« Responder #823 em: Novembro 19, 2023, 01:07:07 pm »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Economia nacional
« Responder #824 em: Novembro 21, 2023, 10:07:36 am »
Portugal é o país da Zona Euro com menos apetite por ações

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/fundos-de-investimento/detalhe/portugal-e-o-pais-da-zona-euro-com-menos-apetite-por-acoes#loadComments

A fiscalidade nacional é pesada (28% sobre as mais-valias), e...... investir em acções é arriscado (que os digam os investidores que apostaram em acções do defunto BES, do BCP.....). No entanto, as empresas nacionais que fazem parte do PSI20 (as maiores e com maior liquidez de movimentação de acções), são uma boa aposta, porque são das empresas na Europa que melhor remunera os accionistas (dividendos).

Temos várias empresas nacionais que pagam mais de 5% ao ano:

https://ind.millenniumbcp.pt/pt/Particulares/Investimentos/Pages/dividendos_euronext.aspx

No entanto temos de estar preparados para outro risco, que se prende com a cotação da acção (conveniente a quem está atento a todas as notícias da(s) empresas que somos accionistas e que evitem perdas totais como no caso do BES).

Ultrapassado este risco (de preferência quem aposta em acções, fá-lo a longo prazo, ou seja, mais de 1 ano), que pode ser diluído com a estratégia da diversificação de investimentos (dividir o nosso investimento por várias acções e nunca numa só aposta), ficamos só com o dividendo, que é taxado a 28%.

Sobre as melhores apostas, deixo essa responsabilidade para cada um  :mrgreen: