Os 28 F16A/B MLU da FAP

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dc

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2130 em: Abril 21, 2020, 09:52:10 pm »
Adquirir um caça para operar durante 30 anos apenas com base no método de reabastecimento seria um autêntico tiro no pé. Ainda por cima limitar a escolha aos caças de 4a geração.

Acho que ganhávamos mais em ter dois MRTT, de "múltiplo uso" e não termos de nos preocupar com limitações do método de abastecimento.

Quanto aos caças, a única hipótese viável são F-16C/D ex-AMARG, convertidos para V. Fora isso, qualquer caça de 4a geracao para durar 15 anos seriam um desperdício, para durar 30/40 significava que a meio da sua vida já estava obsoleto. Eis a questão, quanto custariam os C/D e a respectiva conversão? Estes aguentariam o suficiente para o F-35 amadurecer e surgirem os novos caças europeus.
 

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typhonman

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2131 em: Abril 21, 2020, 10:01:20 pm »
Ainda fazem um upgrade manhoso aos F-16 só para poder reabastecer pelo método P&D, e assim justificar o KC.  :mrgreen:

Acho que posso afirmar, sem estar provavelmente muito longe da verdade, que a não ser para pequenas actualizações de componentes fundamentais à segurança em voo e situações pontuais/imprevistas, será quase certo que a nossa frota F-16 não será alvo de mais nenhum upgrade de vulto até ao fim da sua carreira operacional em Portugal. Quem me dera estar enganado.

Lamento informar, mas a menos que os nossos F-16 façam um SLEP, não me parece que aguentem até essa data, por isso as opções são várias, desde uma esquadra de F-35A com 12 aparelhos mais 12 F-16 PA I upgrade para V, com um total de 32 caças, ou somente 12 F-35A ou então F-18E/F ou F-16C/D Block 40 com o upgrade para o V e SLEP (+ 4000HV).

Cumprimentos
 

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ocastilho

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2132 em: Abril 21, 2020, 10:23:19 pm »
Adquirir um caça para operar durante 30 anos apenas com base no método de reabastecimento seria um autêntico tiro no pé. Ainda por cima limitar a escolha aos caças de 4a geração.

Acho que ganhávamos mais em ter dois MRTT, de "múltiplo uso" e não termos de nos preocupar com limitações do método de abastecimento.

Quanto aos caças, a única hipótese viável são F-16C/D ex-AMARG, convertidos para V. Fora isso, qualquer caça de 4a geracao para durar 15 anos seriam um desperdício, para durar 30/40 significava que a meio da sua vida já estava obsoleto. Eis a questão, quanto custariam os C/D e a respectiva conversão? Estes aguentariam o suficiente para o F-35 amadurecer e surgirem os novos caças europeus.

Tendo em conta o que escreveu, tenho duvidas se leu o que escrevi, dado que se debruça sobre uma piada que está no fim do texto, com claro ironia, dado que me dirijo ao Srs. do MDN, e até tem um smile no fim.

Escolhi o Rafale por vários fatores a saber:

-Dentro dos grandes parceiros OTAN, é o que aparenta que estará até mais tarde na linha da frente, portanto previsivelmente será atualizado até mais tarde. Vejamos, UK já firmou compra de F35, a Alemanha falava há dias em comprar F35(vi agora que estou desactualizado um ano e vão de EF2000 e EF18), os Espanhóis estão encaminhados para o F35 para a marinha e acredito que mais cedo ou mais tarde irão para a FA também, BE, NL e Noruega tbm vão de F35. Os Franceses tenho duvidas que invistam no F35 por vários motivos e portanto deve fazer logo a transição Rafale para FCAS.

- Dado o relativo insucesso de vendas do Rafale, é possivel que os Franceses se interessassem num negócio de Leasing a 15/20 anos. Para nós o Leasing é a melhor opção financeira, pq permite passar mais despercebido na opinião pública e enganar melhor a malta antimilitarista de BEs e afins...

