Economia nacional

  • 881 Respostas
  • 122371 Visualizações
*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20613
  • Recebeu: 2392 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1118/-1481
Re: Economia nacional
« Responder #75 em: Abril 17, 2019, 07:37:20 pm »
Greve deixa 40% das bombas sem combustíveis em Portugal



 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20613
  • Recebeu: 2392 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1118/-1481
Re: Economia nacional
« Responder #76 em: Abril 18, 2019, 01:42:23 pm »
Motoristas celebram chegada a acordo



 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20613
  • Recebeu: 2392 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1118/-1481
Re: Economia nacional
« Responder #77 em: Maio 13, 2019, 01:43:45 pm »
Isenção fiscal oferecida por Portugal não agrada a outros países da UE


 

*

Vicente de Lisboa

  • Especialista
  • ****
  • 1008
  • Recebeu: 170 vez(es)
  • Enviou: 79 vez(es)
  • +49/-18
Re: Economia nacional
« Responder #78 em: Maio 13, 2019, 06:45:00 pm »
Isenção fiscal oferecida por Portugal não agrada a outros países da UE



Esta medida fiscal que cá temos é uma canalhice, mas deve ser mantida como moeda de troca para harmonização fiscal na UE. Os Finlandeses sentem-se roubados porque os reformados deles vêm cá viver sem pagar impostos? Percebo. Mas nós sentimos-nos muito mais roubados porque os nossos Pingos Doces vão para os Países Baixos não pagar impostos. Bora lá criar regras comunitárias então, e aí podemos todos ser menos roubados.
 

*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4284
  • Recebeu: 2412 vez(es)
  • Enviou: 1394 vez(es)
  • +7332/-4426
Re: Economia nacional
« Responder #79 em: Maio 15, 2019, 05:38:46 pm »
De que se ri Berardo? A história de 7 negócios de Joe

Da OPA ao Benfica, passando pela PT, pela venda de palmeiras raras com Pik Botha, até ao Museu Berardo e ao "assalto ao BCP". Sete negócios que mostram a verdadeira cara de Joe.



Empresário madeirense, emigrante na África do Sul, prospetor de ouro, colecionador de arte, acionista de bancos, benfiquista dos quatro costados, entre muitos outras designações que foi ganhando ao longo dos seus 74 anos, José Manuel Rodrigues Berardo tem um passado repleto de distinções. Portugal já lhe atribuiu o grau de Comendador, bem como a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, e França já lhe concedeu a sua mais alta condecoração, o grau de Cavaleiro da Ordem Nacional da Legião de Honra. Tudo isso ficou para trás na passada sexta-feira.
E bastaram apenas cinco horas de audição na comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa Geral de Depósitos. O banco público, que em 2016 foi recapitalizado com 4 mil milhões de euros dos portugueses, registou perdas de muitas centenas de milhões devido a inúmeros negócios arriscados (ou simplesmente azarados) entre 2000 e 2015, e os deputados queriam ouvir as explicações de um dos maiores devedores da Caixa, Joe Berardo, responsável por créditos não pagos de quase 400 milhões de euros. Joe escolheu uma via diferente de muitos dos anteriores depoentes na comissão — escudou-se menos vezes no “não me recordo”, no “não me lembro” e “não fui eu”. Aconselhado, ou não, pelo advogado que o acompanhou, Berardo virou a mesa: “pessoalmente não tenho dívidas”, “não sou dono de nada” (logo não posso ser executado) ou “perguntem aos bancos” porque eles é que aceitaram o crédito. A opinião pública reagiu com fúria, a começar pela classe política.
Self-made man para uns, polémico e controverso para outros, o facto é que Joe Berardo é um velho conhecido dos portugueses, com negócios ao longo de mais de duas décadas: dos vinhos ao desporto, da banca às telecomunicações; dos media aos acordos com o Estado para expor a sua coleção. O Observador recorda alguns dos mais emblemáticos negócios de Joe, à luz também daquilo em que resultaram anos mais tarde.
1 O “assalto ao BCP”… com dinheiro emprestado pela Caixa Geral de Depósitos

A audição de Joe Berardo no parlamento, na passada sexta-feira (quando disse que, pessoalmente, não tem dívidas e também que não tem património), só acontece porque o empresário madeirense é um dos maiores devedores da Caixa Geral de Depósitos, identificado numa auditoria da EY aos atos de gestão do banco público entre 2000 e 2015. Berardo contraiu — através da sua Fundação José Berardo e a empresa Metalgest — quase 400 milhões de euros à Caixa, em várias operações entre 2006 e 2007. Destino do dinheiro? Financiar a compra de ações no BCP, no decorrer de uma guerra de poder que, por essa altura, se verificava no banco fundado por Jardim Gonçalves. O episódio viria a ser conhecido na imprensa como “o assalto ao BCP”.
Ao mesmo tempo tornou-se numa das operações de crédito mais polémicas da Caixa Geral de Depósitos. Quando a poeira assentou, três bancos (BES, BCP e Caixa) haveriam de registar enormes perdas. Agora, em conjunto, exigem 962 milhões de euros ao comendador.
Tal como o Observador também já contou, o BCP entrou numa guerra interna em 2007, pouco depois de ter falhado uma OPA sobre o BPI. A fação do fundador e ex-presidente da instituição, Jorge Jardim Gonçalves — que se mantinha como presidente do Conselho Geral e de Supervisão —, tentou limitar a ação do presidente executivo da época, Paulo Teixeira Pinto, o “delfim” que tinha escolhido para lhe suceder, em 2005.

