O Lince

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Lancero

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O Lince
« em: Setembro 16, 2006, 03:35:33 pm »
Até parece que hoje tirei o dia para chatear os vizinhos.

Não deveria ser lince ibérico? Mas eles ao menos ainda se parecem preocupar com eles...



CIUDAD REAL - CASTILLA - SPAIN
epa00819053 The pack passes a traffic sign bewaring drivers of a Spanish lynx area, during the 19th stage of the Spanish Vuelta (Cycling Tour), Friday, 15 September 2006, run along 205 km between Jaen and Ciudad Real, central Spain. Spanish lynx (lynx pardina) is a unique species, living only in the Iberian peninsula and is in danger of extinction. EPA/LUIS TEJIDO
EPA / STF / LUIS TEJIDO
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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garrulo

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« Responder #1 em: Setembro 16, 2006, 03:38:18 pm »
Efectivamente es lince iberico.
España tiene el 107% de la renta de la UE, Portugal el 75%, entramos al mismo tiempo. No seremos tan tontos.
 

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ricardonunes

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« Responder #2 em: Setembro 16, 2006, 03:49:07 pm »
Citar
Estatuto Taxonómico
O estatuto taxonómico do lince-ibérico tem sido tema de discussão não estando ainda definitivamente esclarecido. Quanto ao género, certos autores (Ellerman & Morrison-Scott 1951, Kurten 1968, Corbet 1978, 1980), incluem as espécies actuais de linces no género Felis; porém, trabalhos de revisão mais recentes, como por exemplo (Wederlin 1981, 1990), consideram Lynx um género válido.
 
O estatuto taxonómico do lince-ibérico tem sido tema de discussão não estando ainda definitivamente esclarecido. Quanto ao género, certos autores (Ellerman & Morrison-Scott 1951, Kurten 1968, Corbet 1978, 1980), incluem as espécies actuais de linces no género Felis; porém, trabalhos de revisão mais recentes, como por exemplo (Wederlin 1981, 1990), consideram Lynx um género válido.
   

A maior controvérsia é, no entanto, aquela que diz respeito à distinção específica da forma ibérica. Para os taxonomistas da primeira metade do século (Cabrera 1914) havia poucas dúvidas em considerá-la espécie (Werdelin 1990). A publicação, em 1951, da importante obra de Ellerman & Morrison-Scott veio pôr em causa esta corrente de opinião considerando a forma ibérica subespécie do lince-boreal (Lynx linx). Grande parte dos autores anglo-saxónicos, (por exemplo Corbet 1978) seguiram, desde então, esta posição (Wederlin 1990).

Actualmente parece ser generalizada a opinião de que o lince-ibérico é, de facto, uma espécie distinta. Para essa corrente contribuem dados paleontológicos (Kurten 1968, Kurten & Granqvist 1987), morfológicos (Kratochvil 1968, Burton 1979), craniométricos (Wederlin 1981, Garcia-Perea 1985) e filogenéticos (Wederlin 1981,1990).

Perante estes e outros estudos, (Wederlin 1990) numa curta revisão sobre o assunto, conclui que Lynx pardinus é uma espécie válida.Como curiosidade é ainda de referir que, ao reconhecer-se o género Lynx, palavra de raíz masculina, o lince-ibérico deverá ser denominado Lynx pardinus. Se Lynx não for reconhecido então a denominação correcta será Felis pardina.
Potius mori quam foedari
 

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manuel liste

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« Responder #3 em: Setembro 16, 2006, 05:28:32 pm »
Efectivamente, en España es conocido como Lince Ibérico.

Tiene un programa de cría en cautividad, para garantizar la continuidad de la especie.
 

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NBSVieiraPT

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« Responder #4 em: Setembro 16, 2006, 09:09:56 pm »
Citação de: "manuel liste"
Efectivamente, en España es conocido como Lince Ibérico.

Tiene un programa de cría en cautividad, para garantizar la continuidad de la especie.


É verdade sim senhor :)
 

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sierra002

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« Responder #5 em: Setembro 17, 2006, 12:10:37 am »
Un link de la wikipedia en español:

Es lince ibérico.
http://es.wikipedia.org/wiki/Lynx_pardinus
En la wiki inglesa comentan que a veces se le llama incorrectamente como "spanish linx".
http://en.wikipedia.org/wiki/Iberian_Lynx

Aunque al parecer ya está extinguido en Portugal. Si la cria en cautividad funciona, quizá se pueda reintroducir.


