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Outras Temáticas de Defesa => Área Livre-Outras Temáticas de Defesa => Tópico iniciado por: P44 em Janeiro 26, 2008, 10:24:59 am
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2008-01-25 20:34
Caso da morte por queda
Divulgada conversa entre INEM e bombeiros de Alijó e Favaios
É um caso flagrante de confusão e descoordenação nas emergências médicas.
[ Última actualização às 20:34 do dia 25/01/2008 ]
A TVI teve acesso à conversa telefónica entre o INEM e duas corporações de bombeiros de Favaios e Alijó. É um caso flagrante de confusão e descoordenação nas emergências médicas, de falta de meios e do abandono a que estão as populações do interior do país.
Depois de ter sido contactado pela família da vítima de uma queda, o INEM contactou os bombeiros de Favaios para se deslocarem ao local. Após uma conversa algo atribulada e que não surtiu qualquer efeito, o INEM decidiu pedir apoio a Alijó. Também aqui, à semelhança do primeiro caso, ficou a perceber que no quartel inteiro só havia um bombeiro.
Contactado pela TVI o INEM recusou dar explicações sobre o caso, mas os bombeiros de Favaios e de Alijó defendem-se, dizendo que não têm qualquer protocolo com o INEM, o que significa que não têm obrigação de ter ambulâncias e tripulantes a postos para dar apoio aos casos de emergência médica.
O caso passou-se na última terça-feira. Um homem de 57 anos morreu, no lugar de Sudra, concelho de Vieira do Minho, vítima de uma queda. INEM e bombeiros têm versões divergentes acerca do socorro prestado à vítima, nomeadamente sobre o tempo que a viatura do INEM demorou a chegar ao local.
De acordo com o presidente dos Bombeiros Voluntários de Vieira do Minho, Fernando Dalot, «o Centro de Orientação de Doentes Urgentes [CODU] alertou os bombeiros às 14:15, tendo estes chegado ao local um quarto de hora depois». «A VMER [Viatura Médica de Emergência e reanimação] de Braga também foi chamada e saiu para o local, mas só lá chegou cerca das 15:25», contou Fernando Dalot, citado pela Agência Lusa.
De acordo com o INEM, a VMER demorou apenas meia hora a chegar. «Há o registo de uma chamada às 14:10, mas nesse telefonema não foi possível apurar informação detalhada, tendo sido enviada para o local uma ambulância dos bombeiros», revelou o assessor do INEM, Pedro Coelho dos
Santos.
A mesma fonte disse à Agência Lusa que, «às 14:25, houve nova chamada, feita por uma enfermeira local, que informou que a senhor que caíra fracturara o pescoço e estava morto, tendo então sido accionada a VMER, às 14:26».
A viatura terá chegado ao local às 14:55, «encontrando a vítima já no interior da ambulância dos bombeiros, que não estavam a prestar qualquer socorro porque, entretanto, estivera no local o marido da enfermeira, que é médico, e confirmara o óbito, o que o INEM também pôde constatar», acrescentou Pedro Coelho dos Santos.
TVI
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Telefonema para o INEM e bombeiros (http://http)
Para quem ainda não viu
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Há bocado ouvi nas noticias mais uma situação escandalosa de um idoso com gripe que foi mandado embora num táxi, sem roupa!!!!
Viria a falecer pouco depois.
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Cuidado P44 ainda o processam... Com esta gente nunca se sabe..
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Isto é o reflexo de acumular de situações que se vêm a acumular desde sempre (e nunca serão resolvidas no tempo de um só Governo).
- Falta de meios humanos e materiais na emergência hospitalar.
- Falta de meios humanos e materiais na emergência pré-hospitalar.
- A constante guerra da Ordem dos Médicos para proteger o estatuto dos médicos à custa da racionalização de meios (vide novela com a função dos enfermeiros nos veículos de Suporte Imediato de Vida).
- Falta de meios humanos e materiais na protecção civil.