O confronto entre os aliados de Jardim Gonçalves, alguns dos quais se sentavam na maioria da comissão executiva do banco de Paulo Teixeira Pinto, e então presidente executivo do BCP deu-se numa célebre assembleia geral em maio de 2007 onde a proposta de mudança dos estatutos proposta pelo fundador do banco é chumbada. É desta reunião no Porto que fica a imagem de Joe Berardo a fazer o V de vitória. O comendador era um grande cliente do crédito do BCP e decidiu entrar na guerra ao lado de Teixeira Pinto.
Foi por esta altura que Berardo reforçou de forma significativa a sua participação no então maior banco privado português (chegou a ter 6,2% do banco, sendo o quarto maior acionista). O financiamento para esse reforço na estrutura acionista do BCP foi concedido precisamente pela Caixa Geral de Depósitos, ainda que contornando regras de prudência na concessão do crédito (ausência de pareceres da Direção de Risco ou pareceres condicionados). E a reestruturação do maior crédito de Joe Berardo foi mesmo feito com um parecer negativo. O banco público ajudou, em manobras semelhantes, o empresário Manuel Fino.
Apesar de ter ganho a batalha, Teixeira Pinto perdeu a guerra e demite-se do BCP no “verão quente” de 2007. Filipe Pinhal sobe à presidência no que foi visto como uma vitória do fundador do banco. Mas durou pouco tempo. Por esta altura, já Berardo e o advogado André Luiz Gomes estavam a preparar um dossiê explosivo sobre as offshores que terão sido criadas pelo próprio banco e usadas para comprar ações do BCP. Quando a denúncia chega ao Banco de Portugal, Vítor Constâncio chama alguns acionistas do BCP para os avisar das investigações e da necessidade de mudarem os membros da equipa de gestão que poderiam vir a ser processados e inibidos de funções na banca.
Consuma-se o chamado “assalto ao BCP”, uma expressão criada pelos administradores fiéis a Jardim Gonçalves quando o fundador se demite e a sua equipa é afastada dos órgãos do banco. Joe Berardo aparece como um protagonista incontornável neste “assalto”, ainda que visto como instrumento de outros interesses menos evidentes. O comendador é um dos nomes que apoia Santos Ferreira na célebre reunião na sede da EDP no final do ano da qual sai o nome do novo presidente do BCP. Carlos Santos Ferreira, o presidente da instituição que tinha financiado generosamente os acionistas apoiantes de Teixeira Pinto, tendo como única garantia as ações do banco privado.
Com a “paz” no BCP e Berardo aclamado como herói da mudança no banco, a Caixa ficou com várias “bombas por explodir” nas suas contas, sob a forma dos empréstimos ao comendador e a outros. A explosão, ou melhor implosão do valor das ações que eram a garantia do empréstimo, acontece com a crise financeira de 2008, mas a verdade é que o BCP já estava a desvalorizar antes disso.
Os números já eram conhecidos: no total, Berardo terá reunido cerca de 1.000 milhões de euros junto da banca portuguesa. Menos de dois anos depois, as ações que tinha comprado no BCP valiam menos de 190 milhões. A Caixa terá emprestado inicialmente cerca de 400 milhões de euros (tal como o BCP). O BES terá emprestado menos de 200 milhões).
O comendador ainda reforçou as garantias à Caixa algumas vezes, mas entrou em incumprimento em novembro de 2008. A história desta operação e do que o banco público fez para recuperar o dinheiro que emprestou tem sido um dos temas centrais na comissão de inquérito à Caixa.

2 Benfica. Uma OPA lançada para “ajudar o Benfica”

3 A casa (Madeira) e a casa longe de casa (África do Sul)

4 Um dos últimos empresários que ganharam dinheiro com os media

5 Portugal Telecom. Ao lado do Grupo Espírito Santo contra a OPA da Sonae

6 Sogrape. Quando Joe tentou ser o “DDT” no vinho português

7 Um museu à Berardo. Mau negócio para toda a gente?

Continua: https://observador.pt/especiais/de-que-se-se-ri-berardo-a-historia-de-7-negocios-de-joe/

PS: Este vai à Assembleia da República, goza com os políticos e com todos nós, e o Ministério Público está a ponderar fazer alguma coisa nas próximas décadas? Ou só interessam as reivindicações salariais?
Quem nos colocou a pão e água continuam a andar por aí impunemente?
Filipe Vieira? Berardo? Manuel Fino? Espiritos Santos? Roques? Sócrates? Ex-accionistas do BPN?………
Os Administradores que permitiram estes empréstimos são inimputáveis?
Governadores do Banco de Portugal não se recordam de nada?
Têem as fortunas a salvo? O estado português até tem um hacker preso especialista na pesquisa dessas contas bancárias manhosas!?!?!!?
Ou se quiserem saber como se investiga, podem analisar o que se passou com o Madoff nos EUA, gerou um buraco de 65 mil milhões de dólares e em 6 meses foi preso a 150 anos, e perdeu todos os bens e contas bancárias em nome dele e da família!
« Última modificação: Maio 15, 2019, 05:39:29 pm por Viajante »
 

*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 20066
  • Recebeu: 2928 vez(es)
  • Enviou: 2200 vez(es)
  • +1227/-3447
Re: Economia nacional
« Responder #80 em: Maio 17, 2019, 02:42:17 pm »
Estes são os cinco recados do FMI para Portugal

Portugal está melhor. Está a crescer, o défice está a cair, assim como a dívida pública. Tudo sinais positivos, mas que exigem uma continuação dos esforços, diz o FMI.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está satisfeito com a evolução do país. No Artigo IV, destaca tanto o “sexto ano de crescimento” económico, como o controlo do défice. No entanto, deixa alguns alertas. O abrandamento da economia é uma realidade que deve ser enfrentada com medidas, assim como o é a necessidade de manter os esforços para reduzir a dívida. Além destes, há mais três recados.