Hubo un "lince" español, que fue el proyecto de tanque español basado en el Leopard II A4, que finalmente no se llevó a cabo.
 

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Lancero

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« Responder #6 em: Setembro 17, 2006, 11:21:01 am »
Há quem diga que ainda há em Portugal e quem diga que não. Sinceramente desconheço ao certo, embora sempre tenha ouvido que há pequenos núcleos.



http://www.naturlink.pt/canais/Artigo.a ... &iLingua=1

Ficha do Lince-ibérico
Conheça as características e ecologia do gato mais ameaçado do mundo.

Miguel Monteiro (21-03-2000)

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS
O Lince-ibérico Lynx pardinus é um mamífero da família dos felídeos, tem um comprimento total de 80-100 cm e altura no garrote de 40-55 cm, os machos pesam cerca de 13 Kg e as fêmeas 9,5 Kg. As comparações com 'um gato grande' são comuns mas, além do tamanho, tem três características muito particulares: a sua pelagem é castanha amarelada com manchas pretas; tem uma cauda curta com a ponta preta; as orelhas têm na extremidade pêlos em forma de pincel e apresenta umas grandes patilhas, brancas e pretas. Os seus membros posteriores são mais compridos estando adaptados para saltar e os anteriores, mais curtos e fortes, são utilizados na captura das presas.

DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA
A sua área de distribuição está confinada à Península Ibérica. Pensa-se que existam em Espanha entre 880-1150 indivíduos (com não mais de 350 fêmeas reprodutoras), distribuídos de forma muito fragmentada pelo sudoeste espanhol. Portugal apresenta igualmente uma distribuição bastante fragmentada, com estimativas populacionais para os principais núcleos bastante preocupantes: Algarve e Sudoeste Alentejano 15-25 linces e Serra da Malcata 5-8. São ainda importantes os núcleos Contenda-Barrancos, Vale do Sado, Serra de Sº Mamede e Vale do Guadiana, pensando-se que as populações portuguesas, no seu conjunto, não excedam os 50 indivíduos.

ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO
É o felino mais ameaçado do mundo sendo considerado uma espécie em perigo de extinção pelos Livros Vermelhos de Portugal, Espanha e UICN. Está ainda protegido pelas Convenções de Berna e CITES e a Directiva Habitats (92/43/EEC) atribui-lhe o estatuto de espécie prioritária. A regressão da espécie no nosso país começou sobretudo nos anos 30-40 quando a "campanha do trigo" reduziu consideravelmente o seu habitat. A situação agravou-se nos anos 50 com o surgimento da mixomatose, que provocou uma diminuição nas populações de Coelho, e com as florestações de pinheiros e eucaliptos. A mortalidade causada pelo Homem tem sido igualmente um factor importante de ameaça. A espécie está protegida integralmente desde 1974 e existem actualmente leis que protegem o seu habitat. No entanto, em Portugal e em Espanha, a perda de habitat, a escassez de alimento e a mortalidade causada pelo o homem continuam a colocar o lince à beira da extinção.

HABITAT
Composto por bosque mediterrânico e/ou matagais densos, que lhe proporcionam abrigo e protecção, bem como áreas mais abertas, onde o Coelho é mais abundante, que lhe permitem caçar.

ALIMENTAÇÃO
A sua presa principal é o Coelho-bravo que pode constituir 70 a 90% da sua dieta. Consome ocasionalmente pequenos roedores, lebres, cervídeos e algumas aves, podendo estas presas alternativas ter uma maior importância na sua dieta em caso de escassez do coelho-bravo.
 
REPRODUÇÃO
A época de acasalamento ocorre entre Janeiro e Março, altura em que se podem ouvir estranhos "miados" de chamamento. O período de gestação é de 63-74 dias, nascendo entre 1 e 4 crias, geralmente 2. O macho deixa a fêmea após o acasalamento, ficando as crias ao cuidado desta por um período de aproximadamente um ano, altura em que se tornam independentes. No seu segundo ano, as crias atingem a maturidade sexual.

