Portimão: Joana poderá estar morta 23-09-2004 13:01 EM ACTUALIZAÇÃO: Mãe e tio da menina, de oito anos, são suspeitos. E poderão ser detidos nas próximas horas. Operacionais da PJ estão a escavar os terrenos contíguos à casa Em actualização Joana, a menina de oito anos, que desapareceu na semana passada da aldeia de Figueira, em Portimão, poderá estar morta. De acordo com as televisões «SIC» e «TVI» a mãe e tio da menor são suspeitos e deverão ser detidos nas próximas horas. A GNR cercou as proximidades da casa em que a menor residia com a mãe e vários operacionais da PJ estão a escavar os terrenos contíguos com o intuito de encontrar o corpo da menina. O caso da Joana, que desapareceu no passado dia 12 de Setembro, passou a ser investigado, desde quarta-feira, pela área da Polícia Judiciária com competências no combate à alta violência e crime organizado, mais propriamente pela Secção Regional de Combate ao Banditismo da Directoria de Faro da PJ. Ontem, a PJ justificava esta medida com o facto de existirem fortes suspeitas de que se possa ter verificado um rapto, ou alguma outra acção violenta, algo que, aliás, parece encontrar reflexo no facto de ter sido pedido o apoio da GNR, que disponibilizou cães de busca, preparados para a procura de pessoas vivas ou mortas. Leonor Cipriano, a mãe da criança esteve praticamente todo o dia de ontem a ser ouvida nas instalações da Polícia Judiciária de Portimão, após dois inspectores a terem ido buscar a casa logo de manhã. A progenitora saiu da PJ cerca das 19h00, num carro da polícia, e embora não estivesse detida, foi levada para as instalações da PJ de Faro para continuar o seu depoimento. Sobre a hipótese de Leonor Cipriano ter vendido a filha, esta sempre negou essa hipótese, garantindo que nada tinha a ver com o desaparecimento da menina: «Por amor de Deus, eu não fazia isso a uma filha minha». Recorde-se que Joana Isabel Cipriano Guerreiro, de oito anos, desapareceu no passado dia 12, por volta das 20h30, na aldeia da Figueira, concelho de Portimão. A criança foi vista pela última vez junto à igreja local, quando regressava a casa depois de ter comprado um pacote de leite e duas latas de conserva de atum num café da aldeia. A GNR de Portimão assumiu inicialmente a tarefa de deslindar o misterioso caso, mas, após quatro dias de investigação, não conseguiu obter resultados concretos. Por isso, a Polícia Judiciária acabou por entrar em campo, passando a ter a seu cargo, desde a passada quinta-feira, toda a investigação em torno do desaparecimento da menina.
Espero então que a míuda tenha sido vendida ao tal casal... antes isso que estar ja sob dois palmos de terra... enfim.
Joana terá sido assassinada pela própria mãe e pelo tio PAULA MARTINHEIRA * JOSÉ MANUEL OLIVEIRAA pequena Joana, de oito anos, que se encontrava desaparecida desde o passado dia 12, terá sido brutalmente assassinada pela mãe e um irmão desta, na residência onde vivia, na aldeia da Figueira, perto de Portimão. O motivo do crime não podia ser mais «fútil» - a criança apropriou-se de «pequenas importâncias em dinheiro», o que não agradou à mãe. O «castigo» aplicado foi a morte. Os supostos autores do homicídio foram detidos ontem à tarde, estando hoje a ser ouvidos no Tribunal de Portimão.Embora o corpo da menina não tenha sido ainda encontrado, a Polícia Judiciária de Faro, que tem estado a investigar o caso desde terça-feira, não tem dúvidas, pelas «provas testemunhais e periciais» recolhidas, de que se trata de um «homicídio qualificado» presumivelmente perpetrado por Leonor Cipriano e o seu irmão, com cadastro por pequenos furtos, no próprio dia do desaparecimento da Joana.Segundo adiantou ontem aos jornalistas o subdirector da PJ de Faro, João Neto, o corpo foi enterrado posteriormente num local ermo perto da residência. Apesar das escavações realizadas