Guerra na Ucrânia

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Lusitano89

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #570 em: Abril 16, 2021, 04:12:36 pm »
 

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #571 em: Abril 16, 2021, 06:58:33 pm »


É lá... Pensava que o objectivo era a invasão e anexação de territórios fronteiriços..
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #572 em: Abril 17, 2021, 08:40:25 am »
Mais 2 navios de desembarque a caminho do mar negro

https://mobile.twitter.com/KaptainLOMA/status/1383301874988683269
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #573 em: Abril 17, 2021, 11:07:11 am »
Vão deixar invadir a Ucrânia assim ?
 

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FoxTroop

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #574 em: Abril 17, 2021, 11:38:29 am »


É lá... Pensava que o objectivo era a invasão e anexação de territórios fronteiriços..

Nunca foi intenção anexar territórios do leste da Ucrânia, tanto que nos roteiro de paz de Minsk, um dos pontos defendidos por todas as partes, incluindo russos, é a normalização da situação lá, com os respeito pela língua russa, etc, etc, etc.

Isso que está aí vale o que vale mas não tenho duvidas nenhumas que é o que acontecerá se os ucranianos derem uma de Geórgia 2008. Ao contrário de 2008, desta vez os russos só vão parar nas fronteiras oeste da Ucrânia.

A malta parece esquecer que isto começou com a concentração de forças ucranianas na linha de contacto e na mudança de discurso de Kiev sobre abandonar o acordo de Minsk e restaurar as fronteiras através da força, incluindo nisso a recuperação da Crimeia. Também o avanço dos trabalhos para o término da fase final do Nordstream 2, que basicamente vai secar a Ucrânia da sua ultima fonte de rendimento que mama com as tarifas de transito do gás russo para a Europa , está a fazer os proto-nazis em Kiev tomar medidas radicais.
Com os americanos a alimentar a fogueira pois o maior pesadelo americano é uma Europa energicamente independente do estrangulamento americano (coisa engraçada que o filho do Biden é mesmo o quê), é ver a Alemanha e a França a alinhar pelo discurso de Putin e mesmo a própria NATO e declarar que a única forma de resolução do conflito é através do roteiro traçado nos acordos de Mink.

O desespero os americanos é tal que ameaçam a Alemanha com sanções caso se termine o Nordstream 2 e também caso se compre a vacina Sputnik.
Estes 3 meses vão ser decisivos para a Europa se afirmar com bloco, infelizmente e ao mesmo tempo, felizmente, não vai ser liderada por os cromos em Bruxelas, mas por Merkel e Macron que têm estado em contacto directo com Putin e sabem que é a Europa que mais tem a perder se os americanos levarem a deles avante.

Se quiserem saber um pouco mais, talvez queiram ler o resumo que a imprensa finlandesa fez da conversa do 1º da Finlândia com Putin, após a conversa de Biden com Putin. Tirem a vossas conclusões ou então, acreditem no Nuno Rogeiro, famosamente conhecido por não acertar uma única previsão geopolítica.
 
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Daniel

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #575 em: Abril 17, 2021, 11:43:44 am »
Vão deixar invadir a Ucrânia assim ?

A Russia não vai envadir a Ucrânia, pelo menos é o que eu acho, pois o Putin não é parvo, ele sabe muito bem se o fizer o preço será muito alto.
Creio apenas que é só fumo, pois os Russos não estão a gostar da apróximação da Ucrânia a EU e OTAN.
 

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dc

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #576 em: Abril 17, 2021, 12:48:12 pm »


É lá... Pensava que o objectivo era a invasão e anexação de territórios fronteiriços..

Nunca foi intenção anexar territórios do leste da Ucrânia, tanto que nos roteiro de paz de Minsk, um dos pontos defendidos por todas as partes, incluindo russos, é a normalização da situação lá, com os respeito pela língua russa, etc, etc, etc.

Isso que está aí vale o que vale mas não tenho duvidas nenhumas que é o que acontecerá se os ucranianos derem uma de Geórgia 2008. Ao contrário de 2008, desta vez os russos só vão parar nas fronteiras oeste da Ucrânia.

