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Economia => Portugal => Tópico iniciado por: André em Setembro 07, 2007, 01:27:22 am

Título: Relações Portugal-África
Enviado por: André em Setembro 07, 2007, 01:27:22 am
Líbia:Portugal está atrasado na corrida ao investimento

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Simpático, neutral e afável são vários dos adjectivos com que os líbios qualificam Portugal, país que soube manter-se longe dos atritos da diplomacia protagonizada pelos mais importantes Estados ocidentais.
Também o futebol português ajuda, sobretudo devido à proximidade com a Itália, uma das antigas potências colonizadoras e com as quais existem laços históricos relevantes e onde jogam Luís Figo, Fernando Couto e outros nomes sonantes.

Rui Costa, novamente no Benfica depois de mais de uma década em Itália, também é lembrado e a nova coqueluche do futebol português, Cristiano Ronaldo, começa a ganhar o protagonismo digno dos grandes craques, ao ponto de ser visto com bons olhos um jogo da selecção portuguesa com a sua congénere líbia em Tripoli.

País simpático, Portugal está, porém, longe das relações políticas, comerciais e culturais, facto largamente criticado há vários anos pelos membros do regime líbio, que se mostram agora «satisfeitos» com a abertura, após cinco anos de promessas, de uma embaixada portuguesa em Tripoli.

«Nunca compreendemos muito bem por que razão Portugal não abriu mais cedo a embaixada. Mais, a Líbia tem uma embaixada em Portugal desde 1979», frisou à Agência Lusa o director-geral do Departamento de Informação Internacional do Ministério dos Negócios Estrangeiros líbio, Giuma Abulkher.

A abertura do país a um modelo político e económico mais ocidentalizado, ou, pelo menos, não tão fechado, passo dado há quase uma década, tem levado dezenas de empresas estrangeiras, juntamente com companhias locais, a participar mais activamente no desenvolvimento da Líbia.

Sob este fundo de abertura ao exterior, a Líbia, um dos principais produtores de petróleo, abriu, em 2002, um vasto programa de desenvolvimento de infra-estruturas, avaliado, na altura, em 35 mil milhões de dólares (cerca de 26 mil milhões de euros).

Esgotado o plano, e o dinheiro, depois da grande adesão empresarial ocidental, sempre em parceria com o governo e empresas públicas líbias, Tripoli lançou novo projecto, ainda mais ambicioso, que prevê gastos na ordem dos 80 mil milhões de euros.

As reformas políticas - redacção de uma nova Constituição - e económicas - aceleração das privatizações e da liberalização do sector - totalmente nas mãos do Estado - surgem agora como «ponto de referência» para Portugal, defende Giuma Abulkher.

E foi nesse sentido que este responsável líbio, que reporta directamente ao chefe da diplomacia local, Abdulrahman Shalgam, ausente de Tripoli na altura dos festejos do 38º aniversário da subida ao poder de Muammar Khadafi, lamentou o «atraso» da entrada portuguesa no circuito económico do país.

«Já foram lançadas obras de infra-estruturas importantes. Estão em curso outras, nomeadamente as relacionadas com a construção e reconstrução de Tripoli e de outras cidades do país, tendo em conta que, em 2009, o país celebrará os 40 anos da Revolução Verde», sublinhou.

«Algumas das grandes empresas europeias e até mundiais já cá estão e, aí, Portugal estará já em desvantagem. Têm de trabalhar muito e já para recuperar o atraso», avisou Giuma Abulkher.

A onda de modernização em curso na Líbia vai trazer avultados investimentos estrangeiros e a abertura da embaixada de Portugal em Tripoli vai, assim, permitir alargar os horizontes e atrair empresas portuguesas ao país, admitiu, porém, o director-geral, assegurando confiar na «seriedade» do empresariado português.

Na parte política, Giuma Abulkher lembrou a neutralidade de Portugal em grande parte das questões internacionais e o grande passo do país face aos constrangimentos coloniais, «que os desdramatizou por completo e ultrapassou eventuais traumas».

«Tem defendido a causa africana com veemência. Não nos esquecemos de quem promoveu e lutou pela Cimeira Europa/África (Cairo, em 2000) e do papel que teve e tem na concretização de novo encontro (Dezembro deste ano)», sublinhou o director-geral do Departamento de Informação do MNE líbio.

Por outro lado, destacou também o papel de Lisboa nas sucessivas, embora pouco conclusivas, tentativas para relançar o diálogo entre os países do sul da Europa e do norte de África - «5+5» - e do Médio Oriente - Processo de Barcelona.

«Defendendo África, defende uma igualdade de oportunidades e isso, para nós, faz parte da nossa filosofia. Gostamos muito de Portugal», resumiu.

A embaixada de Portugal em Tripoli, onde já se encontra o diplomata que a chefiará, Rui Aleixo, só abrirá oficialmente na segunda quinzena de Outubro, após o período do Ramadão.

Os objectivos do diplomata português passam por equilibrar as trocas comerciais, promover o investimento português, estabelecer uma cooperação cultural e relançar o diálogo inter-mediterrânico, tal como resumiu Rui Aleixo à Lusa.

País de grandes oportunidades comerciais, aberto à iniciativa empresarial, a Líbia era o único dos cinco países da União do Magreb Árabe (UMA - organização que congrega também Argélia, Marrocos, Mauritânia e Tunísia) onde Portugal não dispunha de embaixada.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Setembro 17, 2007, 07:25:17 pm
Finanças: Cabo Verde e Portugal preparam cooperação até 2011

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Os ministros das Finanças de Portugal e Cabo Verde vão assinar até final do ano um plano de cooperação para vigorar até 2011 e que compreende nomeadamente a assistência técnica portuguesa às reformas do ministério cabo-verdiano.


Uma delegação do Ministério das Finanças de Portugal esteve durante uma semana em Cabo Verde e hoje encontrou-se com a ministra, Cristina Duarte, ficando desde já marcada uma nova missão, alargada, para Novembro.

Nessa altura, disse após o encontro de hoje a responsável pelas relações bilaterais do Ministério das Finanças de Portugal, Beatriz Teixeira, será «desenhado um programa integrado de cooperação» para os próximos quatro anos, de 2008 a 2011.

Portugal, disse, espera «contribuir para a consolidação do processo de reformas em Cabo Verde» e a troca de experiências entre os dois países poderá passar por acções de formação, seminários e conferências.

A cooperação entre os dois ministérios «já existia mas não estava estruturada», pretendendo-se com estas visitas e a assinatura posterior de um memorando «reforçar, intensificar e estruturar a cooperação entre Portugal e Cabo Verde na área das Finanças e Administração Pública», explicou também a embaixadora de Portugal na Cidade da Praia, Graça Guimarães.

Nesta semana, acrescentou, a delegação portuguesa fez um inventário do funcionamento e «necessidades objectivas» de Cabo Verde em áreas como as finanças, contribuições e impostos, contabilidade pública ou administração do património.

De acordo com a ministra Cristina Duarte, também em declarações aos jornalistas, o Ministério das Finanças e Administração Pública está em pleno processo de reforma em áreas como a contabilidade pública, tesouro, investimento público, desconcentração da gestão orçamental e, entre outras, a informatização da Direcção-Geral das Contribuições e Impostos (há cerca de um mês aconteceu o primeiro pagamento electrónico de impostos por parte de uma empresa).

«A cooperação com Portugal precisava de um enquadramento funcional e estratégico», disse a ministra, acrescentando: «vamos contar com a assistência técnica portuguesa» mas vamos também fornecer a Portugal «experiências que lhe interessa».

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Setembro 28, 2007, 05:10:12 pm
Portugal é quem mais faz para manter relação Europa/África

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O antigo primeiro-ministro de Angola, Lopo do Nascimento, disse hoje à agência Lusa, no Porto, que Portugal é o país que mais faz para manter a relação entre a Europa e África.
«Portugal é o país que mais faz força para que essa relação se mantenha. Não perdeu a sua vocação africana», afirmou Lopo do Nascimento, à margem da conferência «Europa-África: uma estratégia comum?», que a Fundação Portugal-África está a promover, hoje e sábado, na Fundação de Serralves, tendo como horizonte a Cimeira Europa-África da presidência da UE, em Dezembro.

O actual deputado do MPLA aconselhou, contudo, o Governo português a ser «mais realista» quanto à cimeira, marcada para 08 e 09 de Dezembro, em Lisboa.

«Penso que não se deve elevar muito a fasquia. Quanto maior for a expectativa, maior será a decepção», afirmou o deputado.

O ex-primeiro-ministro salientou que »mais importante do que a tomada de decisões é a implementação das decisões».

Lopo do Nascimento disse acreditar que é possível «fazer coisas concretas» envolvendo os dois continentes, mas realçou que ainda pouco se sabe sobre o que está a ser negociado para a cimeira de Dezembro, em Portugal.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: comanche em Outubro 01, 2007, 11:47:54 am
Portugal pode ter importante papel de influência no Golfo da Guiné

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Portugal pode ter um importante papel de influência no Golfo da Guiné, onde existem grandes reservas petrolíferas, se tiver visão, afirmou à agência Lusa o Major General Freire Nogueira, do Centro Português de Geopolítica.
 


Freire Nogueira defende que a Europa se tem esquecido de África na questão da diversificação das fontes de energia, e afirma que o Golfo da Guiné se poderá vir a tornar uma zona de conflito ou estratégica.

A posição de Portugal, em termos de influência, poderá ser importante para criar uma aliança transatlântica, defendeu.

A segurança do abastecimento e a segurança dos mercados será o tema debatido terça-feira no "Lisbon Energy Fórum", um encontro promovido pela Fundação Mário Soares e Galp Energia para reflectir sobre a dificuldade crescente na reposição das fontes tradicionais de energia, com implicações directas nas relações que se estabelecem entre países.

O presidente do conselho directivo do Centro Português de Geopolítica considera que a luta pelas reservas de petróleo continua a ser um "foco de violência e tensão a nível mundial", mas não prevê conflitos com "efeitos planetários", como a crise de 1973.

A disputa entre a Rússia, Estados Unidos, Canadá, Dinamarca e Noruega, pelas reservas petrolíferas no Pólo Norte poderá vir a tornar-se estratégica, defendeu.

A Rússia, em particular, tem reclamado para si as grandes reservas estratégicas do Mar Árctico, defendendo que a cadeia montanhosa submarina na zona é um prolongamento da cordilheira Lomonosov e faz parte do território russo.

Freire Nogueira defende que "geopoliticamente não se pode colocar a Rússia de lado, como os Estados Unidos têm feito", mas que a Europa está numa posição difícil "entre o interesse americano e o seu próprio interesse em estabelecer relações de cooperação com a Rússia".

O especialista em geopolítica alerta ainda para o facto da Rússia e da China terem empresas estatais no domínio energético, como a Gazprom, que são "instrumentos políticos dos próprios Estados".

A dependência energética da Europa face à Rússia é outras das preocupações levantadas por Freire Nogueira e que, na sua opinião, foi criada devido a "inabilidade" dos europeus face à Rússia.

O especialista refere que os países europeus têm resolvido o problema do abastecimento de forma individual, em vez de o fazerem em conjunto.

Um outro ponto de turbulência refere-se às reservas de petróleo mundiais.

Segundo Freire Nogueira, "toda a gente mente" nesta questão e existe uma "grande campanha de desinformação quanto ao estado das reservas reais de petróleo".

"Trata-se de uma informação verdadeiramente estratégicas que vai sendo escondida", afirmou.

Por último, a energia tornou-se ainda um problema estratégico para a China e a Índia, que não têm recursos próprias ao nível do petróleo e do gás, mas deles necessitam para sustentar o crescimento económico.

 
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Enviado por: comanche em Outubro 11, 2007, 06:40:41 pm
 "Africa Austral é região geo-estratégica mais importante para Portugal fora da Europa"
 




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O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, destacou a importância da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) para Portugal, considerando que é a região "mais importante do ponto de vista geo-estratégico para Portugal fora da Europa".
 
Em declarações à Lusa em Pretória, a capital sul-africana, Luís Amado salientou que Portugal tem em toda a região "considerando Angola, Moçambique, o Zimbabué, a RDCongo e, em particular a África do Sul, o maior potencial geo-estratégico fora da Europa, incluindo comunidades portuguesas, influência política, a rede diplomática e as missões de paz" em que está envolvido.

Amado justifica com esta importância estratégica a visita que efectuará hoje à sede da SADC, na capital do Botsuana, e os encontros que terá com o secretário-executivo da organização, o moçambicano Tomaz Salomão, e o chefe de Estado Festus Mogae, bem como o encontro que terá à tarde em Pretória com o Presidente sul-africano Thabo Mbeki.

A visita de Luís Amado à África do Sul e ao Botsuana divide-se em duas vertentes: como presidente em exercício do Conselho de Ministros da União Europeia (EU), chefia hoje uma `troika` noencontro anual do Acordo de Comércio, Desenvolvimento e Cooperação (TDCA) entre a UE e Pretória.

Na qualidade de ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal (que ocupa a Presidência da UE) desdobra-se em contactos bilaterais no âmbito da política externa portuguesa e da organização da cimeira Europa/África que deverá realizar-se em 8 e 9 de Dezembro em Lisboa.

Desdramatizando as ameaças britânicas de não-participação na cimeira caso o Presidente do Zimbabué, Robert Mugane, nela participe, o chefe da diplomacia portuguesa insiste na necessidade de diálogo com África e no respeito pelas instituições africanas e pelos seus códigos de actuação.

"Temos que respeitar a dinâmica de afirmação de soberania de todos os Estados da região, a importância do processo politico de integração regional, a dimensão africana e de apropriação do processo político pelos africanos que está no código genético de toda a relação política do continente neste momento e as iniciativas regionais dedicadas à situação no Zimbabué", acautelou o governante.

Luís Amado garantiu que a União Europeia não deixa de ter uma visão e uma actuação bilaterais relativamente ao Zimbabué e à sua situação interna e revelou que no Conselho de Ministros da UE da próxima segunda-feira a situação zimbabueana voltará a ser analisada.

"Não podemos é, na UE, confundir a nossa actuação, visão e os instrumentos de acção no plano bilateral - sanções inteligentes contra o regime incluídas - com a nossa abordagem à cimeira Europa/África. São planos distintos. A União Africana é uma instituição de referência multilateral internacional, prestigiada e reconhecida pela ONU, um parceiro para a mediação e regulação de muitos conflitos, tem no seu código de princípios os valores da democracia e respeito pelos direitos humanos, e por isso temos que a privilegiar como interlocutor e respeitar as suas regras", referiu o MNE português.

Para Amado, o tempo em que os europeus, com as regras da Conferência de Berlim do século passado, diziam a África que queriam dialogar mas impunham as regras, já passou e os europeus perceberam isso.

"O que é importante agora é olhar para o futuro sem pôr em causa os nossos valores e os nossos princípios", assegurou Amado, garantindo que a UE continuará a exercer pressão política e diplomática sobre Harare.

Na entrevista à Lusa, Luís Amado admitiu um cenário em que Robert Mugabe possa vir a estar presente na cimeira e ser forçado a ouvir "as críticas e opiniões de muitos países europeus e até africanos sobre o seu regime", como sugeriu a chanceler alemã Ângela Merkel a semana passada na presença do Presidente sul-africano Thabo Mbeki.

"Se a reunião de Lisboa vier a contar com a participação do sr. Mugabe ele terá que ouvir aquilo que vier a ser dito não só pelos países europeus como por alguns de uma linha africana que é crítica da sua actuação e governação e que eu sei que existe", salientou o MNE português.

"Mas estou convencido de que cimeira marcará uma mudança de página nas relações da Europa com África e a circunstância de termos pela primeira vez todos os chefes de Estado europeus e todos os chefes de Estado africanos reunidos na Europa, com a possibilidade de aprovarem uma estratégia conjunta, definirem um plano de acção, definirem um mecanismo de cooperação entre as suas estruturas de integração, entre a UE e a UA é, do nosso ponto de vista, suficientemente importante do ponto de vista estratégico no relacionamento entre os dois continentes para reduzir o impacto da participação ou não de Robert Mugabe", concluiu.
 


Espero que não se esqueçam do Brasil.
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Enviado por: Lancero em Outubro 11, 2007, 10:22:56 pm
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Defesa: Ministro Nuno Severiano Teixeira visita Angola, RDCongo e Gana a partir de 2ª feira    

   Lisboa, 11 Out (Lusa) - O ministro da Defesa Nacional, Nuno Severiano  Teixeira, inicia segunda-feira um périplo oficial a África, com deslocações  a Angola, República Democrática do Congo e Gana, disse hoje à Lusa fonte  do seu gabinete.  

