Olivença

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komet

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« Responder #105 em: Junho 27, 2004, 09:10:35 am »
Até me admira tal atitude do BE, sim senhor, vamos a ver se isto não vai passar de uma maneira facil de ganhar 5049 votos prometendo "pensar" no assunto se ganharem as eleições, ou se realmente vão considerar encostar a lâmina ao pescoço dos espanhóis, finalmente!
"History is always written by who wins the war..."
 

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ferrol

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Un pouquiño de información
« Responder #106 em: Junho 28, 2004, 03:31:01 pm »
Ben, seguindo coa discusión, e sen insultar a ninguén que me leve a contraria, o cal sempre é un punto a favor da miña tolerancia, inclúo 2 extractos, un referente ó tratado de Badajoz de 1.801 e outro ó de Utrech, en 1.713.

Reparen si acaso nos diferentes estilos de escritura, pertencentes a 2 séculos distintos e con distinto xeito de ve-lo mundo

Imos aló:
Utrecht, 1.713:
http://www.lalinea.com/utrecht.htm
Citar
El Rey Católico, por sí y por sus herederos y sucesores, cede por este Tratado a la Corona de la Gran Bretaña la plena y entera propiedad de la ciudad y castillos de Gibraltar, juntamente con su puerto, defensas y fortalezas que le pertenecen, dando la dicha propiedad absolutamente para que la tenga y goce con entero derecho y para siempre, sin excepción ni impedimento alguno.
É dicir, o terreo se cede voluntariamente.

Badajoz, 1.801:
http://www.arqnet.pt/exercito/tratado_badajoz.html
Citar
ARTIGO III.

Sua Majestade Católica restituirá a Sua Alteza Real as Praças, e Povoações de Jeromenha, Arronches, Portalegre, Castelo de Vide, Barbacena, Campo Maior, e Ouguela, com todos os seus Territórios até agora conquistados pelas suas Armas, ou que se possam vir a conquistar; e toda a Artilharia, Espingardas, e quaisquer outras munições de Guerra, que se achassem nas sobreditas Praças, Cidades, Vilas e Lugares, serão igualmente restituídas, segundo o estado em que estavam no tempo em que foram rendidas; e Sua dita Majestade conservará em qualidade de Conquista para unir perpetuamente aos seus Domínios, e Vassalos, a Praça de Olivença, seu Território, e Povos desde o Guadiana; de sorte que este Rio seja o limite dos respectivos Reinos, naquela parte que unicamente toca ao sobredito Território de Olivença.
Ben, observamos que Olivenza é unha conquista militar, non unha cesión voluntaria, o que fai que calquera comparación entre as dúas sitiacións careza de senso. Non se poden comparar peras con morangos ¿ou sí?

Citação de: "PapaTango"
Para os portugueses a nação é indivisivel.
Ben, para discutir eso, vexamos os títulos do rei de Portugal naquel ano de 1.801, no enlace referido a Badajoz:
Citar
DOM JOÃO POR GRAÇA DE DEUS PRÍNCIPE REGENTE de Portugal, e dos Algarves, d'aquém, e d'além Mar, em África de Guiné,...
¿Que significa indivisible?¿Cal é o territorio que se considera indivisible?¿O da época sarracena?¿O tempo das colonias? Hai moito que aclarar nesta afirmación de indivisibel

Citação de: "PapaTango"
Atacou Portugal e após esse ataque (que é infelizmente uma demonstração de que o que os Espanhois assinam, tem apenas o valor do papel) tornou a cessão de Olivença, COMPLETAMENTE ilegal, produzindo acaducidade do tratado.
Supoño que se refire ó tratado Fontainebleu, polo que España autorizaba á Francia napoleónica atravesar España para invadir e repartir Portugal.
Sobre esto teño a opinión de que o exército era francés, mandado por oficiais franceses ás ordes de Junot e que España entrou coaccionada polas ameazas de invasión francesas, polo que nin o tratado de Fontainebleu tería validez actualmente, xa que foi asinado baixo coacción e engano, e tampouco quebraría o tratado de Badajoz, xa que foi o exército francés o que invadíu Portugal, non o español.
Un enlace:
http://www.artehistoria.com/frames.htm?http://www.artehistoria.com/historia/contextos/2465.htm
Citar
Pero Godoy [...] se vio cada vez más arrastrado por la política expansionista de su todopoderoso aliado [Francia]. Al darse cuenta de los planes de Napoleón, intentó salvarse proponiéndole al emperador un reparto de Portugal en el que el mismo iba a atribuirse una de las partes. Esa propuesta fue la base del Tratado de Fontainebleau (octubre de 1807) por el que un ejército franco-español penetraría en Portugal,[...]El tratado se puso en marcha con rapidez y un ejército francés al mando del general Junot atravesó la Península y ocupó Portugal sin grandes dificultades.


