Durão Barroso aceitou o convite para presidir à Comissão

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FinkenHeinle

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« Responder #30 em: Julho 08, 2004, 10:51:38 pm »
Citação de: "Luso"
Alguém enviou-me isto. Desconheço o autor...

Vejamos o processo de nomeação do futuro presidente da UE.

"  1.- A UE tem 25 Estados membros. Mas como desses apenas 12 participam em
  todas as politicas da UE, o presidente da Comissão Europeia só pode ser
  escolhido entre 12 e não entre 25.

  2.- Desses 12 Estados membros há 3 (França, Itália, Bélgica) que são
  excluidos pois já tiveram um presidente da comissão no passado. Ficam
  apenas 9.

  3.- Desses 9 Países há 5 (Alemanha, Espanha, Holanda, Irlanda, Grécia) que
  ficam excluídos à partida pois já detêm cargos de relevância na UE. Ficam 4
  Países.

  4.- Dos 4 Países que ficam, foi convidado oficialmente o primeiro ministro
  do Luxemburgo, que recusou o cargo alegando que tem um compromisso com o
  eleitorado do Luxemburgo. Ficam portanto três Países: Austria, Finlândia e
  Portugal.

  5.- Uma das imposições para se ser presidente da comissão europeia é falar
  Inglês e Francês. Ora mais de 99% dos Austriacos e dos Finlândeses não
  sabem falar Francês e Inglês. Restava pois Portugal. Como de costume no
  último lugar e por exclusão de partes.

  E ainda há entre nós quem diga que é uma honraria Portugal ocupar este
  cargo. Se a saloice matasse, Portugal seria um cemitério de saloios."

 :mrgreen:


Os critérios de escolha, nesse momento, não importam. O que importa é que Portugal se projetou no cenário político europeu, e porque não mundial, com essa vitória!!!

Parabéns, irmãos lusitanos.
Um Forte Abraço.
André Finken Heinle
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"Em condições normais, corro para vencer e venço. Em situações adversas, também posso vencer. E, mesmo em condições muito desfavoráveis, ainda sou páreo." (AYRTON SENNA)
 

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FinkenHeinle

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« Responder #31 em: Julho 08, 2004, 10:52:36 pm »
Citação de: "Ricardo Nunes"
Esse tipo de argumentos é impressionante. Pessoalmente acho saloio o autor de tais escritos.

Quer se goste quer não, quer seja útil ou não, qualquer que tenha sido o motivo da nomeação ele é um português. E está numa posição excelente para ficar na história.

Penso que existe por aí muita gente que, se tivesse sido António Guterres, já não diria tais coisas.
É a política que temos.
Nem um português conseguimos apoiar na europa - interessantes os comentários dos deputados do PCP e do BE que disseram categoricamente que não votariam em D. Barroso, e os deputados do PS na dúvida. Impressionante.
Nunca se questionou o apoio a António Vitorino ( e ainda bem ) e agora todos questionam o apoio a Durão Barroso.

Luso já estou como você: a política nacional começa-me a meter-me nojo.


Concordo Ricardo,


É para mim traição não apoiar algo tão simbólico quanto isso.
Um Forte Abraço.
André Finken Heinle
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Luso

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« Responder #32 em: Julho 08, 2004, 11:06:04 pm »
Ficaria contente com um Cavaco.
Nunca com um Barroso.

Mas o FinkenHeinle leva um abraço sentido meu.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Tiger22

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« Responder #33 em: Julho 08, 2004, 11:45:30 pm »
Outra questão:

Se houver eleições antecipadas nesta altura corremos o risco de sofrer um atentado terrorista.

Senão vejamos: nessa campanha a esquerda vai prometer que a GNR sai do Iraque, a maioria vai manter os compromissos internacionais e por tanto ira manter a presença portuguesa no Iraque, numa altura de transição no Iraque e após a projecção do nome de Portugal no mundo motivado pelo Euro 2004 e a nomeação do Dr. Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia, eis que a “al qaeda” tem um alvo prioritário e uma oportunidade única para por intermédio do dito golpe permitir que a esquerda ganhe as eleições e por conseguinte Portugal retire do Iraque e embora seja uma presença simbólica essa retirada será muito mediática e importante para os objectivos dos terroristas.

Pensem nisto e espero que o Presidente da Republica já tenha sido alertado sobre este cenário.
 :cry:
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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emarques

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« Responder #34 em: Julho 09, 2004, 12:38:09 am »
Os apoiantes do governo já estão tão desesperados que até isso usam como argumento? :)

Eu não vejo muitas razões para se fazerem eleições, mas é mais por achar que eleições de dois em dois anos não é um cenário aceitável.

Mas há bons argumentos para as eleições. Por exemplo, "Santana Lopes" e "Paulo Portas" são bons argumentos. Excelentes, até.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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P44

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« Responder #35 em: Julho 09, 2004, 09:30:53 am »
Citar
Mas há bons argumentos para as eleições. Por exemplo, "Santana Lopes" e "Paulo Portas" são bons argumentos. Excelentes, até.