     

   A deslocação a Angola retribui a visita oficial que o titular angolano  da Defesa, general Kundi Paihama, efectuou em Outubro de 2006 a Portugal.  

     

   Durante os dois dias que permanecerá em Angola, o governante português  reúne-se com o seu homólogo angolano, visita alguns dos projectos da cooperação  técnico-militar portuguesa e profere uma conferência sobre "Europa, África  e os Desafios à Segurança".  

     

   Dia 17, já em Kinshasa, capital da RDCongo, além de uma reunião com  o seu homólogo congolês, Chikez Diemu, Nuno Severiano Teixeira reúne-se  com o presidente do parlamento.  

     

   Na visita a Kinshasa, o governante português tem ainda um encontro com  os representantes das missões da União Europeia, a Missão de Polícia da  UE (EUPOL) e a Missão de Reforma do Sector de Segurança (EUSEC)).  

     

   O ministro da Defesa Nacional visitará finalmente o Gana, onde se reúne  no dia 18 um encontro com o seu colega da Defesa, Albert Dappah.  

     

   O regresso a Lisboa está marcado para a madrugada de sexta-feira, dia  19.  




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Defesa: Na nova era da cooperação técnico-militar entre Portugal e Angola

Lisboa, 11 Out (Lusa) - Cinco anos após o fim das sucessivas guerras  em Angola, a cooperação técnico-militar portuguesa tem ganho maior protagonismo,  de que é exemplo o novo programa-quadro para o quadriénio 2007/10, assinado  em Maio de 2006, em Luanda.  

     

   É neste cenário que se enquadra o diálogo político, sobretudo após a  visita que o ministro da Defesa angolano, Kundi Paihama, efectuou em Outubro  de 2006 a Portugal, deslocação que será retribuída, no início da próxima  semana, pelo seu homólogo português, Nuno Severiano Teixeira.  

     

   Com o fim de mais de 40 anos de conflitos, iniciados com a guerra colonial,  em Fevereiro de 1961, e que prosseguiram com a guerra civil após a independência,  em 1975, o governo de Luanda teve de reorganizar e reunificar as forças  armadas e, ao mesmo tempo, reintegrar os excedentários na vida civil.  

     

   A unificação dos exércitos governamental, as Forças Armadas Populares  de Libertação de Angola (FAPLA), e da UNITA, as Forças Armadas de Libertação  de Angola (FALA), chegou a ser assinada no seguimento do Acordo de Paz de  Bicesse (31 de Maio de 1991), mas praticamente não passou do papel.  

     

   Os sangrentos acontecimentos que se registaram após as eleições gerais  de 30 de Setembro e 01 de Outubro de 1992 voltaram a reacender as mal curadas  feridas entre os dois exércitos, que continuariam a combater durante quase  dez anos, até à morte do líder da UNITA, Jonas Savimbi, em Fevereiro de  2002.  

     

   Com o advento da paz, as Forças Armadas de Angola (FAA) foram chamadas  a apoiar a reconstrução das infra-estruturas destruídas durante a guerra.  

     

   E foi a pensar na reorganização das FAA que Luanda solicitou o apoio  de Portugal, que após um longo processo negocial, se voltou para a formação  de quadros nos três ramos das Forças Armadas Angolanas - Exército, Força  Aérea e Marinha.  

     

   Nesse contexto, a cooperação técnico-militar portuguesa tem assumido  um papel importante quer na modernização quer na reorganização das FAA,  estando para este ano previsto, no acordo assinado em 2006, o investimento  de mais de dois milhões de euros, adstritos a 12 projectos.  

     

   Neste domínio, a cooperação para 2008 será alvo de avaliação e de revisões  anuais, tal como referiu o secretário de Estado da Defesa português, João  Mira Gomes, durante a visita realizada em Maio passado a Angola, em que  destacou que o novo programa-quadro - o anterior contou com um investimento  superior a cinco milhões de euros e com uma taxa de execução de 80 por cento  - representou um "salto qualitativo" na cooperação técnico-militar.  

     

   A formação de formadores em operações de paz, a organização da Marinha  de Guerra, o fomento de capacitações ligadas à sustentabilidade da paz e  estabilidade no país foram, entre outras, as prioridades da cooperação bilateral  neste domínio, tendo sempre em vista adaptá-la aos novos desafios que Angola  tem pela frente, quer no continente quer na região da África Austral.  

     

   A recomposição das FAA não tem sido fácil, mas fortes têm sido as pressões  para que os excedentes sejam "deslocados" para programas de reintegração  na sociedade civil, ao mesmo tempo que Angola está, aos poucos, a afirmar-se  como uma potência africana nas operações de manutenção de paz no continente.  

     

   Nesse sentido, o "elemento de continuidade" da cooperação portuguesa  centra-se em aspectos "chave" da modernização das diferentes instituições  militares angolanas, com os 12 projectos a abrangerem praticamente todos  os sectores.  

     

   Trata-se do apoio à Estrutura Superior de Defesa e das Forças Armadas,  ao Instituto Superior de Ensino Militar, à Academia Militar de Angola, à  Brigada das Forças Especiais, ao Centro de Instrução de Operações de Paz  e à Escola de Administração Militar.  

     

   O rol de projectos inclui também o apoio à Direcção dos Serviços de  Saúde das FAA, à Marinha de Guerra, à Engenharia do Exército, à Escola Militar  de Formação Aeronáutica, ao Centro Psicotécnico da Força Aérea e ainda à  formação em Portugal .  

     

   Segundo dados dos serviços secretos norte-americanos, Angola é o 13º  país, a nível mundial, com maiores despesas militares, nas quais investe  5,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).  

     
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Enviado por: André em Novembro 12, 2007, 07:10:55 pm
Cooperação portuguesa entrega dois camiões porta-contentores à Câmara de Bissau

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A cooperação portuguesa entregou hoje à Câmara Municipal de Bissau, Guiné-Bissau, dois camiões porta contentores e material diverso no âmbito do Projecto de Apoio ao Sistema de Resíduos Sólidos Urbanos da capital guineense.

"Este donativo que hoje oficializamos surge no âmbito de um grande projecto da cooperação portuguesa, que inclui a Câmara Municipal de Bissau e a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA)", afirmou o adido da cooperação portuguesa, Guilherme Zeverino, sublinhando que a oferta está avaliada em 80 mil euros.

Além da doação de equipamento, o Projecto de Apoio ao Sistema de Resíduos Sólidos Urbanos inclui também a formação de técnicos.

O objectivo do projecto é melhorar alguns dos problemas mais sentidos na higiene pública e ambiental de Bissau.

Segundo o adido da cooperação portuguesa, o projecto vai continuar no próximo ano, tendo sido já aprovado um donativo de cerca de 200 mil euros.

"Esta cooperação tem sido possível graças às excelentes relações entre a Câmara Municipal de Bissau, autoridades guineenses e portuguesas", sublinhou Guilherme Zeverino.

O presidente da Câmara Municipal de Bissau, Florentino Nanque, agradeceu o donativo, bem como os "resultados obtidos desta cooperação".

"O saneamento ocupa o primeiro lugar através da criação de um ambiente propício para o desenvolvimento da cidade", disse o autarca, reconhecendo o empenho e dedicação da Embaixada de Portugal no desenvolvimento de Bissau.

O autarca aproveitou a oportunidade para anunciar um donativo da Câmara Municipal de Lisboa, composto por duas viaturas fechadas, três jipes e motos, que deverá ser entregue até ao início de 2008.

Lusa
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Enviado por: André em Novembro 15, 2007, 02:29:30 pm
Portugal oferece alojamento a oito jornalistas africanos

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Portugal vai oferecer alojamento a oito jornalistas africanos que pretendam cobrir a cimeira UE/África, de 08 e 09 de Dezembro, em Lisboa, revelou a Organização de Imprensa Africana (OIA), e confirmou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros português.

«Portugal fez um gesto pelos jornalistas africanos», lê-se na página digital da Organização de Imprensa Africana, sedeada na Suiça, com 25.000 membros, dos quais a maioria jornalistas africanos de países de língua francesa, árabe e portuguesa.

Segundo o secretário-geral da APO, Nicolas Pompigne-Mognard, o gesto das autoridades portuguesas visa encorajar jornalistas africanos a participarem na cobertura da cimeira UE/África, em Lisboa».

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Paulo Mascarenhas, disse à Agência Lusa que «foi solicitado por alguns jornalistas» uma ajuda, e que «dadas as circunstâncias e situação de alguns foi decidido oferecer alojamento a oito que comprovadamente não o possam fazer».

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Novembro 19, 2007, 09:42:21 pm
Angola e Moçambique entre os países africanos mais interessantes para investir

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Angola e Moçambique figuram entre os países africanos com maior interesse para investimentos na área do imobiliário, segundo um estudo da empresa portuguesa de consultadoria Worx, enviado à Lusa.

O estudo, que coloca ainda a África do Sul como outro país com interesse para o sector, salienta o continente africano "numa perspectiva geral" como um destino "cada vez mais interessante para se investir", e as razões aduzidas assentam no "crescimento económico sustentado" e na "estabilidade política" vigente nos últimos tempos.

Denominado "Africa Report", o estudo pormenoriza as alternativas de investimento no mercado de escritórios, industrial, retalho e residencial.

Caracterizando individualmente cada um dos três países, o documento frisa que a área mais importante para investimentos imobiliários em Angola se localiza a ocidente do porto de Luanda, ao longo da marginal.

"Além dos ministérios, o mercado é dominado pelo sector bancário e energético, assim como pelo segmento de serviços", que regista uma crescimento "substancial".

"Porém, ainda se verifica a inexistência de espaços de qualidade, embora já existam planos a curto e médio prazo para inverter esta situação", lê-se no estudo, que adianta ser o mercado de escritórios "ainda bastante especulativo".

No retalho, o aumento da procura por parte dos consumidores resultou na abertura recente do primeiro centro comercial moderno, estando já em construção uma segunda grande superfície comercial, além de planos para o desenvolvimento de mais centros comerciais.

No segmento industrial, "a procura por espaços tem aumentado, especificamente nas zonas contíguas a área portuária", para onde está planeada a construção de "elevado número de novos edifícios".

Finalmente, no mercado residencial "não têm sido desenvolvidos novos projectos, excepto os espaços destinados aos colaboradores das empresas relacionadas com o petróleo".

Por essa razão, "com a elevada procura, as rendas atingiram valores recorde no continente africano", com os valores das "prime rent" mensal (renda de zona de referência) de T5 rondar os 12 mil dólares (17 mil euros) por metro quadrado.

A Worx explica estes valores em resultasdo de 27 anos de guerra civil em Angola (1975-2002), a que se associa a falta de investimentos nos últimos anos.

Quanto a Moçambique, verifica-se "um crescimento acentuado na construção de novos edifícios que têm vindo a ser ocupados por empresas moçambicanas e, essencialmente, internacionais que procuram espaços de qualidade".

"Em termos de retalho, os investidores têm estado a explorar bastante o conceito dos centros comerciais modernos", em que o mais recente complexo de Maputo, situado na baixa e recentemente inaugurado, custou 32 milhões de dólares (45 milhões de euros).

No segmento industrial, o mercado de Maputo "está bastante 'misturado', com diversos espaços localizados nas zonas residenciais no limite das áreas da cidade", e ainda com a maioria dos espaços industriais recentemente construídos a serem ocupados pelos proprietários.

"Já em residencial, a qualidade em Maputo varia drasticamente mediante a localização geográfica".

As rendas mensais na capital moçambicana, dos espaços de média e alta qualidade, variam entre os seis e os 12 dólares (entre 8,4 euros e 17 euros) por metro quadrado, com os valores finais a terem em conta a idade do imóvel, dimensão do terreno e existência de infra-estruturas como piscinas.

"Desta forma, o preço médio de renda por ma casa de 'topo' em localização de referência, situa-se nos 2.500 dólares (3.500 euros) por mês.

Lusa
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Enviado por: André em Dezembro 05, 2007, 10:00:34 pm
Sócrates transmite a Kadhafi que Portugal quer participar na modernização da Líbia

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O primeiro-ministro, José Sócrates, recebe quinta-feira, em São Bento, o líder líbio Muammar Kadhafi, a quem transmitirá a vontade de Portugal intensificar relações económicas e participar no processo de modernização deste país do Magreb.

Muammar Kadhfi, que durante a sua presença em Portugal (por vontade própria) ficará instalado num conjunto de tendas no Forte de São Julião da Barra, é recebido em visita oficial, ao fim da manhã, em São Bento.

No entanto, no primeiro ponto do programa de Kadhafi - que estará em Lisboa para depois participar na II Cimeira entre União Europeia e África - a agenda apenas prevê a realização de uma breve cerimónia estritamente protocolar, em que se procederá ao hastear das bandeiras nacionais e em que tocarão os hinos dois países.

O encontro político entre Sócrates e Kadhafi (cuja comitiva pessoal tem cerca de 200 pessoas, sobretudo seguranças) acontecerá em São Bento apenas ao final da tarde, sendo a reunião de trabalho seguida de jantar.

De acordo com fonte do executivo de Lisboa, durante o encontro de trabalho, o primeiro-ministro e o líder líbio deverão centrar a sua conversa no tema do desenvolvimento das relações económicas bilaterais e na análise de algumas questões políticas, casos mais relevantes da situação no Magreb e no Médio Oriente, mas também na cimeira UE/África estre fim-de-semana.

Segundo a mesma fonte, na reunião, Sócrates deverá transmitir a Kadhafi a "vontade de Portugal participar no processo de modernização da Líbia".

Para o Governo português, as relações entre Portugal e a Líbia conheceram "um franco desenvolvimento" na sequência da visita de José Sócrates a Tripoli em Outubro de 2005.

"Desde então, várias empresas nacionais começaram a operar no mercado Líbio e este ano Portugal abriu em Tripoli uma embaixada", referiu à agência Lusa fonte diplomática.

A visita de José Sócrates a Tripoli, em 2005, foi marcada pela cordialidade e, também, por alguns elogios do primeiro-ministro português ao líder líbio.

"Julgo que Muammar Kadhafi é um líder carismático da maior importância em toda a geo-política africana", sustentou José Sócrates no final dessa visita de oito horas à Líbia.

Ainda sobre o mesmo encontro com Kadhafi, que durou cerca de 50 minutos e que teve lugar numa tenda nos arredores de Tripoli, Sócrates sublinhou que "grande parte das opções geo-políticas africanas passam pela Líbia e pelo seu líder".

"A nossa relação pessoal é muito importante para permitir o aprofundamento das relações entre Portugal e a Líbia", sustentou.

Entre os negócios de empresas portuguesas na Líbia, um dos mais relevantes, segundo o executivo de Lisboa, é o da "Bento Pedroso", que ganhou dois concursos, no valor conjunto de 1.200 milhões de euros, para ampliar o aeroporto de Tripoli e para construir uma terceira via rodoviária na circunvalação da capital deste país.

No mercado líbio, estão já a operar, ou em vias de entrar, empresas nacionais nos domínios da energia (Galp), farmacêutico (Antral Cipan), finceiro (Banco Efisa e Banco Espírito Santo), cimentos (Cimpor e Secil), construção (Teixeira Duarte e Bento Pedroso) e consultadoria.

"A Visabeira e a Efacec têm também boas possibilidades de expansão no mercado líbio", acrescentou fonte diplomática portuguesa.

Lusa
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Enviado por: André em Dezembro 16, 2007, 05:51:12 pm
Magrebe é «prioridade» na política externa portuguesa

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O primeiro-ministro, José Sócrates, incentivou hoje os empresários portugueses a investirem no mercado argelino, dizendo que a região do Magrebe é uma nova prioridade na política externa portuguesa.
As palavras de José Sócrates foram proferidas num encontro com representantes de empresas portuguesas a operar no mercado argelino antes de inaugurar com o presidente da Argélia uma exposição sobre arte islâmica, organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian.

«Vocês fazem um serviço a Portugal investindo na Argélia», declarou o primeiro-ministro, que tinha ao seu lado o ministro de Estado e dos negócios Estrangeiros, Luís Amado.

Na mira dos empresários portugueses estão concursos internacionais no domínio das obras públicas e da indústria de defesa.