- Dado a nossa fraca situação financeira e considerando o ponto anterior, podia ser que conseguíssemos que esta operação financeira não contasse para o deficit. ( Sei que parece palerma, mas na UE quem pode manda, e ter os Francius do nosso lado ajuda).

-Bimotor, dado a nossa área marítima é sensato.

-Já sei que o F35 é a opção de futuro e bla bla, mas sem palhaços não há circo (royalties NVF), portanto grandes sonhos é melhor esquecer. Tudo no F35 é caro, até a manutenção, desde shelters a A/C para a conservação, nas nossas mãos ia ser um elefante branco...

Abraços
« Última modificação: Abril 21, 2020, 10:40:22 pm por ocastilho »
"Se servistes à pátria, que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis, ela o que costuma."
 

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dc

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2133 em: Abril 21, 2020, 10:55:04 pm »
O Rafale vai durar tanto tempo como o Typhoon e o Gripen. Todos estes serão substituídos ou pelo produto final do FCAS ou do Tempest (se não estou em erro os suecos estão neste último com o RU). O F-35 vai substituir no RU os Harrier por agora. Em Itália operam ao lado dos Typhoon. Em Espanha é expectável que se receberem F-35, estes substituam os Harrier, versão B, e eventualmente os Hornet, versão A, o Typhoon irá manter-se até o FCAS o substituir.

Eu sei que era uma piada, mas depressa alguém acha que é uma ideia viável porque já todos sabemos que para muitos o 390 é o centro do universo.

Quanto ao Rafale em concreto... Com que dinheiro suportávamos esta frota, cujo custo de operação deve ser perto do dobro do F-16, a somar ao valor do leasing, a somar aos armamentos e equipamentos que tinham de ser especificamente franceses? O avião é bonito, mas criar uma linha logística e doutrina completamente novas para 15/20 anos de uso? E os franceses têm 28 a 30 Rafale disponíveis para emprestar ao tuga? E todos eles no padrão mais recente ou até nisso seriam de segunda linha?
 

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ocastilho

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2134 em: Abril 21, 2020, 11:42:00 pm »
O Rafale vai durar tanto tempo como o Typhoon e o Gripen. Todos estes serão substituídos ou pelo produto final do FCAS ou do Tempest (se não estou em erro os suecos estão neste último com o RU). O F-35 vai substituir no RU os Harrier por agora. Em Itália operam ao lado dos Typhoon. Em Espanha é expectável que se receberem F-35, estes substituam os Harrier, versão B, e eventualmente os Hornet, versão A, o Typhoon irá manter-se até o FCAS o substituir.

Discordo, todos esses paises ao operarem F35 não terão a mesma pressão a actualizar o EF2000 como os Franceses. Repare os Franceses só terão o Rafale como primeira-linha, já os outros terão o F35

Quanto ao Rafale em concreto... Com que dinheiro suportávamos esta frota, cujo custo de operação deve ser perto do dobro do F-16, a somar ao valor do leasing, a somar aos armamentos e equipamentos que tinham de ser especificamente franceses? O avião é bonito, mas criar uma linha logística e doutrina completamente novas para 15/20 anos de uso? E os franceses têm 28 a 30 Rafale disponíveis para emprestar ao tuga? E todos eles no padrão mais recente ou até nisso seriam de segunda linha?

Certamente, o custo de operação de uma frota recauchutada também não será o mesmo de uma nova. Quanto aos armamentos, os nossos armamentos não estão propriamente novos. As GBU julgo que são compativeis. A questão seria no Ar-Ar, mas o AIM120 e AIM9 há muito que aqui é falado que não durarão para sempre. E considerando as quantidades que habitualmente compramos...
Eu não defendo que é a solução perfeita, mas defendo que é a opção que nos permite comprar tempo e ter uma aeronave de "primeira-linha" equivalente a um dos nossos aliados

« Última modificação: Abril 21, 2020, 11:43:39 pm por ocastilho »
"Se servistes à pátria, que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis, ela o que costuma."
 

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Lightning

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2135 em: Abril 22, 2020, 12:54:42 am »
CJ além do facto de o sistema boom é mais eficiente, isto é, abastece mais depressa, o que para caças é um factor importante, mais depressa volta para a batalha.