Desde logo, a Historia pode ser vista desde moitos puntos de vista.  :wink:
Tu régere Imperio fluctus, Hispane memento
"Acuérdate España que tú registe el Imperio de los mares”
 

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emarques

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« Responder #107 em: Junho 28, 2004, 05:21:19 pm »
Mas se se quer escudar na coacção francesa que terá levado ao Tratado de Fontainebleu, que dizer do Tratado de Badajoz? Acha que Portugal o assinou de boa vontade? Além de que as próprias citações que produziu dizem que foi Godoy que propôs a invasão e repartição de Portugal. O que, convenhamos, não é exactamente uma prova de grande amizade. Pessoas mal intencionadas poderiam chamar-lhe um acto de guerra...

E Junot não invadiu Portugal apenas com tropas francesas, apesar do que se diz na citação. Tropas espanholas fizeram parte das forças que ocuparam Portugal (alguns até eram galegos). Na verdade, a deserção dessas forças acabou por fazer muito para comprometer a situação de Junot (Ele também não se esforçou por ser popular. Um batalhão de granadeiros espanhol foi aprisionado por tropas francesas ao sair de uma missa em Lisboa porque os franceses suspeitavam da possibilidade de revolta ou deserção).

Mas realmente a situação de Olivença e Gibraltar não é igual. Gibraltar foi cedida por Espanha de boa vontade, segundo se depreende das suas palavras. Enquanto que Olivença foi retirada a Portugal pela força. Qual das duas situações mais merece ser rectificada? Guiando-nos pela sabedoria popular: "Quem dá e torna a tirar, ao Inferno vai parar".
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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papatango

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« Responder #108 em: Junho 28, 2004, 06:34:56 pm »
Citar
Preâmbulo do tratado e parte normalmente censurada pelos espanhois

Alcançado o fim que Sua Majestade Católica se propôs, e considerava necessário para o Bem Geral da Europa, quando declarou a Guerra a Portugal, e combinadas mutuamente as Potências Beligerantes com Sua dita Majestade, Determinaram estabelecer, e renovar os Vínculos de Amizade, e de Boa Correspondência por meio de um Tratado de Paz; e havendo-se concordado entre si os Plenipotenciários das Três Potências Beligerantes, convieram em formar dois Tratados, sem que na parte essencial seja mais do que um, pois que a Garantia é recíproca, e não haverá validade em alguns dos dois, quando venha a verificar-se a infracção em qualquer dos Artigos, que neles se expressam. Para efeito pois de conseguir tão importante objecto, Sua Alteza Real o Príncipe Regente de Portugal, e dos Algarves, e Sua Majestade Católica El-Rei de Espanha, deram, e concederam os seus Plenos poderes para entrar em Negociação... (descrição dos plenipotênciarios)

O articulado do tratado no seu inicio:
Citar
ARTIGO I.
Haverá Paz, Amizade, e Boa Correspondência entre Sua Alteza Real o Príncipe Regente de Portugal, e dos Algarves, e Sua Majestade Católica El-Rei de Espanha, assim por mar, como por terra em toda a extensão dos Seus Reinos, e Domínios; e todas as presas, que se fizerem no mar, depois da Ratificação do presente Tratado, serão restituídas de boa fé, com todas as mercadorias, e efeitos, ou o seu valor respectivo.

Desculpe Ferrol, mas quando um país permite a passagem de tropas pelo seu territorio, quando estas se destinam a atacar outro, isso é um acto de guerra, em contravenção do artigo 1.

Você acha que se está a cumprir um artigo em que se fala de garantir BOA VIZINHANÇA quando se deixa um exercito estrangeiro atacar o país com o qual se fez um pacto de boa vizinhança?

Se você tiver um vizinho, for amigo dele, e tiver uma porta na sua casa que dá para a casa do seu vizinho, o que é que vai chamar ao seu vizinho quando souber que ele abriu essa porta para deixar entrar os ladrões, sabendo que podería recusar ?

