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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Exército Português => Tópico iniciado por: typhonman em Maio 07, 2004, 04:08:28 am

Título: Constituição do Exército
Enviado por: typhonman em Maio 07, 2004, 04:08:28 am
Para mim o exército deveria ter 3 brigadas completamente independentes, as quais seriam BMI, BLI, e BAI, esta ultima sem os paraquedistas, os quais deveriam passar de novo para a FAP mas sim com uma força de infantaria aerotransportada, assim sendo a minha proposta é:
-BMI

-180 LEOPARD2A5 (2º mão Alemanha)
-400 ASCOD(30mm,105mm,TOW,Rapier,12.7mm,Morteiro)
-122 DEFENDERS(TOW/12.7mm/40mm/MILAN)
-142 MAN10T(Transporte de tropas/artilharia etc)
-  25 M777(155mm)
-  40 L119(105mm)
-  32 PhZ2000(155mm)
-    2 LAV25-NBQ
-   24 Radares Fire Finder
-    5 MAN10T-CI3(Comando,controlo,comunicações)
-   12 MAN10T-Comunicações
-     2 MAN10T-Transporte de 2 Bat de Misseis Hawk
-     9 Bat Misseis Rapier2/Jernas
-    18 AAA(20mm,25mm,35mm)
-      5 MAN-purificação de água
-     24 MAN-Transporte de combustivel
-     96 MAN-TIR(Tranpsorte de tanques)
-     12 Pontes de engenharia
-     14 MRLS
-     40 Javelin(Infantaria Mecanizada)
-     32 Stinger2
--> Seria constituida por 6500 homens, dos quais 3400 seriam infantaria mecanizada equipada com diemaco, Nvg,nBq,Javelin e Tow)


- BLI



- 18 CENTAURO
- 302 LAV25
- 196 Defenders(Tow,Milan,12.7mm,40mm)
-   12 MAN-comunicações
-     6 MAN-CI3
-   14 M777-(155mm)
-   20 L119-(105mm)
-   95 MAN10T(Transporte,munições)
-     9 MAN-Defesa NBQ(descontaminação)
-     9 MAN-Purificação de água
-     1 MAN-Transporte de Bat de Hawk
-     7 Bateiras de Rapier2/Jernas
-    19 Stinger2
-    25 AAA(20mm,25mm,35mm)
-   140 Morteiros(80mm,85mm,120mm)
-      6 Pontes de engenharia
-     12 Radares Fire Finder
-     19 Javelin
-     14 Fast Atack Veicules
-       2 Hospitais Móveis
-->Teria 3000 infantes mecanizados fora o outro pessoal de artilharia medicos etc..

-  BAI


-  20 OH58D Kiowa Warrior(Hellfire2,Stinger,Hydra,20mm)
-  32 NH90TTH
-  17 CH47SD Chinook
-  12 ASCOD(105mm)
-  20 LAV25(30mm,Tow,12.7mm,40mm)
-  12 M777
-  17 L119
- 152 Morteiros
-   47 Defenders
-   12 Man7T
-   24 Fast Attack Veicules
-    40 Javelin
-    24 Stinger2
--->Todos estes elementos seriam aerotransportados pelos CH47 e NH90
Para além dos 1500 homens da Brigada( Inf-aerotransportada)
Esta seria protegida pelos OH58D) e equipada com NvGoogles, protecção NBq, as armas seriam da familia diemaco C8/Sfw com mira eclan, a melhor do mundo!)
Estes helicópteros serviriam também as restantes brigadas, assim como a Marinha.

Grupos de operações especiais:

-Comandos- 500 homens
 Equipados com fatos anti-NVG, armas diemaco,NVG,NBQ,armas USP9mm,Sistema Javelin e Stinger2, armas MP5,Uziel,AS80(12.7mm) e Barret!Para além de cargas explosivas e armadilhas.

-Rangers-500 homens, basicamente teriam o mesmo equipamento.

Ambos os grupos poderiam levar jeeps defenders para melhor mobilidade.

Deveria-se levantar um batalhão de defesa NBQ , para auxiliar as FA´s e a população civil em caso de agressão com agentes quimicos ou biologicos.


Aqui fica a minha ideia! Comentem sff 8)  :arrow:
Título:
Enviado por: Rui Elias em Maio 07, 2004, 11:42:07 am
17 Chinook e 32 NH-90?

Ainda acham que quando eu proponho aquisições sou demasiado ambicioso.