As aeronaves que usam o sistema Probe-and-drogue, na América são usados por helis (por razões óbvias) e os aviões da Marinha/Marines, provavelmente devido ao tipo de reabastecedor que eles usam, o budy-budy e C-130.

Na Europa curiosamente os caças foram para o sistema Probe-and-drogue, quando se fossem para o sistema boom, seria em principio melhor.

Talvez certos países, ou ramos militares dos EUA, não queiram operar tipos diferentes de aviões-reabastecedores, ramos como a USAF que tem relativamente poucos helis em comparação com asa fixa, US Navy e US Marines que tem muitos helis, cada um prefere o tipo de reabastecedor que mais lhes convem.

O melhor é mesmo um reabastecedor que consiga utilizar os dois sistemas como os aviões Airbus MRTT.
 

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Red Baron

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2136 em: Abril 22, 2020, 01:32:16 am »
CJ além do facto de o sistema boom é mais eficiente, isto é, abastece mais depressa, o que para caças é um factor importante, mais depressa volta para a batalha.

As aeronaves que usam o sistema Probe-and-drogue, na América são usados por helis (por razões óbvias) e os aviões da Marinha/Marines, provavelmente devido ao tipo de reabastecedor que eles usam, o budy-budy e C-130.

Na Europa curiosamente os caças foram para o sistema Probe-and-drogue, quando se fossem para o sistema boom, seria em principio melhor.

Talvez certos países, ou ramos militares dos EUA, não queiram operar tipos diferentes de aviões-reabastecedores, ramos como a USAF que tem relativamente poucos helis em comparação com asa fixa, US Navy e US Marines que tem muitos helis, cada um prefere o tipo de reabastecedor que mais lhes convem.

O melhor é mesmo um reabastecedor que consiga utilizar os dois sistemas como os aviões Airbus MRTT.

Na altura em que foram desenvolvidos os caças atuais(Rafale, Eurofighter), na Europa ainda não se dominava o boom.

O sistema de probe é muito mais fácil e sobretudo mais seguro de operar.
 

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dc

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2137 em: Abril 22, 2020, 02:04:04 am »
O Rafale vai durar tanto tempo como o Typhoon e o Gripen. Todos estes serão substituídos ou pelo produto final do FCAS ou do Tempest (se não estou em erro os suecos estão neste último com o RU). O F-35 vai substituir no RU os Harrier por agora. Em Itália operam ao lado dos Typhoon. Em Espanha é expectável que se receberem F-35, estes substituam os Harrier, versão B, e eventualmente os Hornet, versão A, o Typhoon irá manter-se até o FCAS o substituir.

Discordo, todos esses paises ao operarem F35 não terão a mesma pressão a actualizar o EF2000 como os Franceses. Repare os Franceses só terão o Rafale como primeira-linha, já os outros terão o F35

Quanto ao Rafale em concreto... Com que dinheiro suportávamos esta frota, cujo custo de operação deve ser perto do dobro do F-16, a somar ao valor do leasing, a somar aos armamentos e equipamentos que tinham de ser especificamente franceses? O avião é bonito, mas criar uma linha logística e doutrina completamente novas para 15/20 anos de uso? E os franceses têm 28 a 30 Rafale disponíveis para emprestar ao tuga? E todos eles no padrão mais recente ou até nisso seriam de segunda linha?

Certamente, o custo de operação de uma frota recauchutada também não será o mesmo de uma nova. Quanto aos armamentos, os nossos armamentos não estão propriamente novos. As GBU julgo que são compativeis. A questão seria no Ar-Ar, mas o AIM120 e AIM9 há muito que aqui é falado que não durarão para sempre. E considerando as quantidades que habitualmente compramos...
Eu não defendo que é a solução perfeita, mas defendo que é a opção que nos permite comprar tempo e ter uma aeronave de "primeira-linha" equivalente a um dos nossos aliados


Não é assim tão simples. O F-35B usado em muitos dos exemplos dados, não é nem de perto nem de longe um interceptor/caça de superioridade aérea para se sobrepor ao Typhoon nesta função. Aliás, o grosso da frota britânica continuará a ser o Typhoon. O da Espanha também, consoante o que eles decidirem para substituir os EF-18. A Alemanha não entra no programa do FCAS? Se entra não percebo porque teriam pressa de comprar F-35... E não são eles que têm uma baixa taxa de operacionalidade dos Typhoon? E iam adquirir um segundo caça para dificultar ainda mais a situação?

