Rússia troca aviões com o Brasil?

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JNSA

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Rússia troca aviões com o Brasil?
« em: Outubro 18, 2004, 10:51:28 pm »
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Report: Russia, Brazil Plan to Swap Fighters, Airliners

Russia wants to swap a dozen Sukhoi fighter jets for 50 Brazilian Embraer passenger aircraft in a $1.5 billion deal expected to be clinched in November, Kommersant reported Monday.

The dozen Russian Su-35 warplanes are of equivalent value to 50 of the Embraer 170/175 and 190/195 regional airliners -- due to be acquired by Russian flag carrier Aeroflot, the newspaper said.

It quoted government and military sources as saying Defense Minister Sergei Ivanov, President Vladimir Putin's close ally, was behind the idea. Putin is tentatively due to visit Brazil in November.

But a senior aviation industry official said the move would contradict state efforts to make domestic airlines buy more Russian-made passenger jets -- such as Sukhoi's Russian Regional Jet, or RRJ, which is expected to sell by the hundreds after it goes into mass production in 2007.

"Swapping Sukhoi jets for Brazilian aircraft would further increase our companies' dependence on Western plane makers. ... That's not what the government essentially wants to do," a source in a large Russian aerospace company said.

"The whole idea is to make Russian plane makers feel confident that domestic majors like Aeroflot would buy their stuff."

Aeroflot's main rival, Sibir, gave the RRJ project a major boost by agreeing this summer to acquire 50 of the 95-seat version of the craft for $1 billion.

And last month, visiting French Finance Minister Nicolas Sarkozy said Paris would invest 250 million euros ($308 million) to help speed up the project -- nearly a quarter of the expected total development costs. France's Snecma is building the engines for the jets together with Russia's NPO Saturn.

At the same time, however, according to Kommersant, Russia wants to find a new niche for Sukhoi jets after Putin, who was in China last week, failed to secure a guarantee from Beijing that it would continue to buy Su-30MKI jets after their contract expires in 2006.

Southeast Asia, including Malaysia and India, is a traditional market for Sukhoi jets, Russia's biggest arms export item.

Kommersant wrote that, in exchange, Embraer planes would help Aeroflot modernize its fleet as it prepares to hold a tender to buy 50 planes between 2005 and 2010.

The Kremlin, which has been tightening its grip over all strategically important industrial sectors, wants to appoint Viktor Ivanov, also a close Putin ally, as chairman of Aeroflot. Aeroflot is due to elect a new board and chairman Saturday.

Kommersant said it would be Ivanov's job to coordinate the Embraer deal.

(Reuters, MT)


fonte: http://www.moscowtimes.ru/stories/2004/10/19/041.html

Este seria um desenvolvimento curioso na compra do caça para a FAB... Algum dos colegas brasileiros sabe alguma coisa disto? A notícia tem alguma credibilidade/fundamento?
 

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ALX

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« Responder #1 em: Outubro 18, 2004, 11:51:23 pm »
Brasil nega "troca" de caças Sukhoi por jatos civis da Embraer


BRASÍLIA/SÃO PAULO (Reuters) - O governo brasileiro negou nesta segunda-feira que faria um acordo com a Rússia para "troca" de 12 caças da Sukhoi por 50 aviões civis da Embraer, conforme notícia publicada em um jornal russo nesta segunda-feira.

"O ministro (da Defesa, José Viegas) disse que isso (a reportagem) não procede, isso é especulação", disse uma assessora do Ministério da Defesa.

Matéria publicada no jornal russo Kommersant disse que a Rússia queria garantir a vitória da fabricante Sukhoi em licitação para o fornecimento de 12 caças supersônicos à Força Aérea Brasileira (FAB), negócio que tem a Embraer na disputa.

A Rússia, por sua vez, garantiria encomenda de 50 aviões civis à Embraer, como forma de "compensar" a fabricante brasileira pela derrota na licitação nacional. As aeronaves --da nova família de jatos da Embraer e com capacidade para entre 70 e 110 passageiros-- seriam usadas para modernizar a frota da companhia aérea russa Aeroflot, segundo o jornal Kommersant.

A reportagem diz ainda que o acordo seria assinado em novembro, quando espera-se visita do presidente russo Vladimir Putin ao Brasil.

Procurada pela Reuters, a Embraer também informou, por meio da assessoria de imprensa, "que a notícia não procede".

A concorrência da FAB foi adiada algumas vezes e ganhou caráter político, com o argumento da Embraer de que apenas ela garantiria transferência total de tecnologia militar ao Brasil.