Na sua breve intervenção, José Sócrates disse que a política externa nacional em relação ao norte de África tem «subido de importância gradualmente».

«Portugal tem cimeiras anuais com Marrocos, com a Argélia e com a Tunísia e abriu este ano uma embaixada na Líbia», salientou o chefe do Governo português.

Já sobre a exposição de arte islâmica, o primeiro-ministro português voltou a referir que Portugal «sente-se orgulhoso da cultura árabe que herdou».

«Nós temos uma componente árabe o que nos honra e nos distingue. Queremos preservar essa componente porque somos um país aberto e cosmopolita», disse.

A Argélia tem um ambicioso plano quinquenal de investimentos que ascende a 42 milhões de euros.

Empresas nacionais de construção civil e obras públicas como a Coba, Abrantina, Protelecom, Ferconsult, Efacec, Mota Engil, Teixeira Duarte, Topecal, Amorim, Visabeira e Zagope já operam neste momento na Argélia.

Em Outubro passado, a EDP e a Sonatrach acordaram o estabelecimento de uma parceria empresarial na área do gás natural e da energia eléctrica, em que a empresa argelina passou a deter 2,03 por cento do capital da portuguesa.

O acordo prevê a constituição de uma empresa para a comercialização de gás natural, sob controlo conjunto das duas entidades, e a constituição de uma empresa comum para a criação de novas centrais de ciclo combinado, onde a Sonatrach ficará como accionista minoritário, mas com uma participação não inferior a 25 por cento.

Além da área da energia, empresas portuguesas têm já carteira de encomendas no mercado argelino, casos do Metro de Lisboa (estudos e projectos de expansão do metro de Argel), a Teixeira Duarte (troço de auto-estrada e projecto hidráulico), a Efacec (equipamentos eléctricos), a Lena Construções (construção de estradas e intervenções no aeroporto de Argel), a Abrantina (intervenção no porto de Tipaza), a Zagope (construção de barragem) e a ISQ, que ganhou um concurso público para inspecção e avaliação da integridade estrutural de 850 equipamentos sob pressão instalados em unidades de liquefacção de gás natural.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: comanche em Dezembro 16, 2007, 10:47:38 pm
Portugal/Argélia: Mercados do Magreb são oportunidade para os empresários nacionais - Sócrates

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Pedro Morais Fonseca (texto), Inácio Rosa (fotos), Agência Lusa

Argel, 16 Dez (Lusa) - O primeiro-ministro, José Sócrates, defendeu hoje que os empresários portugueses deverão assumir uma atitude de confiança no investimento e de internacionalização, tirando partido dos desenvolvimentos em curso nos mercados do norte de África.

Em declarações à agência Lusa, no final de uma visita oficial de seis horas à Argélia, Sócrates frisou que o Magreb "tem subido muito na política externa portuguesa".

"Temos de manifestar uma atitude de confiança nestes mercados, que estão em grande desenvolvimento em Marrocos, na Argélia, na Tunísia e Líbia. Estes mercados são uma boa oportunidade [de negócios] para os empresários portugueses", sustentou o chefe do Governo português.

Durante a sua presença em Argel, o primeiro-ministro teve um encontro de trabalho com o chefe de Estado argelino, Abdeliziz Bouteflika, com quem voltará a reunir-se no início de 2008, em Portugal, por ocasião da II Cimeira Luso Argelina.

Segundo José Sócrates, o objectivo principal da sua visita oficial à capital argelina passou "em primeiro lugar por expressar a solidariedade europeia e condenar vivamente o atentado terrorista que o povo argelino sofreu terça-feira".

"Estamos do lado da Argélia, do povo argelino e do seu presidente, Abdelaziz Bouteflika, para fazer face a um dos fenómenos que mais atormentam as sociedades nos nossos dias", sublinhou o presidente em exercício da UE.

De acordo com números oficiais do Governo argelino, os atentados do passado dia 11 provocaram 37 mortos e mais de 60 feridos.

"Nós queremos cooperar com a Argélia para fazer face ao fenómeno terrorista", declarou o primeiro-ministro português.

Acompanhado pelos ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, e da Cultura, Isabel Pires de Lima, o chefe do Governo português e o presidente argelino inauguraram ao fim da tarde, no Palácio da Cultura de Argel, uma exposição sobre arte islâmica organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian.

A exposição ocupa uma sala do Palácio da Cultura de Argel, apresentando cerca de 50 peças pertencentes à colecção permanente da Fundação Calouste Gulbenkian, representativas das mais diversas origens da Arte do Oriente Islâmico (Pérsia, Turquia, Síria, Cáucaso e Índia) desde o séc. XII ao séc. XX.

Na exposição, segundo os organizadores, está patente "um conjunto de peças únicas e de grande valor, designadamente tapetes, tecidos, manuscritos, livros, iluminuras, cerâmicas, azulejos, e uma grande lanterna de mesquita do séc. XIV - objectos adquiridos entre 1910 e 1940".

É uma colecção magnífica da Fundação Calouste Gulbenkian e que honra Portugal, que tem nas nossas raízes a cultura árabe", salientou Sócrates.



O Magreb é uma oportunidade de internacionalização das empresas portuguesas, é uma zona de potênciais aliados de Portugal e em que o país pode conseguir importantes parcerias estratégicas.
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Enviado por: comanche em Janeiro 04, 2008, 01:43:08 pm
Ogma ganha contrato para manutenção de aviões líbios

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Ogma ganha contrato para manutenção de aviões líbios

Empresas de construção com boas perspectivas naquele mercado
A Ogma - Indústria Aeronáutica de Portugal vai fazer a manutenção de quatro aviões Hercules C130 da Líbia. O contrato para dois deles já foi assinado no final do ano e outro para mais dois aviões deverá ser assinado este mês, revelou ao DN o presidente da empresa, Eduardo Bonini Pinto. A manutenção dos quatro aviões representa para a empresa uma facturação global de cerca de 35 milhões de euros, num prazo de dois a três anos, a duração dos respectivos contratos.

Mas os negócios a empresa na Líbia não devem ficar por aqui. "O objectivo é candidatarmo-nos à manutenção de outras aeronaves, incluindo as que a Embraer, accionista da empresa, vier a vender para a Líbia", afirmou o presidente da companhia. Os dois contratos são apenas um primeiro passo para a empresa aeronáutica se expandir no mercado líbio.

A Ogma foi uma das 26 empresas portuguesas que se reuniram com responsáveis do Governo líbio na véspera da Cimeira UE-África. Um encontro organizado pela AICEP - Agência Portuguesa para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, no decurso da deslocação do presidente Muammar Kadhafi a Portugal para participar na cimeira - visita que serviu para tratar de assuntos bilaterais.

A reunião, onde esteve presente o presidente da Ogma, serviu para reforçar contactos, disseram ao DN quase todas as empresas que nela participaram. De resto já quase todas elas estavam a desenvolver contactos para começarem a a concretizar negócios na Líbia. Duas delas aproveitaram até a ocasião para assinar memorandos de entendimento com o Governo líbio no decurso da visita de Kadhafi a Portugal. Foi o caso da Galp e da Secil (ver caixa em baixo).

A reunião entre empresas portuguesas e representantes do Governo da Líbia abriu também novas perspectivas para a exportação de produtos nacionais para aquele mercado, considerou o presidente da AICEP, Basílio Horta. Segundo aquele responsável, há empresas portuguesas dos sectores farmacêutico e do papel que a curto prazo poderão começar a expor- tar para a Líbia. A Portucel e a Pharma Portugal são duas das que estão a desenvolver contactos nesse sentido.

O aumento das exportações de produtos portugueses para o país de Kadhafi é, aliás, uma das preocupações do Governo, porque o défice da balança comercial com a Líbia está a agravar-se de ano para a ano, graças às importações cada vez maiores de petróleo daquele mercado (ver caixa).

Agora, além da Galp Energia e da cimenteira Secil, outras empresas, portuguesas, nomeadamente as do sector da construção, preparam-se para entrar naquele mercado. Para elas, o presidente da AICEP considera que há boas oportunidades de negócio, aproveitando o plano de investimento em infra-estruturas que a Líbia quer levar a cabo nos próximos anos.

A Construtora Certar, uma das 26 empresas portuguesas que estiveram na reunião da AICEP, confirmou ao DN que está já a negociar uma parceria com uma empresa local para entrar no mercado líbio de construção civil e obras públicas. O seu presidente, Fernando Llach Correia, diz que outra das apostas da Certar é o mercado da construção para o sector turístico.

A Teixeira Duarte é outra das construtoras portuguesas que se preparam para garantir algumas obras públicas naquele mercado, onde a cimenteira de que é accionista, a Cimpor, também estuda oportunidade de negócio.

Aliás, Pedro Teixeira Duarte foi um dos gestores recebidos pelo próprio Presidente líbio, no Forte de São Julião da Barra, em Oeiras. O mesmo "privilégio" tiveram os presidentes da Efacec, Luís Filipe Pereira, e da EDP, António Mexia.
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Enviado por: comanche em Março 03, 2008, 05:35:58 pm
Consórcio português vence concurso para obra de 305 M€ na Líbia

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O consórcio português Way2B foi escolhido pelo Governo líbio para a concepção/construção de dois Campus Universitários nas cidades de Al-Khoms e Bhengazi, dois projectos cujo investimento será de 305 milhões de euros, o que torna este o maior concurso internacional alguma vez ganho por empresas portuguesas.

Pedro Duarte

Segundo um comunicado hoje emitido pelo Way2B, o projecto, que engloba uma área de 243 659m2, consiste em duas Faculdades para as áreas de Medicina, Engenharia, Economia, Letras, Tecnologias de Informação e Enfermagem, bem como Edifícios Administrativos, Bibliotecas, Residências de Estudantes, Mesquita e zonas desportivas, de lazer e ainda a respectiva integração paisagística.

"Através destes contratos, o Way2B, para além da satisfação dos accionistas, presta ao país um valioso contributo na óptica da imagem de Portugal no mundo, no âmbito da sua balança comercial e pela garantia de sustentabilidade e crescimento do emprego que, como é sabido, tem vindo a diminuir dramaticamente na zona Norte do País", afirma José Teixeira, presidente do conselho de Administração da Way2B.

Recorde-se que este agrupamento complementar de empresas (ACE) é composto pela DST (Domingos Silva Teixeira), ABB, Britalar, J. Gomes e Rodrigues&Névoa.

"O mercado da construção na Líbia pode ser classificado como virgem o que, aliado à política de desenvolvimento definida, determina as necessidades em áreas tão diversas como a execução de infra-estruturas de abastecimento de água, saneamento, tratamento de resíduos, construção de habitação social, universidades, hospitais, estradas e auto-estradas, portos e marinas", explica o mesmo responsável.

O documento adianta que o agrupamento quer agora apostar, essencialmente, em novas áreas, ligadas às infra-estruturas, auto-estradas e portos, e, até 2009, pretende ascender a sua facturação a 800 milhões de euros, com o objectivo de se colocar entre os 10 maiores 'players' no Magreb nos próximos 3 anos e entre os 5 maiores players em Portugal.

É ainda objectivo do agrupamento adquirir uma empresa de construção em Espanha e outra na Bulgária, estando a aquisição a ser estudada por entidades financeiras
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Enviado por: André em Março 12, 2008, 07:44:33 pm
Sumol-Compal quer facturar 500 M€ e avançar para Magrebe

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A Sumol-Compal, a empresa que resultará da aquisição da Compal, estima atingir os 500 milhões de euros de facturação em 2013, tendo anunciado hoje o reforço da internacionalização, nomeadamente em novos países como Marrocos, Tunísia e Argélia.

«Vamos criar uma empresa internacional de referência no mercado de bebidas de fruta apostando em novos países como os do Magrebe [Tunísia, Marrocos e Argélia]«, disse hoje à imprensa, em Lisboa, o presidente da administração do grupo Somolis.

António Sérgio Eusébio referiu também que ambas as empresas estão já em 40 países do mundo, com a sua diferenciada gama de bebidas de frutas e que um dos mercados em que vão igualmente apostar è Angola que «tem um potencial de crescimento enorme«.

Para atingir os 500 milhões de euros em volume de negócios, a Sumol-Compal tem «um plano de investimentos normal«, em que se prevê um investimento de 20 milhões de euros por ano a nível industrial (em reposição e expansão).

«A capacidade industrial [com este nível de investimento até 2013 permitirá suportar bem o crescimento projectado da facturação«, que subirá dos 334 milhões de euros estimados em 2007, para os 500 milhões no final de 20013.

A Sumol-Compal, nos mercados internacionais, com dados referentes a 2007, registou um crescimento médio de 22 por cento no valor das vendas conjuntas de mais de 64 milhões de litros e de mais de 45 milhões de euros.

Neste ano, estima-se que 13 por cento do volume de negócios conjunto foi gerado no mercado externo.

Espanha será «um mercado natural« visto numa óptica ibérica, adiantou o responsável da Sumolis.

Caso a Autoridade da Concorrência dê parecer positivo a esta operação de compra da estará criado o terceiro maior grupo de bebidas em Portugal, a seguir à Unicer e à Sociedade central de Cervejas.

Com base em dados de 2006, os últimos possíveis de divulgar, espera-se uma facturação de 432 milhões de euros na Unicer, 347 milhões com a Sumol-Compal, de 318,6 milhões de euros na Central de Cervejas e 179 milhões de euros na Coca-Cola.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: comanche em Junho 08, 2008, 02:15:22 pm
Portugal/Argélia: Sócrates hoje em Argel para cimeira dominada pela cooperação económica


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Lisboa, 08 Jun (Lusa) - O primeiro-ministro, José Sócrates, participa hoje e segunda-feira na II Cimeira Luso Argelina, em Argel, que será dominada pelas questões de cooperação económica, sobretudo ao nível energético, e pelo debate em torno da estabilização política do Magreb.

Além de José Sócrates, o Governo português faz-se representar na cimeira pelos ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, das Obras Públicas Transportes e Comunicações, Mário Lino, da Economia e Inovação, Manuel Pinho, e pelos secretários de Estado do Tesouro, Costa Pina, e do Comércio, Fernando Serrasqueiro.

José Sócrates chegará a Argel a meio da tarde, encontrando-se segunda-feira ao fim da manhã, após a cimeira, com Abdelaziz Bouteflika - encontro em que deverão também ser discutidos temas relacionados com a situação do Médio Oriente e a política externa da União Europeia.

Em pouco mais de seis meses, esta será a terceira vez que o chefe do Governo português se desloca à Argélia, depois de ter estado numa visita oficial de 24 horas em Dezembro passado e de ter gozado no fim do ano passado uns breves dias de férias neste país.

Na comitiva do primeiro-ministro viajam também o presidente da AICEP, Basílio Horta, e representantes de 17 empresas nacionais, entre elas a GALP, a EDP, os CTT, a PT, Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA), assim como empresas dos sectores da construção e obras públicas, casos da Teixeira Duarte, Edifer, Opway e Coba.

Na mira destas empresas está um programa de investimentos públicos argelino, de 42 mil milhões de euros até 2009, denominado Plano Complementar de Sustentabilidade e Crescimento.

Destes 42 mil milhões de euros, 19 mil milhões de euros destinam-se à construção de habitações, abastecimento (água, gás, electricidade) e infra-estruturas de saúde; e 17 mil milhões de euros para infra-estruturas em sectores como os transportes, obras públicas, construção de barragens e outros projectos hidráulicos.

Em Dezembro, quando realizou uma visita oficial a Argel, José Sócrates deixou um forte apelo aos empresários portugueses para que aproveitem as potencialidades do mercado argelino, que em 2007 registou uma taxa de crescimento de 4,6 por cento.

Apesar de nos três primeiros meses de 2008 as exportações portuguesas terem registado um crescimento de 97 por cento, em 2007 a Argélia foi apenas o 37º cliente nacional, enquanto que a Argélia foi o 15º fornecedor de Portugal, em boa parte devido à compra de hidrocarbonetos.

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Enviado por: André em Junho 09, 2008, 12:45:07 am
Mercado argelino é da maior importância para o país - Sócrates

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fdigital-satelite.com%2Fimagens%2Fbandeira_Argelia.png&hash=1f3fa4ec6004f3c460dff59b7b95a479)

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O primeiro-ministro, José Sócrates afirmou hoje, em Argel, que as relações económicas com a Argélia já atingiram "um ponto de maturidade" e considerou o mercado argelino como sendo "da maior importância para Portugal".