Eu até posso concordar com o suporte que o Rafale vai receber para extender a sua vida, mas arrisco-me a dizer que o salto tecnológico não será do dia para a noite face ao Typhoon, e a verdade é que quanto mais avançarem no programa FCAS, menos dinheiro será investido no Rafale. Além disso, nada garante que os franceses iam perder tempo a modernizar caças para leasing, o mais provável era sermos nós a pagar.

Resumindo, não compensa todo o processo de ambientação ao novo caça para tão pouco tempo.
A ideia seria poupar agora mantendo toda a cadeia logística e mantendo os mecânicos e todo o know-how já criado em torno do F-16, continuando com estes mas numa versão mais recente. Depois em 2040 já podíamos olhar para os novos caças europeus, comparar com o F-35 já amadurecido, e escolher o melhor ou até mesmo ver se a Boeing desenvolve alguma coisa nova, e consigamos ter algum voto na matéria com as fábricas cá.
 

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NVF

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2138 em: Abril 22, 2020, 03:26:59 am »
O Eurofighter tambem se formos por ai....
 :-P

Super Hornet  c56x1

E agora com a Luftwaffe a comprar o bicho e a Boeing dona das OGMA, nunca se sabe... :mrgreen:
Talent de ne rien faire
 
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asalves

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2139 em: Abril 22, 2020, 06:39:54 am »
O Rafale vai durar tanto tempo como o Typhoon e o Gripen. Todos estes serão substituídos ou pelo produto final do FCAS ou do Tempest (se não estou em erro os suecos estão neste último com o RU). O F-35 vai substituir no RU os Harrier por agora. Em Itália operam ao lado dos Typhoon. Em Espanha é expectável que se receberem F-35, estes substituam os Harrier, versão B, e eventualmente os Hornet, versão A, o Typhoon irá manter-se até o FCAS o substituir.

Discordo, todos esses paises ao operarem F35 não terão a mesma pressão a actualizar o EF2000 como os Franceses. Repare os Franceses só terão o Rafale como primeira-linha, já os outros terão o F35

Quanto ao Rafale em concreto... Com que dinheiro suportávamos esta frota, cujo custo de operação deve ser perto do dobro do F-16, a somar ao valor do leasing, a somar aos armamentos e equipamentos que tinham de ser especificamente franceses? O avião é bonito, mas criar uma linha logística e doutrina completamente novas para 15/20 anos de uso? E os franceses têm 28 a 30 Rafale disponíveis para emprestar ao tuga? E todos eles no padrão mais recente ou até nisso seriam de segunda linha?

Certamente, o custo de operação de uma frota recauchutada também não será o mesmo de uma nova. Quanto aos armamentos, os nossos armamentos não estão propriamente novos. As GBU julgo que são compativeis. A questão seria no Ar-Ar, mas o AIM120 e AIM9 há muito que aqui é falado que não durarão para sempre. E considerando as quantidades que habitualmente compramos...
Eu não defendo que é a solução perfeita, mas defendo que é a opção que nos permite comprar tempo e ter uma aeronave de "primeira-linha" equivalente a um dos nossos aliados


Não é assim tão simples. O F-35B usado em muitos dos exemplos dados, não é nem de perto nem de longe um interceptor/caça de superioridade aérea para se sobrepor ao Typhoon nesta função. Aliás, o grosso da frota britânica continuará a ser o Typhoon. O da Espanha também, consoante o que eles decidirem para substituir os EF-18. A Alemanha não entra no programa do FCAS? Se entra não percebo porque teriam pressa de comprar F-35... E não são eles que têm uma baixa taxa de operacionalidade dos Typhoon? E iam adquirir um segundo caça para dificultar ainda mais a situação?

