Viva a todos
Poderei dizer por experiência própria, que esta "suposta rivalidade existente" não é benéfica. Há cinco anos atrás (2002), roubaram-me o carro em frente ao meu local de trabalho, em Algés (convêm referir que era um FIAT UNO de 1993, ou seja bastante fácil de roubar). Quando digo roubaram significa que o levaram, isto é desapareceu! Desde logo fui apresentar queixa na Esquadra da PSP de Miraflores (a mais próxima).
A graduada de serviço, pôs-me logo descansado, como sendo uma viatura bastante fácil de roubar, poderia ser utilizada em outros assaltos ou para os larápios, simplesmente se deslocarem de um lado para o outro. Os dias foram passando, e durante a primeira semana após o roubo, fiz diligências na Esquadra em que apresentei queixa, para saber se existia alguma informação sobre o paradeiro do meu carro. Nada!
Passado três semanas, recebo no meu trabalho uma chamada telefónica, proveniente de uma empresa de reboques, para saber se existia alguém, naquela empresa, que fosse proprietário daquele FIAT UNO. O senhor que me ligou, disse que a viatura estava há cerca de três semanas parada no parque daquela empresa de reboques, porque foi encontrada pela GNR (de Rio de Mouro), abandonada numa estrada a caminho de Sintra. Contactou-me porque existia um envelope tipo A4 com o timbre da empresa onde trabalho, dentro do meu carro; os senhores do reboque deveriam de precisar do espaço que o meu carro estava a ocupar, "que foi deixado por elementos da GNR" - obviamente que alguma patrulha o encontrou e pediu o serviço de reboque, por não terem espaço próximo do quartel para o deixarem ficar.
Eu pergunto! Como é possível uma viatura ser roubada, na área de actuação da PSP, ser encontrada na área de actuação da GNR, e não haver cruzamento de informação, entre estas duas forças policiais. Se defacto existe esse cruzamento, pelo menos no meu caso foi bastante deficiente, diria mesmo inexistente. Moral da história, os "putos" segundo a versão da PSP, tinham necessidade de se deslocar de Algés para algum lado... Pegaram no FIAT UNO, andaram a fazer rallye com ele (o valor do arranjo do carro era superior ao valor comercial do mesmo) e quando acabou a gasolina simplesmente encostaram.
Não sei se este testemunho reflecte rivalidade entre forças policiais, mas pelo menos prova que a interligação de informação entre elas não existeia em 2002 (actualmente não sei se é a mesma coisa). Acho (pessoalmente, como devem calcular), que mais vale ter uma única força policial, ou então investir num sistema central de segurança.
Cumprimentos