Mas no entanto, acho que com essa força aerotransportada, e essa capacidade de transporte aéreo, Portugal poderia ser olhado com mais respeito.

Não é porque defenda que Portugal deva iniciar novas conquistas ou ser um país agressivo.

Mas se países europeus se armam, porque não nós também?
Título:
Enviado por: emarques em Maio 07, 2004, 02:20:42 pm
Essa força não tem uma variedade de veículos um bocado grande de mais? Por exemplo, para quê pôr dois LAV na BMI? Não existe uma versão de reconhecimento NBQ do ASCOD, por exemplo?

E já agora, qual é a diferença entre paraquedistas e infantaria aerotransportada hoje em dia? E qual seria a justificação para voltar a atribuir infantaria à FAP?
Título:
Enviado por: typhonman em Maio 07, 2004, 02:32:51 pm
Penso que o ASCOD não tem versão de reconhecimento NBQ.
A força aérea tem manifestado em várias ocasiões querer voltar a ter os paraquedistas.
A opinião dos oficiais da FAp é essa!
Dizem que foi o maior erro k se fez até hoje nas forças armadas!
Caro Rui Elias, como voçÊ DIZ 10 nh90 são muito poucos, veja-se a Espanha ou mesmo a grécia, tem forças transportadas de helis, equipadas com chinook Spuma, Hueys etc etc
A grécia vai adquirir 24 NH90T a juntar aos mais de 12 CH47 e para cima de 90 hueys, que serão substituidos por mais NH90 a médio prazo, os gregos irão ficar com 40 ou + NH90T.
Título:
Enviado por: Rui Elias em Maio 07, 2004, 02:33:34 pm
Emarques

As forças de paraquedistas são por definição forças de elite, e por conseguinte em pequeno número.

Mas se da parte da FAP ou do próprio exército tivessemos uma infantaria com formação em paraquedismo, poderiamos ter maiores recursos humanos aerotransportados, sem necessidade de serem tropas especiais, e que poderiam fazer falta em teatros específicos.

Julgo que será a isto que o colega se refere.
Título:
Enviado por: emarques em Maio 07, 2004, 02:45:00 pm
Não concordo que os paraquedistas sejam por definição forças de elite. O "elitismo" pode ser-lhes dado por treino mais intenso e maior cuidado na escolha dos candidatos, mas essas características devem fazer parte de toda a força aerotransportada. Não vejo a necessidade de que existam duas forças com o mesmo emprego táctico, nem de que exista um elitismo de um dos batalhões em relação aos outros numa brigada.

Pronto, isto é a minha opinião, mas compreendo perfeitamente que discordem dela.
Título:
Enviado por: Rui Elias em Maio 07, 2004, 02:52:19 pm
Tiphonman (este nick é complicado)


Eu até acho que em vez de nos armarmos em novos-ricos pelintras e ficarmos com pouquíssimos aparelhos, e não colocando de parte os nh-90, porque não para transporte tático puro de pessaal os velhos Hueys, que não devem ser caros?

De qualquer modo volto a insistir que um verdadeiro GALE deve ter um mínimo de helicópteros pesados para transporte de pessoal e material.

P.S.

E você: que quadros tem no seu quarto? :wink:
Título:
Enviado por: Fábio G. em Maio 07, 2004, 03:09:38 pm
É uma excelente visão das capacidades que deveriamos ter, olhar para essa lista e ver do que dispomos actualmente só dá vontade de  :cry: , eu ficaria mais que contente se conseguissemos pouco mais de metade do material da lista. :)
Título:
Enviado por: Guilherme em Maio 07, 2004, 03:14:35 pm
Considerando o crescimento do PIB de Portugal, em 15 anos a lista proposta seria factível? De quanto é o PIB de Portugal e quanto ele cresce por ano, aproximadamente?

Claro que daqui a 15 anos muitos dos equipamentos citados estariam obsoletos, e opções mais modernas estarão disponíveis.
Título:
Enviado por: dremanu em Maio 07, 2004, 03:20:08 pm
Citação de: "Guilherme"
De quanto é o PIB de Portugal e quanto ele cresce por ano, aproximadamente?.