José Sócrates participa hoje e segunda-feira, em Argel, na II Cimeira Luso Argelina, estando neste país acompanhado pelos ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, e pelo ministro da Economia, Manuel Pinho.

Estava prevista também a presença em Argel do ministro Mário Lino, mas o titular das pastas das Obras Públicas, Transportes e Comunicações ficou em Lisboa.

Falando à chegada a Argel, o chefe do Governo português defendeu que as relações entre Portugal e Argélia, na sequência da primeira cimeira política entre os dois países, atingiram já "um nível de maturidade significativo".

"Para Portugal, as relações com os países do Magreb são prioritárias, não apenas por razões políticas e de segurança, mas também por razões económicas", salientou José Sócrates.

O primeiro-ministro vincou depois que Portugal já realiza cimeiras anuais com a Argélia, Marrocos e Tunísia e que recentemente abriu uma embaixada na Líbia.

"A Argélia é o grande fornecedor a Portugal de gás natural e é um parceiro económico da maior importância. Por outro lado, as exportações portuguesas para a Argélia, nos primeiros três meses deste ano, quase que duplicaram. Ou seja, já começamos a ter resultados", sustentou.

Sobre as expectativas nacionais em relação à II Cimeira Luso Argelina, que hoje começa em Argel, Sócrates disse pretender em primeiro lugar "reforçar as relações políticas, agradecer a ajuda que o Governo da Argélia deu na organização da Cimeira entre União Europeia e África [em Dezembro, em Lisboa] e dar um contributo para que a relação económica bilateral continue a subir", apontou.

Ainda ao nível das relações económicas, o primeiro-ministro classificou o mercado argelino "da maior importância para Portugal".

Neste capítulo, Sócrates referiu que a II Cimeira Luso Argelina será marcada pela assinatura de alguns acordos bilaterais, mas frisou que "mais significativa é a relação empresarial já existente entre os dois países".

"No domínio da energia, tem corrido muito bem a relação entre a EDP e a Sonatrach, e Portugal está presente em várias áreas de actividade no mercado argelino, desde o sector bancário até à maquinaria", referiu.

No seu breve encontro com o seu homólogo argelino, o primeiro-ministro elogiou "a experiência" que teve "com os magníficos dias" de férias no deserto que gozou no período após o Natal deste ano.

"Foram dias fantásticos", disse Sócrates.

Lusa
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Enviado por: comanche em Julho 05, 2008, 01:38:51 am
Portugal/Marrocos: Empresas nacionais ganharam concursos no valor de 653 milhões de euros no mercado marroquino


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Lisboa, 04 Jul (Lusa) - Empresas nacionais, sobretudo nos ramos das obras públicas e construção civil, ganharam no último ano concursos no mercado marroquino na ordem dos 653 milhões de euros, disse hoje à agência Lusa fonte diplomática.

Segundo a mesma fonte, um dos principais objectivos da parte portuguesa passa agora por alargar a presença no mercado marroquino em sectores como o turismo e a energia, áreas que são encaradas como tendo um elevado potencial crescimento neste país do Magreb.

No mercado marroquino, têm presenças consideradas significativas empresas nacionais como o Grupo Lena Construções (está a fazer uma auto-estrada entre Fez e Taza), a Tecnovia (com várias obras, mas também com participação numa auto-estrada), a Eusébios, a Jaime Ribeiro, a Etermar e Somafel.

O grupo Casais está a edificar um resort turísto em Marrqueche e um hotel em La Mamounia (na costa atlântica marroquina).

Ao nível dos investimentos, Portugal pretende também participar no plano de infra-estruturas já aprovado pelo executivo de Rabat para os próximos cinco anos e que ascende a 10,5 mil milhões de euros.

O Governo marroquino conta investir até 2013 cerca de 2,7 mil milhões de euros na construção de novas auto-estradas, as maiores ligando Marraqueche (nas portas do deserto) a Agadir (na costa atlântica), e Fez a Oujda.

Neste programa, estão previstas construções de novas vias férreas e remodelações de gares no montante de 1,8 mil milhões de euros, assim como obras de ampliação e modernização dos aeroportos de Casablanca, Marraqueche e Tanger, tendo em vista possibilitar ao país receber cerca de 30 milhões de passageiros por ano.

Em relação às relações comerciais luso marroquinas, a evolução das trocas comerciais é favorável a Portugal, com as exportações nacionais a conhecerem uma duplicação entre 2001 e 2007.

No mesmo período, as importações de produtos marroquinos cresceram 67 por cento, sendo previsível uma tendência de aumento das exportações (sobretudo de máquinas e equipamentos, o principal motor das vendas portuguesas), enquanto que as importações deverão conhecer flutuações.

"Nos primeiros quatro meses deste ano, face ao período homólogo, as exportações portuguesas registaram um comportamento muito positivo, aumentando 18 por cento, enquanto que as importações diminuíram 33 por cento", referiu fonte diplomática.

Pelos dados do Instituto Nacional de Estatística, em 2007, Marrocos foi o destino de 0,5 por cento das exportações de bens de Portugal (cerca de 200 milhões de euros), enquanto este país do Norte de África se posicionou como o 21º cliente e 47º fornecedor do mercado nacional (cerca de 0,2 por cento das importações nacionais).

Já Portugal foi em 2007 o 11º cliente e 19º fornecedor de Marrocos.



http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/4e309e70c64046c5ebb4bc.html
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Enviado por: comanche em Julho 05, 2008, 01:43:39 am

Portugal/Marrocos: Governos estendem linha de crédito de 200 milhões a projectos na energia e turismo
04 de Julho de 2008, 18:06


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Lisboa, 04 Jul (Lusa) - Portugal e Marrocos assinam sábado um memorando para a ampliação e reestruturação da linha de crédito de 200 milhões de euros, que se destinará a financiar projectos nas áreas da energia e turismo.

O acordo entre os ministérios das Finanças dos dois páises será assinado no final da X Cimeira Luso Marroquina, no Forte de São Julião da Barra, durante uma cerimónia que será presidida pelo primeiro-ministro, José Sócrates, e pelo seu homólogo do Reino de Marrocos, Abbas el-Fassi.

No ano passado, em Rabat, Portugal e Marrocos fizeram uma primeira revisão alta da linha de crédito entre os dois países, duplicando-a de 100 para 200 milhões de euros.

Na cimeira do ano passado, na capital marroquina, os responsáveis políticos dos dois governos concluíram que o montante que esteve em vigor até 2007, de 100 milhões de euros, foi rapidamente esgotado pelos empresários portugueses só com dois projectos de investimento em infra-estruturas: a construção de uma linha de caminho-de-ferro entre Taourit e Nador, e o alargamento da auto-estrada entre Fez e Meknés.

Agora, segundo fonte do executivo de Lisboa, pretende-se constituir uma linha de crédito que contemple projectos nas áreas das energias e do turismo.

"O aumento da linha de crédito, que actualmente se encontra no valor de 200 milhões de euros, "será também acompanhado por uma revisão das condições financeiras", acrescentou a mesma fonte.

Numa cimeira que será dominada pelos temas da energia, Portugal e Marrocos vão ainda assinar bilaterais nas áreas do turismo, de cooperação energética, indústria automóvel e infra-estraestruturas.

A X Cimeira Luso Marroquina vai abrir com um conjunto de reuniões sectorais institucionais envolvendo os ministérios das Finanças, Obras Públicas, Negócios Estrangeiros e Economia (turismo e indústria) dos dois países.

Após o início destas reuniões, José Sócrates tem um encontro a sós com o seu homólogo marroquino, ao mesmo tempo em que se iniciam no Forte de São Julião da Barra reuniões empresariais sectoriais, envolvendo as áreas da energia, infra-estruturas, indústria e turismo.

Pela parte nacional, nas reuniões dos sectores da energia e infra-estruturas participam empresas nacionais como a Galp, a Efacec, a Martifer, EDP, Foment Invest, Casais, Teixeira Duarte e Grupo Lena.

Nas reuniões bilaterais de indústria estarão por Portugal empresas como Imoldes, a Inapal e MCG, e no campo do turismo marcarão presença oito grupos portugueses, entre os quais o Grupo Pestana, a TAP, a Sonae Turismo, a Visa Beira, a Amorim e os Hotéis Reais.

Portugal e Marrocos têm em curso alguns programas de reabilitação de património que envolvem instituições e empresas dos dois países num esforço de recuperação de locais com valor histórico e sua orientação para o turismo.

No ano passado, a IC Cimeira Luso Marroquina terminou com a assinatura de 15 acordos nos domínios das finanças, economia, cultura, ciência e educação, transportes e ambiente.

Entre os acordos celebrados, os mais relevantes incidiram sobre a extradição de cidadãos detidos ou condenados, além da duplicação da linha de crédito de apoio aos investimentos nacionais em obras públicas, que passou de 100 para 200 milhões de euros.

Além desta linha de crédito, cujo financiamento é dado pela Caixa Geral de Depósitos, Portugal e Marrocos renovaram uma segunda linha de crédito no valor de 10 milhões de euros, que se destina a apoiar aquisições feitas a pequenas e médias empresas nacionais.

A área da cooperação científica, cultural e da educação teve três compromissos concretizados no final da cimeira, um deles prevendo a criação de uma comissão mista até 2009 e que, entre outras funções, encarregar-se-á de estudar um plano para a reabilitação de património histórico português na costa marroquina.

Foi também celebrado um protocolo de cooperação entre o Instituto Camões e o Instituto de Estudos Hispano Lusófonos com a Universidade Mohammed V, tendo como objectivo a criação de uma licenciatura em estudos portugueses e o desenvolvimento da investigação histórica e literária.

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Enviado por: comanche em Julho 20, 2008, 04:04:20 am
Portugal/Líbia: Líbia é parceiro estratégico para Portugal - diz Sócrates

Tripoli, 19 Jul (Lusa) - O primeiro-ministro português, José Sócrates, considerou hoje, em Tripoli, que os projectos de investimento mútuos entre Portugal e a Líbia são "muito ambiciosos", sublinhando que o ideal será equilibrar a "grandemente desfavorável" balança comercial portuguesa com a Líbia.

Em declarações à agência Lusa, após um encontro com o líder líbio, Muamar Kadafi, o chefe do executivo de Lisboa salientou a importância de um acordo global de cooperação hoje assinado bem como de quatro memorandos de entendimento que irão permitir equilibrar a balança dos pagamentos entre os países.

"Portugal importa da Líbia cerca de 1.500 milhões de euros, maioritariamente petróleo, e apenas exporta produtos no valor de 10 milhões de euros. As autoridades líbias manifestaram-se totalmente disponíveis para a necessidade de reequilibrar as nossas contas", realçou Sócrates.

Mais investimento português na Líbia e mais investimento líbio em Portugal, bem como apoiar as empresas portuguesas que queiram investir na Líbia são os objectivos desta visita de Sócrates a Tripoli, seguindo o mesmo "raciocínio e estratégia" do que foi feito nos últimos anos em relação ao Brasil, China, Rússia, Venezuela e, mais recentemente, em Angola.

"Temos de diversificar as nossas exportações e a Líbia é um dos nossos parceiros estratégicos", sublinhou à Lusa o primeiro-ministro, após um encontro de mais de uma hora entre a delegação portuguesa que o acompanha e Kadafi.

O encontro conjunto, em que participaram também os ministros portugueses dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, e da Economia, Manuel Pinho, e o embaixador de Portugal em Tripoli, Rui Lopes Aleixo, foi seguido de uma reunião a sós, de cerca de meia hora, entre Sócrates e Kadafi, tendo ambos salientado a "grande amizade" entre os governos dos dois países.

O primeiro-ministro português aproveitou o encontro com Kadafi para agradecer "profundamente" o empenho do líder líbio na realização da Cimeira Europa-África em Dezembro de 2007, sublinhando que sem ele o encontro teria tido algumas dificuldades na sua concretização.

Nas declarações à Lusa, Sócrates salientou a importância das relações políticas, económicas e comerciais, projecto iniciado há cerca de três anos, que continuou com a abertura de uma Embaixada de Portugal na capital líbia em Setembro de 2007 e que culmina hoje com a assinatura do "acordo chapéu" de cooperação.

Nesse sentido, a Líbia vai enviar uma missão empresarial a Portugal dentro das próximas duas semanas, estando também previsto que Manuel Pinho encabece uma delegação das principais empresas portuguesas que deverá deslocar-se a Tripoli entre 10 e 15 de Agosto próximos.

Sócrates, por outro lado, inaugurou hoje, formal e oficialmente, a embaixada de Portugal em Tripoli, na presença de membros do governo líbio, do corpo diplomático acreditado em Tripoli e de um grupo de administradores e empresários de diversas empresas, entre elas a Galp Energia, EDP, Caixa Geral de Depósitos, Banco Espírito Santo, Hagen, Secil, Prológica e Euroatlantic.

A Embaixada Portuguesa em Tripoli funciona desde Setembro de 2007, mês em que Rui Lopes Aleixo iniciou funções, ou seja, 29 anos depois de a Líbia ter aberto uma missão diplomática em Lisboa.

José Sócrates e a sua comitiva, que se reuniram de manhã com o primeiro-ministro líbio, Baghdadi Ali Mah Mudi, que obsequiou a delegação portuguesa com um almoço, regressam a Lisboa ao final da tarde de hoje.

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Enviado por: comanche em Outubro 09, 2008, 12:08:39 am
Marrocos terá investimentos portugueses nas energias renováveis nos próximos meses - João Gomes Cravinho



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Lisboa, 08 Out (Lusa) - O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, João Gomes Cravinho, afirmou hoje que "vai haver investimentos portugueses na área das energias renováveis" em Marrocos, garantindo "desenvolvimentos interessantes no próximo par de meses".

"Há grande curiosidade em Marrocos na experiência portuguesa nesta área e há um enorme interesse em ter aqui empresas portuguesas a trabalhar no eólico, no solar. Vai haver desenvolvimentos interessantes no próximo par de meses" explicou à Agência Lusa o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros.

João Gomes Cravinho conclui hoje uma visita de dois dias a Marrocos com um "balanço muito satisfatório", onde se reuniu com a secretária de Estado e com o ministro marroquino dos Negócios Estrangeiros de Marrocos, Taeb Fihri, e com a Associação Marroquino-Portuguesa de Negócios (AMPA).
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Enviado por: comanche em Novembro 06, 2008, 09:47:16 pm
Argélia: AICEP e empresas portuguesas distinguem embaixador Luís de Almeida Sampaio



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Argel, 06 Nov (Lusa) - A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), em conjunto com representantes de empresas portuguesas estabelecidas na Argélia, distinguem hoje ao jantar o embaixador de Portugal em Argel, Luís de Almeida Sampaio.

Luís de Almeida Sampaio, que transita para a embaixada de Portugal em Belgrado, é homenageado neste jantar de despedida pelo "dinamismo demonstrado na diplomacia económica ao longo de quase quatro anos na chefia diplomática de Portugal na Argélia", segundo os organizadores da homenagem.

Durante o seu mandato em Argel, Luís de Almeida Sampaio foi "figura de proa" na dinamização dos assuntos do foro comercial e económico entre Portugal e Argélia, até então inacessíveis a empresas portuguesas, sublinham os empresários.

Recentes estimativas da AICEP indicam que as empresas portuguesas de consultadoria e obras públicas instaladas na Argélia tenham conseguido até esta altura cerca de 500 milhões de euros de obras em carteira.

As exportações, no primeiro semestre de 2008, também duplicaram, alcançando quase os 100 milhões de dólares (mais de 78 milhões de euros).

No sector financeiro, foi viabilizado um acordo estratégico de cooperação, o que na prática se traduziu num contrato para a reestruturação do Banco Nacional da Argélia (BNA) com o apoio da CGD.

O BES também estabeleceu um escritório na capital argelina.

A nível energético, durante o mandato de Luís de Almeida Sampaio, foi resolvida a contenda que permitiu à empresa argelina Sonatrach deter uma participação social na EDP Energias.

A EDP e a Sonatrach assinaram, em Julho passado, um acordo para o alargamento da sua parceria, tendo em vista projectos de construção de centrais de ciclo combinado na América do Sul, sobretudo no Brasil e na Venezuela.

Luís de Almeida Sampaio passa agora para a chefia da representação portuguesa na Sérvia, sendo substituído na Argélia por António Tânger Correa, que deixa a embaixada de Vilnius, Lituânia.