Défice de 0,2%? Sim, mas a dívida…

O FMI aplaude o rigor orçamental de Mário Centeno. E até alinha as suas perspetivas com as do Governo. No Artigo IV, melhorou significativamente a projeção para o défice deste ano, revendo-se de -0,6% para -0,2%, salientando que o objetivo definido por Portugal é “viável”.

Este resultado no défice é positivo para o país, sendo também um trunfo para mostrar no exterior. Mas o FMI defende que o país deve fazer mais “agora e nos próximos anos, para criar espaço para uma redução mais rápida da dívida pública que possa permitir-lhe uma diferenciação positiva perante outros países altamente endividados”. A redução do rácio da dívida para menos de 100% do PIB em 2024 é uma “perspetiva claramente positiva”.

Economia está a abrandar. São precisas medidas

“Portugal está no sexto ano de expansão económica”, nota o FMI. Cresceu 2,1% no ano passado, aquém dos 2,7% registados em 2017. E o abrandamento do ritmo de crescimento da economia vai continuar. “Em 2019, a missão do FMI prevê que o PIB abrande para 1,7% e, subsequentemente, deverá reduzir-se para o crescimento potencial de médio prazo de 1,4%”, diz o relatório preliminar. Neste sentido, o FMI vê uma “muito lenta convergência com a Zona Euro”.

“Apesar de as principais fontes de risco serem externas, são necessárias políticas internas sólidas para tornar Portugal mais resiliente” ao abrandamento económico global.

É prudente rever carreiras da Função Pública

“Os ciclos de paragem e início das progressões desde 2005 foram disruptivos para o Governo e para os funcionários públicos e levantam questões sobre a sustentabilidade desse regime face às flutuações económicas”, diz o FMI.

Face ao aumento previsto das despesas com os funcionários públicos e tendo em conta o histórico de congelamentos, o FMI considera, no Artigo IV, que seria prudente avançar-se com uma revisão das carreiras de forma a assegurar uma evolução estável desses gastos.

Poupança é fraca. Incentivos fiscais podem ajudar

O FMI está preocupado com o baixo nível de poupança apresentado pelos portugueses, tanto por parte das famílias como das empresas. Tendo em conta os riscos que o nível atualmente apresentado acarreta para a economia nacional, defende a necessidade de aumentar a taxa de poupança, sendo que o Governo pode ter um papel fundamental.

Neste sentido, no Artigo IV, apela à criação de “incentivos fiscais” com vista à promoção da poupança, olhando especialmente para os “sistemas complementares de reforma”, ou seja, os PPR.

FMI diz que lucros dos bancos ainda são baixos

Os bancos portugueses vão no bom caminho, mas ainda têm obstáculos pela frente, considera o FMI. Depois da crise financeira, o sistema financeiro está agora mais limpo, sólido e rentável, mas o esforço ainda não é suficiente, defendendo, por isso, que os supervisores se mantenham vigilantes em relação ao setor.

Ao mesmo tempo, o FMI dá parecer favorável à reforma da supervisão financeira promovida pelo atual Governo, embora reconheça que as dúvidas levantadas pelos supervisores são “legítimas”.

https://eco.sapo.pt/2019/05/17/estes-sao-os-cinco-recados-do-fmi-para-portugal/
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4284
  • Recebeu: 2412 vez(es)
  • Enviou: 1394 vez(es)
  • +7332/-4426
Re: Economia nacional
« Responder #81 em: Maio 28, 2019, 07:06:25 pm »
Estado injectou 23,8 mil milhões na banca nos últimos 12 anos, calcula Banco de Portugal

Relatório extraordinário do Banco de Portugal calcula em 23,8 mil milhões de euros o montante de fundos públicos injectados na banca nos últimos 12 anos. Falta recuperar cerca de 80%.

As ajudas públicas à banca nos últimos 12 anos somaram 23,8 mil milhões de euros, revela o relatório extraordinário do Banco de Portugal. Este foi o montante global injectado na banca pública e privada. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi a instituição que absorveu mais dinheiros públicos. Um quinto do montante foi devolvido.

A informação consta do relatório extraordinário do Banco de Portugal publicado ao abrigo da lei 15/2019 e que foi enviado na passada quinta-feira para o Parlamento. Esta manhã, a mesa da Assembleia da República decidiu dar o aval ao Banco de Portugal para que fosse publicada a informação, sendo que parte dela (a que o banco central classificou como sendo abrangida pelo dever de segredo) não foi publicada. Cabe agora à Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA) decidir sobre o que pode ser publicado e o que fica de facto abrangido pelo dever de segredo. A questão será decidida na quarta-feira.

Por este motivo, para já, foi só publicada a parte da informação que a instituição liderada por Carlos Costa considera não ser sensível. De fora está o anexo com os dados sobre os grandes devedores por instituição.



Para a CGD foram 6.250 milhões e euros, para o Banco Português de Negócios (BPN) seguiram 4.915 milhões de euros, ao BES/Novo Banco foram entregues 4.330 milhões de euros. Estes três bancos ocupam assim os três primeiros lugares no pódio das instituições públicas e privadas que beneficiaram de ajudas de dinheiros públicos.

O Banif e o BCP receberam 3.355 milhões de euros e 3.000 milhões de euros, respectivamente. O BPI recebeu 1.500 milhões de euros e o BPP teve direito a 450 milhões de euros, respectivamente.

No total, foram injectados nas instituições de crédito 23,8 mil milhões de euros, um montante que teve o seu ponto alto em 2012 quando foram injectados 11.065 milhões de euros.