Dependente das condições económicas mundiais, entre 1.5% a 3%...
Título:
Enviado por: Rui Elias em Maio 07, 2004, 03:29:01 pm
Dremanu:

Com o devido respeito, não quer mesmo mudar o seu Avatar? :wink:
Título:
Enviado por: emarques em Maio 07, 2004, 03:30:40 pm
Ou decresce 0,8%, que acho que foi o resultado no ano passado, ao que sei. Este ano a previsão aponta para um crescimento de 0,7%. (estou a citar os valores de memória, posso estar completamente enganado)
Título:
Enviado por: Guilherme em Maio 07, 2004, 03:32:43 pm
Supondo que o PIB cresça a 2% todos os anos, daqui a 15 anos o PIB de Portugal terá crescido 34,59%.
Título:
Enviado por: typhonman em Maio 07, 2004, 03:36:42 pm
No meu quarto tenho quadros com posters de F16 EH101 Puma C130 P3 e F86, para além de posters da Catherine bELL E Monica Beluchi :roll: :wink:
Título:
Enviado por: JNSA em Maio 07, 2004, 03:53:28 pm
Typhonman, ainda não pude ler com total atenção a sua proposta, mas há alguns pontos que gostaria de referir:

-180 Leo2 mais 400 ASCOD na BMI para quê? É talvez um pouco demais, não acha? :wink:

Citar
- 25 M777(155mm)
- 40 L119(105mm)
- 32 PhZ2000(155mm)
(...)
- 14 MRLS
- Será mesmo necessária toda esta variedade de peças ao serviço da BMI? Não bastariam os Phz2000 e os MLRS ?
Citar
- 18 AAA(20mm,25mm,35mm)

- as peças AAA são cada vez menos adequadas a uma unidade como esta. Tendo em conta que previu o uso de Rapier e de Stinger, não me parece que precise destas peças (a menos que sejam para dar apoio próximo às unidades de manobra, mas aí deveriam ser montadas no IFV)
- quanto à BLI, aplicam-se as mesmas dúvidas em relação, quer à artilharia de campanha (seria melhor uma bateria de HIMARS complementada com os Light Gun rebocados), e às peças de AAA
-não percebo a necessidade de ter 18 Centauros e 302 Lav25. Em primeiro lugar só dificulta a logística. E depois, não seriam precisos tantos APC's (porque é isso que os LAV são) armados com a peça de 25mm; isto já para não referir que o LAV25 está cada vez mais ultrapassado

-quanto à BAI, gosto da ideia de usar os ASCOD com os canhões de 105mm, mas um M8 Buford seria bem melhor (pode ser largado de pára-quedas)

Para além disto, discordo totalmente da ideia de fazer voltar os páras à FAP - para além da duplicação de capacidades, seria um retrocesso. Quando se passaram os páras para o exército, Portugal devia ser o único país do mundo (pelo menos não conheço outro caso) a ter uma unidade deste tipo na Força Aérea. O erro não foi a mudança de ramo, foi sim a fusão com os Comandos...

Abraços
JNSA
Título:
Enviado por: typhonman em Maio 07, 2004, 04:49:47 pm
Os EUA tem os paras na F aérea !


Volto a repetir os oficiais da Força aérea é que defendem esta ideia!
E eu apoio-os! :wink:
Título:
Enviado por: psychocandy em Maio 07, 2004, 04:59:43 pm
Espero que o belem ganhe, ja que com os c-17 portugal so tinha a perder, ja ta mais que provado que o c-17 eh um brinquedo para um país rico.
Em relação aos paras, a unica vantagem de voltarem para a FAP era uma maior possbilidade de saltos, visto que a FAP muitas vezes faz ouvidos moucos aos pedidos do exercito para saltos, dando origem os famosos meia asa. De resto nao se justifica em ponto algum.
Quanto ao resto da proposta, ta muito gira, pouco realista e pouco interessante dado a' total impossibilidade de algum dia virmos a ter tal equipamento operacional e a trabalhar ao mesmo tempo. Eh mais ou menos como eu escrever sobre o que compraria se tivesse 350 milhoes de euros. Isso fazia eu no secundario... "um dia quando for grande e rico..."
Prefiro e na minha opiniao da' mais luta e gozo, pensar no que poderemos efectivamente comprar com o nosso orçamento, necessidades, vontades politicas e estrategias. Isto claro, para nao desatar a pensar (e chorar) no como seria brutal ter e como de facto nao o e' na realidade. Quem a vive realidade eh que sabe que doi muito a precaridade do nosso exercito. Felizmente temos o que nem que se torçam todos os americanos têm, espirito de corpo, de guerreiro do desenrrasca, que nos vem safando ao longo destes seculos, tudo o que faz de um militar portugues um dos melhores do mundo mesmo sem o equipamento hi-tech ;)
Título:
Enviado por: JNSA em Maio 07, 2004, 05:02:59 pm
Citar
Os EUA tem os paras na F aérea !