- Protecção civil extremamente dependente de bombeiros voluntários que (e não levem a mal, tenho muito apreço pelo acto do voluntariado) nem sempre têm a formação, experiência e tempo que esperamos deles.
- Desertificação e envelhecimento das populações a contribuir para o intensificar do problema nas regiões do interior.
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Muito bem resumido lurker!
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Isto é o reflexo de acumular de situações que se vêm a acumular desde sempre (e nunca serão resolvidas no tempo de um só Governo).
- Falta de meios humanos e materiais na emergência hospitalar.
- Falta de meios humanos e materiais na emergência pré-hospitalar.
- A constante guerra da Ordem dos Médicos para proteger o estatuto dos médicos à custa da racionalização de meios (vide novela com a função dos enfermeiros nos veículos de Suporte Imediato de Vida).
- Falta de meios humanos e materiais na protecção civil.
- Protecção civil extremamente dependente de bombeiros voluntários que (e não levem a mal, tenho muito apreço pelo acto do voluntariado) nem sempre têm a formação, experiência e tempo que esperamos deles.
- Desertificação e envelhecimento das populações a contribuir para o intensificar do problema nas regiões do interior.
Falta inteligencia ao senhor Correia de Campos, para chegar á brilhante conclusão que já devia ter posto o lugar á disposição!
Faltam Marinhos neste Pais :idea:
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Falta inteligencia ao senhor Correia de Campos, para chegar á brilhante conclusão que já devia ter posto o lugar á disposição!
Vai manter-se até ao final por duas razões:
- Ninguém quer o lugar dele.
- O Sócrates não volta atrás e, assim sendo, não vale a pena queimar outra pessoa quando o Correia de Campos se dispõe a ser mártir.
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*meh* Não sei se é um ministro da saúde particularmente mau.
Focando-nos no assunto em questão, a emergência médica.
Situações aberrantes como as aqui relatadas acontecem à anos.
Agora estão a ter mais relevo que habitualmente porque o Ministério da Saúde está a proceder a uma reforma impopular do sistema de emergência médica.
A qual devo dizer, não sei se será assim tão má como a pintam.
Não lhes sei dizer sobre as emergências hospitalares que foram fechadas ou despromovidas mas a percepção que tenho é que os Serviços de Atendimento Permanente (SAP) já deviam ter sido fechados à muito tempo: simplesmente não têm capacidade para atender a situações de verdadeira emergência, não faziam mais que gastar recursos humanos escassos a tapar o sol com a peneira.
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Afinal....
Sócrate substitui ministro da Saúde e da Cultura e Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Lisboa, 29 de Janeiro (Lusa) - O primeiro ministro solicitou hoje ao Presidente da República a exoneração dos ministros da Saúde, Correia de Campos, da ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, e do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomás.
Para os substituir, disse á Lusa fonte oficial, José Sócrates indicou Ana Jorge para a Saúde, José António Pinto Ribeiro para a Cultura e Carlos Lobo para a secretaria de Esatdo dos Assuntos Fiscais.
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Afinal....
Sócrate substitui ministro da Saúde e da Cultura e Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Lisboa, 29 de Janeiro (Lusa) - O primeiro ministro solicitou hoje ao Presidente da República a exoneração dos ministros da Saúde, Correia de Campos, da ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, e do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomás.
Para os substituir, disse á Lusa fonte oficial, José Sócrates indicou Ana Jorge para a Saúde, José António Pinto Ribeiro para a Cultura e Carlos Lobo para a secretaria de Esatdo dos Assuntos Fiscais.
:shock: hoje é 1 de Abril?????
Remodelação no Governo
Saem Correia de Campos e Pires de Lima
José Sócrates pediu hoje ao Presidente da República para substituir os ministros da Saúde e da Cultura
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politi ... =community (http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=77939&tab=community)
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:shock: hoje é 1 de Abril?????
Hoje há farra na Margem Sul
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:shock: hoje é 1 de Abril?????