Bancos devolveram um quinto do montante injectado

No mesmo relatório, o Banco de Portugal identifica também quanto deste montante já foi devolvido pelos bancos. Os reembolsos feitos até agora somam um valor superior a 5 mil milhões de euros.

O BCP reembolsou o Estado e 3.000 milhões de euros, o BPI em 1.500 milhões de euros, o Banif 411 milhões de euros e o BPN 40 milhões. Existe ainda a expectativa de que o montante injectado no BPP (450 milhões) ainda seja recuperado.

A recolha de informação do Banco de Portugal sobre os fundos públicos disponibilizados levou o banco central a fazer um levantamento sobre o que se passou nos últimos 12 anos. Este é, aliás, o horizonte temporal definido pela Lei 15/2019. No entanto, a mesma legislação obriga o banco central, a reportar operações nos cinco anos anteriores à atribuição de fundos públicos. Pelo que o período global de reporte de operações relevantes é mais alargado, começando em 2002.

https://eco.sapo.pt/2019/05/28/estado-injetou-238-mil-milhoes-na-banca-nos-ultimos-12-anos-calcula-banco-de-portugal/
 

*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4284
  • Recebeu: 2412 vez(es)
  • Enviou: 1394 vez(es)
  • +7332/-4426
Re: Economia nacional
« Responder #82 em: Junho 18, 2019, 11:52:15 am »
Linux Ubuntu 18.04.2 LTS (long-term support, até Abril de 2023) Bionic Beaver da Canonical



Não sei se mais alguém, aqui presente, que trata das licenças de software, foi confrontado este ano com um aumento “brutal” de 30% no preço de renovação das licenças da Microsoft (licenças de volume)!!!!!! Ao tratar da renovação anual das licenças de volume da Microsoft, fui confrontado com este aumento. A Microsoft alega que se trata das repercussões da guerra comercial que envolve os EUA e a Europa, e que no nosso caso (já confirmei com outras empresas e instituições, de que este aumento é generalizado), implicava pagar quase 9.000€ por ano para mantermos 100 licenças + 35 portáteis com licenças próprias OEM.
Devo ter dito uma ou outra asneira e tomamos a decisão de alargar a utilização do Linux, para além dos nossos servidores, aos próprios postos de trabalho. Desta forma, só precisamos de adquirir 20 licenças SPLA (Microsoft Services Provider License Agreement) para 20 máquinas da gestão (calls + Windows pro pt + MS Office 2019 plus), as restantes 115 máquinas passam a utilizar exclusivamente o Linux Ubuntu 18.04.2 LTS, de 64 bits, com ambiente gráfico Gnome, Kernel 4.15 e inclui o Libreoffice 6.0 (equivalente ao MS Office).
Desta forma ajudamos a “guerra comercial” e a “amiga” Microsoft e metemos ao bolso mais de 7.000€ anuais em licenças.

P.S.: Não sei se algum utilizador da Microsoft deu conta, mas com as recentes actualizações do Windows 10 (no nosso caso o Pro e Enterprise em pt), a Microsoft fez-nos o favor de impedir o acesso a máquinas não Windows mais antigas, que utilizem SMB 1.0, como é o caso das nossas NAS, onde estão guardados todos os nossos dados!!!!!! A excepção são os servidores que correm Windows Server, a esses continuamos a aceder sem problemas!!!!! Esta “malandrice” da Microsoft, está a impedir que as máquinas novas acedam aos dados remotos, enquanto a QNAPP resolve o problema da actualização do firmware/software das NAS.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: HSMW

*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4284
  • Recebeu: 2412 vez(es)
  • Enviou: 1394 vez(es)
  • +7332/-4426
Re: Economia nacional
« Responder #83 em: Agosto 17, 2019, 10:15:05 am »
Morreu Alexandre Soares dos Santos, o Sr. Jerónimo Martins

"Senhor de uma personalidade poderosa e magnética, de presença imponente, não deixa ninguém indiferente". As palavras são sobre Alexandre Soares dos Santos e estão retratadas numa publicação da JM.



Alexandre Soares dos Santos, antigo líder do grupo Jerónimo Martins, morreu esta sexta-feira aos 84 anos. A notícia está a ser avançada pelo jornal Público.

“Só tive sorte na vida”. A frase é de Alexandre Soares dos Santos, um dos empresários mais emblemáticos do país, com uma fortuna avaliada em 3.419 milhões de euros, segundo dados da Forbes. Ainda assim, sempre defendeu que só queria deixar aos filhos “um exemplo de vida”.

Alexandre Soares dos Santos nasceu no Porto em 1934. Com um ano de idade, muda-se para Lisboa para o colégio académico dos Anjos. Regressa mais tarde ao Porto para fazer o liceu em regime de aluno interno e, conhece, como colega de carteira, Francisco Sá Carneiro, que anos mais tarde viria a ser primeiro-ministro.

Os tempos eram outros e as visitas a Lisboa aconteciam apenas duas vezes ao ano, no Natal e na Páscoa. Mas Alexandre Soares dos Santos recordava esses tempos com carinho. Segue-se o liceu D. João de Castro, de novo em Lisboa. Assegura a entrada em Direito, mais por vontade do pai do que propriamente por vocação. No terceiro ano do curso percebe que não é aquilo que pretende e abandona a faculdade. O pai não reage bem e estão três ou quatro anos distantes. Uma reação que, anos mais tarde, Alexandre Soares dos Santos diz compreender em absoluto. “Os meus filhos ligam-me todos os dias às 7h30 da manhã. Não fico preocupado se não me ligam, mas fico chateado”. A voz do patriarca da família a falar.

.......................

A criação da Fundação e o desencanto

Em 2009, Alexandre Soares dos Santos criava a Fundação Francisco Manuel dos Santos, uma homenagem ao homem que deu início a tudo: o avô.