O quê???  :wink:

Citar
Volto a repetir os oficiais da Força aérea é que defendem esta ideia!
E eu apoio-os!


Não acha que eles são parte interessada, o que lhes pode condicionar um pouco a opinião? De qualquer modo, não há grandes argumentos para justificar esse retorno à FAP...
Título:
Enviado por: Fábio G. em Maio 07, 2004, 05:07:11 pm
Eu sou da opinião que os páras devem continuar no Exército penso que é melhor opção. Mas a mim tanto me importava onde estivessem desde que tivessemos o equipamento pretendido.
Título:
Enviado por: TazMonster em Maio 07, 2004, 05:45:10 pm
Bem...
Como é que hei-de começar!!!!!!!?????
Caro Typhonman.
Por acaso entende o conceito de quadro orgânico?????
40 M119 LG???
32 Pzh2000?????

Bem é assim. Passo a explicar o caso da Artilharia, para que estas confusões dos numeros de material possam parar de uma vez por todas.
Explico o caso da Artilharia, mas a analogia aplica-se para as unidades de manobra.
Na nossa Artilharia, uma Bateria de Bocas de Fogo (BBF) (seja AP ou Reb) tem 6 secções de Bocas de Fogo (= 1 arma o como é conhecido 1 Óbus), isto entre outras secções (Adm, Mun, OAv, PCT, Man)
Uma Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) tem 3 BBF (normalmente porque uma Brigada tem 3 unidades de manobra [temos uma estrutura trenária], por isso se punha a questão do GAC/BAI ter apenas 2 BBF, se a BAI perde 1 BIPara)
Feitas as contas:  6 Secções x 3 BBF = 18 Obuses para 1 GAC. E apenas existe 1 GAC orgânico por Brigada Independente. (podia falar na Artilharia Divisionária, para o caso das Brigadas Indivisionadas, mas não vou dar aulas de Táctica)
Tacticamente a Artilharia deve ter no minimo, a mesma ou maior mobilidade do que a unidade de manobra que apoia. Logo na BMI apenas devem existir unidades mecanizadas, nunca de rodas (por isso M113 por Piranha III  :? ) senão não consegue acompanhar a manobra da Brigada.
É claro que devem ser adquiridas unidades suplementares (instrução nas Escolas Práticas e para o VPO [Volante de Prontidão Operacional] das Brigadas).
O mesmo se passa para a AAA (Artilharia Anti-Aérea) que usa sistemas canhão e missil para a defesa aérea SHORAD/VSHORAD.
JNSA, ao contrário do que diz, a AAA sistema canhão é muito útil. E cada vez mais volta a ter valor. Os aviões voam baixo para se protegerem da detecção pelos radares, com estes sistemas, são obrigados a subir mais alto, logo perdem precisão e ficam expostos à defesa aérea MEAD/HIMAD, ou aos nossos caças. Também ninguém vai empenhar um missil Stinger contra um UAVzito. Sai mais barato e eficaz usar um sistema canhão.
O GEPARD alemão de 35mm é excelente e com a munição AHEAD da Ruag (creio eu) faz muitos estragos, mesmo contra misseis de médio porte (tipo  Cruise).
Bem o post já vai longo, espero não ter sido chato com esta mini-aula de Táctica.
Dúvidas ?? Questões????
(ups, é do hábito dos métodos de instrução)

Um abraço
Título:
Enviado por: Spectral em Maio 07, 2004, 06:10:59 pm
Bem ia a responder, mas o JNSA e o Tazmonster ( finalmente um perito real por aqui, no meio de todos nós generais de sofá  :wink: ) tiraram-me as palavras da boca...
Título:
Enviado por: JNSA em Maio 07, 2004, 06:19:56 pm
Citar
JNSA, ao contrário do que diz, a AAA sistema canhão é muito útil. E cada vez mais volta a ter valor. Os aviões voam baixo para se protegerem da detecção pelos radares, com estes sistemas, são obrigados a subir mais alto, logo perdem precisão e ficam expostos à defesa aérea MEAD/HIMAD, ou aos nossos caças. Também ninguém vai empenhar um missil Stinger contra um UAVzito. Sai mais barato e eficaz usar um sistema canhão.