MOVIMENTOS
É uma espécie residente no nosso país. Poderão existir trocas de indivíduos entre as populações fronteiriças de Portugal e Espanha, nomeadamente entre a Serra da Malcata e a Serra da Gata, entre Contenda-Barrancos e a Serra Morena. O maior valor de dispersão registado para Lince-Ibérico é de 30 km, mas conhecem-se deslocações usuais em outras espécies de linces da ordem dos 100 km, podendo inclusivé passar os 400 km.

CURIOSIDADES
Estudos científicos realizados na década de 90, revelaram que, ao contrário do que se poderia supôr, a presença do Lince numa dada área favorece as populações de coelho, pois controla a densidade de outros predadores como a raposa e o sacarrabos, capturando-os ou mantendo-os afastados do seu território. Assim, em igualdade de outras condições, as densidades de coelho em áreas onde o Lince está presente são 2-4 vezes superiores às áreas onde o felino está ausente.

LOCAIS FAVORÁVEIS DE OBSERVAÇÃO
O facto de se tratar de um animal raro, secretivo e de hábitos crepusculares, torna extremamente difícil a sua observação. A sua detecção é feita sobretudo através de indícios de presença como pegadas e rastos, excrementos e arranhadelas em árvores. No entanto, uma visita ao Parque Nacional de Doñana valerá sempre a pena e quem sabe, pode ser que se tenha a sorte e o privilégio de observar um dos 45-50 linces que aí vivem.











http://www.confagri.pt/Ambiente/AreasTe ... /doc18.htm

O lince-ibérico, Lynx pardina, espécie endémica da Península Ibérica, é actualmente o felino que apresenta maior risco de extinção no Mundo.

Outrora comum em Portugal e Espanha, esta espécie sofreu uma diminuição contínua ao longo do século passado, quer no seu número quer na sua área de distribuição (reduzida a uns quantos núcleos isolados).

Actualmente a sua população está confinada a duas sub-populações na Andaluzia, em Espanha. Estes dois núcleos, ou melhor duas metapopulações (populações isoladas) são Doñana, onde existem cerca de 30 a 35 linces, dos quais 3 a 5 fêmeas reprodutoras e Cardeña-Andújar, com cerca de 90 a 120 indivíduos, dos quais 25 são fêmeas reprodutoras.

Esta redução é o resultado da diminuição generalizada do habitat característico do lince (e ao aumento da fragmentação da paisagem), do isolamento das várias metapopulações (resultando numa perda de fertilidade derivada da diminuição da diversidade genética), da dificuldade em se dispersar (pois teriam atravessar quer várias auto-estradas, estradas, rios e outras barreiras), da acção directa do Homem (morte causada por armadilhas, por atropelamentos e por abate ilegal) e à redução generalizada das populações ibéricas de coelho (Oryctolagus cuniculus), presa principal deste predador Ibérico.
 
Os estudos realizados em Portugal e Espanha concluem ainda que não só não existem populações de coelho com dimensão suficiente para sustentar o lince, mas também que nas áreas onde ele existia, ocorrem actualmente populações de outros predadores mais pequenos (como a raposa, Vulpes vulpes, o saca-rabos, Herpestes ichneumon, e outros mustelídeos) em quantidade, e com um determinado tipo de estrutura, que parecem indicar que o lince não se encontra aí há algum tempo, pois este felino não tolera a presença de outros predadores.

Perante este cenário desolador, urge tomar medidas rápidas e eficazes que tentem contrariar esta evolução. É necessário que Portugal e Espanha unam esforços no sentido de recuperar o habitat desta espécie, as populações de coelho (combatendo as doenças e epidemias que as dizimam) e melhorando a comunicação (eliminando as barreiras) entre manchas do seu habitat. Esperemos também que os esforços de reintrodução que estão a ser tomados em Espanha dêem bons resultados, e que assim possamos voltar a ver este magnífico felino nas matas Mediterrânicas a perseguir os coelhos incautos que se lhe deparem à frente.

 

Agradecimentos
Ao Josef Hlasek por gentilmente nos ter cedido a imagem.