A malta parece esquecer que isto começou com a concentração de forças ucranianas na linha de contacto e na mudança de discurso de Kiev sobre abandonar o acordo de Minsk e restaurar as fronteiras através da força, incluindo nisso a recuperação da Crimeia. Também o avanço dos trabalhos para o término da fase final do Nordstream 2, que basicamente vai secar a Ucrânia da sua ultima fonte de rendimento que mama com as tarifas de transito do gás russo para a Europa , está a fazer os proto-nazis em Kiev tomar medidas radicais.
Com os americanos a alimentar a fogueira pois o maior pesadelo americano é uma Europa energicamente independente do estrangulamento americano (coisa engraçada que o filho do Biden é mesmo o quê), é ver a Alemanha e a França a alinhar pelo discurso de Putin e mesmo a própria NATO e declarar que a única forma de resolução do conflito é através do roteiro traçado nos acordos de Mink.

O desespero os americanos é tal que ameaçam a Alemanha com sanções caso se termine o Nordstream 2 e também caso se compre a vacina Sputnik.
Estes 3 meses vão ser decisivos para a Europa se afirmar com bloco, infelizmente e ao mesmo tempo, felizmente, não vai ser liderada por os cromos em Bruxelas, mas por Merkel e Macron que têm estado em contacto directo com Putin e sabem que é a Europa que mais tem a perder se os americanos levarem a deles avante.

Se quiserem saber um pouco mais, talvez queiram ler o resumo que a imprensa finlandesa fez da conversa do 1º da Finlândia com Putin, após a conversa de Biden com Putin. Tirem a vossas conclusões ou então, acreditem no Nuno Rogeiro, famosamente conhecido por não acertar uma única previsão geopolítica.

Mas... independência energética dos americanos, através de dependência energética dos russos, não vai dar ao mesmo, apenas em sentido contrário, e ficando dependentes de um país não tem qualquer alinhamento político com a Europa Ocidental?  ???
Ah os russos, os santos! Nada como lhes dar mais "leverage" na geopolítica europeia.
 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #577 em: Abril 17, 2021, 01:23:53 pm »


Mas... independência energética dos americanos, através de dependência energética dos russos, não vai dar ao mesmo, apenas em sentido contrário, e ficando dependentes de um país não tem qualquer alinhamento político com a Europa Ocidental?  ???
Ah os russos, os santos! Nada como lhes dar mais "leverage" na geopolítica europeia.

A Europa já era, é e vai continuar a ser, dependente da Rússia em energia e não vamos trocar nada, vamos eliminar o intermediário. O coração industrial e tecnológico da Europa vai passar a ter acesso directo à energia que precisa e a preços mais competitivos e trazer a Rússia para a esfera europeia e afastar a mesma da china é vital para a sobrevivência da Europa como bloco e como polo civilizacional.
Isso implica que os EUA voltarão ao estatuto que tinham nos finais do Sec. XIX e que o centro do mundo voltará a ser a Eurásia.

Quando Putin, nos inicios da década de 10, fez o discurso dele onde afirmava que a Rússia era europeia e que a Europa nunca seria Europa sem a Rússia, sinalizando que o controlo do crescimento da ameaça chinesa e a independência europeia passaria por uma parceria pragmática com a Rússia, essa ideia foi logo tropedeada por pressão de interesses anglo-saxónicos pois significava que o deslocamento dos centros de decisão geopolíticos mundiais deixariam de assentar em Washington e Londres em menor escala, para assentar num eixo Berlim-Paris-Moscovo.

Moscovo, sem outra opção, teve que encetar um parceria assente não em interesses ou alinhamentos ideológicos com a China, mas sim em pragmatismo puro. Até ao agravar desta crise na Ucrânia, é bom lembrar que o grossos da forças russas, assim como a esmagadora maioria das melhores unidades, estavam estacionadas no extremos oriente russo.

Tanto a Alemanha como a França e também a Itália têm perfeita noção que os EUA estão a tentar desestabilizar a Europa e as relações com a Rússia num esforço de manter a hegemonia que começou em queda livre a partir de 2008 e cujo golpe mais demonstrativo foi o falhanço na Síria seguido do ataque ás suas bases pelo Irão no Iraque sem uma resposta. Os dirigentes europeus e povos europeus têm perfeita noção e memória colectiva do que significa uma guerra no continente e de quem tem a ganhar com isto.