Hoje há farra na Margem Sul :lol: nãaaaaaaaa, ainda lá ficaram muitos, se fosse a remodelação a 100% :(
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É interessante ver que, pela primeira vez em já alguns bons anos, vamos ter uma médica à frente do Ministério da Saúde e não um licenciado em Direito. Pelo menos profissionalmente, tem obrigação de fazer melhor trabalho...
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É interessante ver que, pela primeira vez em já alguns bons anos, vamos ter uma médica à frente do Ministério da Saúde e não um licenciado em Direito. Pelo menos profissionalmente, tem obrigação de fazer melhor trabalho...
pior é dificil....... :roll:
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Governo/Remodelação: Acredito na reforma em curso e no SNS - Ana Jorge, nova ministra da Saúde
Lisboa, 29 Jan (Lusa) - A futura ministra da Saúde, Ana Maria Teodoro Jorge, disse hoje à Lusa que aceitou o convite e que acredita na reforma em curso, bem como no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"Acabei de aceitar o convite [do Primeiro-Ministro] e só posso dizer que irei tentar levar a bom porto a missão", disse.
Sobre a reforma em curso, que tem merecido várias críticas, Ana Jorge disse acreditar nas mudanças. "Acredito na reforma em curso e no Serviço Nacional de Saúde (SNS)", afirmou.
Ana Jorge dirigia actualmente o serviço de Pediatria do Hospital Garcia de Orta, em Almada, e foi presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, quando a socialista Maria de Belém Roseira era ministra da Saúde, no governo de António Guterres.
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Não sei o porquê de tanto alarido com esta remodelação. Mudam as caras, fica a política. O imperador Socas 1º é o único a mandar no navio (esperemos que não acabe de se afundar)...
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Não sei o porquê de tanto alarido com esta remodelação. Mudam as caras, fica a política. O imperador Socas 1º é o único a mandar no navio (esperemos que não acabe de se afundar)...
Exactamente.
Só muda a máscara do criado e do porta-voz para o sector.
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Olha, olha
Nova ministra da Saúde vai a julgamento no TC por pagamentos indevidos ao Amadora-Sintra
29 de Janeiro de 2008, 21:33
Lisboa, 29 Jan (Lusa) - Ana Jorge, que toma posse quarta-feira como ministra da Saúde, vai a julgamento no Tribunal de Contas no âmbito de uma acção de responsabilidade financeira por alegados pagamentos indevidos ao hospital Amadora-Sintra quando era presidente da ARS de Lisboa.
O advogado de Ana Jorge, João Correia, confirmou hoje à Agência Lusa que a substituta de Correia de Campos na pasta da Saúde vai a julgamento no Tribunal de Contas, em data ainda por definir, e que "logo se verá se existe ou não responsabilidade financeira".
"Claro que vai haver julgamento. É o que está na lei, é a tramitação normal do processo, que é regulado pelo Código de Processo Civil. Estes processos acabam em julgamento", acrescentou João Correia.
Em causa estarão alegados pagamentos indevidos à sociedade gestora do primeiro hospital público com gestão privada, o Amadora-Sintra, no âmbito do contrato celebrado entre a José de Mello/Saúde e o Estado.
Ana Jorge foi uma das mais de 20 pessoas que tiveram cargos de direcção da Administração Regional de Saúde de Lisboa entre 1995 e 2001 e a quem uma auditoria da Inspecção Geral de Finanças imputou alegados pagamentos indevidos àquele hospital no valor de mais de 79 milhões de euros.
De acordo com notícias vindas a público em 2003, só a Ana Jorge o Estado pedia 3,5 milhões de euros.
"O que se pode dizer é que o Estado já foi condenado a pagar pelas mesmas razões que agora está a pedir responsabilidades financeiras. Ou seja, de um lado já pagou, de outro está a pedir responsabilidades financeiras. É uma incongruência nos seus termos", disse o advogado de Ana Jorge.