GZN.

Lusa/Fim
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Enviado por: comanche em Abril 05, 2009, 12:49:29 am
Energias renováveis são chamariz para a Líbia



Brisa e EDP Renováveis visitam pela primeira vez o país liderado por Khadafi e admitem que estão a fazer prospecção de mercado.


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"A Líbia está pronta para fornecer o mundo com energia. Sobretudo com boa energia". A frase é do ministro das infra-estruturas da Líbia, Matong Mohamed Motars e retrata bem a importância que o sector tem para o país. Na sexta visita que Manuel Pinho, ministro da Economia, efectua à Líbia, o sector da energia, especialmente a área das energias renováveis é a bandeira de Portugal para este mercado. Mas se o sector da energia serviu de âncora à esta visita de Manuel Pinho para a cerimónia de inauguração da Feira Internacional de Tripoli, onde estão presentes várias empresas portuguesas - Galp, Amorim, BES, Brisa, Efacec, Unicer, Recer, Resul, EDP Renováveis entre outras -, a verdade é que o ministro diz que "há outros sectores onde existem oportunidades. E estão completamente identificados". Manuel Pinho cita mesmo "a construção, materiais de construção, saneamento básico e infra-estruturas de energia".

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Enviado por: André em Abril 05, 2009, 06:55:13 pm
BES considera Líbia um «mercado absolutamente chave»


O BES considera a Líbia um mercado "absolutamente chave" para a sua estratégia de expansão, devido ao desenvolvimento que tem tido na economia e à crescente presença de empresas portuguesas, disse à Lusa Ricardo Bastos Salgado.

O director coordenador do Departamento de Corporate Banking do Banco Espírito Santo falava à Lusa na Feira Internacional de Tripoli, Líbia, na qual participa pela primeira vez um conjunto de 18 empresas portuguesas.

"A Líbia é um mercado absolutamente chave devido ao desenvolvimento e à dinâmica que tem tido na sua economia e ao apetite que tem tido por parte de empresas portuguesas, ibéricas e até multinacionais, muitas das quais nos têm abordado - e nós também as temos abordado - para virem para este mercado nos mais variados sectores", disse Ricardo Bastos Salgado.

O director coordenador destacou mesmo como um dos sectores com mais interesse o da construção.

O BES, segundo Ricardo Bastos Salgado, criou uma unidade chamada Unidade Internacional Premium dentro do Departamento de Corporate Banking destinada a apoiar "muito proactivamente todas as empresas portuguesas clientes ou potenciais clientes para virem para os novos mercados".

"Dentro dos novos mercados, toda a região do Magrebe é uma absoluta prioridade para o BES", frisou. Nesta região "temos trabalhado muito com Marrocos, onde temos uma presença efectiva através de uma participação accionista na Banque Marocaine du Commerce Extérieur", lembrou Ricardo Bastos Salgado.

A Argélia é outra das apostas, onde o BES tem "uma parceria estratégica e muito positiva" com o Banco Exterior da Argélia.

Passo seguro na estratégia líbia foi o de encontrar parceiros locais. "Há um conjunto curto de bancos aqui na Líbia com os quais temos uma relação muito positiva e com os quais já temos, de facto, trabalhado muito em termos de operações financeiras quer na exportação, da Europa para cá, quer também em investimento aqui na região", adiantou Ricardo Bastos Salgado.

O mercado líbio foi identificado como estratégico pelo Governo português e por muitas empresas que querem usar o país como rampa de lançamento para outros mercados em África ou no Mediterrâneo.

O BES já é parceiro financeiro da grande maioria, quer das 18 empresas portuguesas presentes na Feira Internacional de Tripoli, quer da dezena de outras que acompanharam o ministro da Economia, Manuel Pinho, numa ronda de reuniões com membros do Governo líbio.

Lusa
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Enviado por: Chicken_Bone em Junho 21, 2009, 10:29:19 pm
Especialista defende continente
África é o melhor mercado para retorno de investimento

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Perito diz que continente está a mudar e este é o momento para reconsiderar o seu potencialO retorno de investimento estrangeiro é maior em África, defende um especialista.

De acordo com o professor da Universidade de Witswatersrand, África do Sul, John Luiz, «África oferece o mais elevado retorno do investimento estrangeiro em todo o mundo, deixando a grande distância todas as outras regiões», disse citado pela Lusa.

Numa conferência sobre «Cooperação num Quadro Internacional de Desafio Energético e Alimentar», o responsável lembrou ainda que «África é um dos continentes menos compreendidos. As ideias dos investidores são condicionadas pelas notícias negativas e pelo pouco que se conhece do mundo empresarial, mas o continente está a mudar e este é o momento para reconsiderar o potencial deste vasto mercado de 850 milhões de pessoas», atirou.

O especialista deixou ainda o alerta: «as telecomunicações, designadamente o uso de telemóveis, por exemplo, cresceram de forma consolidada, entre 1999 e 2004, com taxas de crescimento de 58%, enquanto na Ásia, esse crescimento, durante o mesmo período se ficou pelos 35%.


http://www.agenciafinanceira.iol.pt/not ... 2&main_id= (http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=1070572&main_id=)
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 04, 2011, 08:33:17 pm
Projectos portugueses no Magrebe com ordem para parar

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg525.imageshack.us%2Fimg525%2F9835%2Fafric.jpg&hash=a92fc920567c12f8946df0d0c23d2771)

Os países do Magrebe têm «grandes potencialidades e Portugal tem ali uma grande capacidade competitiva, sendo aquela região um eixo estratégico da diplomacia económica portuguesa». Há quase um ano, quando fazia esta declaração, o presidente da AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal estava longe de imaginar o cenário de revolta que iria rebentar no Norte de África - primeiro na Tunísia, agora no Egipto, e com o risco de alastrar a outros países árabes, como a Argélia, a Líbia ou Marrocos.

Grande defensor, durante anos, do Magrebe como pólo diversificador das exportações e da internacionalização das empresas portuguesas, Basílio Horta considera agora que «este não é momento para os portugueses investirem naqueles mercados», devido à crise política e social que estão a viver.

Em declarações ao SOL, o responsável - que antes, ao lado do primeiro-ministro José Sócrates, apelava a uma atitude de confiança das empresas portuguesas no Norte de África - recomenda agora que «os novos projectos de investimento sejam travados até que assente a poeira». Basílio Horta aconselha os empresários a esperarem para ver qual vai ser a evolução política nestes países, «uma vez que ainda não se sabe qual vai ser o desfecho: democracia ou radicalismo, e estes fenómenos têm riscos reais para a vida das pessoas e para os negócios».

A AICEP está, segundo o seu presidente, a acompanhar, diariamente, a situação. Para ajudar a este trabalho, um responsável da Agência para o Investimento foi enviado na terça-feira passada para a Argélia. «Temos informações de que há já uma manifestação marcada para o dia 12 de Fevereiro na Argélia e este país preocupa-nos muito, porque temos lá muitas empresas», justifica Basílio Horta. Já o Egipto era, ironicamente, um dos três mercados escolhidos pela AICEP para expandir as relações económicas de Portugal em 2011, relata o responsável, argumentando que «é a segunda maior economia de África e quase não era explorada por Portugal».

A actividade das empresas lusas a operar no Egipto já está a sofrer as consequências das agitações populares, espoletadas pela subida dos alimentos. A Cimpor reduziu a produção nas fábricas de cimento que detém nos arredores de Alexandria; a WeDo, do Grupo Sonae, tem os seus escritórios do Cairo encerrados há uma semana; e a Parfois foi saqueada, durante os tumultos, nas duas lojas que detém em Alexandria, segundo noticiou o Jornal de Negócios na terça-feira. Até ao fecho desta edição, não foi possível apurar desenvolvimentos junto das empresas em causa.

O presidente da Câmara do Comércio Luso-Árabe diz ao SOL estar confiante de que no caso da indústria cimenteira «não haverá razões de preocupação maior, dadas as necessidades do Egipto deste material de construção». Quanto a perspectivas sobre o alastramento das revoltas a outros países da região, Ângelo Correia considera que «ainda estamos no momento de análise» e salienta que «uma coisa já é certa: estamos a assistir a uma mudança de política no mundo islâmico, com o final das autocracias».

O SOL tentou contactar as principais empresas que estão a operar na Argélia, Tunísia, Marrocos e Líbia e as que têm projectos anunciados para estes países, mas não recebeu respostas oficiais. Informalmente, fontes de algumas empresas explicam o silêncio, argumentando que o assunto é delicado, tendo contornos diplomáticos e políticos, além dos económicos.

SOL
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 26, 2011, 02:00:36 pm
Consórcio português tem 17 milhões de €€ congelados na Líbia

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.way2b-ace.com%2Fupload%2Fimgs%2Flogotipos%2Fway2b_sgps2.JPG&hash=45e03e53d059e1220edc9b5b85cd5091)


O consórcio português Way2B tem 17 milhões de euros congelados na Líbia e mantém 18 funcionários líbios no terreno, estando preparado para continuar dois anos sem resultados imediatos, disse o presidente do grupo. «Os empresários têm de ter paciência. Não somos corredores de provas de 100 metros. Somos corredores de maratona. Isto é uma grande oportunidade, tudo há de acabar bem. É uma grande oportunidade para Portugal», afirmou o presidente do Way2B, José Teixeira, cujo agrupamento de empresas viu ser adjudicada, em 2008, a construção de dois 'campus' universitários em Al-Khoms e Benghazi.

Enquanto em Al-Khoms o Way2B, com sede em Braga, já tinha estaleiro montado, em Benghazi ainda não tinha sido emitida nenhuma factura, explicou José Teixeira. Assim, em Al-Khoms, a relação com a comunidade foi-se desenvolvendo, chegando a um ponto em que, neste momento, os geradores do consórcio estão a alimentar a iluminação da cidade.

«O nosso estaleiro foi relativamente salvaguardado. Tínhamos lá apenas pequenas intrusões, justamente por termos criado junto daquela comunidade uma relação muito próxima», comentou José Teixeira, que salientou que o projecto pode estar suspenso, mas que os resultados políticos são algo que esperavam «entusiasticamente».

O prejuízo que o Way2B (que engloba as empresas DST, ABB, Britalar, J. Gomes e Rodrigues & Névoa) susteve ao longo deste período «é o investimento que está por receber», segundo o presidente do agrupamento, bem como os 17 milhões de euros parados no Sahara Bank que não podem ser utilizados, uma decisão implementada no começo da revolta líbia.

Porém, o consórcio possui uma segunda conta, no Aman Bank, este participado em 40 por cento pelo Banco Espírito Santo, que continua a ser movimentada sem problemas, estando em dinares líbios, e que é usada para pagar aos seis quadros técnicos e aos 12 seguranças que empregam no terreno.

José Teixeira destacou, ainda, que desde o começo da revolta que o agrupamento deixou de ter interlocutor junto da tutela, mantendo, contudo, o contacto regular com os funcionários que se encontram em Al-Khoms.

«Quando isto se iniciou foi muito claro para nós que vamos estar aqui dois anos a alimentar o projecto, mas sem querer resultados imediatos», disse o presidente do Way2B, ressalvando que os acordos assinados bilateralmente previam rupturas deste género.

Segundo o responsável, «houve uma aprendizagem» por parte do consórcio, tendo sido feitas parcerias entre as universidades de Tripoli, Porto e Minho, no sentido de promover o intercâmbio de estudantes dos dois países, num «processo de proximidade» que permitiu aos envolvidos aprender língua e cultura árabe.

«Para nós foi óptimo que se tivesse este desfecho, que é um desfecho de democracia, o que é óptimo para os negócios», salientou José Teixeira.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: miguelbud em Setembro 29, 2011, 01:21:04 pm
Casais e MonteAdriano participam na linha de Alta Velocidade entre Tânger e Casablanca

As construtoras portuguesas Casais e MonteAdriano vão participar, em consórcio, na construção da linha de alta velocidade que vai ligar Tânger a Casablanca. A obra arranca hoje e conta com a participação do Rei de Marrocos e do presidente da França.

A cerimónia oficial de início dos trabalhos decorre hoje, às 11h30 (hora local), na gare ferroviária de Tanger-Ville e será presidida pelo Rei Mohamed VI e por Nicolas Sarkozy.

Seis anos após o início da actividade em Marrocos, e com a continuidade da grande obra do Four Seasons Resort Marrakech, este continua a assumir-se como um dos mercados de aposta da área internacional da Casais.

“A estratégia iniciada em 2007 assenta na consolidação do mercado com o posicionamento de empreiteiro geral de referência, abrindo portas para o aumento das obras em carteira nos segmentos da engenharia e do ambiente”, enfatiza a o grupo bracarense Casais, em comunicado.

Neste momento, a Casais tem curso os trabalhos de captação de água da barragem Hassan I, em Azilal, uma estação de tratamento de água, em Beni Mellal, e a Embaixada do Canadá em Marrocos, situada em Rabat.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=508783 (http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=508783)
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 07, 2012, 11:40:54 am
Marrocos quer mais empresas portuguesas no país


O ministro dos Negócios Estrangeiros de Marrocos defendeu hoje, em entrevista à agência Lusa, o reforço da cooperação entre Portugal e Marrocos e defendeu uma maior presença das empresas portuguesas no país.

Saad Dine El Otmani, que termina hoje uma visita oficial de dois dias a Portugal, que inclui encontros com o presidente da República, Cavaco Silva, com o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, frsiou o papel da cooperação económica como uma forma de reforçar os laços entre os dois países.

"As empresas portuguesas devem e podem instalar-se ainda mais em Marrocos. O país inteiro, atualmente, é um estaleiro. Temos muitos projetos grandes, em todas as regiões de Marrocos e acredito que as empresas portuguesas podem ter parte deste mercado", afirmou o ministro, na entrevista à Lusa.

Mais de 150 empresas portuguesas, incluindo grandes grupos como a Cimpor, nos cimentos, ou a Sonae, no retalho, têm operações em Marrocos, segundo dados oficiais marroquinos.

Saad Dine El Otmani disse ainda que a estratégia marroquina para as relações com Portugal passa também pelo reforço da cooperação política e institucional.

"Antes de tudo, as consultas políticas entre os dois países devem aumentar (...). Também ao nível da sociedade civil, do parlamento português e do parlamento marroquino, as relações devem aumentar", afirmou.

"As relações [bilaterais] são mais sólidas quando estão ancoradas na sociedade, quando há uma aproximação entre os dois povos. Não nos contentaremos só com uma aproximação superficial entre os homens políticos, ou entre governos", acrescentou.

Para além das relações de vizinhança com Portugal - em linha reta, Rabat é a capital mais próxima de Lisboa - Saad Dine El Otmani destacou a importância das relações entre Marrocos e a União Europeia (UE), para ajudar quer a economia marroquina quer a economia europeia a sair da atual crise.

"Estamos a cooperar com todos os amigos de Marrocos e sem dúvida que a UE tem um papel muito importante. Eu digo sempre aos meus amigos europeus que é verdade que Marrocos precisa da UE, mas a UE também precisa de Marrocos", afirmou.

A UE é o maior parceiro comercial de Marrocos, absorvendo cerca de 60 por cento das exportações do país e sendo origem de 45 por cento das importações.

"Marrocos, com as suas redes no Magrebe e no mundo árabe e muçulmano e com as suas redes em África, pode ser muito útil à Europa, e a Europa pode também ajudar Marrocos nesta conjuntura. Um precisa de outro", concluiu Saad Dine El Otmani.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 14, 2012, 07:37:46 pm
Empresas nacionais com benefícios fiscais na Argélia


Ao Diário Económico, o ministro da Economia anunciou o interesse da Argélia em avançar com uma série de benefícios fiscais" às empresas nacionais.

As empresas portuguesas que queiram investir na Argélia deverão ter benefícios fiscais e condições de financiamento a taxas de juro bastante atractivas, disse hoje, em declarações por telefone ao Diário Económico, o ministro da Economia e Emprego Álvaro Santos Pereira.

"Tivemos reuniões muito produtivas e o primeiro-ministro argelino referiu o interesse em avançar com uma série de benefícios fiscais e de condições de financiamento atractivas para as empresas portuguesas que queiram entrar no mercado argelino, também em parceria com empresas deste país", anunciou Álvaro Santos Pereira, que hoje termina uma visita de dois dias à Argélia.