“A Fundação é uma justa retribuição à sociedade portuguesa, que tanto deu e continua a dar ao grupo, por forma a partilhar as benesses que desde o meu avô temos vindo a receber”, justificava Alexandre Soares dos Santos.



A ideia foi também a forma encontrada pela família para ajudar a ter “uma sociedade ativa, que sem medo e em plena liberdade, expõe os seus pensamentos, a sua crítica e os seus anseios. Uma sociedade que deverá ser consciente dos seus direitos, mas também dos seus deveres e que assume as suas responsabilidades. Que obriga os seus deputados e o seu governo a ouvi-la e a decidir de acordo com o que ela quer”.

Mas foi também com a criação da Fundação que Alexandre Soares dos Santos se desencantou. Era natural ouvi-lo dizer que “há um preconceito contra quem tem sucesso em Portugal”.

Seixas da Costa adianta mesmo que “Soares dos Santos tinha grande sentido social e que, por vezes, se sentia frustrado por esse sentido não ser percebido pelo exterior”. O ex-embaixador adianta ainda: ” Soares dos Santos considerava mesmo que a criação da Fundação Francisco Manuel dos Santos não foi bem percebida. Este sentimento incomodava-o, deixava-o frustrado mas, mais do que isso, desencantava-o”, sublinhando que “há um pouco a consciência de que a sociedade não dá o justo reconhecimento a quem se dedica a estas causas sociais, mas isso não o fazia desistir. Mas diria que se sentia um pouco frustrado e incomodado”.

.......................

https://eco.sapo.pt/2019/08/16/morreu-alexandre-soares-dos-santos-da-jeronimo-martins/

Deixa um império na área da distribuição, quer em Portugal, quer na Polónia, mas para os investigadores deixa um bem muito mais valioso, deixa a Fundação que tem o portal mais consultado do país, para quem quiser saber qualquer aspecto de Portugal, económico, social, político, entre outros. Além disso, as bases de dados são validadas cientificamente, pelo que podem ser utilizadas em qualquer artigo/tese/dissertação, citando os dados. Inclusive podemos exportar directamente as bases de dados que pretendemos ou até mesmo os gráficos já trabalhados. Já foram-me muito úteis, utilizo em todos os artigos que já realizei!!!!!

https://www.pordata.pt/Homepage.aspx
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Cabeça de Martelo

*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4284
  • Recebeu: 2412 vez(es)
  • Enviou: 1394 vez(es)
  • +7332/-4426
Re: Economia nacional
« Responder #84 em: Agosto 28, 2019, 10:57:28 am »
Na mira da “bazuca” de estímulos do BCE, investidores já pagam pelo “privilégio” de emprestar a Portugal

BCE vai lançar nova "bazuca" de estímulos. Antecipação está a aprofundar queda dos juros. À boleia, Portugal já goza de juros negativos na dívida até 8 anos. A 10 anos, só 0,1%. Boa notícia. Ou não?

Lembra-se de ver os telejornais abrirem com a notícia de que só a troco de rendibilidades superiores a 17% é que (alguns, poucos) investidores aceitavam “tocar” em dívida portuguesa com prazo de 10 anos? Foi no início de 2012, quando foram aplicados os últimos cortes de rating que vieram com o pedido de ajuda internacional, quando a Grécia estava prestes a ter o primeiro “perdão” de dívida e numa altura em que existiam as maiores dúvidas sobre o futuro da união monetária. Sete anos e meio volvidos, e com tanto que aconteceu nos mercados financeiros, essa parece uma página distante do livro que conta a história da crise da zona euro. Neste momento, as mesmas taxas de juro estão em zero, o que traz uma folga inédita para quem gere as contas públicas. É o marcador de mais uma página que se vira, mas isso só mostra que o livro ainda não chegou ao fim.

Há vários meses que quase todos os estados europeus beneficiam de taxas de juro negativas quando vão aos mercados financeiros — isto é, obtêm mais financiamento do que, depois, têm de reembolsar. Essa tendência começou, como seria de esperar, nos chamados bilhetes do Tesouro, instrumentos de curto prazo que funcionam mais como instrumentos de gestão de tesouraria do que outra coisa. O tesouro português já consegue juros negativos na dívida de curto prazo há longos meses. Mas, com avanços e recuos, em quase todos os outros países da zona euro — incluindo Portugal — os juros negativos alastraram-se para o principal instrumento de financiamento, as obrigações do Tesouro, em prazos cada vez mais longos.

No prazo de referência de 10 anos a dívida portuguesa já está a ser transaccionada entre os investidores com rendibilidades de 0,1%, um nível semelhante ao de Espanha — e não muito longe da Irlanda, que vende dívida a 10 anos com um juro negativo de -0,1%. São valores que comparam com as taxas de -0,7% e -0,4% que têm a Alemanha e França, respectivamente, gerando-se o aparente paradoxo que é ter investidores a comprar instrumentos financeiros com uma rendibilidade negativa, isto é, aplicando uma quantia financeira e (pelo menos, em teoria) recebendo menos dinheiro no momento em que, passado alguns meses ou anos, recupera o seu investimento. Porquê emprestar a um país e perder dinheiro?

Uma das explicações é que, na realidade, muitos desses investidores não irão perder dinheiro — porque não vão conservar as obrigações até à data da maturidade (o vencimento, quando o capital é reembolsado por quem o recebeu inicialmente). Para os investidores mais ágeis, que compram e vendem títulos da dívida nos mercados, pouco importa que um estado reembolse, passado alguns anos, apenas 100 euros por cada 111 euros que eles tenham pago para comprar esse título. Se esse investidor acreditar que consegue, depois, vender o mesmo título a outro investidor a 115, 116 ou 117 euros, acredita que pode ter uma mais-valia.
Ou seja, se as obrigações continuarem a subir (e a rendibilidade implícita a cair, porque é assim que funciona o mercado de dívida) a mais-valia pode existir mesmo que já se esteja a negociar a níveis elevados — como acontece hoje em quase tudo o que é obrigações soberanas na Europa e, também, nos EUA. Em todo o mundo, existe dívida no equivalente a mais de 12,5 biliões (milhões de milhões) de dólares que tem taxas de juro negativas.