António Heitor
Departamento Técnico da CONFAGRI


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Lancero

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« Responder #7 em: Setembro 17, 2006, 11:26:44 am »
Entretanto encontrei isto

http://carnivora.fc.ul.pt/noticia280303.htm


Comprovada Existência de Linces em Portugal
Por ANA FERNANDES  
Fonte: Público, 28 de Março de 2003
   
   
Cientistas portugueses comprovaram, através de análises de ADN a amostras de excrementos, que existe lince em Portugal. Depois de um censo anterior, cujos métodos foram muito criticados, indicar que o animal já não andava pelo país, biólogos da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa vêm agora demonstrar que o raríssimo felino afinal ainda por cá mora.
   
No âmbito de um projecto de monitorização de mamíferos carnívoros na área de implantação da barragem do Alqueva, uma equipa do Centro de Biologia Ambiental, apoiada financeiramente pela Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, está há quatro anos a procurar provas da existência da espécie nesta área. Os estudos estão a ser desenvolvidos na área de regolfo (25 mil hectares) da barragem de Alqueva e numa área envolvente com 110 mil hectares. Foi nesta última que os investigadores descobriram várias amostras de excrementos, que mandaram analisar no laboratório da Estação Biológica de Doñana. Uma delas revelou-se positiva.
   
Esta prova contraria os resultados do último censo, feito o ano passado. O problema é que nesse estudo foram apenas considerados como métodos rigorosos a análise positiva de excrementos mediante técnicas moleculares e registos fotográficos, não sendo dada qualquer relevância a avistamentos de animais vivos ou mortos. Os resultados, negativos, criaram uma enorme polémica, até porque foram apresentados num seminário internacional sobre o lince ibérico, que decorreu em Outubro em Espanha, onde por pouco Portugal não ficou fora do barco da luta pela protecção do lince. Só a intervenção de outros cientistas portugueses conseguiu que o país se mantivesse nesta luta.
   
O método utilizado foi considerado insuficiente para zonas de baixa densidade, como é o caso de Portugal. "É uma metodologia boa para detectar a presença do lince mas o facto de não detectar não quer dizer que este não exista", diz Margarida Santos-Reis, do Centro de Biologia Ambiental e coordenadora da equipa. Para a bióloga, a grande crítica vai para a "precipitação com que os resultados foram anunciados, pois o Instituto de Conservação da Natureza já estava a tender para considerar a espécie extinta, o que teria graves consequências para a conservação da espécie".
   
Neste estudo da Faculdade de Ciências, os métodos incluíram a realização de inquéritos orais para localizar avistamentos, a identificação de áreas mais favoráveis em termos de habitat e presas e a prospecção intensiva do terreno para identificação de indícios de presença, como os excrementos. Métodos que foram coroados de sucesso.
   
Apesar de animadores, estes resultados não contrariam um problema de base: o lince-ibérico é raro e a população tem estado sempre a declinar. Mas "vem dar outro fôlego" às apostas na sua conservação, sublinha Margarida Santos-Reis. Que estão demasiado atrasadas, considera a coordenadora da equipa. "Perdeu-se demasiado tempo à procura do lince quando se deveria ter investido na gestão do habitat e dos coelhos - a sua principal presa - a uma escala alargada", considera a investigadora.
   
Uma das soluções que o Instituto de Conservação da Natureza irá promover será a reintrodução de linces reproduzidos em cativeiro, uma iniciativa que deve continuar a ser uma aposta, aconselha Margarida Santos-Reis, pois a população continua a declinar.
   
O projecto do Centro de Biologia Ambiental prosseguirá até ao final do ano e a equipa encontrou entretanto outros excrementos que suspeita serem também de lince e que vão ser enviados para análise molecular.
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Lancero

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« Responder #8 em: Setembro 17, 2006, 11:27:59 am »
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Marauder

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« Responder #9 em: Setembro 17, 2006, 01:31:04 pm »
Bom achado Lancero!!!

Embora seja de 2003, sempre é melhor que pensar que já não tinhamos Linces!

Já deu para alegrar o dia! :G-Ok:
 

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manuel liste

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« Responder #10 em: Setembro 17, 2006, 04:11:49 pm »
Es muy poco probable que queden linces ibéricos al norte del río Tajo (Tejo). La supervivencia de la especie depende de los esfuerzos de conservación, pues quedan muy pocos ejemplares.

Hay una especie que podría introducirse en Portugal durante los próximos años de forma natural: el oso pardo.