Eu até posso concordar com o suporte que o Rafale vai receber para extender a sua vida, mas arrisco-me a dizer que o salto tecnológico não será do dia para a noite face ao Typhoon, e a verdade é que quanto mais avançarem no programa FCAS, menos dinheiro será investido no Rafale. Além disso, nada garante que os franceses iam perder tempo a modernizar caças para leasing, o mais provável era sermos nós a pagar.

Resumindo, não compensa todo o processo de ambientação ao novo caça para tão pouco tempo.
A ideia seria poupar agora mantendo toda a cadeia logística e mantendo os mecânicos e todo o know-how já criado em torno do F-16, continuando com estes mas numa versão mais recente. Depois em 2040 já podíamos olhar para os novos caças europeus, comparar com o F-35 já amadurecido, e escolher o melhor ou até mesmo ver se a Boeing desenvolve alguma coisa nova, e consigamos ter algum voto na matéria com as fábricas cá.

Eu sou mais pessimista, se olharmos para todo o tempo e dinheiro que levou o desenvolvimento do F-35 e para o estado actual (problemas e condicionantes), desenvolvimento esse apesar de tudo foi feito secalhar por uma das empresas com mais experiência no sector, acho que o TEMPEST OU O FCAS vão levar muitos anos até estarem num estado de maturidade, e isto se chegarem lá, pois a ideia é ser uma geração superior ao F-35, agora imaginem um F-35 mais complexo, e com características
 que neste momento ainda não se tem a certeza de quais serão.

Para além disso os EUA estão a mudar a estratégia/mentalidade, pois querem ter desenvolvimentos de tecnologias/aviões rápidos e de poucas quantidades e de ciclos de vida curtos, ao contrário do F-35, que se previa ser um caça para várias décadas.

Resumindo acho que vamos acabar por adquirir o F-35 pois na altura que os F-16 começarem a berrar vai ser das poucas soluções "modernas" e disponíveis a preços comportáveis para nós
 
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2140 em: Abril 22, 2020, 11:21:49 am »
Quanto aos caças, a única hipótese viável são F-16C/D ex-AMARG, convertidos para V. Fora isso, qualquer caça de 4a geracao para durar 15 anos seriam um desperdício, para durar 30/40 significava que a meio da sua vida já estava obsoleto. Eis a questão, quanto custariam os C/D e a respectiva conversão? Estes aguentariam o suficiente para o F-35 amadurecer e surgirem os novos caças europeus.

Podes se quiseres continuar a bater nessa mesma tecla, no entanto essa hipótese nem sequer está a ser (ou será, segundo sei) equacionada. A cúpula da FAP, apoiada pelos pilotos, está inteiramente virada para o F-35A, mas só isso não basta para que a vinda deste se materialize. Agora muita água ainda vai correr por debaixo da ponte, e para mais tendo em conta os tempos de forte aperto que se avizinham, porém mesmo assim reacondicionar F-16 para modernizá-los para Viper continuará certamente fora de questão. Talvez sejam mais fáceis outros cenários, outras aeronaves, e não entrar na loucura de querer avançar já para um caça de 5ª geração quando mal há dinheiro para manter e pôr a voar os de 4ª geração que possuímos ao serviço.

Aliás, corre neste momento à boca pequena dentro da FAP que se as verbas disponíveis derem para manter o SAR e QRA até ao final do ano já será muito bom, por isso...


CJ além do facto de o sistema boom é mais eficiente, isto é, abastece mais depressa, o que para caças é um factor importante, mais depressa volta para a batalha.

As aeronaves que usam o sistema Probe-and-drogue, na América são usados por helis (por razões óbvias) e os aviões da Marinha/Marines, provavelmente devido ao tipo de reabastecedor que eles usam, o budy-budy e C-130.

Na Europa curiosamente os caças foram para o sistema Probe-and-drogue, quando se fossem para o sistema boom, seria em principio melhor.