A razão principal para este fenómeno é, contudo, a falta de alternativas. Os bancos, seguradoras e fundos de pensões têm de aplicar os seus capitais em algum lado. Mas não em qualquer lado: além da actividade de crédito, os bancos da zona euro também aplicam os seus capitais em títulos de dívida pública. Na gestão da liquidez, há poucas alternativas aos depósitos no BCE – que hoje não só não remuneram como, na verdade, cobram aos bancos uma taxa de 0,4%.

Está nesse valor (negativo) a chamada taxa dos depósitos no BCE e, apesar de toda a controvérsia, Mario Draghi deverá anunciar no próximo dia 12 de Setembro uma nova descida desta taxa, para terreno ainda mais negativo. A expectativa é que possa ser definido um sistema segmentado para tentar mitigar o impacto sobre os bancos, que veem esta taxa de juro como uma espécie de imposto sobre a actividade.

..................

https://observador.pt/especiais/na-mira-da-bazuca-de-estimulos-do-bce-investidores-ja-pagam-pelo-privilegio-de-emprestar-a-portugal/
« Última modificação: Agosto 28, 2019, 10:58:04 am por Viajante »
 

*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4284
  • Recebeu: 2412 vez(es)
  • Enviou: 1394 vez(es)
  • +7332/-4426
Re: Economia nacional
« Responder #85 em: Setembro 06, 2019, 11:17:47 am »
Crédito para casa. Fixe a taxa a 30 anos (a custo zero) e durma tranquilo o resto da vida

https://observador.pt/especiais/credito-para-casa-fixe-a-taxa-a-30-anos-a-custo-zero-e-durma-tranquilo-o-resto-da-vida/

Artigo muito interessante para quem tem um empréstimo à habitação e quer precaver-se contra qualquer subida das taxas de juro, até ao fim do contrato.
O artigo pode aparecer bloqueado para assinantes, mas é fácil de contornar, basta que tenham outros browsers instalados, copiam o link e colam no outro browser e já têem acesso ao artigo completo.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: HSMW

*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4284
  • Recebeu: 2412 vez(es)
  • Enviou: 1394 vez(es)
  • +7332/-4426
Re: Economia nacional
« Responder #86 em: Outubro 15, 2019, 09:38:03 pm »
Educar para o socialismo

Infelizmente os esforços estatais de educação e doutrinação não têm produzido os resultados esperados. A grande maioria dos nossos jovens continua a não perceber o que é o socialismo.

Portugal é, constitucionalmente, um país a caminho do socialismo e o Estado português tem feito, durante os últimos quarenta anos, através de vários organismos públicos como o Ministério da Educação e a Comissão para a Cidadania e Igualdade um esforço notável na educação[1] e doutrinação das futuras gerações para uma sociedade mais justa, menos desigual e mais solidária.

Infelizmente os esforços estatais de educação e doutrinação não têm produzido os resultados esperados. A grande maioria dos nossos jovens continua a não perceber o que é o socialismo, nem as vantagens da redistribuição dos rendimentos[2]. A causa deste falhanço não está, como é óbvio, na competência e dedicação dos organismos públicos mencionados, nem dos seus agentes, mas no carácter ainda muito primitivo e patriarcal da sociedade portuguesa onde a família continua a exercer um papel preponderante na formação (neste caso, deformação) social dos jovens e crianças.[3] [4]

Parece, portanto, essencial que, dado o nosso estádio de desenvolvimento societário, as famílias sejam chamadas, e treinadas, a cooperar na educação dos nossos jovens para o socialismo. O que até não será muito difícil nem exigirá muito esforço aos pais. Bastará, por exemplo, que o pai diga, num sábado de manhã, ao filho adolescente que se prepara para passar a tarde a jogar à bola como os amigos, ou para uma sessão de gaming no sofá, que precisa da ajuda dele nessa mesma tarde para montar uma estante. Atendendo que ainda estamos a caminho para o socialismo, convém que ajuste com ele uma remuneração justa e um horário digno.[5] Suponhamos que acordam 50 euros por três horas. Findo o trabalho, deverá pagar-lhe atempadamente os 25 euros acordados. “Os 25 euros acordados?” espantar-se-á o puto.

“Sim,” dirá o pai, “25 para ti e 25 para a tua irmã: 50 euros como combinámos.”

“Mas ela não fez nada!” dirá certamente o rapaz, possivelmente acrescentando que a irmã passou a tarde a falar com amigas, a dormir a sesta ou a brincar com bonecas. Este é o ponto crítico para que o jovem ganhe uma correta compreensão do que é o socialismo. Para isso bastará que o pai diga algo como:

“Sim, mas esta é uma repartição de rendimentos socialmente mais justa, mais equitativa, mais solidária e que contribui para a igualdade entre as pessoas!”, ou alternativamente ler-lhe o último discurso sobre o assunto do camarada Jerónimo de Sousa ou da camarada Mariana Mortágua. Nesse momento far-se-á luz e o jovem compreenderá o que é a justiça social. Perceberá o equidade significa. Será conquistado para a solidariedade social e redistribuição do rendimento. E começará a ansiar pela igualdade entre os homens. E é tão fácil! Em duas gerações (mais uns quarenta[6] anos…) os portugueses serão todos convictamente socialistas.