ROFLOL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Sim sim, já estou a ver , qd os GNRs saem (?) do quartel , os Iraquianos todos a fugir...o Bin Ladas a esconder-se atrás das rochas...

Por Amor de Deus...

"Com Portas e Santana... até a barraca abana!!!!!!" 8)  :wink:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #36 em: Julho 09, 2004, 01:08:23 pm »
Citação de: "Tiger22"

Se houver eleições antecipadas nesta altura corremos o risco de sofrer um atentado terrorista.


Só pode estar a gozar, não é verdade?
 

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komet

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« Responder #37 em: Julho 09, 2004, 01:18:55 pm »
Haver eleições agora já era em si um atentado... mas entre isso e o  Santana Lopes... *suspiro* venha o diabo e escolha...  :cry:
"History is always written by who wins the war..."
 

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« Responder #38 em: Julho 09, 2004, 01:26:00 pm »
Só gostava de saber porque têm tt medo de Eleições...

Se o "trabalho" tem sido tão bom, não têm nada a recear, não é????? :twisted:

 :x Santo Deus!!!
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« Responder #39 em: Julho 09, 2004, 01:47:52 pm »
Não é ter medo... é o facto de para mim serem inúteis, não há um que se aproveite, se houver, vou votar em branco.
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« Responder #40 em: Julho 09, 2004, 01:49:41 pm »
Citação de: "P44"

Até parece que foi a oposição ou o presidente a desencadear esta crise, e não o Sr. Durão que fugiu para ir arranjar um "tacho" melhor!!!! :x Santo Deus!!!


Completamente de acordo consigo, P44. É preciso não esquecer, que a maioria existente na Assembleia não foi sufragada pelos portugueses. Não nos esqueçamos que quando Durão foi eleito ele nem se sentava ao lado de Portas nos debates. Interrogo-me se os resultados das eleições seriam os mesmos se eles tivessem ido coligados. A única forma de legitimar a coligação é submetê-la a votos e os portugueses que decidam.
Afinal dizem que querem governar para o povo e têm medo das decisões do mesmo?
Cumpts
JLRC

PS : Afinal a Hermenegildo Capelo ficou esquecida?
 

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papatango

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« Responder #41 em: Julho 09, 2004, 03:31:48 pm »
Uns meus dedinhos de opinião.

Problema de eleições e atentado terrorista.
Não creio que seja argumentação adequada, porque estaríamos a condicionar TODAS as eleições. Por esta ordem de razões, uma vez que pode haver um atentado terrorista antes de cada eleições, a única forma de evitar atentados era acabar com as eleições

A legitimidade dos deputados
Embora nos andem a dizer o contrário há quase trinta anos, fazendo campanha para "primeiro-ministro" a verdade é que nas eleições legislativas os portugueses elegem duzentos e trinta homens e mulheres a quem dão um mandato de quatro anos, para durante esse período, essas duzentas e trinta pessoas representem o povo. É por isso que se chama "Democracía Representativa"

Quem foi para Bruxelas foi um dos deputados
O deputado Durão Barroso foi para Bruxelas e esse é o único que tem que ser substituido. Aliás a questão nem se coloca, porque quando o deputado Durão Barroso passou a ser primeiro ministro, o seu lugar de deputado, foi substituido pelo seguinte na lista.

São os deputados que elegem o governo
Embora a prática (tantas vezes contrária á lei) diga que são os portugueses que elegem o primeiro ministro, são de facto os deputados e deputadas que elegem o governo que lhes é submetido pelo Presidente da República. Os deputados são a representação proporcional da realidade nacional no inicio do periodo de uma legislatura de quatro anos.

O periodo da legislatura
Quando os portugueses votam, elegem deputados por um período de quatro anos. Se começarmos a reduzir os periodos da legislatura estamos a subverter o sistema e as leis, achando que as legislaturas deixaram de ser de quatro anos, para passarem a ser de dois.

Se aceitamos legislaturas de doisa anos, dentro de pouco tempo estaremos a aceitar legislaturas de seis meses

O que diz a História
A História diz-nos que as lutas "intestinas" dentro dos partidos politicos pelo poder interno e as lutas entre partidos, pelo poder sempre demonstraram uma ABSOLUTA E MISERÁVEL falta de respeito pela estabilidade política, unica forma de garantir o desenvolvimento do país.

Basta ver a bandalheira a que este país chegou no período entre 1890 e 1926. A demoníaca sede de poder das máfias partidarias, colocou a necessidade dos corruptos acima do interesse nacional. O que interessava era chegar ao poder. O que interessava era a possibilidade de NOMEAR AMIGOS, o que interessava era o "Status" de "ESTAR MINISTRO". Toda a minha gente queria "ESTAR MINISTRO", era uma espécie de concurso.

O resultado é que o povo cansou-se e em 1926 aceitou uma revolução militar para impor a ordem.

Nunca se esqueçam de que a revolução de 28 de Maio de 1926, também foi uma revolução sem sangue, efusivamente aclamada nas ruas pela população.