Talvez certos países, ou ramos militares dos EUA, não queiram operar tipos diferentes de aviões-reabastecedores, ramos como a USAF que tem relativamente poucos helis em comparação com asa fixa, US Navy e US Marines que tem muitos helis, cada um prefere o tipo de reabastecedor que mais lhes convem.

O melhor é mesmo um reabastecedor que consiga utilizar os dois sistemas como os aviões Airbus MRTT.

A boom transfere mais combustível e de forma mais rápida e eficiente, disso não há dúvida, mas tem os seus problemas como tem o sistema P&D. E sendo que meio mundo usa primordialmente o segundo sistema em detrimento do primeiro, é um pouco autista colocar essa capacidade apenas para servir os interesses da USAF, nomeadamente a infâme "Fighter Mafia". O que me espanta é que há um exemplo muito conhecido de um caça-bombardeiro que possuía ambos os sistemas de reabastecimento em voo, precisamente para evitar que nunca tivesse de ficar sem o ser, e depois dele nunca mais ninguém teve a inteligência ou vontade de desenhar outro que assim estivesse equipado: o F-105 Thunderchief.

Boom


P&D
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Red Baron

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2141 em: Abril 22, 2020, 12:07:52 pm »
O Rafale vai durar tanto tempo como o Typhoon e o Gripen. Todos estes serão substituídos ou pelo produto final do FCAS ou do Tempest (se não estou em erro os suecos estão neste último com o RU). O F-35 vai substituir no RU os Harrier por agora. Em Itália operam ao lado dos Typhoon. Em Espanha é expectável que se receberem F-35, estes substituam os Harrier, versão B, e eventualmente os Hornet, versão A, o Typhoon irá manter-se até o FCAS o substituir.

Discordo, todos esses paises ao operarem F35 não terão a mesma pressão a actualizar o EF2000 como os Franceses. Repare os Franceses só terão o Rafale como primeira-linha, já os outros terão o F35

Quanto ao Rafale em concreto... Com que dinheiro suportávamos esta frota, cujo custo de operação deve ser perto do dobro do F-16, a somar ao valor do leasing, a somar aos armamentos e equipamentos que tinham de ser especificamente franceses? O avião é bonito, mas criar uma linha logística e doutrina completamente novas para 15/20 anos de uso? E os franceses têm 28 a 30 Rafale disponíveis para emprestar ao tuga? E todos eles no padrão mais recente ou até nisso seriam de segunda linha?

Certamente, o custo de operação de uma frota recauchutada também não será o mesmo de uma nova. Quanto aos armamentos, os nossos armamentos não estão propriamente novos. As GBU julgo que são compativeis. A questão seria no Ar-Ar, mas o AIM120 e AIM9 há muito que aqui é falado que não durarão para sempre. E considerando as quantidades que habitualmente compramos...
Eu não defendo que é a solução perfeita, mas defendo que é a opção que nos permite comprar tempo e ter uma aeronave de "primeira-linha" equivalente a um dos nossos aliados


Não é assim tão simples. O F-35B usado em muitos dos exemplos dados, não é nem de perto nem de longe um interceptor/caça de superioridade aérea para se sobrepor ao Typhoon nesta função. Aliás, o grosso da frota britânica continuará a ser o Typhoon. O da Espanha também, consoante o que eles decidirem para substituir os EF-18. A Alemanha não entra no programa do FCAS? Se entra não percebo porque teriam pressa de comprar F-35... E não são eles que têm uma baixa taxa de operacionalidade dos Typhoon? E iam adquirir um segundo caça para dificultar ainda mais a situação?

Eu até posso concordar com o suporte que o Rafale vai receber para extender a sua vida, mas arrisco-me a dizer que o salto tecnológico não será do dia para a noite face ao Typhoon, e a verdade é que quanto mais avançarem no programa FCAS, menos dinheiro será investido no Rafale. Além disso, nada garante que os franceses iam perder tempo a modernizar caças para leasing, o mais provável era sermos nós a pagar.