Questionado pelo Económico sobre se, nas reuniões com as autoridades argelinas, se tinha abordado o tema das privatizações, o ministro da Economia admitiu que sim mas garantiu que não foram referidas empresas em concreto. "Falámos sobre esta questão mas ela será mais explorada nas reuniões no próximo mês e numa cimeira que haverá, ao mais alto nível, ainda este ano", explicou o ministro.

Em meados de Março será a vez de uma delegação argelina visitar Portugal, para uma segunda reunião do grupo de trabalho luso-argelino e para dois novos encontros com o ministro da Indúsria e o ministro dos Correios e Comunicações daquele país, disse ainda ao Económico Álvaro Santos Pereira. "O saldo foi positivo, estamos a fechar protocolos nas mais variadas áreas e queremos garantir boas condições para as empresas portuguesas".

A visita do ministro da Economia à Argélia serviu de mote para a presença de cerca de dez empresas portuguesas, entre elas a Critical Software, que prepara a entrada naquele mercado, como noticia o Diário Económico na edição de hoje.

Diário Económico
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 16, 2012, 06:20:38 pm
Sonae Sierra entra na Argélia para desenvolver e gerir centros comerciais


A Sonae Sierra, empresa especializada em centros comerciais, anunciou hoje a entrada na Argélia, através da criação da Sierra Cevital, em parceria com o grupo argelino Cevital, para as atividades de desenvolvimento, gestão e comercialização de centros comerciais. "A parceria permite juntar as nossas competências e experiência no setor dos centros comerciais com o conhecimento que a Cevital tem do mercado argelino. Estamos certos que a combinação destes fatores irá ter um impacto positivo no desenvolvimento da nossa atividade na Argélia", afirmou o presidente da Sonae Sierra, Fernando Guedes de Oliveira.

A prestação de serviços de comercialização e de gestão de centros comerciais foi uma das estratégias da empresa do grupo liderado por Paulo Azevedo, para responder à crise internacional, que permite conhecer novos mercados, onde depois poderá avançar com investimentos diretos em projetos.

O parceiro da Sonae Sierra para a Argélia é a Cevital, um grupo argelino com interesses em diversas áreas de negócio, nomeadamente indústria alimentar, construção, fabricação de vidro e revenda automóvel e, mais recentemente, lançou-se na grande distribuição com a marca de hipermercados Uno.

Em comunicado, o administrador da Cevital, Salim Rebrab, disse que "a Argélia tem um défice de centros comerciais que possam oferecer uma experiência de lazer e de comércio moderna".

A Sonae Sierra realça que "para o setor dos centros comerciais, a Argélia é um mercado atractivo, com 36 milhões de habitantes, onde 60% da população tem menos de 30 anos, em franco desenvolvimento económico e com uma indústria dos centros comerciais com grande potencial de crescimento, pois tem uma Área Bruta Locável por habitante relativamente baixa - 5 metros quadrados/1.000 habitantes -, comparativamente com a União Europeia, por exemplo, que se situa nos 226 metros quadrados/1.000 habitantes".

"Em termos macroeconómicos, a economia Argelina apresentou uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto de 3,6 por cento em 2010, existindo perspetivas de atingir um crescimento anual de 3,5 por cento até 2013", acrescenta.

A Sonae Sierra tem 49 centros comerciais em operação, sendo que 31 destes centros se encontram fora de Portugal, nomeadamente em Espanha, Itália, Grécia, Alemanha, Roménia e Brasil, cinco em construção e outros seis projetos em diferentes fases de desenvolvimento em Portugal, Itália, Alemanha, Grécia, Roménia e Brasil.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Março 15, 2012, 08:33:14 pm
Santos Pereira apela a ida de empresas para a Argélia


As empresas portugueses devem procurar cada vez mais oportunidades na Argélia e as infra-estruturas podem ser uma boa oportunidade para exportar e investir, disse hoje o ministro da Economia num seminário sobre as trocas económicas entre os dois países. O ministro da economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, fez hoje a intervenção de abertura do Seminário Económico Portugal-Argélia, organizado pelo IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, em Lisboa.

O governante recordou a viagem feita pelo seu gabinete e vários empresários àquele país, em Fevereiro, para afirmar que essa visita permitiu «reforçar ligações e contactos entre Portugal e Argélia» e levou ainda à criação de um grupo de trabalho entre os dois países para «identificar áreas onde as empresas podem reforçar os investimentos e as exportações».

Depois da primeira reunião deste grupo, em Fevereiro, na Argélia, hoje decorre a segunda reunião desse grupo de trabalho com representantes dos Governos dos dois países, no Ministério da Economia, em Lisboa.

Questionado pela Lusa à margem deste seminário sobre as áreas em que as empresas portuguesas devem apostar na Argélia, Álvaro Santos Pereira destacou os sectores ligados às infra-estruturas, que estão a ser alvo de um grande investimento naquele país do Norte de África.

O ministro destacou ainda os sectores têxtil e agro-alimentar e afirmou que há uma grande apetência por empresas relacionadas com as tecnologias de informação e comunicação. Santos Pereira deu ainda o exemplo de uma empresa de conservas portuguesa que estabeleceu negócios na Argélia depois de integrar a visita governativa ao país em Fevereiro

Presente no mesmo evento, o ministro da Indústria, das Pequenas e Médias Empresas e da Promoção do Investimento da Argélia, Mohamed Benmeradi, disse que Portugal já está actualmente presente no país do Norte de África nos sectores da construção civil, trabalhos marítimos e serviços, mas afirmou que há ainda muitas oportunidades para aproveitar já que «as trocas económicas [entre os dois países] ainda estão muito abaixo das potencialidades».

Tal como Santos Pereira já tinha afirmado, Benmeradi destacou precisamente o investimento que está a ser feito pelo Governo da Argélia nas infra-estruturas, caso de redes rodoviárias, caminhos-de-ferro, estruturas portuárias e aeroportuárias, oportunidades que as empresas portuguesas devem aproveitar, afirmou.

O ministro argelino disse ainda que nos últimos anos a Argélia tem sofrido um processo de transformação da sua economia, com a execução de várias reformas centradas, sobretudo, no fim dos monopólios e na entrega a privados de sectores antes nas mãos do Estado, para as quais o investimento estrangeiro é fundamental.

«Damos uma grande importância ao investimento privado enquanto instrumento de mudança da Argélia na economia mundial», disse Mohamed Benmeradi, que destacou ainda os avanços do seu país em termos de indicadores macroeconómicos que favorecem o investimento.

O ministro destacou o crescimento do PIB em seis por cento em 2011, a taxa de desemprego de 10 por cento (face aos 30 por cento de 2000) e a manutenção da inflação nos 4,5 por cento pelo segundo ano consecutivo.

No final deste seminário, vão realizar-se reuniões bilaterais entre empresas portuguesas e argelinas.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Março 20, 2012, 12:28:20 pm
Tripoli tem intenção de preservar contratos com Portugal


O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros disse hoje em Tripoli que é essencial preservar os interesses de Portugal e ajudar os líbios a abrir caminho no sentido das novas oportunidades num contexto constitucional. «É intenção das autoridades líbias preservar juridicamente a estabilidade dos contratos com Portugal», disse Paulo Portas que defendeu a manutenção dos interesses das empresas portuguesas no país.

«Era essencial preservar o lugar de Portugal no futuro de uma Líbia em transformação e que faz parte de sociedades islâmicas que estão também em transformação. Cada caso é um caso e é bom que haja na Europa países que sigam com atenção estes fenómenos», disse Paulo Portas aos jornalistas que acompanham a visita, no final de um encontro com o vice-primeiro-ministro e com o ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de transição líbio.

Paulo Portas afirmou que em 2012 as trocas comerciais entre Portugal e a Líbia decresceram «como é normal a seguir a uma revolução», mas defendeu que agora é possível recuperar e sublinhou que a produção de petróleo tem conhecido progressos.

«Registo como elemento positivo que a produção de petróleo na Líbia já superou os 70 por cento face ao que era normal antes da revolução, o que significa que os líbios estão a reequilibrar, pelo menos, a área dos recursos naturais que é essencial para a economia deste país», afirmou o chefe da diplomacia portuguesa, numa referência à situação da petrolífera portuguesa no país.

«A GALP é tradicionalmente cliente dos recursos naturais da Líbia e manteve firme o seu compromisso com este país e foi até distinguida entre as companhias internacionais como uma das preferenciais. Portanto, Portugal é um país bem visto relativamente à transformação. Evidentemente, quanto mais normalidade existir na Líbia, mais podemos aproveitar de um clima de recuperação económica que ainda é muito incipiente, precisamente por causa da transição», explicou o ministro dos Negócios Estrangeiros.

«É preciso abrir caminho para que haja mais oportunidades. A partir do momento que a Líbia fizer eleições, tiver um governo definitivo, pode tomar decisões que as empresas portuguesas estejam bem colocadas e há uma série de áreas onde há boas condições», acrescentou Paulo Portas.

O ministro sublinhou que o país enfrenta um período de transição.

«Temos de compreender que estamos numa fase de transição como nós próprios vivemos há quase quatro décadas e que quem os acompanhar e que quem os compreender e os ajudar, como nós tivemos a preocupação em fazer quer no Conselho de Segurança, quer no Comité de Sanções sobre a Líbia, obviamente será um país bem colocado para o futuro», referiu.

Paulo Portas tem ainda previsto hoje um encontro com empresários portugueses que mantêm interesses na Líbia.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Março 27, 2012, 10:53:27 pm
Empresas de mármores procuram oportunidades na Líbia


A crise da construção em Portugal levou sete empresas do sector dos mármores da região de Sintra, a criarem um consórcio que procura agora oportunidades de negócio na Líbia. A primeira missão empresarial à região terminou ontem e contou com o apoio da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), da eurodeputada Ana Gomes e da Junta de Freguesia de Montelavar.
 
"O balanço da visita é positivo. Foram feitos contactos importantes com empresas de material de construção, arquitectos e pessoas ligadas ao sector na Líbia", avança Ana Gomes, ao Diário Económico. Já Lina Ardês, presidente da junta de Montelavar, realça que "o objectivo [da missão] passa por conhecer o mercado e criar oportunidades de negócio para as empresas portuguesas".
 
Participaram nessa missão sete PME, que empregam, cada uma, entre 18 e 22 pessoas. São elas a António Manuel Timóteo e Filhos, Duarte Cabeça - Mármores e Granitos, Duarte - Mármores e Granitos, Lucidal - Mármores e Cantarias, Mármores Timóteos, Pedra Única e Roufimar - Indústria de Mármores.

Diário Económico
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 11, 2012, 07:53:14 pm
Sonae Sierra reforça presença em Marrocos


A Sonae Sierra assinou o terceiro contrato de prestação de serviços de gestão do desenvolvimento de centros comerciais em Marrocos. O negócio com a marroquina Marjane, divulgado esta terça-feira no Porto, é mais um passo para o reforço da presença naquele mercado emergente, onde a empresa portuguesa entrou há um ano e meio. O CEO da empresa, Fernando Guedes de Oliveira, relevou ao SOL que, até ao final do ano, a Sonae Sierra espera «fechar mais contratos» no país do Norte de África, que tem mais de 34 milhões de habitantes.

«Eu diria que, no curto prazo, espero fechar mais 2 ou 3 contratos em Marrocos», disse ao SOL o administrador.

Para Fernando Guedes de Oliveira, o contrato assinado na última sexta-feira «confirma o sucesso» da aposta da Sonae Sierra naquele mercado e é «o reconhecimento do conhecimento e experiência» da empresa “em todas as áreas do negócio de centros comerciais”.

A Marjane pertence ao Grupo ONA e é a maior cadeia de hipermercados e supermercados a operar em Marrocos, país que em 2011 registou uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,1%.

O novo centro comercial resulta da remodelação e expansão da actual galeria e hipermercado Marjane Californie, em Casablanca, e tem abertura prevista para 2015.

Terá um total de 37.510 m² de área bruta locável, 168 lojas e 2.078 lugares de estacionamento.  

Para além da gestão de projecto e de engenharia durante toda a fase de desenvolvimento, a empresa da holding Sonae ficará responsável por criar o conceito de arquitectura e paisagismo, definir layouts comerciais, efectuar estudos de mercado, definir a estratégia de marketing e estudar a circulação e sinalização dos parques de estacionamento.

A Sonae Sierra entrou em Marrocos em Março de 2011, com a assinatura de um contrato com a Marjane e outra empresa marroquina, a Foncière Chellah (Grupo CDG – Caisse de Dépôt et de Gestion) para a prestação de serviços de desenvolvimento do projeto Marina Shopping Casablanca, que integra habitação, lazer e negócios. Em 2012, também com a Marjane, a empresa fechou contrato para o desenvolvimento de um centro comercial integrado no empreendimento imobiliário Ibn Tachfine, também em Casablanca.

SOL
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 17, 2013, 03:54:56 pm
Portugal vai construir 75 mil casas na Argélia no valor de 4 mil milhões de €€€


Portugal assinou hoje quatro protocolos com a Argélia no valor total de mais de 4 mil milhões de euros para a construção de 75 mil habitações e importação de material de construção.

O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, está na Argélia desde sábado com uma comitiva de empresários portugueses para a formalização de acordos entre empresas portuguesas e argelinas com vista à construção de habitações naquele país do norte de África.
 
Em declarações à agência Lusa, o ministro da Economia e do Emprego adiantou que estes acordos são resultado de trabalho feito durante o último ano e revelou que os objectivos iniciais foram já ultrapassados.
 
«Nós viemos para Argel já sabendo que havia pelo menos três protocolos que iam ser assinados entre empresas argelinas e empresas portuguesas que iam dar azo a 65 mil casas, mas as coisas estão a correr muito bem cá e, por isso mesmo, houve um reforço desse entendimento e neste momento já temos quatro protocolos, onde se prevê a construção de 75 mil casas», adiantou Álvaro Santos Pereira.
 
Acrescentou que em causa estão valores superiores a 4 mil milhões de euros, valor que poderá «chegar perto» dos 5 mil milhões de euros caso se consiga assinar outros dois protocolos, previstos para meados de Março.
 
Os contratos assinados estão nas mãos de quatro construtoras portuguesas, estando previstos 20 mil fogos para o grupo Prebuild, que está igualmente envolvida na exportação de material de construção, 25 mil fogos para a empresa Paínhas, outros 20 mil para a Lena Construções e 10 mil para a Gabriel Couto.

Económico
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Março 03, 2013, 03:22:34 pm
Portugal devia apostar em «exportar» para o Quénia, diz cônsul honorário


Mais do que investir ou montar negócio, "Portugal podia olhar" para o Quénia com olhos de "exportar", defende o cônsul honorário, residente há duas décadas no país africano, que vai a votos na segunda-feira.

A embaixada de Portugal em Nairobi foi suprimida com a restruturação da rede externa diplomática e consular decidida pelo Governo e inscrita no Orçamento do Estado para 2013. Na sequência disso, José Saldanha foi convidado, no natal passado, a assumir funções de cônsul honorário.

Em entrevista à agência Lusa, de passagem por Lisboa, não escondeu "um certo orgulho" por "representar Portugal" em Nairobi, capital do Quénia.

O gestor e administrador delegado da Kenya Postel Directories - "joint venture" da Directel, subsidiária da Portugal Telecom, e da local Telkom Kenya - presta apoio à comunidade portuguesa, sem receber "retribuição monetária".

São poucos os portugueses que vivem no Quénia, mas José Saldanha compromete-se "a fazer um levantamento de todos", residentes de longa ou curta duração.

Mesmo antes de fazer esse retrato, o recém nomeado cônsul adianta já que o Quénia "tem mais espaço" para Portugal. Não para investir ou montar negócio, mas para "exportar", por exemplo vinho, aponta.

"Acho extremamente difícil, para um português, ir, assim de repente, investir no Quénia. O Quénia está muito dominado pela comunidade indiana, pela comunidade ismaelita. Os ingleses têm sempre uma palavra a dizer e a África do Sul está a fazer algumas investidas sérias", justifica.

No Quénia, "há muita gente a beber vinho" e "o vinho já tem preços mais acessíveis", mas só lá chegam "vinhos sul-africanos, com fartura, chilenos, argentinos, australianos", enumera. "Não percebo por que não fazemos um esforço e exportamos para lá também", lamenta.

Convicto de que o vinho não seria o único produto português com mercado no Quénia, José Saldanha promete "dar dicas" após estudar melhor o cenário.