Já pensou que havia um tratado para retalhar Portugal em três?
Já pensou que um desses três estados era para Godoy?
Acha que os Franceses foram forçados a entrer quando era a Espanha, e Godoy quem mais tinha a ganhar com isso?

Por amor de Deus.

Depois lembre-se Ferrol, os tradicionais problemas portugueses com Espanha têm a ver com a falta de respeito dos Espanhois para com Portugal. Nada pode portanto ser considerado como mais ofensivo que o ataque a Portugal e a traição á palavra dada.

A situação Espanhola nesta triste situação é insustentável do ponto de vista jurídico, mas acima de tudo é insustentável do ponto de vista moral.

Lembre-se da campanha do Rossilhão, alguns anos antes, em que Portugal enviou tropas para ajudar a Espanha a lutar contra a França e depois de várias derrotas a Espanha assinou a paz com os franceses e deixou as tropas portuguesas numa situação desesperada, em território francês.

Não podemos aceitar este tipo de comportamento irresponsável, que parece ter o único objectivo de humilhar os portugueses, mesmo depois de Portugal ter enviado mais de 6.000 homens para ajudar o rei espanhol.

A situação de Olivença, é ainda mais degradante do ponto de vista moral, quando se olha para os factos Históricos ocorridos na altura.

Coloque-se no nosso lugar. Como reagiria a Espanha se fosse tratada desta maneira?

A nação é a nação Histórica, aquela que existe como Portugal, e que não é nem nunca foi considerada colónia ou parte do império.

Bastaría olhar para os monumentos de Olivença, Ferrol, para o que ainda resta das muralhas da cidade, para as suas janelas, e portas das casas antigas, para entender porque é que Olivença faz parte da nação.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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P44

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« Responder #109 em: Junho 29, 2004, 10:20:52 am »
Esta discussão nunca chegará a lado nenhum...

Eu só acho piada é os espanhois ficarem todos "enchufrados" com OLIVENÇA e dp exigirem o retorno de Gibraltar!!!!! :evil:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Moi

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« Responder #110 em: Agosto 03, 2004, 03:56:11 pm »
Em relação à Europa.

Acho que o projecto europeu é bastante importante no contexto internacional e que nós portugueses devemos vincar a nossa posição atlântica (não confundir com amizade íntima e submissa com os EUA) para nos afirmarmos na Europa. E não fazermos como fizémos a seguir ao 25 de Abril, que foi virarmos as costas para o Oceano. Mas, todavia, não me entrego ao pró-europeísmo cego, visto a Europa estar longe de ser capaz de entender os nossos problemas (o caso das águas territoriais é disso exemplo). Fazemos parte de Europa mas, espero que assim continue a ser, como país/nação com quase nove séculos de história própria. Alias é isso mesmo que os outros países fazem, afirmam-se DENTRO da grande europa, e não perdem quaisquer «sentimentos nacinais» que têm.

Em relação a Espanha.

É de difícil resolução o caso de Olivença, ainda mais quando um possível refrear de boas relações entre os dois países daria uma má lição em termos económicos - quer para uns, quer para outros. Todavia, Olivença é nossa! A resolução tem de ser debatida e não esquecida.

Caso não dependessemos tanto da Europa e tivessemos sabido honrar a nossa posição Atlãntica - com os vastos mercados possíveis - se calhar não nos importávamos tanto com o que vem de Espanha e a resolução do problema já iria mais avançada.

Cumprimentos a todos.
 

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Lynx

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« Responder #111 em: Setembro 22, 2004, 03:26:50 pm »
www.olivenca.org

Citar
A 16.ª etapa da Volta a Espanha em Bicicleta - que prescindiu de visitar a Catalunha, o País Basco e a Galiza... - tem início, dia 21- 09-2004, na cidade de Olivença que, sendo território português de jure, se encontra sob ocupação espanhola não reconhecida por Portugal.

O Grupo dos Amigos de Olivença - não deixando de saudar a caravana, e muito especialmente os valorosos ciclistas, nesta sua passagem por terras de Portugal - estará presente em Olivença, à partida da etapa, assim assinalando publicamente a situação anómala do território e lembrando o litígio que opõe os dois Estados peninsulares.