Como Portugal pode sair por cima disto tudo, sendo esta época uma de grandes oportunidades para a nossa nação, essa é outra história mas não tenho dúvidas que este próximos meses vão marcar a História Mundial e o rumo da mesma.
 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #578 em: Abril 17, 2021, 02:20:26 pm »
Mas novamente, os americanos querem a sua hegemonia global, os chineses também, e os russos não são diferentes. Favorecer A, B ou C é mera discussão clubística, com a diferença que os americanos ainda são uma variável mais ou menos "conhecida", mas o mesmo não podemos dizer dos chineses ou dos russos.

A Europa, para sobreviver, sabendo que vai estar sempre dependente de terceiros, tinha de procurar uma solução em que dividia a dependência por vários intervenientes, e não apenas um. Assim, se um "fecha a torneira", o outro consegue compensar, e vice-versa. Isto também permite melhores preços, por haver concorrência, algo que não acontecerá ficando dependentes de só um.

Quanto ao ataque à base no Iraque pelos Iranianos, e não haver resposta... Foi claramente medo por parte dos americanos, pois militarmente estão ao nível de Portugal. Certamente não terá sido uma decisão com base nas consequências da opinião pública, interna e internacional, mais o factor económico, sobretudo os custos da guerra, e "esvaziar o stock" no Irão, sabendo que a grande ameaça está na China e não no Irão.

E quem tem a ganhar com uma guerra no continente Europeu? Americanos e chineses, certo? Então porque é os americanos têm tropas permanentemente estacionadas na Europa, com os custos que isso implica, quando era mais fácil acontecer uma guerra se eles cá não estivessem? Aliás, se vocês confiam tanto na bondade dos russos, é pedir que os americanos saiam da Europa, saímos todos da NATO, em uníssono, e fica tudo resolvido, paz eterna!  ::)

Mas quando surge a conversa que a culpa das tensões na Ucrânia com a Rússia, é dos ucranianos, por quererem reaver a totalidade do SEU território, está tudo dito. Nem sei se é desinformação ou simplesmente ilusão. Se um dia a Espanha se lembrasse de invadir o Alentejo/Algarve, porque um cromo qualquer lá é "separatista", e Portugal preparasse uma ofensiva para tomar de volta o território, quem estava mal éramos nós.  ::)
 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #579 em: Abril 17, 2021, 07:27:51 pm »
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Mas novamente, os americanos querem a sua hegemonia global, os chineses também, e os russos não são diferentes. Favorecer A, B ou C é mera discussão clubística, com a diferença que os americanos ainda são uma variável mais ou menos "conhecida", mas o mesmo não podemos dizer dos chineses ou dos russos.

Não tem nada de clubistico a não ser que considere que defender o que acho melhor para Portugal e para a Europa como clubismo. Clubismo é defender uma opção que é claramente desfavorável a nós só porque gosta mais da "cor". Felizmente em Berlim, Paris ou Roma pensam um bocadinho diferente. Até porque ameaçar um "aliado" com sanções se comprar vacinas ou se completar um pipeline que vai tornar a sua industria mais competitiva e cortar intermediários é claramente uma mostra de preocupação com o bem estar do "aliado"  ::) ::) ::)


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Quanto ao ataque à base no Iraque pelos Iranianos, e não haver resposta... Foi claramente medo por parte dos americanos, pois militarmente estão ao nível de Portugal. Certamente não terá sido uma decisão com base nas consequências da opinião pública, interna e internacional, mais o factor económico, sobretudo os custos da guerra, e "esvaziar o stock" no Irão, sabendo que a grande ameaça está na China e não no Irão.

Foi por medo, não porque os EUA não tenham o poder de destruir o Irão, mas sim que para o fazer iriam perder todo o ME e o preço militar e politico a pagar por isso é incomportável. A mensagem que ficou foi bem clara, pela 1ª vez um ataque militar oficial por parte de um estado a instalações militares americanas passou sem resposta. O mundo viu e tirou as suas conclusões e, se aqui se discutisse defesa em vez de convicções clubísticas, se calhar também se tinha visto e poderíamos estar aqui a ter discussões bem fundamentadas sobre as mudanças globais que esse acontecimento sinalizou para o mundo.


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E quem tem a ganhar com uma guerra no continente Europeu? Americanos e chineses, certo? Então porque é os americanos têm tropas permanentemente estacionadas na Europa, com os custos que isso implica, quando era mais fácil acontecer uma guerra se eles cá não estivessem? Aliás, se vocês confiam tanto na bondade dos russos, é pedir que os americanos saiam da Europa, saímos todos da NATO, em uníssono, e fica tudo resolvido, paz eterna!