Os 12 caças estão avaliados em 700 milhões de dólares, mas estima-se que o acordo com a FAB ultrapasse o 1 bilhão de dólares considerando os negócios que virão como consequência da encomenda. (Por Axel Bugge e Cesar Bianconi)
 

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Paisano

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« Responder #2 em: Outubro 19, 2004, 12:08:31 am »
Estamos vendo mais um capítulo dessa interminável novela chamada "PROGRAMA FX".
:bang:  :bang:
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FinkenHeinle

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« Responder #3 em: Outubro 19, 2004, 12:11:25 am »
Citação de: "Paisano"
Estamos vendo mais um capítulo dessa interminável novela chamada "PROGRAMA FX". :bang:  :bang:


Esperamos, contudo, que sejam os capítulos finais, não é Paisano?!?
Um Forte Abraço.
André Finken Heinle
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« Responder #4 em: Outubro 19, 2004, 12:15:39 am »
Citação de: "FinkenHeinle"
Citação de: "Paisano"
Estamos vendo mais um capítulo dessa interminável novela chamada "PROGRAMA FX". :bang:  :headb:  :headb:
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J.Ricardo

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« Responder #5 em: Outubro 19, 2004, 12:40:58 pm »
Sinceramente, espero que o final feliz seja o cancelamento dessa concorrência e que se inicie outra, por que os aviões que no período eram os mais modernos hoje já não o são!
 

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papatango

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« Responder #6 em: Outubro 19, 2004, 12:51:03 pm »
Sinceramente, há que dizer que esta novela já leva demasiado tempo.

Até dá vontade de dizer que escolham o avião, pelo método do caracoroismo (cara ou coroa).

Embora não tenha grande confiança na tecnologia Russa, se a opção pelo SU-35 se vier a confirmar no futuro, espero que seja um sucesso, embora ache que para ser um sucesso, o Brasil acabará tendo que gastar muito mais dinheiro.

Receio que a maneira de ser dos russos, e a forma de trabalhar deles, acabe empeçando o programa. Depois, eles podem sempre dizer (se houver problema) que o problema foi a falta de dinheiro e a falta de capacidade dos sul-americanos, como na prática fazem quando os equipamentos deles falham. Nunca é falta do material, é sempre do país utilizador.

De qualquer forma, qualquer escolha será boa, para substituir os Mirage-III.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Paisano

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« Responder #7 em: Outubro 20, 2004, 03:01:47 am »
Citação de: "João Ricaro"
Sinceramente, espero que o final feliz seja o cancelamento dessa concorrência e que se inicie outra, por que os aviões que no período eram os mais modernos hoje já não o são!


Cancelamento da concorrência?  :shock:  :shock:  :shock:

Começar tudo de novo?  :shock:  :sil:  :sil:
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« Responder #8 em: Outubro 20, 2004, 06:06:28 pm »
Tem razão paisano, para que outra concorrência? A atual nem existe, é tudo teatro, vão escolher um avião que com 10 anos de serviço não terá peças sobresalentes, será um "trambolho" de tão grande perto das modernas máquinas "sthealt" como F-35 ou F-22. Em minha opinião a melhor escolha foi de fato o vencedor: o Gripen, pena que o governo  FHC cedeu a pressão dos presidenciaveis e protelou a escolha final para o próximo presidente, na época Lula ou José Serra. Agora uma outra concorrência contando com o Eurofighter, o Rafale, F-18 Super Hornet, o próprio Gripen, seria muito bem vinda. Ter de escolher entre Mirange 2000 e SU-35 é uma tristeza para nossa FAB!
 

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Spectral

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« Responder #9 em: Outubro 20, 2004, 07:22:50 pm »
Como já por várias vezes disse por aqui, toda a série Flanker irrita-me imenso já que me parecem aviões extramamente sobrevalorizados ( parece que estamos perante a melhor máquina aviadora de sempre  que abateria os x-Wing do céu como moscas :wink:
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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JNSA

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« Responder #10 em: Outubro 20, 2004, 07:27:52 pm »
Um novo programa só atrasaria as coisas, e os concorrentes provavelmente não seria  muito diferentes. No fundo, e espero que os colegas brasileiros não interpretem isto mal, até porque estamos na mesma situação, mas dúvido que o Brasil tenha, actualmente, capacidade de adquirir em números relevantes, caças mais capazes do que o Mirage 2000, o Su-35 ou o Grippen. E sinceramente, também não sei se precisa - tendo em conta o panorama da América do Sul, os EF2000, o F-35 ou o Rafale seriam "overkill".

Se o Brasil adquirir qualquer um dos aviões em competição, ficará muito bem servido. :wink:
 

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Paisano

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« Responder #11 em: Outubro 21, 2004, 01:01:57 am »
Citação de: "João Ricaro"
Tem razão paisano, para que outra concorrência? A atual nem existe, é tudo teatro, vão escolher um avião que com 10 anos de serviço não terá peças sobresalentes, será um "trambolho" de tão grande perto das modernas máquinas "sthealt" como F-35 ou F-22. Em minha opinião a melhor escolha foi de fato o vencedor: o Gripen, pena que o governo  FHC cedeu a pressão dos presidenciaveis e protelou a escolha final para o próximo presidente, na época Lula ou José Serra. Agora uma outra concorrência contando com o Eurofighter, o Rafale, F-18 Super Hornet, o próprio Gripen, seria muito bem vinda. Ter de escolher entre Mirange 2000 e SU-35 é uma tristeza para nossa FAB!