ao longo do dia de ontem em toda a zona e das buscas com cães-pisteiros, «não foi possível encontrar o cadáver, devido ao facto de ter sido enterrado durante a noite e ao tempo que já decorreu», adiantou aquele responsável. Os supostos autores do crime não forneceram, por outro lado, a indicação exacta onde o corpo da menina foi enterrado, pelo que a PJ dispõe apenas de «vários indícios». As buscas serão retomadas esta manhã.De acordo com João Neto, esta investigação «revelou-se de grande complexidade», pelo que a Directoria de Faro da PJ utilizou «todos os meios disponíveis e possíveis, a nível humano, técnico e científico» para esclarecer os factos. É que, frisou, embora haja «provas testemunhais, não podemos afirmar que Leonor Cipriano e o irmão sejam autores confessos do homicídio». Na aldeia da Figueira, a população está, simplesmente, estupefacta com a notícia sobre a morte violenta de Joana. «Mancharam o nome desta terra, que era tão pacata», lamentam os habitantes, quase nem acreditando no sucedido. «Mais valia que ela tivesse sido vendida para a Alemanha, se fosse para ser bem tratada», desabafa um homem.Arrepiada e com as lágrimas nos olhos, uma vizinha aponta o local onde o seu filho e a Joana costumavam brincar à porta de casa. E diz ao DN: «Sempre suspeitei da mãe. Desgraçada! Aquela menina era uma criança triste e uma autêntica escrava dela lá em casa».A população ainda ficou mais revoltada quando começou a circular a suspeita de que a mãe e o tio de Joana a tivessem morto por «tirar dinheiro» em casa.«Se cada vez que um miúdo tira dinheiro aos pais fosse morto, então não havia crianças_», comenta uma senhora, para quem «a história continua mal contada». E acrescentou: «Nunca vi aquela menina a comer um gelado ou um rebuçado. Nem estou a vê-la a tirar dinheiro à mãe. Ela é que se chegou a servir da filha para me pedir dinheiro para comprar tabaco, o que recusei. Comida na minha casa ainda lhe dei várias vezes. Agora sustentar vícios é que não».Ao fim da tarde de ontem, uma familiar de Joana saiu de um carro e gritou para as vizinhas: «Era melhor se vocês se metessem em casa a fazer o jantar para os vossos maridos! Se a Leonor tiver culpa naquilo que fez, ela vai pagar por isso. O que vocês estão a fazer é estragar a imagem dos meus sobrinhos».Mas, afinal, onde está o corpo da Joana? Esta continua a ser a grande incógnita, após escavações efectuadas num terreno situado a 500 metros da casa onde Joana vivia há cerca de um ano com a mãe, o padrasto e dois irmãos.Certo é que, segundo contaram ao DN, ontem de manhã uma senhora viu, junto à igreja da Figueira, dois homens numa acesa discussão. Um deles terá perguntado ao outro: «Diz-me onde puseste a moça, senão mato-te». O outro respondeu que «foi num saco de plástico» de um supermercado.
Corpo de Joana pode ter sido levado para Castro Marim 28-09-2004 13:05 PJ levanta hipótese de estar perto da casa do pai dos arguidos. E já esteve no local. Admite-se que outros familiares maternos estejam implicados. Crime pode ter sido mais chocante A Polícia Judiciária (PJ) levanta a hipótese de o corpo da Joana, a menina de oito anos, da aldeia de Figueira, que está desaparecida desde 12 de Setembro, ter sido levado para longe e de haver outros familiares implicados no crime. De acordo com a RTP, o corpo da menina poderá estar a cerca de 150 quilómetros da casa onde residia, em Figueira, Portimão. A PJ acredita que possa ter sido levado para Cabaço, entre Castro Marim e Alcoutim, onde mora o pai dos arguidos, a mãe e um tio materno. E já esteve no local a investigar. Uma convicção que se associa à possibilidade, que está a ser investigada pela PJ, de haver outros familiares maternos que terão ajudado a ocultar o cadáver. A PJ, ainda segundo a RTP, receia que o corpo da menina possa denunciar um crime ainda mais chocante.