Resumindo, não compensa todo o processo de ambientação ao novo caça para tão pouco tempo.
A ideia seria poupar agora mantendo toda a cadeia logística e mantendo os mecânicos e todo o know-how já criado em torno do F-16, continuando com estes mas numa versão mais recente. Depois em 2040 já podíamos olhar para os novos caças europeus, comparar com o F-35 já amadurecido, e escolher o melhor ou até mesmo ver se a Boeing desenvolve alguma coisa nova, e consigamos ter algum voto na matéria com as fábricas cá.

O FCAS é desenvolvido para Dassault, podes pensar no FCAS como um Rafale F5 mas com muito mais dinheiro para o seu desenvolvimento.

Mas a FAP quer o F35 e o F-16 vai ter que aguentar ainda uns bons anos a fazer QRF.
 

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« Responder #2142 em: Abril 22, 2020, 01:36:26 pm »
Quanto aos caças, a única hipótese viável são F-16C/D ex-AMARG, convertidos para V. Fora isso, qualquer caça de 4a geracao para durar 15 anos seriam um desperdício, para durar 30/40 significava que a meio da sua vida já estava obsoleto. Eis a questão, quanto custariam os C/D e a respectiva conversão? Estes aguentariam o suficiente para o F-35 amadurecer e surgirem os novos caças europeus.

Podes se quiseres continuar a bater nessa mesma tecla, no entanto essa hipótese nem sequer está a ser (ou será, segundo sei) equacionada. A cúpula da FAP, apoiada pelos pilotos, está inteiramente virada para o F-35A, mas só isso não basta para que a vinda deste se materialize. Agora muita água ainda vai correr por debaixo da ponte, e para mais tendo em conta os tempos de forte aperto que se avizinham, porém mesmo assim reacondicionar F-16 para modernizá-los para Viper continuará certamente fora de questão. Talvez sejam mais fáceis outros cenários, outras aeronaves, e não entrar na loucura de querer avançar já para um caça de 5ª geração quando mal há dinheiro para manter e pôr a voar os de 4ª geração que possuímos ao serviço.

Aliás, corre neste momento à boca pequena dentro da FAP que se as verbas disponíveis derem para manter o SAR e QRA até ao final do ano já será muito bom, por isso...

Que outros cenários mais fáceis? O cenário mais fácil é precisamente esticar a vida dos F-16, sejam os actuais sejam do AMARG, pois é o único que permite uma evolução sem ter que entrar numa nova linha logística, período de adaptação, formação de pilotos e mecânicos para uma aeronave nova. Se isto está fora de questão, todas as outras hipóteses não-F-35 também estão de certeza visto serem muito mais caras.

E se neste momento não há dinheiro para manter a voar o F-16, alguma vez vai haver para qualquer bimotor actual?  ???
 

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PereiraMarques

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2143 em: Abril 22, 2020, 02:07:56 pm »
Acho que o paradigma de duas esquadras (24 a 30 aeronaves) vai ser abandonado...Formalmente podem até manter as duas, mas teremos certamente menos de 20 aeronaves no seu conjunto.
Aliás, só "necessitamos verdadeiramente" (com muitas aspas bem entendido) de 16 aeronaves, parela QRA e parela de reserva (4 aeronaves), 4 aeronaves para constituir uma FND e o dobro destas (parela QRA, parela de reserva e FND) como reserva/manutenção/treino (8 aeronaves), portanto temos: 4 + 4 + 8 = 16.
 

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typhonman

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #2144 em: Abril 22, 2020, 02:11:13 pm »
Acho que o paradigma de duas esquadras (24 a 30 aeronaves) vai ser abandonado...Formalmente podem até manter as duas, mas teremos certamente menos de 20 aeronaves no seu conjunto.
Aliás, só "necessitamos verdadeiramente" (com muitas aspas bem entendido) de 16 aeronaves, parela QRA e parela de reserva (4 aeronaves), 4 aeronaves para constituir uma FND e o dobro destas (parela QRA, parela de reserva e FND) como reserva/manutenção/treino (8 aeronaves), portanto temos: 4 + 4 + 8 = 16.

Quem compra 16 também compra 20, não estou a ver a baixar das 20 unidades de F-35A, caso se opte só por um tipo de avião.