Desde hace un tiempo, la colonia de osos pardos de la Cordillera Cantábrica se está aventurando hacia comarcas cada vez más lejanas. La pasada primavera uno llegó hasta el río Sil en Quiroga (Galicia), a menos de 50 km de la frontera portuguesa, hecho inédito en muchas décadas.

Se cree que los osos están comenzando a asentarse en los montes orientales gallegos. Con el paso del tiempo y con una ayudita humana, podrían ser introducidos en Tras-os-Montes o en el parque de Peneda-Gêres.

Hoy día sólo quedan osos en dos lugares de la Península: los montes Cantábricos y los Pirineos.
 

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Lancero

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« Responder #11 em: Setembro 17, 2006, 05:53:58 pm »
Em 1999 ainda havia linces na Serra da Malcata (um bom bocado acima do Tejo). E ainda deve haver (poucachinhos... que andam entre Espanha e Portugal). Os nossos ursos foram-se no séc. XIX, embora no séc. XX tivessemos umas visitas de Espanha (http://bicharada.net/animais/animais.php?aid=163). Mas há por aí muitos ursos, mais pequenos e com menos pelo...  :lol:

Voltando ao lince,

http://lynxpardinus.naturlink.pt/linces_na_serra.html

http://dn.sapo.pt/2005/04/04/sociedade/ ... _2010.html

Lince-ibérico vai voltar à Malcata até 2010

Os enormes círculos que se sucedem, quase nus, nas vertentes suaves e cheias de mato da serra lembram aqueles que se vêem na televisão, sempre em searas estrangei- ras, e que os fanáticos dos ET atribuem a raides nocturnos de ovnis. Ao volante do todo-o-terreno da Reserva Natural da Serra da Malcata, o biólogo Pedro Sarmento, que dirige a reserva, sorri. "Toda a gente diz isso", conta ele.

Mas estes círculos, ligados entre si por estreitos carreiros, no coração da Malcata, nada têm de misterioso ou de extraterrestre. São pastagens para os coelhos-bravos, que foram estrategicamente abertas pelos técnicos da reserva nos últimos anos. Nesta altura, são também a única marca visível do que ali se prepara a instalação de um centro para a reintrodução experimental de linces-ibéricos, que poderá, na melhor das hipóteses, receber os primeiros hóspedes já a partir do próximo ano.

"Pode ser para o ano, em 2007 ou mesmo em 2008, não sabemos ainda, por isso não quero adiantar uma data", diz Pedro Sarmento, que é também o coordenador em Portugal do programa para a conservação do lince.

O centro de reintrodução experimental da Malcata é para já o único no género previsto para a Península Ibérica, no âmbito do projecto internacional de conservação desta espécie ameaçada de extinção, no qual estão envolvidos Portugal e Espanha e ainda a União Internacional da Conservação da Natureza (ver texto na outra página).

Iniciado recentemente, o projecto tem como pedra-de-toque a reprodução do lince em cativeiro para a sua reintrodução no habitat natural a partir de 2010. Até lá, há ainda uma série de passos a dar, mas as coisas "estão a andar bem", garante Pedro Sarmento.

As notícias não podiam, aliás, ser melhores, nestes últimos dias. Numa estreia mundial que ficará para a história da biologia, nasceram, faz hoje exactamente uma semana, os primeiros três linces em cativeiro, em Espanha. Foi no centro de El Acebuche, no Parque de Doñana, na Andaluzia, onde está instalado o primeiro centro de reprodução em cativeiro no âmbito do projecto ibérico para a conservação desta espécie.

Repovoamento. À medida que o jipe percorre aos solavancos os caminhos pedregosos e inclinados da Malcata, as marcas circulares das pastagens abertas para os coelhos sucedem-se na paisagem. Olhando com atenção, vê-se que desponta no interior desses círculos uma tímida sombra em tons de verde. É a erva a nascer, em resultado das chuvas das duas últimas semanas. Um bom sinal, que agrada ao director da reserva. Para que um dia aqui haja novamente uma população viável de lince ibérico, é necessário que não faltem os coelhos, já que estes animais são a base da alimentação daquela espécie felídea. E neste momento tudo indica que o programa em curso para o repovoamento da Malcata com coelho-bravo está no andamento certo para que isso venha a acontecer.