Os avtores não segvew a graphya do nouo AcoRdo Ørtvgráphyco. Nem a do antygo. Escreuew como lhes qver & apetece.

[1] Educação: Aquilo que dá a conhecer aos sábios e esconde aos néscios a profundeza dos desígnios de Deus; também serve de biombo para os ignorantes se esconderem da sua ignorância e a esconderem aos outros.

[2] Rendimento: medida científica & objetiva do sucesso social; daí que sirva de critério, em substituição do sangue, heroísmo, denodo e serviço, na atribuição de comendas e ordens honorificas em Portugal; algumas pessoas, por pura modéstia, não o declaram em sede de irs.

[3] Outra possibilidade é que o ensino para o socialismo atualmente ministrado nas escolas ser teórico demais. Sugere-se a introdução de atividades próprias de sociedades socialistas, com carater mais prático, desde sessões públicas de autocrítica até trabalhos forçados em atividades físicas penosas e inúteis.

[4] Criança: acidente do amor entre homem e mulher; produto de unidade de produção familiar; produto que warxistas de várias estripes querem eliminar completamente ou, pelo menos, em casos mais moderados de sandice ideológica, trocar o método espontâneo e natural de produção pelo do planeamento central, substituir a confeção própria pela produção subcontratada e o fabrico caseiro pelo laboratorial; período ou idade intermédia entre a idiotia da infância e a estupidez da adolescência, a dois passos dos crimes e pecados da idade adulta e a três do remorso da velhice.

[5] Trabalhos forçados e remuneração de miséria são só para quando chegarmos ao socialismo.

[6] Quarenta: o produto de quatro por dez, e vice-versa, tal como o dr. Sócrates vice-versa com o eng. Costa; sendo quatro o símbolo da plenitude, quarenta simboliza o dr. Sócrates e o seu legado para o povo Português, tal como este estadista também simboliza quarenta para os portugueses; ademais “durante quarenta anos comeu Israel o maná” (Ex. 16, 35), findos os quais tiveram que ir trabalhar; de igual modo, segundo a profecia do Pe. Mário Centavo (vide o seu Oráculos e Profecias), “durante quarenta anos comerá Portugal dos fundos europeus, findos os quais terá que ir trabalhar”; número de companheiros que qualquer estadista nacional, tipificado pelo sr. Ali-Babá, leva consigo numa expedição governativa (não inclui familiares); metade de oitenta, tal como rendimento líquido para rendimento bruto em Portugal.

https://observador.pt/opiniao/educar-para-o-socialismo/

Muito divertido :)
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: perdadetempo

*

Daniel

  • Investigador
  • *****
  • 3136
  • Recebeu: 416 vez(es)
  • Enviou: 208 vez(es)
  • +645/-8585
Re: Economia nacional
« Responder #87 em: Outubro 20, 2019, 03:20:34 pm »
Patrões portugueses são os menos instruídos da Europa
https://hrportugal.sapo.pt/patroes-portugueses-sao-os-menos-instruidos-da-europa/


Citar

Portugal é o país da União Europeia (UE) onde há mais patrões sem o ensino secundário ou superior. Quase metade dos empregadores portugueses (49,4%) não têm escolaridade acima do ensino básico, segundo revela um estudo do portal Pordata, que retrata Portugal em 2019.

O «Retrato de Portugal na Europa: Edição 2019», divulgado hoje no âmbito do Dia Europeu das Estatísticas, mostra que o número de patrões com escolaridade básica é bem acima da média europeia, que se situa nos 16,6%. Já os trabalhadores por conta de outrem também são os menos instruídos entre os 28 países da UE: 42,2% não têm o ensino secundário ou superior, enquanto que o resto da Europa está nos 16,5%.

Segundo os dados da base de dados da Fundação Francisco Manuel dos Santos, a população activa com 15 anos ou mais é de 58,9%, ligeiramente superior à média europeia, de 57%. Há 60,2% de homens empregados e 50,4% de mulheres.

Desses, 22% têm contrato de trabalho temporário. Portugal fica apenas atrás de Espanha e Polónia entre os 28 países da UE (14,2%).

A população empregada a tempo parcial é, hoje, de 10,5%, enquanto a média europeia corresponde a 20,1%.

As mulheres, por sua vez, representam a fatia mais desempregada. Enquanto a taxa de desemprego nos homens é de 6,6% (a média da UE), a das mulheres situa-se nos 7,4%, acima da média europeia (7,1%).

Quanto ao tempo que dedicam aos empregos, os trabalhadores portugueses trabalham mais cinco horas semanais que o resto dos países da UE. Enquanto a média europeia está nas 30,2 horas semanais, os portugueses trabalham 35,8 horas por semana.

Contudo, Portugal é um dos países onde a produtividade laboral por hora de trabalho é mais baixa (64,1%) face à média da UE (100%).

Remunerações
 Ainda em matéria de emprego, a remuneração média dos trabalhadores por conta de outrem em Portugal permanece abaixo da média dos países da UE. O poder de compra padrão (PPS) em Portugal é de 25.516 PPS, com o país a ocupar o 21.º lugar de uma lista encabeçada pelo Luxemburgo, com 56.900 PPS. No entanto, o Pordata refere que a média da UE é de 37.003 PPS.

Ao nível do salário mínimo anual, Portugal ocupa o 15.º lugar da tabela, com 807 PPS. O Luxemburgo (1.636 PPS) e a Bulgária (566 PPS) encontram-se em primeiro e último lugar, respectivamente.

O documento do Pordata junta um resumo de indicadores sobre Portugal, em comparação aos restantes Estados-membros da UE, divididos por 11 áreas, como população, rendimento, educação, saúde, emprego, protecção social, ciência ambiente ou transportes.
 