Concordo consigo TazMonster, mas como o Typhonman não explicitou o modelo da arma a empregar, poderia estar a referir-se a peças rebocadas, como as que usamos hoje em dia, que para além de obsoletas, não se adequam à mobilidade e protecção exigida a uma unidade como a BMI...

De resto, concordo com o seu post  :D
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Maio 07, 2004, 06:24:59 pm
Typhonman,

Penso que o JNSA já esclareceu, e muito bem, o seu equívoco das forças "paraquedistas" ( os chamados airborne ) norte-americanos.

A USAF opera sim uma "pequena" unidade de ellite ( os boinas grená ) conhecidos como os PJ´s ( ParaRescue ). Estes homens são responsáveis e os intervenientes ( mergulhadores ou soldados ) das missões SAR e CSAR respectivamente.

Até certo ponto são o nosso equivalente do RESCOM e recuperadores salvadores se bem que muito mais bem treinados. São uma força de excepcional.

Com os melhores cumprimentos.
Título:
Enviado por: dremanu em Maio 07, 2004, 06:33:07 pm
Sempre ouvi dizer que os páras Americanos eram infantaria aerotransportada...não foram até, os primeiros os famosos "101st Airborne Division (Air Assault)", os  "Screaming Eagles", sobre o qual se baseou a série "Band of Brothers".

Aqui vai um site com mais informação:

http://www.paratroopers.org/ (http://www.paratroopers.org/)
Título:
Enviado por: JNSA em Maio 07, 2004, 06:40:14 pm
Dremanu, os americanos sempre tiveram uma organização bipartida nas forças aeromóveis.

Na 2ª guerra mundial, as divisões aerotransportadas, das quais as mais famosas foram a 82ª All American, e a 101ª Screaming Eagles, tinham regimentos de paraquedistas e regimentos de planadores (infantaria aeromóvel)

Creio que foi durante ou depois da guerra do Vietnam, que a 101ª se transformou numa versão aeromóvel (ou mais correctamente, helitransportada), ao passo que a 82ª corresponde às unidades de paraquedistas clássicas..
Título:
Enviado por: NVF em Maio 07, 2004, 06:41:55 pm
Boas a todos!

Este é o meu 1º post neste forum — costumava 'postar' algumas coisas no Forum Armada, mas nada de especial. Todavia, como parece que toda a gente se mudou para aqui e este forum é mais completo aqui estou eu.

Relativamente ao tópico só quero acrescentar três coisas:

1) Além da 82ª e da 101ª divisões, o Exército dos EUA ainda tem uma brigada aerotransportada independente em Itália (a 197ª, penso eu) e os Rangers que apesar de serem considerados força de élite ainda têm um número singificativo de combatentes (acho que pelo menos 2 batalhões, ie, mais de 2000 homens).

2) O único país, além de Portugal, em que as forças aerotransportadas, estavam (e estão ainda, penso eu) integradas na força aérea é o México.  Desde já este facto não abona muito a favor da ideia.

3) Os defensores da reintegração na FAP podem dar o exemplo do binómio fuzileiros/marinha (aqui a grande excepção é a França, em que os 'fuzos' são do exército), mas penso que toda a maioria dos interessados (como nós) e até dos especialistas vê as forças aerostransportadas como uma força terrestre, com grande mobilidade, que se pode deslocar e entrar em combate através de meios aéreos. Ao contrário, os fuzileiros requerem meios com grande especificidade, mas num país com as nossas características (leia-se meios) não deverá entrar em acção sem o auxílio dos meios dos outros ramos.

Cumprimentos a todos.
Título:
Enviado por: JNSA em Maio 07, 2004, 06:45:54 pm
Antes do mais, bem vindo NVF  :oops:  :wink:
Título:
Enviado por: Fábio G. em Maio 07, 2004, 07:29:36 pm
Bem vindo NVF e boa informação essa do México, mais uma razão para as forças aerotransportadas se manterem no Exército.
Título:
Enviado por: Nuno em Maio 07, 2004, 11:16:20 pm
"brigada aerotransportada independente em Itália (a 197ª, penso eu)".

Só uma correcção deve estar a referir-se á :
  "173d Airborne Brigade - Sky Soldiers-"
 

Nuno.
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Maio 07, 2004, 11:42:16 pm
Exacatamente.

É a 173 brigada aerotransportada. Aliás, foi esta brigada que efectou o famoso salto aerotransportado no norte do Iraque durante a operação "Iraqui Freedom" a partir de C-17s que descolaram precisamente de Itália.