Em tempos, o coelho-bravo era vulgar por aqui. Mas nos últimos 30 anos, a mixomatose e a doença hemorrágica viral, duas patologias altamente contagiosas e mortais para esta espécie, atingiram as populações de coelho-bravo no País, dizimando-as em grande número e um pouco por todo lado.

A Serra da Malcata não foi excepção e uma das hipóteses que ajudam a explicar o desaparecimento do lince ibérico desta região (e também da zona espanhola contígua, que fica a escassos quilómetros e se avista facilmente das zonas altas da Malcata) é, justamente, o desaparecimento do próprio coelho nestas paragens.

"O lince-ibérico é um animal muito especializado em termos de alimentação, o que o torna muito vulnerável", explica Pedro Sarmento, sublinhando que a queda abrupta dos seus efectivos na península e o seu desaparecimento dos seus territórios tradicionais em Portugal, "poderão ter resultado da escassez de coelho-bravo, a par da degradação global do seu ecossistema tradicional".

Quando a Reserva Natural da Serra da Malcata iniciou, em 1997, o projecto de repovoamento da serra com coelho-bravo, não havia mais do que dois animais desta espécie por hectare na região. Desde então, foram ali introduzidos anualmente números crescentes de coelhos, capturados noutras zonas do País, onde ainda abundam, como no vale do Guadiana.

No ano passado, foram 300 os animais que viajaram do Baixo Alentejo para aqui. "Este ano vamos introduzir mais 600 coelhos oriundos da mesma zona", adianta Pedro Sarmento.

Metodologias. Para assegurar a sua sobrevivência e reprodução, a reserva abriu até agora um total de 150 hectares das pastagens circulares que marcam esta paisagem e construiu mais de centena e meia de refúgios que lhes servem de abrigo. São montes de terra, que surgem aqui e além, e têm pequenos buracos. São tocas e muitas delas estão a ser usadas, como revela a existência de excrementos ali por perto.

As contagens indicam, entretanto, que a população de coelho-bravo já está nos 4,5 animais por hectare, o que é um bom indicador, segundo Pedro Sarmento. "Os estudos feitos prevêem que este é o número mínimo para sustentar uma população viável de lince", explica o biólogo. Oito anos depois, os resultados das acções de repovoamento com coelho-bravo são, assim, positivos. Mas o programa ainda não terminou e vai continuar, no âmbito de dois projectos para a conservação de espécies e habitats na reserva da Malcata. São 2,5 milhões de euros, do Programa Operacional do Ambiente (POA), entre 2003 e 2006, que estão também destinados a reflorestamento com espécies autóctones, como o sobreiro e a azinheira, aquisição de terrenos e obras para a instalação do centro de reintrodução experimental do lince.

A zona onde vai nascer este centro já está definida. É um terreno extenso com 300 hectares no Vale do Ribeiro da Casinha, em pleno coração da serra. Tem água, rochas escarpadas que podem servir de abrigo e vegetação variada e é uma espécie de paraíso para linces. As obras, cuja data de início ainda é neste momento uma incógnita, passarão pela reconversão de três edifícios rústicos existentes na zona mais baixa do vale, na chamada Quinta do Major, para futura instalação de uma clínica veterinária e acomodações para os técnicos.

Depois há que instalar muitos quilómetros de vedação, para delimitar todo terreno, e inúmeras câmaras em volta, para seguir os passos dos linces, quando eles forem ali largados no futuro. "Este centro experimental vai servir-nos para testar e afinar as metodologias para a reintrodução dos animais na natureza a partir de 2010", explica Pedro Sarmento. E sublinha "Nessa altura já terá que estar tudo tecnicamente definido, sem qualquer margem para dúvidas".
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« Responder #12 em: Setembro 18, 2006, 02:13:40 am »
Eu até preferia que nem divulgassem os locais onde poderão haver ainda comunidades de linces. :?


Cumptos
A realidade não alimenta fóruns....
 

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Doctor Z

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« Responder #13 em: Setembro 18, 2006, 11:32:42 am »
Falando de animais em vias de extinção, alguém terá notícias acerca do
lobo em Portugal ?
Blog Olivença é Portugal
"Se és Alentejano, Deus te abençoe...se não
és, Deus te perdoe" (Frase escrita num azulejo
patente ao público no museu do castelo de
Olivença).

:XpõFERENS./
 

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Cabeça de Martelo

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7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.