Os únicos que têm a ganhar com instabilidade no continente europeu estão do outro lado do Atlântico. Foram os únicos que beneficiaram do suicídio colectivo europeu que foram as duas guerras mundiais e se se desse ao trabalho de ler, nem que seja na diagonal o célebre PNAC talvez consiga fazer uns exercícios de associação sobre o que se passa. Já agora uma questão lateral, o que pensa que os B-2 foram fazer às Lages? Turismo?


Citar
Mas quando surge a conversa que a culpa das tensões na Ucrânia com a Rússia, é dos ucranianos, por quererem reaver a totalidade do SEU território, está tudo dito. Nem sei se é desinformação ou simplesmente ilusão. Se um dia a Espanha se lembrasse de invadir o Alentejo/Algarve, porque um cromo qualquer lá é "separatista", e Portugal preparasse uma ofensiva para tomar de volta o território, quem estava mal éramos nós.  ::)

Comparação esdrúxula, e eu é que não sei se é ilusão ou cegueira. Foi acordado em Minsk uma rota para a normalização e reintegração de Lugansk e Donetsk na Ucrânia. Os ucranianos não cumprem com o acordo, começam a concentrar tropas e inclusive ameaçam a Crimeia (essa situação merece um tópico à parte), temos Merkel, Macron, Putin e a NATO a dizer que os ucranianos têm de seguir os termos do acordado e que é a unica maneira de normalizar a situação e o meu caro DC saca do espanhóis e Alentejo. Para sua informação, se se dedicasse à defesa e tentássemos perceber, com discussões livres de "clubismos" patrocinados pelos Rogeiros de serviço, o que temos de defender, se calhar já tinha percebido que estamos a ser atacados por eles em todas as vertentes, só mesmo a militar é que ainda não entrou na festa. É que defesa é um bocadinho mais que zezinhos de camuflado com brinquedos de milhões a fazer fogos de artificio. Ou se calhar até sabe, mas são factos que não encaixam no "dogma" então não interessam  ::) ::)
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #580 em: Abril 17, 2021, 07:28:48 pm »


É lá... Pensava que o objectivo era a invasão e anexação de territórios fronteiriços..

Haver um plano não quer dizer que vai acontecer, quer dizer é que pensaram no assunto, os americanos devem ter planos para todos os países do mundo.
 

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Lightning

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #581 em: Abril 17, 2021, 07:37:17 pm »
A Europa, para sobreviver, sabendo que vai estar sempre dependente de terceiros, tinha de procurar uma solução em que dividia a dependência por vários intervenientes, e não apenas um. Assim, se um "fecha a torneira", o outro consegue compensar, e vice-versa. Isto também permite melhores preços, por haver concorrência, algo que não acontecerá ficando dependentes de só um.

Concordo, e esses sistemas deviam estar conectados uns com os outros, temos combustível vindo da Rússia, mar do Norte, Cáucaso, Norte de África e ainda por navio.

« Última modificação: Abril 17, 2021, 07:38:26 pm por Lightning »
 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #582 em: Abril 17, 2021, 10:29:34 pm »
FoxTroop? Só concordo quando refere que devemos ter relações cordiais com a Rússia e não hostilizá-los.

Então quando a Rússia despreza a UE e fala com a Alemanha, França e Itália individualmente, o que é que está a fazer senão a criar divisão e discórdia na Europa? Então o Foxtroop critica sempre a UE e até entende que devia terminar e depois já defende que a Alemanha e França são os porta-voz da Europa nas relações com a Rússia?

Julgo que ninguém tem ilusões de que todas as potências mundiais querem o desmembramento da UE (Rússia, China, EUA.......), mas com uma diferença fundamental, a potência que menos tem a ganhar com o desmembramento da UE é precisamente os EUA, que é só o nosso maior parceiro e já agora, quem impede a Rússia de avançar pela Europa como já o fez no século XX.

Quanto à dependência da Europa em relação ao gás....... não percebo!!!!!! E o mesmo se passa nos grandes centros urbanos.

Vou contar como é que se vive no interior (entre as Beiras e o Douro), com amplitudes térmicas entre os -15 graus no inverno e os 40 graus no verão. Num pequeníssimo concelho do interior, estamos várias dezenas de pessoas a construír casa nova...... e apesar do governo central obrigar todo o país a fazer a pré-instalação do gás..... ninguém instalou o raio do gás!!!!!