Eu gostava de encontrar a noticia mas como não encontrei vou-lhes dizer o que aconteceu.

O GAO foi dar as boas vindas aos ciclistas que passaram pelo território Português distribuindo panfletos a população presente e mostrando a sua presença com a bandeira nacional, o que aconteceu foi que alguns "Invasores" (espanhois) resolveram rasgar os panfletos e usar a violencia para retirar a bandeira Portuguesa atirando-a para o chão.

A RTP que estava presente no local apenas para documentar a etapa da vuelta não escapou sendo até mesmo sido identificada pela policia espanhola.

A minha opinião é a seguinte actos abusivos contra a bandeira nacional em território Português é punivel até 3 anos de prisão, agora é só cumprir a lei !!!
 

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ferrol

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Uuups!
« Responder #112 em: Setembro 23, 2004, 03:30:30 pm »
Citação de: "Lynx"
A minha opinião é a seguinte actos abusivos contra a bandeira nacional em território Português é punivel até 3 anos de prisão, agora é só cumprir a lei !!!
¿En territorio portugués? ¿E logo de que levan vostedes falando durante os últimos meses se non de devolver Olivenza a Portugal?
Si xa é portuguesa, non sei que fago eu escribindo neste fío  :wink:

Despistados saúdos...
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Tiger22

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« Responder #113 em: Setembro 28, 2004, 11:42:35 pm »
Carlos Luna (Jornal "EXPRESSO") (02-09-2004)

Citar
Gibraltar e Olivença


Os meses de Julho e Agosto têm sido férteis em notícias sobre as reivindicações espanholas em torno de Gibraltar. Agora, Madrid protesta contra a visita do ministro britânico da Defesa ao disputado território, considerando que tal provoca «mal-estar», tanto mais que em 2004 se cumprem 300 anos de ocupação inglesa.

Na verdade, estamos perante atitudes espanholas que não têm mudado substancialmente nos últimos três séculos. Madrid insiste no princípio de que Gibraltar é parte do seu território, de que é uma colónia anacrónica em 2004, que fere a dignidade de todos os espanhóis. E nada demove Madrid. Os resultados de referendos são desprezados, porque «a soberania não é plesbicitável», ou «a população viu alterada a sua composição e é sistematicamente enganada». O nível de vida dos gibraltinos, superiores aos dos espanhóis, também não, porque «a soberania não se vende, nem pode estar sujeita a conjunturas económicas». Muito menos a remota assinatura da cedência à Inglaterra, em 1713, porque «se tratou de um Tratado arrancado a Espanha sob coacção».

Este tipo de argumentos é repetido por Madrid até à exaustão, atravessando alguns deles todos os regimes em que a Espanha já viveu. Há que reconhecer a persistência notável dos responsáveis espanhóis.

É aqui que qualquer português não pode deixar de se sentir um tanto admirado. Estes argumentos espanhóis, a serem encarados como válidos e pertinentes, podem, com razões mais sustentáveis, ser aplicados ao caso de Olivença! Será possível que ninguém, em Madrid, se dê conta deste facto evidente... a que a imprensa estrangeira (começando pela de Gibraltar) já tem feito referência? Não saberão que Olivença foi ocupada em 1801, devolvida por Tratados europeus em 1815 a Portugal (assinados por Espanha em 1817), despersonalizada ao longo de duas centenas de anos, e que o Estado português não reconhece Olivença como espanhola... o que até tem beneficiado Portugal na questão da posse das águas do Alqueva...? Não saberão que em finais de Junho de 2004 todos os grupos parlamentares portugueses, embora discordando num ou noutro aspecto, manifestaram a sua concordância em relação ao facto de considerarem a administração espanhola em Olivença como de legalidade no mínimo duvidosa?

E o que se passa em Portugal? Ninguém, entre responsáveis do Estado, ergue a voz para denunciar esta escandalosa distorção/manipulação do Direito Internacional? Não haverá comentadores de renome que tenham a frontalidade de opinar sobre tão paradoxal situação?

Fala-se muito, em Portugal, de falta de amor próprio. Na verdade, o silêncio perante estas contradições diplomáticas pode ser um reflexo dessa situação. A mania, quase moda, de se considerar Portugal fraco, inferior, ou incapaz, sem que, curiosamente, se apontem soluções, leva a uma situação em que a apatia se torna quase uma segunda natureza de muita gente. E, pelos vistos, do próprio Estado.