*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4284
  • Recebeu: 2412 vez(es)
  • Enviou: 1394 vez(es)
  • +7332/-4426
Re: Economia nacional
« Responder #88 em: Novembro 04, 2019, 02:32:16 pm »
Gulbenkian concluiu venda da Partex aos tailandeses da PTTEP

A operação teve um valor de 622 milhões de dólares, conforme anunciado pela Fundação Calouste Gulbenkian, em Junho. Partex representava cerca de 18% dos investimentos totais da Fundação.



A Fundação Calouste Gulbenkian anunciou esta segunda-feira que concluiu o acordo com os tailandeses da PTT Exploration and Production  (PTTEP) para vender a gestora de activos petrolíferos Partex por 622 milhões de dólares (cerca de 555 milhões de euros).

“Depois do acordo de venda, assinado a 17 de junho deste ano, e obtidas todas as autorizações necessárias, foram hoje assinados os documentos finais que permitem a esta prestigiada empresa tailandesa de exploração e produção de petróleo assumir o controlo da Partex, valorizando a sua história, a elevada qualidade do seu portefólio e a solidez da sua gestão e dos seus colaboradores”, explica a Fundação Calouste Gulbenkian em comunicado.

A operação teve um valor de 622 milhões de dólares, conforme anunciado pela Fundação Calouste Gulbenkian em Junho.

“Este é um momento especialmente relevante uma vez que este desinvestimento na Partex, um activo que representava cerca de 18% dos investimentos totais, permite alinhar a Fundação com a visão de futuro sustentável que partilha com outras grandes fundações internacionais”, refere a Fundação.

A Partex, foi criada em 1939 por Calouste Gulbenkian e participou nos grandes projectos do desenvolvimento da indústria no Médio Oriente. Além de continuar a deter participações minoritárias em projetos de gás em Abu Dhabi e no Omã, a empresa tem também posições no campo petrolífero gigante de Dunga, no Cazaquistão, no bloco 17/06 em Angola e nas bacias de Potiguar e Sergipe-Alagoas, no Brasil.

“O Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian congratula-se com a conclusão do processo, que permitirá o crescimento e expansão da Partex e a sua entrada num novo ciclo de desenvolvimento”, refere o organismo.

A PTTEP é uma empresa pública, cotada na Bolsa da Tailândia, que integra os índices Dow Jones Sustainability. A operar desde 1985, tem 46 projectos petrolíferos em 12 países espalhados pelo mundo, explica o comunicado. Em Junho, explicou que pretende utilizar a Partex como uma plataforma de crescimento, alargando as relações que a empresa hoje detém nos países em que opera.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/e-oficial-gulbenkian-vende-partex-aos-tailandeses-pttep-508921
 

*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4284
  • Recebeu: 2412 vez(es)
  • Enviou: 1394 vez(es)
  • +7332/-4426
Re: Economia nacional
« Responder #89 em: Dezembro 09, 2019, 05:25:05 pm »
Há cada vez mais milionários espanhóis a mudar-se para Portugal e a culpa é dos impostos

Os benefícios fiscais em Portugal atraem cada vez mais cidadãos para o país, sobretudo estrangeiros com elevado poder de compra. E os investidores espanhóis com grandes fortunas, a braços com um impasse político no Parlamento, não ficam alheios a esta realidade.
Segundo o “El Mundo”, em causa está o regime de Residente Não Habitual (RNH), criado em 2009 (e reformulado em 2012), que dá aos trabalhadores com profissões consideradas de alto valor acrescentado a possibilidade de beneficiarem de uma taxa especial de IRS de 20%. durante um período de 10 anos não renovável. Já os reformados com pensões pagas por outro país podem gozar de isenção do pagamento de IRS, caso exista um Acordo de Dupla Tributação e este confira ao país da residência fiscal (neste caso, Portugal) o direito de a tributar.
Outra vantagem do RNH, que permite uma diferença significativa na altura de pagar os impostos, é que para usufruir do regime não é necessário residir permanentemente em Portugal. Basta que o interessado prove que tem residência fiscal no país. Ainda assim, é necessário morar no país, pelo menos, 183 dias por ano e não ter sido residente fiscal nos cinco anos anteriores ao pedido de adesão.
O “El Mundo” escreve, citando uma sociedade de advogados, que «nos últimos dois meses, houve um aumento de perguntas por parte de empresas espanholas» sobre o estatuto de RNH.
«A tudo isto junta-se a estabilidade política liderada pelo socialista António Costa e as boas perspectivas de crescimento que os analistas concedem ao país», sublinha. Na última revisão de Bruxelas, a Comissão Europeia mostrou-se mais optimista que o próprio Governo, melhorando em três décimas a previsão de crescimento económico de Portugal para 2% este ano.
Por outro lado, nas previsões económicas para Espanha, o executivo comunitário está ligeiramente mais pessimista que o Executivo, que estima um crescimento de 2,2% do PIB para 2019.
Recorde-se que, os socialistas do PSOE venceram as eleições em Espanha, mas sem maioria. Nas próximas terça e quarta-feira, vai realizar-se uma ronda de consultas aos partidos para avaliar se há condições para a tomada de posse de um Governo de coligação do PSOE e do Podemos.

https://executivedigest.sapo.pt/ha-cada-vez-mais-milionarios-espanhois-a-mudar-se-para-portugal-e-a-culpa-e-dos-impostos/

https://www.elmundo.es/economia/macroeconomia/2019/12/09/5de6a04ffc6c8362058b45a2.html

https://www.elmundo.es/economia/macroeconomia/2019/12/09/5ded2a12fc6c83e5238b463f.html