João, concordo com você, apenas há divergência quanto ao vetor, pois prefiro o SU-35 ao Gripen.

Um abraço.
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J.Ricardo

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« Responder #12 em: Outubro 21, 2004, 01:57:34 pm »
Paisano, sem dúvida avião por avião, o SU-35 atualmente é superior, mas será que com o passar do tempo ele vai poder ser modernizado da mesma maneira que o Gripen será? O Gripen é um projeto novo, em que com o passar do tempo receberá diversas modificações como incoporação de novas tecnologias, já o SU-35 é uma incógnita, não se sabe o seu futuro, sabe-se que os russos já trabalham em uma nova aéronave que faça frente aos novos avanços dos EUA, será que o SU-35 não será protelado em favor deste novo projeto, será que ele manterá a mesma capacidade do Gripen em agregar novas tecnologias? Será que o SU-35 já não é o último suspiro da família SU-27? São essas questões que me incomodão! Outra coisa, será que com o passar do tempo o custo de manutenção de uma aéronave bi-motor não será muito superior a de uma aéronave monomotor?
 

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JNSA

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« Responder #13 em: Outubro 21, 2004, 05:54:05 pm »
Citação de: "João Ricaro"
Paisano, sem dúvida avião por avião, o SU-35 atualmente é superior, mas será que com o passar do tempo ele vai poder ser modernizado da mesma maneira que o Gripen será? O Gripen é um projeto novo, em que com o passar do tempo receberá diversas modificações como incoporação de novas tecnologias, já o SU-35 é uma incógnita, não se sabe o seu futuro, sabe-se que os russos já trabalham em uma nova aéronave que faça frente aos novos avanços dos EUA, será que o SU-35 não será protelado em favor deste novo projeto, será que ele manterá a mesma capacidade do Gripen em agregar novas tecnologias? Será que o SU-35 já não é o último suspiro da família SU-27? São essas questões que me incomodão! Outra coisa, será que com o passar do tempo o custo de manutenção de uma aéronave bi-motor não será muito superior a de uma aéronave monomotor?


Eu não conheço os critérios que vão servir para escolher o próximo caça brasileiro, mas tendo em conta as dimensões do país e os adversários prováveis, eu diria que o Su-35 é a melhor escolha.

Quanto às modernizações ao longo da vida da aeronave, acho que não há razões para temer.

Veja, João, que actualmente existem centenas de exemplares de dezenas de  variantes do Su-27, Su-30, Su-33 e Su-35 (e futuramente, do Su-32/34). Isto constitui uma base de mercado que torna muito apelativa a criação de programas de upgrade (visto que muitos componentes são intercambiáveis entre as diversas versões). De entre os utilizadores, 3 deles - a China, a Rússia e a Índia- operam frotas suficientemente grandes, e têm uma capacidade industrial suficiente para desenvolverem modos de manter os diversos Su-XX competitivos ao longo da sua vida de serviço. O próprio Brasil pode mesmo aproveitar esta base de mercado para produzir componentes para os Su-35 que comprar, lucrando ao mesmo tempo com possíveis exportações.

Se tivermos em conta os típicos operadores dos Su-XX, vemos que eles não diferem muito dos operadores dos Mig-21 e Mig-29, ou seja, são países que mantêm durante bastante tempo os aviões que adquirem. Assim, é provável que, do mesmo modo que os Mig-21 e Mig-29 sofreram upgrades constantes, também o Su-35 venha a beneficiar da incorporação de tecnologias futuras.

Em relação ao Grippen, isto dependerá muito dos compradores que conseguirem ser aliciados a adquirir este caça - quanto mais aviões forem exportados, mais provável será que se criem pacotes de upgrades.

Claro que o Grippen será de certeza um caça mais económico de operar do que o Su-35, mas a verdade é que estão em duas classes bastante diferentes, e não sei se, com os números actualmente previstos, o Grippen conseguirá realizar as missões que a FAB pretende.

Cumptos.
JNSA
 

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« Responder #14 em: Outubro 22, 2004, 12:28:09 am »
Possivelmente o programa FX poderá ser resolvido com a ida de Putin ao Brasil em Novembro.

Putin tem alguns trunfos na mão para tentar vender os bichos.

- Acordo espacial entre ambos os países.

- O facto de a Rússia já estar a ajudar o programa espacial brasileiro

- O embargo da carne brasileira

Dado que Lula já foi espreitar os SU-30 MKI à India, possivelmente também deitou o olho aos SU-27/SU-30 MKK quando foi à China.

Portanto já tem a opinião dos 2 principais clientes acerca do avião russo.

O maior problema para Lula se escolher este avião, será a marcação cerrada que irá sofrer por parte dos EUA.

O país de maior projecção na América Latina, com 1 programa espacial, a enriquecer urânio, a comprar material russo, a fazer acordos de exploração petrolífera com a China...

vai ser preciso coragem para ir com isto para a frente.