Há que por cobro a tal «estado de espírito». Mesmo que se lamente a «pequenez» do país (como se não existissem Estados muito mais pequenos...), isso não pode pôr em causa o Direito de protestar contra o que é injusto, e não pode levar a esquecer-se que o Direito Internacional se aplica independentemente do tamanho de uma nação. É, procurando ter voz, que Portugal se torna respeitado.

O caso de Olivença não é certamente o maior problema do país. Mas não se vê por que razão não pode ser equacionado em termos diplomáticos, como, por esse mundo fora, o fazem outros países com «casos» análogos. Sem que, por isso, surjam graves incidentes entre Estados.

Mostrar que se tem princípios tem necessariamente de ser válido. A persistência é muito mais vezes recompensada do que a apatia. Esta,em parte nenhuma é considerada uma virtude.

O que causa alguma perplexidade é o uso, quase abuso, de um conjuntode argumentos para uma situação (a de Gibraltar), e a negação inexplicável dos mesmos para outra situação, igual, ou mesmo mais clamorosamente injusta (Olivença).
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-George W. Bush-
 

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dremanu

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« Responder #114 em: Setembro 29, 2004, 12:16:00 am »
Estou para ver (mas talvez nunca verei) quando é que os políticos Portugueses ganham tomates para enfrentar os Espanhoís na questão de Olivença, e trazerem ao de cima este assunto para que seja debatido com Espanha. É ridículo que esta situação se mantenha e que o governo Português escolha ficar calado em vez de fazer barulho e procurar que o território nos seja retornado.

Os argumentos económicos que são utilizados como base para adiar o enventual choque de Portugal com Espanha na questão de Olivença, não fazem, na minha opinião pessoal, o menor sentido que seja. Espanha tb tem relações económicas com o RU, e tanto um quanto o outro não e pertubam, nem deixam de lidar um com o outro quando argumentam sobre a questão de Gibraltar.

Que raiva!!!!!
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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Lynx

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« Responder #115 em: Setembro 29, 2004, 12:36:02 pm »
Citar
Estou para ver (mas talvez nunca verei) quando é que os políticos Portugueses ganham tomates para enfrentar os Espanhoís na questão de Olivença


Ora nem mais Dremanu os nossos politicos parece que querem deixar este assunto para o governo a seguir. Infelizmente á votações no parlamento para quando alguns deputados foram assistir à final da taça uefa, mas para a questão de olivença nada  :evil:

Se fosse ao contrario ou até mesmo no caso de Gibraltar os espanhois não se calam, pedem votações para o caso de Gibraltar na comissão Europeia. Nós nem com o Durão Barroso que agora é presidente vamos lá.
 

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J.Ricardo

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« Responder #116 em: Setembro 29, 2004, 09:11:58 pm »
Pelo que vocês falam esse Durão é muito mole!!!! :sil:
 

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Luso

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« Responder #117 em: Setembro 29, 2004, 10:20:45 pm »
- Bota moli aí , meurrmão!
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Tiger22

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« Responder #118 em: Outubro 01, 2004, 01:17:07 am »
Grupo dos Amigos de Olivença

http://www.olivenca.org

 

Citar
*Comunicado Reunindo-se o Presidente do Governo de Espanha e o Primeiro
Ministro
de Portugal, no âmbito da XX Cimeira Luso-Espanhola, o Grupo dos Amigos de
Olivença, torna público o seguinte:

 

1.

A Questão de Olivença continua por resolver: Portugal não reconhece a
soberania
de Espanha sobre Olivença e considera o território, de jure, português.

Designadamente, a Assembleia da República levou o assunto a discussão em
Plenário,
os Tribunais portugueses têm indicado que o conflito exige solução pela via
diplomática e, facto inédito entre dois Estados europeus, não é reconhecida
a fronteira nem estão fixados os limites entre os dois países, na zona, ao
longo de dezenas de quilómetros.

O assunto é tema na imprensa internacional e suscitou a atenção das
chancelarias.
Em Espanha, enquanto sectores político-diplomáticos autorizados associam a
situação de Olivença aos casos de Gibraltar, Ceuta e Melilha, outros
evidenciam
incomodidade e nervosismo, tudo abundantemente reflectido na comunicação
social.