Na segunda-feira, o Quénia vai a votos, em eleições gerais, para escolher presidente e representantes nacionais, regionais e locais.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Abril 09, 2013, 10:55:19 pm
Argélia está interessada no programa de privatizações do Governo


O ministro da Indústria argelino, Chérif Rahmani, afirmou hoje em Lisboa que a Argélia está interessada no programa de privatizações do Governo português, numa visita que está a efectuar a Portugal com uma comitiva de empresários argelinos. Acompanhado pelo ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, - com o qual assinou na manhã de hoje uma série de protocolos de cooperação económica entre os dois países - Chérif Rahmani disse, em conferência de imprensa, que a Argélia esta interessada em algumas empresas públicas portuguesas.

"Portugal tem um grande programa de privatizações e a Argélia segue com grande interesse as oportunidades que estão abertas no sector público", afirmou o ministro argelino, acrescentando que o sector público "dos serviços, financeiros e outros sectores, como o industrial e tecnológico são extremamente interessantes para a Argélia".

Chérif Rahmani adiantou estar convencido que "as parcerias não são de sentido único e que devem ser reversíveis para criar uma corrente contínua das duas economias", até porque a Argélia "não é unicamente fornecedor de energia, pelo que estamos interessados em parcerias com um grande país".

O ministro argelino da Indústria alertou também que as soluções da crise para Portugal "não estão sempre a Norte mas também a Sul, não só pelas razões económicas, mas também por razões de segurança regional".

Álvaro Santos Pereira disse na mesma conferência de imprensa que, com a assinatura dos protocolos com a Argélia, Portugal está "a dar mais um passo importante para reforçar a cooperação entre os dois países. Um passo que está a ser feito no âmbito da indústria e na área da cooperação quer ao nível das TIC [empresas tecnológicas], quer ao nível da energia, da metalomecânica, dos têxteis e do calçado".

A intenção dos dois governos, segundo o ministro português, "é conseguir concretizar projectos concretos", como foi feito "há umas semanas no sector da construção de habitação", acrescentando que, nos próximos tempos, os projectos com a Argélia "podem somar até 4 mil milhões de euros".

O ministro da Indústria da Argélia está em Lisboa com cerca de 50 empresas argelinas que se reunirão num Fórum Empresarial Portugal-Argélia e vai ainda visitar a fábrica Sumol/Compal.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Maio 17, 2013, 02:07:55 pm
Marrocos é a janela de oportunidade para sectores estagnados


Sérgio Monteiro descreveu Portugal como um “showroom” que mostra as capacidades técnicas que as empresas portuguesas têm em áreas fundamentais para o momento de desenvolvimento que o Reino de Marrocos vive. A experiência de Portugal deverá ser partilhada com Marrocos tanto a nível empresarial como em termos de conceitos como as Parcerias Público Privadas.

“Marrocos precisa de Portugal”, afirmou o secretário de Estado das Obras Públicas , Transportes e Comunicações, durante a conferência Marrocos/Portugal: uma parceria estratégica, organizada pelo SOL. “Mas Portugal precisa muito dos países amigos para os sectores que já tiverem uma enorme importância em termos de empregos e criação de riqueza” acrescentou.

A vaga de investimento público em Marrocos poderá ser fundamental para a recuperação económica do mercado português. O secretário de Estado das Obras Públicas , Transportes e Comunicações falou das empresas portuguesas como detentoras de uma enorme experiência e capacidade de adaptação.

Sérgio Monteiro alertou ainda para o facto de Portugal e Marrocos não poderem ver a sua oferta de serviços, nomeadamente portuários, como concorrentes, mas sim como complementares. “Tanger não concorre com Sines, Sines não concorre com Lisboa e Lisboa não concorre com Tanger”.

As relações diplomáticas e económicas entre os dois países deverão manter um contacto permanente para que seja possível garantir que os interesses estão alinhados. “Aceitamos humildemente que precisamos de fazer mais e melhor, estimulados pelo facto de Marrocos precisar muito de Portugal e Portugal precisar muito de Marrocos”, concluiu.

SOL
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Junho 17, 2013, 03:53:11 pm
Mota-Engil ganha obras de 500 milhões de euros em África


A Mota-Engil anunciou no domingo ter ganho a adjudicação de obras em vários países africanos, no valor de 500 milhões de euros, projectos que incluem a entrada da empresa nos novos mercados da Zâmbia e Gana. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Mota-Engil informou sobre a adjudicação de três contratos para a reabilitação de três secções da “Great East Road” na Zâmbia, com o valor total de 118,6 milhões de euros.

De acordo com a construtora, as obras na Zâmbia estão enquadradas no programa de apoio europeu ao desenvolvimento do país do centro africano, que faz fronteira com outras três nações onde o grupo já opera: Angola, Malawi e Moçambique.

“A Zâmbia é um dos países que tem vindo a ser estudado pelo grupo, com vista a concretizar a sua visão de empresa pan-africana, contribuindo para o desenvolvimento de toda a região subsariana”, refere a Mota-Engil em comunicado.

No Gana, a construtora ganhou a adjudicação da obra de protecção costeira em Accra, no valor de 70 milhões de euros.

Para a Mota-Engil, esta obra “demonstra a capacidade da empresa nas diversas vertentes das infra-estruturas de desenvolvimento da região, acrescendo às recentes adjudicações de estradas, barragens (…) uma obra marítima”.

A empresa informou também que recentemente obteve a adjudicação da obra de reabilitação e adaptação da linha do Sena, em Moçambique, para o aumento de capacidade da linha férrea Beira-Moatize. Estes trabalhos, a realizar em parceira com Edivisa, ascendem a 162,7 milhões de euros.

No Malawi, a construtora ganhou o projecto de reabilitação de 100 quilómetros de linha férrea do Corredor de Nacala, entre Nkaya e Entrelagos, com a duração prevista de 78 milhões de euros.

Já em Angola, diversos projetos não especificados totalizam cerca de 50 milhões de euros.

No comunicado, a Mota-Engil destacou ainda “a recente adjudicação do primeiro contrato para a recolha de resíduos, durante cinco anos, na cidade de Maputo, alargando para Moçambique a actividade deste segmento de diversificação dos negócios do grupo em África, que até agora só se havia expandido para Angola”.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: nelson38899 em Junho 17, 2013, 05:04:47 pm
Citação de: "Lusitano89"
Mota-Engil ganha obras de 500 milhões de euros em África


A Mota-Engil anunciou no domingo ter ganho a adjudicação de obras em vários países africanos, no valor de 500 milhões de euros, projectos que incluem a entrada da empresa nos novos mercados da Zâmbia e Gana. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Mota-Engil informou sobre a adjudicação de três contratos para a reabilitação de três secções da “Great East Road” na Zâmbia, com o valor total de 118,6 milhões de euros.

De acordo com a construtora, as obras na Zâmbia estão enquadradas no programa de apoio europeu ao desenvolvimento do país do centro africano, que faz fronteira com outras três nações onde o grupo já opera: Angola, Malawi e Moçambique.

“A Zâmbia é um dos países que tem vindo a ser estudado pelo grupo, com vista a concretizar a sua visão de empresa pan-africana, contribuindo para o desenvolvimento de toda a região subsariana”, refere a Mota-Engil em comunicado.

No Gana, a construtora ganhou a adjudicação da obra de protecção costeira em Accra, no valor de 70 milhões de euros.

Para a Mota-Engil, esta obra “demonstra a capacidade da empresa nas diversas vertentes das infra-estruturas de desenvolvimento da região, acrescendo às recentes adjudicações de estradas, barragens (…) uma obra marítima”.

A empresa informou também que recentemente obteve a adjudicação da obra de reabilitação e adaptação da linha do Sena, em Moçambique, para o aumento de capacidade da linha férrea Beira-Moatize. Estes trabalhos, a realizar em parceira com Edivisa, ascendem a 162,7 milhões de euros.

No Malawi, a construtora ganhou o projecto de reabilitação de 100 quilómetros de linha férrea do Corredor de Nacala, entre Nkaya e Entrelagos, com a duração prevista de 78 milhões de euros.

Já em Angola, diversos projetos não especificados totalizam cerca de 50 milhões de euros.

No comunicado, a Mota-Engil destacou ainda “a recente adjudicação do primeiro contrato para a recolha de resíduos, durante cinco anos, na cidade de Maputo, alargando para Moçambique a actividade deste segmento de diversificação dos negócios do grupo em África, que até agora só se havia expandido para Angola”.

Lusa

50 milhões de euros em luvas, os chefões do poder andam a ficar caros!
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: miguelbud em Junho 17, 2013, 09:17:10 pm
Citar
A construtora portuguesa Monte Adriano vai assinar este mês com o Governo cabo-verdiano o contrato para a execução do Projecto de Ordenamento das Bacias Hidrográficas de Flamengos e Principal, a edificar no concelho de São Miguel (Santiago).

Segundo noticia a imprensa de Cabo Verde, as obras são financiadas pelo Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA), num empréstimo de 10 milhões de dólares (7,7 milhões de euros), permitindo construir duas barragens, 19 diques para captação de águas superficiais e 25 outros para águas subterrâneas.

O Ordenamento das Bacias Hidrográficas de Flamengos e Principal prevê ainda abrir e equipar 15 furos e construir 34 reservatórios de água nas imediações, 19 deles com capacidade para 30 metros cúbicos e os restantes para 100 m3, sem contar com as redes de distribuição de água.

A barragem de Flamengos, orçada em 358 mil contos (3,2 milhões de euros), vai armazenar 852 mil metros cúbicos de água por ano, devendo as obras arrancar já em Julho, sendo de 15 meses o prazo de execução.

A de Principal vai permitir armazenar mais de 1,2 milhões de metros cúbicos de água.

Quando as barragens começarem a funcionar, haverá pelo menos mais 60 hectares de áreas irrigadas, o que permitirá aos agricultores intensificar e diversificar as culturas de regadio e aumentar a produção, aumentando, paralelamente, o rendimento das famílias e diminuindo a pobreza.

Prevê-se que se mobilizem dois milhões de metros cúbicos de água por ano, permitindo ainda um aumento exponencial da produção agrícola e pecuária na região nordeste da ilha de Santiago e potenciar o agronegócio como um dos ramos mais sólidos e promissores da economia cabo-verdiana.

O projecto vai beneficiar de forma directa 764 famílias das ribeiras de Flamengos e Principal.
@ diário económico
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 31, 2013, 05:27:31 pm
Ateliê luso projeta Arquivo Nacional do Sudão do Sul


O ateliê S&F - Sítios e Formas, em Coimbra, venceu um concurso lançado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para desenhar o mais jovem Arquivo Nacional do mundo, no Sudão do Sul.  
 
A empresa portuguesa foi a eleita entre cinco finalistas a concurso, sendo as outras candidaturas oriundas da França, Holanda, Espanha e EUA, sendo que a equipa vencedora contou com nove elementos do ateliê luso, cujo trabalho foi realizado em parceria com três colegas do Sudão do Sul.

Organizado pela UNOPS (United Nations Office for Project Services), o concurso internacional visava dotar o Sudão do Sul, país formado há dois anos, de um edifício que preserve as suas memórias documentais e reforce a sua identidade nacional

O projeto luso tem por base uma cobertura icónica com jardins de som, que resulta numa "integração perfeita na paisagem envolvente". Conta ainda com "uma estética evocativa dos traços culturais emblemáticos do mais jovem país do mundo, marcando um sentimento de afirmação e identidade".

Segundo José Oliveira, responsável da Sítios e Formas, o objetivo era que o edifício fosse "muito funcional, com um espaço capaz de tratar e analisar os vários registos do património cultural do Sudão do Sul". Em declarações à Lusa, o responsável acrescenta que era igualmente importante "garantir a sustentabilidade do edifício, bem como uma componente estética que tenta representar as aspirações de um país novo", independente desde 2011.

As cores usadas "pretendem refletir um ambiente de unificação", sendo que o material dominante "é a pedra", de encontro a  "uma realidade muito local, em que se aproveita a pedra de uma montanha próxima e a utilizam para todo o tipo de construções".

Destaque ainda para "o mobiliário urbano", que será colocado numa zona aberta, pretendendo que, com determinados movimentos do vento ou a partir do sopro, se crie "um jardim de sons".

O edifício deverá ser construído em 2014, em Juba, capital do Sudão do Sul, numa iniciativa que conta com o financiamento do governo norueguês, o governo sul-sudanês e a UNESCO.

Boas Notícias
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 27, 2014, 05:09:58 pm
Congo: Empresa lusa assina negócio de 10,4 milhões de €€


A portuguesa Bysteel vai participar na construção de 12 unidades hospitalares na República do Congo, um projeto que visa dotar este país africano de novas infraestruturas na área da saúde. Um negócio que vai valer 10,4 milhões de euros.

A Busteel, empresa do grupo dst, vai exportar estruturas metálicas para construir hospitais nas principais regiões do país - Brazzaville, Kinkala, Pointe-Noire, Loango, Ewo, Owando, Djambala, Impfondo, Ouesso, Sibiti, Dolisie e Madingu – naquela que será primeira operação do grupo dst na República do Congo. Os trabalhos arrancam já no final deste mês, na capital Brazzaville, com conclusão prevista para meados de Junho.

Com um valor de 10,4 milhões de euros, a empreitada a cargo da Bysteel compreende a conceção, fornecimento e fabrico da estrutura metálica e cofragem colaborante das coberturas, projeto para o qual será determinante a inovação e utilização de tecnologias de ponta da empresa.

Em comunicado de imprensa enviado ao Boas Notícias, José Teixeira, presidente do Conselho de Administração do grupo dst, afirma que estas empreitadas “são fundamentais para abrir portas a um novo mercado e reforçam o esforço de internacionalização por parte do grupo”, frisando ainda que este é também o reflexo “do trabalho de referência” que a dts “tem vindo a desenvolver em vários outros países”.

Grupo emprega mais de 1000 trabalhadores

Fundado em Braga, o grupo Domingos da Silva Teixeira (dst) emprega hoje cerca de mil trabalhadores, desenvolvendo a sua atividade na engenharia civil, setor que está na sua origem e no qual é uma referência e nível nacional.

O grupo dst tem alargado o seu portfólio de negócios expandindo as suas áreas de intervenção a setores como Água e Ambiente, Telecomunicações, Energias Renováveis e Ventures, com investimentos em curso quer a nível nacional, quer a nível internacional.

Boas Notícias
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Março 01, 2014, 11:15:29 pm
BCP na mira da Guiné Equatorial


Além do Banif, o país está interessado em ter uma posição no BCP. Está em estudo uma parceria com angolanos para a entrada no banco controlado pela Sonangol, através de um fundo de investimento. Luís Amado foi determinante para a adesão do país à CPLP. A Guiné Equatorial está interessada em investir no BCP, uma vez concretizada a compra de 11% do Banif. A entrada no capital do banco deverá ser feita através de um fundo de investimento, estando em estudo uma parceria com investidores angolanos, soube o SOL.

Angola tem sido um aliado fundamental na entrada do país na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). No ano passado, foi José Eduardo dos Santos quem garantiu ao seu homólogo da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, que entraria na organização em 2014. “O Presidente dos Santos assegurou que a Guiné Equatorial vai entrar na próxima reunião”, disse Obiang à imprensa, no final de uma visita a Luanda.

A cooperação crescente entre os dois países produtores de petróleo acentuou-se com a deterioração das relações da Guiné Equatorial com França, o seu parceiro histórico. O novo foco estratégico do país passa por reforçar as ligações com os países da CPLP, sobretudo Angola.

As relações entre os dois países cruzam-se agora em Portugal. A Sonangol, a petrolífera estatal angolana, é o maior accionista do BCP, com uma posição de 19,44%. E a InterOceânico, uma sociedade luso-angolana presidida por Carlos Silva, tem 2,1% do capital do banco. Ainda não é claro de que forma poderá ser concretizado o investimento da Guiné Equatorial. O BCP não comunicou ao mercado qualquer plano de aumento de capital, pelo que a intenção pode passar pela aquisição de acções em bolsa - a maioria do capital do banco (65%) está disperso por accionistas com menos de 2% - ou pela compra de uma posição junto dos actuais accionistas qualificados.

Neste momento, além da Sonangol e da InterOceânico, o banco tem participações qualificadas do banco Sabadell (4,27%), do grupo Berardo (3,06%), da EDP (2,99%) e do grupo Estêvão Neves (2,1%).