Então como é que fazemos para não morrer ao frio sem gás!? Casas novas!?
Fácil, paredes em betão ou bloco térmico + capoto de pelo menos 8 centímetros, janelas térmicas com vidro duplo ou triplo. Todos nós estamos a ligar à rede pública de água, mas...... todos estão a fazer furos artesianos de 120 a 160 metros de profundidade (independência em relação à água)! E como é que aquecemos a água sem esquentador? Fácil, com uma bomba de calor de 300 ou 500 litros e com resistência.
E como aquecemos as casas? A esmagadora maioria faz com recurso a ar condicionado.
Obviamente que para cozinhar, utilizamos fogões eléctricos.

Mas então a conta de luz vai ser elevada...... talvez, mas em vez de utilizarmos painéis de aquecimento de águas sanitárias (AQS), utilizamos o telhado coberto com painéis de produção de energia eléctrica (no meu caso o sistema eléctrico vai estar preparado para quase 30 painéis e uma potência instalada de 5,5KWh. Só preciso de regular o maior consumo para durante o dia (bomba de calor e ar condicionado). E de futuro pondero comprar baterias de Teslas usadas...... para acumular energia.

E para terminar, um tradicional recuperador de calor (florestas é o que não falta no interior) de 14Kw de energia!!!!!!

A sério que não percebo a dependência do gás que é muitíssimo mais caro e perigoso!!!!!!
« Última modificação: Abril 17, 2021, 10:36:13 pm por Viajante »
 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #583 em: Abril 17, 2021, 11:27:29 pm »

Não tem nada de clubistico a não ser que considere que defender o que acho melhor para Portugal e para a Europa como clubismo. Clubismo é defender uma opção que é claramente desfavorável a nós só porque gosta mais da "cor". Felizmente em Berlim, Paris ou Roma pensam um bocadinho diferente. Até porque ameaçar um "aliado" com sanções se comprar vacinas ou se completar um pipeline que vai tornar a sua industria mais competitiva e cortar intermediários é claramente uma mostra de preocupação com o bem estar do "aliado"  ::) ::) ::)

Claro que não tem. Pró-Rússia, pró-comunismo, nada de clubismo.  ::)
Mas adiante. Não quer dizer que concorde com a política dos americanos, mas vai-me dizer que concorda com a dos russos? É que quem lê o que escreve, ainda pensa que os gajos, nomeadamente o Putin, são uns meninos de coro! Aliás, olhando para o que escreve (que não passa mais de sentimento anti-americano do que a procurar a independência e sucesso da Europa), percebe-se que prefere uma Europa inteiramente dependente dos russos.

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Foi por medo, não porque os EUA não tenham o poder de destruir o Irão, mas sim que para o fazer iriam perder todo o ME e o preço militar e politico a pagar por isso é incomportável. A mensagem que ficou foi bem clara, pela 1ª vez um ataque militar oficial por parte de um estado a instalações militares americanas passou sem resposta. O mundo viu e tirou as suas conclusões e, se aqui se discutisse defesa em vez de convicções clubísticas, se calhar também se tinha visto e poderíamos estar aqui a ter discussões bem fundamentadas sobre as mudanças globais que esse acontecimento sinalizou para o mundo.

Resumindo, uma decisão estratégica, para não ter consequências, sobretudo políticas, na região. Mas mesmo ignorando estes factores, para quê comprar mais uma guerra no MO, quando a intenção era desde logo retirar tropas da região? Muita da conversa do Trump assentava na retirada de tropas, algo que ele usava para ganhar apoio interno, e ir para outra guerra lá, ia contra esse discurso. Se acho que outra administração, como a administração Bush, teria reagido de forma diferente? Possivelmente. Agora, sejamos francos, toda aquela situação foi peculiar, do início ao fim, que terminou com o lançamento de mais de meia dúzia de mísseis balísticos contra uma base americana, que não matou ninguém, e de seguida com o abate de um avião civil por parte dos iranianos, tendo esta última situação cimentado o assunto. Um ano depois, os iranianos ameaçaram com retaliação e tal, e nem vê-la.

Mas uma coisa é certa, o sinal de fraqueza foi tal, que o mundo parou para ver o resultado destas novas eleições, e ainda hoje o mundo está a tentar perceber como vão ser os próximos anos desta administração. A geopolítica mundial vai mudar, não com esta situação, mas com a resolução do tema China/Taiwan, e se vai ocorrer ou não uma guerra. Se não ocorrer, já sabemos quem é que "dissuadiu" a China.