Também o actual Primeiro Ministro de Portugal, pouco antes de assumir o
cargo,
manifestou publicamente a sua simpatia pela reivindicação de Olivença e
declarou
que «há alguma incoerência nalgum esquecimento em relação aquela que é a
história
de Olivença».

Inquestionavelmente, a Questão de Olivença está presente na realidade
política
Luso-Espanhola.

2.

O Governo português, conforme o comando constitucional, tem, repetidamente,
explicitado que «mantém a posição conhecida quanto à delimitação das
fronteiras
do território nacional» e que «Olivença é território português». Se o
anterior
Ministro dos Negócios Estrangeiros, Dr. Martins da Cruz, reiterou que
«temos
um problema mas temos de o resolver», mais recentemente a então Senhora
Ministra,
Dra. Teresa Patrício Gouveia, veio explicitar que «o Governo português se
mantém
fiel à doutrina político-jurídica do Estado português relativa ao
território
de Olivença».

3.

O litígio à volta da soberania de Olivença, propiciando, pela sua natureza,
desconfiança e reserva entre os dois Estados, tem efeitos reais e negativos
no seu relacionamento.

Se o confronto se evidencia, aparentemente, em episódios «menores», também
é certo que muitos dos atritos e dificuldades verificados em áreas
relevantes
da política bilateral têm causa na natural persistência da Questão de
Olivença.

4.

É escusado, é insustentável e é inadmissível, prosseguir na tentativa de
esconder
um problema desta magnitude.

A existência política da Questão de Olivença e os prejuízos que traz ao
relacionamento
peninsular, impõem que a mesma seja tratada com natural frontalidade, isto
é, que seja inscrita – sem subterfúgios – na agenda diplomática
luso-espanhola.

Não é razoável nem correcto o entendimento de que tal agendamento põe em
causa
as boas relações com entre Portugal e Espanha e prejudica outros interesses
importantes. Uma política de boa vizinhança entre os dois Estados não pode
ser construída sobre equívocos, ressentimentos e factos (mal) consumados. A
hierarquia dos interesses em presença não se satisfaz com a artificial
menorização
da usurpação de Olivença.

5.

As circunstâncias actuais, integrando Portugal e Espanha os mesmos espaços
políticos, económicos e militares, verificando-se entre eles um clima de
aproximação
e colaboração em vastas áreas, são as mais favoráveis para que, sem
inibições
nem complexos, ambos os Estados assumam finalmente que é chegado o momento
de colocar a Questão de Olivença na agenda diplomática peninsular e de dar
cumprimento à legalidade e ao Direito Internacional.

6.

O Grupo dos Amigos de Olivença, com a legitimidade que lhe conferem 66 anos
de esforços pela retrocessão do território, lança um desafio aos
Governantes
dos dois Estados para que, no respeito pela História, pela Cultura e pelo
Direito,
dêem início a conversações que conduzam à solução justa do litígio.

O Grupo dos Amigos de Olivença, fazendo seus os anseios de tantos e tantos
portugueses, apela ao Governo de Portugal para que, resolutamente, leve por
diante a sustentação dos direitos de Portugal.

O Grupo dos Amigos de Olivença dirige-se a todos os cidadãos e pede-lhes
que,
no pleno exercício dos seus direitos, se manifestem e tornem público o seu
apoio à defesa da Olivença Portuguesa.

 

Lisboa, 29 de Setembro de 2004.

A Direcção.
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ferrol

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« Responder #119 em: Outubro 07, 2004, 01:15:23 pm »
Ben, levamos algún tempo falando neste caso concreto, das similitudes entre Olivenza e Xibraltar. Os nosos descuidados amigos portugueses cren, pensan, que as situacións son parecidas. Cren que tanto Olivenza coma Xibraltar son colonias:
Citação de: "P44"
Eu só acho piada é os espanhois ficarem todos "enchufrados" com OLIVENÇA e dp exigirem o retorno de Gibraltar!!!!!

Para aclarar este punto, quixera engadi-lo enlace da O.N.U, onde se relatan as colonias existentes no mundo no 2.002:
http://www.un.org/Depts/dpi/decolonization/trust3.htm
Citar
Territory  Administration   Area Population

EUROPE:
Gibraltar  United Kingdom    6      26,703
Supoño que esto non ten porqué aclarar nada, ó fin e ocabo só é unha broma da ONU, mais gustaríame mantelo coma fonte de información particular.

Un saúdo.
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