O patch da 173rd:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.aefsupply.com%2F173rd.jpg&hash=bef8f261f9c91cb935f61fade45135f7)


A preparação para o salto operacional Iraquiano em Itália:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.afa.org%2Fmagazine%2Fjuly2003%2F0703mobility7.jpg&hash=1b0b7b71d38fec05ba15d4598b068770)
Título:
Enviado por: NVF em Maio 08, 2004, 10:35:21 am
Erro meu, não sei onde fui buscar o 197, é pena já não ir a tempo de comprar a lotaria :lol:
Título:
Enviado por: typhonman em Maio 08, 2004, 02:49:23 pm
2004-05-06 00:00:00
Defesa - Exército apresenta proposta
MENOS OPERACIONAIS
Duas das principais unidades operacionais do Exército, a Brigada Aerotransportada Independente (BAI) e a Brigada Ligeira de Intervenção (BLI), vão perder cinco dos seus batalhões, na sequência do projecto de transformação do Exército ontem apresentado pelo chefe de Estado-Maior do Exército, Valença Pinto.


Em contrapartida, Valença Pinto propõe dois batalhões, grupo de artilharia e batalhão de apoio e serviços, comuns às duas forças, uma medida que poderá encontrar a sua justificação numa melhor gestão de recursos humanos, mas também na falta de recursos financeiros.

Mas o argumento nem deixa de causar alguma estranheza, uma vez que o ministro da Defesa, Paulo Portas, foi ontem ao Parlamento dizer que o “Exército português já contratou 11 mil dos 12 mil praças considerados necessários para o novo modelo de profissionalização”, segundo a agência Lusa.

E a reorganização proposta por Valença Pinto vai abranger também os Comandos que recomeçaram há dois anos para chegarem ao figurino de batalhão, mas que agora vão ficar limitados a duas companhias.

E, no entanto, a BAI e os Comandos têm conseguido angariar voluntários suficientes e capacidade própria para crescer.

A própria BLI, sem bem que com grandes lacunas de equipamento, consegue manter níveis perto dos dois mil homens. E os pára-quedistas estão acima dos 100 por cento dos voluntários autorizados (cerca de 2100 homens), embora a quantidade de voluntários que bate à porta dos ‘boinas verdes’ os pudesse fazer crescer até aos três mil homens, número que, no entanto, não está autorizado.

Aliás, o ano passado, por determinação do então chefe de Estado-Maior do Exército Silva Viegas, foi activado na BAI o 3.º Batalhão de pára-quedistas, tendo em conta a necessidade de aumentar a força operacional, e foi-lhe inclusive destinado o quartel de Beja. Mas agora a proposta deu um volte-face.

Para o Estado-Maior do Exército, no entanto, a intenção de Valença Pinto é precisamente a inversa, aumentar o produto operacional, se bem que confirme a intenção de extinguir o 3.º Batalhão ‘pára’ e de retirar à BLI e BAI a artilharia e o apoio de serviços. O Exército garante também nove mil ‘operacionais’ mas não aponta datas em termos de meta.

A PROPOSTA

MECANIZADOS

É a única brigada que não sofre alterações, se bem que seja a estrutura com menos possibilidades de intervir no exterior, enquanto força mecanizada. A meta é chegar aos quatro mil homens. Actualmente terá entre 600 e 800.

INTERVENÇÃO

A Força de Intervenção Rápida, classificada como prioridade vai juntar pára-quedistas, comandos, operações especiais e helicópteros - quando vierem - mas vai ficar com 2500 homens. A BLI ficará nos 3000.
Carlos Varela "
in "correiodamanha"

A realidade vai ser esta!

E para os criticos dos ASCOD e de tantos Leopard aí têm a resposta!
A guerra do iraque como disse o JQT no forum armada anda a influenciar os generais
Título:
Enviado por: Spectral em Maio 08, 2004, 06:17:55 pm
Citar
A realidade vai ser esta!

E para os criticos dos ASCOD e de tantos Leopard aí têm a resposta!


Caro Typhonnman, não sei se sabe mas 180 tanques e 400 IFVs é material para 2 brigadas mecanizadas ( e ainda sobra alguma coisa).

Portanto agora diga-nos lá onde estão os planos do exército para uma outra brigada mecanizada  :roll:

Ah e já agora, esse artigo já foi publicado aqui noutra "thread" e discutido aí.