Contactado pelo SOL, o BCP diz desconhecer qualquer intenção de compra - que terá de ser comunicada à CMVM, caso ultrapasse os 2% do capital. No caso do Banif, foi assinado um memorando de entendimento que prevê a entrada de uma “empresa da Guiné Equatorial”, cuja designação não foi referida, num investimento que pode ir até 133,5 milhões de euros (11% do capital).

A economia do país é sustentada pelo petróleo e pelo gás, dois sectores que representam mais de 90% do PIB. As maiores empresas estatais são as que operam nesses sectores: a Sonagás e GEPetrol. As duas sociedades têm sido apontadas como as futuras compradoras do Banif, mas há outras possibilidades, uma vez que o país está a constituir novos veículos financeiros para diversificar a economia.

Este mês, o Governo de Obiang anunciou a criação de um fundo de investimento com mil milhões de dólares (cerca de 730 milhões de euros) para captar investidores estrangeiros que, em parceria, invistam em áreas fora do petróleo e do gás.

Segundo o ministro das Finanças do país, Marcelino Owono Edu, o fundo designa-se Holdings Equatorial Guinea 2020 e servirá para atrair capital para sectores como a agricultura, pescas, petroquímica, turismo, minas e serviços financeiros.

O memorando assinado com o Banif, por exemplo, prevê “iniciativas de colaboração no sector bancário em condições que venham a ser acordadas entre as partes”.

O Banco de Portugal, que terá de pronunciar-se sobre a entrada da Guiné no Banif, recusa-se a comentar a questão. Mas, ao que o SOL apurou, o regulador estará perto de pronunciar-se favoravelmente e está já informado das intenções de investimento no BCP. A reserva é também a opção do presidente da Associação Portuguesa de Bancos. Faria de Oliveira disse ao SOL que “não se pronuncia sobre questões dos associados”.

Amado fez a aproximação

A aproximação da Guiné Equatorial ao Banif deu-se depois de anos de estreitamento das relações com Portugal, a nível diplomático e comercial. Luís Amado, hoje presidente do Conselho de Administração do Banif, teve um papel determinante na entrada da Guiné Equatorial na CPLP, que deve ser formalizada na cimeira da organização de Julho, em Díli, Timor, depois de um parecer favorável dos ministros dos Negócios Estrangeiros, na semana passada.

Enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros dos governos de Sócrates, Amado presidiu ao Conselho de Ministros da CPLP, numa altura em que a entrada do país na organização passou à agenda diplomática. Fez uma visita oficial ao país com uma comitiva de empresários e recebeu em Portugal o seu homólogo da Guiné Equatorial.

O país é observador associado da CPLP desde 2006 e fez um pedido formal de adesão há quatro anos. O tema ganhou destaque nas últimas duas cimeiras de chefes de Estado e de Governo da organização: em 2010 em Luanda e em 2012 em Maputo.

Com o actual Governo, a política de aproximação teve continuidade. Em Janeiro, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Luís Campos Ferreira, fez uma visita de dois dias ao país, com o objectivo de “contribuir para o reforço das relações entre os dois Estados” e assinar protocolos de cooperação. A deslocação implicou contactos com as principais figuras da República da Guiné Equatorial, como o Presidente Obiang, a inauguração de uma exposição alusiva ao fado e um concerto da fadista portuguesa Katia Guerreiro no Centro Cultural de Malabo, capital da Guiné Equatorial.

SOL
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Abril 11, 2014, 05:41:10 pm
Empresa lusa desenvolve sistema para governo africano


Uma empresa de tecnologia portuguesa foi escolhida pelo Governo do Botswana, no sul de África, para desenvolver o sistema de informação que gere a identificação e saúde animal daquele país.
 
Trata-se da Digidelta Software, com sede em Leiria, que, desta forma, conquista mais um mercado internacional, assegurando o fornecimento do Sistema Nacional de Identificação e Rastreabilidade Animal (BAITS - Botswana Animal Identification and Traceability System) ao Governo do Botswana.
 
Depois de analisar diversos sistemas concorrentes, criados por algumas das mais reputadas empresas internacionais que operam no setor da agropecuária, o Ministério da Agricultura do Botswana decidiu optar pela solução apresentada pela Digidelta Software.
 
Trata-se de um sistema idêntico ao PISA (Programa Informático de Saúde Animal), o sistema oficial adotado pelo Estado Português para a gestão da saúde animal em todo o território nacional desde 1990.
 
No Botswana, o projeto já se encontra em fase de implementação, traduzindo-se numa plataforma web que permite às Autoridades Veterinárias fazer a gestão da identificação animal de bovinos no seu território, bem como a gestão do seu estado sanitário.
 
Além disso, o BAITS visa também assegurar o cumprimento da legislação fundamental para um dos objetivos económicos do Botswana -  a exportação de gado para a Comunidade Europeia. A primeira versão deverá ser apresentada ao público no decorrer dos próximos meses.
 
Com um quadro de apenas 14 colaboradores, a Digidelta acredita que este contrato possa potenciar novos negócios, bem como alguma visibilidade aos níveis nacional e internacional.  "Estamos todos muito orgulhosos por ter alcançado mais um importante marco no âmbito da sua internacionalização", refere Carlos Neves, CEO da empresa.
 
"Depois da conquista do mercado de Marrocos em 2013, a venda de mais um sistema, desta vez para o Botswana, vem dar solidez à imagem de competência internacional, um dos grandes objetivos desta empresa", acrescenta.
 
A Digidelta Software desenvolve sistemas de informação a partir de Leiria há mais de 20 anos. Desde 2011, tem vindo a desenvolver projetos para autoridades veterinárias de diversos países nos vários continentes.

Para além de Marrocos, onde, em 2013, venceu um concurso público no valor de 1,6 milhões de euros, já teve oportunidade de apresentar as suas soluções, a convite das autoridades locais, em países como Turquia, México, Estónia, Lituânia, Cabo Verde, Angola, e Moçambique.

Boas Notícias
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Abril 22, 2014, 09:50:20 pm
Há 10 empresas com negócios na Guiné Equatorial


Num país rico em petróleo e gás, mas com necessidades básicas de infra-estruturas, há dois sectores que captaram o interesse de empresas portuguesas: a energia e a construção. Segundo dados solicitados pelo SOL à Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), existem dez empresas portuguesas a operar na Guiné Equatorial, sobretudo naquelas áreas de actividade.

O sector energético pesa 90% do Produto Interno Bruto do país e, com as receitas do petróleo, a Guiné Equatorial tem um dos PIB per capita mais elevados do mundo. Mas as falhas na distribuição dos rendimentos gerados no país são evidentes. Metade da população não tem acesso a saneamento e, para diversificar a economia, o Governo do país tem em curso um plano de investimentos até 2020, cuja primeira fase passou pelas infra-estruturas.

Procura de negócios

Algumas empresas portuguesas, sobretudo no ramo da construção, tentaram aproveitar a oportunidade, mas os negócios com o país de Teodoro Obiang são pouco expressivos. Uma delas foi a Soares da Costa. Criou em 2010 uma empresa para acompanhar o sector da construção e infra-estruturas do país, mas essa sociedade “não tem volume de facturação, pois está ainda numa fase de conhecimento e análise do mercado”, adiantou ao SOL fonte oficial do grupo.

Existem outras empresas de menor dimensão no sector: a sociedade Armando Cunha, a Etermar, a Zagope e a MSF. A Cavex planeia e implementa equipamentos industriais, a Geoibéricos trabalha em topografia e o arquitecto Miguel Saraiva desenha edifícios.

Mas o "peso pesado" no país é a Galp. Além de importar petróleo bruto para refinar em Portugal, participa num consórcio internacional com a Sonagás, empresa estatal da Guiné Equatorial, e os alemães da E.On. Está num projecto de liquefacção de gás natural, mas estão ainda a ser feitos testes às reservas da concessão, para decidir se o investimento compensa.

País tem riscos

Resta a sociedade de advogados Miranda, que constituiu em 2005 uma empresa que agrega advogados e consultores jurídicos na Guiné Equatorial, a Solege. “Os clientes são geralmente empresas do sector petrolífero que apoiamos a partir de Lisboa ou localmente, sobretudo no aconselhamento para se estabelecerem no país”, explicou ao SOL Catarina Távora, sócia da Miranda.

O balanço da actividade é “positivo”, porque a entrada na Guiné deu experiência para chegar a outros mercados francófonos. Mas, no início, o “esforço e investimento foram penosos, desde logo porque sempre tivemos a preocupação de respeitar e fazer respeitar as leis do país”, admite a advogada.

Para uma sociedade de advogados, entrar num país onde não se fala português e onde nunca estiveram em vigor leis portuguesas, ou sequer inspiradas na legislação lusa, fez com que os riscos e custos aumentassem “exponencialmente”.

Catarina Távora sublinha que a Guiné Equatorial pode ser uma oportunidade para outras empresas portuguesas, se o país for encarado como uma “plataforma” para outros mercados no Golfo da Guiné ou mesmo no resto de África. Mas deixa um aviso: é preciso aconselhamento prévio. “Uma empresa estrangeira que opere na Guiné Equatorial sem conhecer as suas obrigações normalmente compromete irremediavelmente a sua reputação perante as autoridades locais” e está sujeita a multas, cancelamento de licenças e disputas judiciais.

SOL
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Maio 16, 2014, 07:24:58 pm
Portugal e Guiné Equatorial mais próximos


Portugal assinou um acordo com a Guiné Equatorial para permitir ligações aéreas entre Lisboa e Malabo.

A Guiné Equatorial está mais próxima de Portugal. Depois de ter anunciado a intenção de entrar para a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa), o país liderado pelo ditador Teodoro Obiang Nguema ratificou ontem um acordo que vai permitir a abertura de uma ponte aérea entre Lisboa e Malabo.

O acordo foi assinado pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Luís Campos Ferreira, e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné Equatorial, Agapito Mba Mokuy.

A White, companhia "charter" do grupo Omni, vai passar a assegurar uma ligação semanal entre Lisboa e a capital da Guiné Equatorial.

A Ceiba, a companhia de bandeira da Guiné Equatorial, está proibida de voar para o espaço aéreo europeu, cabendo por isso à White realizar a operação.

A ex-colónia espanhola é um dos maiores produtores de petróleo de África e é liderada desde 1979 pelo Presidente Teodoro Obiang, que é acusado por várias organizações internacionais de violar os direitos humanos.

Recentemente a Guiné Equatorial decretou o Português como uma das línguas oficiais do país, a par do Espanhol e Francês, para formalizar o pedido de adesão à CPLP. Além disso, o presidente Obiang assinou uma moratória que suspende a pena de morte naquele país.

SOL
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Maio 25, 2014, 07:27:04 pm
Consultora portuguesa Sinfic ganha negócio de 15 milhões de €€ no Congo


A consultora portuguesa Sinfic ganhou um projeto de «cartografia censitária, no registo da população» da República Democrática do Congo (RDC), no valor de 15 milhões de euros, disse este domingo à Lusa um administrador da empresa.

O projeto internacional terá «uma duração de 14 meses para o censo da população e da habitação», que se estima em «cerca de 70 milhões de pessoas» em todo o território da RDC, precisou o administrador com o pelouro da internacionalização, Paulo Amaral.

A Sinfic vai «iniciar agora o recrutamento» e seleção dos «colaboradores locais», que vão utilizar «tecnologia de ponta», através de uma parceria da consultora e da Fujitsu, para «cadastrar e registar os dados da população» num equipamento tipo Tablet, acrescentou Paulo Amaral. O projeto na RDC, liderado pela consultora portuguesa, foi «ganho em concurso público internacional» por um valor de «cerca de 15 milhões de euros», devido à «plataforma de tecnologia inovadora e desenvolvida especificamente para o levantamento censitário», argumentou.

A plataforma tecnológica desenvolvida, registada como Bawoo, recorre a localização geográfica do sistema norte-americano «GPS (Global Position System) e do russo Gnoss», revelou ainda o responsável.

O trabalho «inovador no Congo está a abrir portas» em Angola, Brasil, Moçambique, Tunísia e «agora mesmo em Marrocos», acrescentou o administrador Paulo Amaral. A faturação da Sinfic, no contexto do grupo, foi de 60 milhões no último ano com Portugal a representar apenas 10 milhões do total de proveitos da empresa, concluiu Paulo Amaral.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Maio 29, 2014, 06:53:17 pm
PwC recomenda a empresas portuguesas aposta em Moçambique como alternativa a Angola


A consultora PricewaterhouseCoopers (PwC) defende que as empresas portuguesas devem intensificar os investimentos em Moçambique, que vai ter um "crescimento muito significativo" e serve como diversificação face a Angola, o maior destino dos negócios portugueses em África.

"Moçambique vai ser dos países que vão crescer significativamente nos próximos três a cinco anos em África", disse Manuel Lopes da Costa, especialista da consultora, na apresentação do estudo sobre o potencial dos negócios na África subsaariana e lusófona, num seminário organizado pela Associação Industrial Portuguesa (AIP), que hoje decorre em Lisboa.

"As empresas portuguesas preferiram transacionar com Angola, mais do que com Moçambique, por causa do atraso ainda maior nas infraestruturas moçambicanas, e porque fariam negócios melhores e mais rapidamente, mas não podemos descurar Moçambique", disse o representante da PwC, que hoje apresenta oficialmente um conjunto de estudos sobre o potencial regional de cada um dos países lusófonos.

Moçambique "vai ser importante para as empresas portuguesas diversificarem os investimentos, até porque há sempre riscos quando os investimentos estão concentrados no mesmo país", sublinhou.

"Temos uma presença muito diminuta face ao que podíamos ter" em Angola e em Moçambique, salientou o responsável, que fez uma breve apresentação dos principais indicadores da balança comercial entre Portugal e estes países, notando que só 5% das importações de Moçambique são provenientes de Portugal, e Portugal exporta apenas 2% das compras moçambicanas ao exterior.

No que diz respeito às áreas onde será mais rentável para as empresas portuguesas apostarem em Moçambique, Lopes da Costa salientou a agricultura, as pescas, a indústria extrativa, a construção, a energia, a hotelaria e turismo e as infraestruturas.

Por outro lado, os maiores desafios passam pela "dificuldade na obtenção de crédito, acesso limitado à eletricidade e atraso no início da exploração de blocos de GPL e reservas de carvão", de acordo com a PwC.

No caso de Angola, as áreas preferenciais para investimento são a agricultura, as pescas, o petróleo, a geologia, as infraestruturas, o comércio, a hotelaria e o turismo, e o ambiente, salientou a PwC, apresentando exemplos como os do peixe fresco e marisco, "que são levados de avião de Portugal todos os dias, o que é inacreditável".

Importante, salientou, é não ficar em Luanda: "O país está por fazer, o espaço de Luanda está ocupado, há muita concorrência, os empresários têm de sair do círculo à volta de Luanda e ver que as oportunidades ainda lá estão".

Quanto às dificuldades dos empresários, elas passam essencialmente pela falta de mão-de-obra qualificada, reduzida abertura da economia, uma forte estratégia protecionista e pela dificuldade de repatriamento de lucros.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-África
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 24, 2014, 06:42:57 pm
Empresas portuguesas procuram oportunidades na Suazilândia


Uma missão de trinta empresas portuguesas a operar em Moçambique desloca-se na quarta-feira à Suazilândia, em busca de oportunidades de investimento no país vizinho, informou hoje a AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) em Maputo.

Segundo uma nota de imprensa da AICEP Portugal Global, que promove a iniciativa em parceria com a Embaixada de Portugal na capital moçambicana e com a SIPA (Swaziland Investment Promotion Authority), a missão integra empresas de construção e obras públicas, energia, materiais de construção, máquinas, consultoria em engenharia, ambiente e arquitectura, tecnologias de informação, equipamentos hospitalar, metalomecânica, produtos alimentares e bebidas, gestão de recursos humanos e serviços financeiros.

Na manhã de quarta-feira, decorre um seminário na capital da Suazilândia, Mbabane, com as presenças do embaixador de Portugal em Maputo, José Augusto Duarte, e da directora-geral da SIPA, Phumelele Dlamini, no qual serão abordadas "as oportunidades de investimento e negócio para as empresas portuguesas na Suazilândia, bem como o ambiente de negócios neste país", refere a nota de imprensa.

No mesmo dia, as empresas que integram a missão terão a oportunidade de realizar encontros com firmas e instituições suazis.

Lusa