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Os únicos que têm a ganhar com instabilidade no continente europeu estão do outro lado do Atlântico. Foram os únicos que beneficiaram do suicídio colectivo europeu que foram as duas guerras mundiais e se se desse ao trabalho de ler, nem que seja na diagonal o célebre PNAC talvez consiga fazer uns exercícios de associação sobre o que se passa. Já agora uma questão lateral, o que pensa que os B-2 foram fazer às Lages? Turismo?

Sim, as guerras na Europa foram por causa dos americanos. Mais uma conspiração Putiniana? Eu cá acho que é perfeitamente normal que, no fim de uma potência, surja outra ou outras no seu lugar, e tal aconteceu muito ao longo da história. Aliás, existe até um sentimento algo unânime, por exemplo no Brasil, que com uma guerra entre a China e os EUA, eles podem vir a tornar-se os novos "Estados Unidos" após a guerra. Se isso vai acontecer ou não, é esperar para ver, mas não é culpa dos países que emergem, que as potências anteriores se matem uma à outra.

Quanto ao PNAC (o americano, não confundir com o Programa Nacional para as Alterações Climáticas  :mrgreen:), em que é que isso difere dos chineses ou dos russos? Ou aliás de toda e qualquer potência da história da humanidade? Exacto, nada. Acha que se surgisse em Portugal a capacidade para exercer o mesmo tipo de plano, não se fazia o mesmo? De forma generalizada, todos querem ser o país mais influente do mundo, a diferença é que nem todos têm essa capacidade, uns já tiveram, outros têm, outros terão (e outros nunca terão).
Mais uma vez, não digo que seja uma forma moralmente correcta de agir, mas também não estou a ver ninguém a dar o exemplo do contrário.

Sim, os B-2 vieram cá para simular a invasão a Portugal. Já todos sabemos isso. Já quando passam cá os Bears russos, é apenas para tirar fotografias às paisagens nacionais.

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Comparação esdrúxula, e eu é que não sei se é ilusão ou cegueira. Foi acordado em Minsk uma rota para a normalização e reintegração de Lugansk e Donetsk na Ucrânia. Os ucranianos não cumprem com o acordo, começam a concentrar tropas e inclusive ameaçam a Crimeia (essa situação merece um tópico à parte), temos Merkel, Macron, Putin e a NATO a dizer que os ucranianos têm de seguir os termos do acordado e que é a unica maneira de normalizar a situação e o meu caro DC saca do espanhóis e Alentejo. Para sua informação, se se dedicasse à defesa e tentássemos perceber, com discussões livres de "clubismos" patrocinados pelos Rogeiros de serviço, o que temos de defender, se calhar já tinha percebido que estamos a ser atacados por eles em todas as vertentes, só mesmo a militar é que ainda não entrou na festa. É que defesa é um bocadinho mais que zezinhos de camuflado com brinquedos de milhões a fazer fogos de artificio. Ou se calhar até sabe, mas são factos que não encaixam no "dogma" então não interessam  ::) ::)

Meu caro, nesta situação na Ucrânia, só se sabe que nada se sabe. Dizer, com toda a certeza que foi a Ucrânia a violar o acordo de Minsk, porque "movimentou tropas", e assumir com toda a certeza que os russos não violarem o cessar fogo, parece-me no mínimo ingenuidade. A realidade, é que os próprios russos, vieram dizer que as suas movimentações eram apenas para um "exercício". A realidade também, é que se formos ver "quem começou", tínhamos de voltar a 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia, falar dos militares sem insígnias, do referendo "à porta fechada", e por aí em diante. Mas claro, Putin com as suas boas intenções.

Para terminar, que já vamos muito off-topic. Curisoso que respondeu a tudo, menos a isto:
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A Europa, para sobreviver, sabendo que vai estar sempre dependente de terceiros, tinha de procurar uma solução em que dividia a dependência por vários intervenientes, e não apenas um. Assim, se um "fecha a torneira", o outro consegue compensar, e vice-versa. Isto também permite melhores preços, por haver concorrência, algo que não acontecerá ficando dependentes de só um.

Se calhar pensa de forma diferente, e total dependência da Rússia é que é o caminho a seguir.  ::)
 

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #584 em: Abril 18, 2021, 12:24:53 am »
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