Se continuamos a achar normal a instabilidade provocada por sucessivas eleições, (como no periodo do fim da monarquia e da primeira républica) e sucessivos governos, estaremos a dizer que não aprendemos nada com a História.

Está mal Durão Barroso, ao aceitar ir para Bruxelas provocando uma crise política, está mal Jorge Sampaio por ter aceite a demissão nestas circunstâncias, está mal o PS porque critica no PSD exactamente o mesmo tipo de comportamento do seu anterior líder. Está mal o PSD ao ter como unica solução para a governação do país (que legítimamente lhe pertence) um líder que é tudo menos uma garantia de estabilidade.

Os sintomas que esta crise apresenta são graves. Não há presidência da União Europeia que cure os problemas que mais uma crise estão a provocar.

Um povo que não sabe ler a História e que se esquece dela, está condenado a vivê-la de novo.


No entanto, há que reconhecer que o sistema da forma como está feito, dá ao Presidente da Républica o direito de decidir. O que quer que o Presidente decida, será sempre legal, porque os portugueses votaram num homem para tomar este tipo de decisões, e deram-lhe um mandato de CINCO ANOS. E os mandatos são válidos pelo periodo que está descrito na Lei e na Constituição.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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« Responder #42 em: Julho 09, 2004, 03:40:43 pm »
Citação de: "JLRC"
Citação de: "P44"

Até parece que foi a oposição ou o presidente a desencadear esta crise, e não o Sr. Durão que fugiu para ir arranjar um "tacho" melhor!!!! :x Santo Deus!!!

Completamente de acordo consigo, P44. É preciso não esquecer, que a maioria existente na Assembleia não foi sufragada pelos portugueses. Não nos esqueçamos que quando Durão foi eleito ele nem se sentava ao lado de Portas nos debates. Interrogo-me se os resultados das eleições seriam os mesmos se eles tivessem ido coligados. A única forma de legitimar a coligação é submetê-la a votos e os portugueses que decidam.
Afinal dizem que querem governar para o povo e têm medo das decisões do mesmo?
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PS : Afinal a Hermenegildo Capelo ficou esquecida?


Interrogo-me se os resultados das eleições seriam os mesmos se eles tivessem ido coligados.

Os do CDS até precisam de fraldas qd pensam em eleições :x se Deus quiser!!!!

Em relação á Hermenegildo Capelo, que posso eu fazer???? :cry:

Cumprimentos e bom fim de semana!
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« Responder #43 em: Julho 09, 2004, 03:49:15 pm »
papatango escreveu

Citar
Está mal Durão Barroso, ao aceitar ir para Bruxelas provocando uma crise política, está mal Jorge Sampaio por ter aceite a demissão nestas circunstâncias, está mal o PS porque critica no PSD exactamente o mesmo tipo de comportamento do seu anterior líder


Amigo papatango, deixe que lhe lembre que na noite em que o guterres se demitiu devido á derrota nas autárquicas (que não tem "leitura" a "nivel nacional", tal como "não" tiveram as Europeias), o durão barroso foi o primeiro a pôr-se em bicos de pés a pedir eleições antecipadas, portanto , quem tem telhados de vidro... :D
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« Responder #44 em: Julho 09, 2004, 04:15:20 pm »
O problema principal desta crise politica é exactamente que os politicos têm todos telhados de vidro. A argumentação apresentada pelo PS é a mesma que foi apresentada pelo PSD e a argumentação do PSD em 2000 nao era uma argumentação adequada.

Fico com a impressão que quer o PS quer o PSD (mas também o PP o PC e até o BE) nos estão a chamar a TODOS de estupidos e imbecís. Não entendem que muitos portugueses colocam muitas das culpas da presente crise nas "máfias" quer do PS quer do PSD, que estão ACIMA de tudo interessadas nas suas clientelas politicas (distritais e concelhías que querem mais facilmente meter a mão no erário público para construir fontanários, esquecendo as redes de esgotos).

Esta gente está a desvirtuar a democracía ao tranforma-la numa negociata "putrida". Se os politicos insistirem em transmitir esta ideia aos portugueses, toda a gente vai achar que o problema é da Lei, da Democracia, ou do país, quando na realidade o problema está na classe politica, que neste ponto da Europa, tem esta tendência para o apodrecimento.

O problema do país, neste momento, é a falta de gente para governar.

Confesso que não tenho uma ideia fixa sobre a questão.

Se houver eleições, existem possibilidades de haver uma maíoria estável, para os próximos quatro anos (talvez).
Se não houver eleições, respeita-se o voto dos portugueses, das ultimas eleições, mas inevitavelmente esse governo será um governo até ao fim da legislatura. Ou seja, tem menos de dois anos de vida.

No entanto, no computo geral, acho preferível garantir as legislaturas, explicando aos portugueses que votamos em deputados e não em primeiros-ministros. Portanto, é eventualmente preferível um governo saído da maioria parlamentar do ano 2000.

Evidentemente, as eleições autárquicas ou as Europeias, são diferentes das eleições legislativas.

Cumprimentos
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