"A responsabilidade financeira dela é porque ocupava o lugar [de presidente da ARS Lisboa]. Não contribuiu nem por acção nem por omissão para aquela responsabilidade financeira. Portanto, o processo há-de ser julgado e logo se verá se há ou não responsabilidade" de Ana Jorge, acrescentou.
Após a auditoria da Inspecção-Geral de Finanças, o Ministério Público propôs uma acção de responsabilidade financeira e ao mesmo tempo considerou que o Tribunal de Contas também deveria realizar uma outra auditoria.
Entretanto, um tribunal arbitral considerou que os montantes transferidos da ARS para o Amadora-Sintra tinham sido os correctos, o que motivou que numa entrevista à Visão de Agosto de 2003 Ana Jorge tenha considerado que "só fazia sentido arquivar o processo".
Posteriormente, a auditoria realizada pelo Tribunal de Contas confirmou as conclusões da Inspecção Geral de Finanças, voltando a responsabilizar Ana Jorge.
Uma fonte ligada ao processo disse à agência Lusa que o caso está entregue à 3ª secção do TC e que, em julgamento, Ana Jorge pode ser absolvida ou condenada a repor o montante pedido na acção.
Contactado pela Lusa, o gabinete de imprensa do Tribunal de Contas confirmou que existe um processo que envolve o Amadora-Sintra mas escusou-se a confirmar os envolvidos.
João Correia garante, contudo, que Ana Jorge "nada tem a ver com este processo" e que é uma "pessoa séria e rigorosa".
"É uma mulher diligente, seríssima, rigorosíssima", acrescentou, dizendo que "ela não merece isto".
O gabinete do primeiro-ministro, contactado pela agência Lusa, disse que não faria comentários.
NVI/FC
Lusa/Fim
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Lembrem-se dos cemitérios do Costa Cabral
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Viva a Maria da Fonte
Com as pistolas na mão
Para matar os [Socráticos]
Que são falsos à nação.
Eia avante! Portugueses!
Eia avante! Não temer!
Pela santa Liberdade,
Triunfar ou perecer!
Viva a Maria da Fonte
A cavalo e sem cair
Com as pistolas à cinta
A tocar a reunir.
Lá raiou a liberdade
Que a nação há-de aditar
Glória ao Minho que primeiro
O seu grito fez soar
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"abante"????? :twisted:
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Alguém se lembra da razão principal, apontada como causa directa para a revolução da Maria da Fonte ?
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Por via da nova regulamentação dos serviços de saúde, o povo teria de romper com a tradição multissecular de enterrar os defuntos nas igrejas, esperar que o delegado de saúde certificasse o óbito e, ainda, pagar as despesas do funeral.
Wikipédia (http://http)
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O quê, a obrigação de se enterrar os cadáveres em cemitérios em vez de ser no adro das Igrejas, como era prática ancestral?
Uma medida "positiva", mas que mal explicada revoltou o Povo (fazendo um parelelismo com a presente situação das urgências)?
O facto de isso ser apenas um pretexto para resolver "velhas questões" das guerras liberais?
Elucidai-nos ò Grande Mestre Elmano Sadino :wink:
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A questão dos cemitérios foi utilizada por parte das elites para guerrearem entre elas.
O problema não era, evidentemente, a questão do enterro dos cadáveres dentro das igrejas, mas foi utilizado para conseguir mobilizar as pessoas contra o governo.
Lembro-me do caso, especialmente por causa de utilização indevida por parte dos partidos do caso da criança que segundo muitas fontes morreu na ambulância à porta do hospital.
Sabemos que nesse caso, a criança estava morta, e verde quando o pai chegou com ela à ambulância e sabemos mais ainda.
Os meios técnicos dentro da ambulância eram mais sofisticados que os que existiriam na urgência entretanto encerrada (se estivesse aberta).
O que me irrita é a facilidade com que governo por um lado e oposição e parte dos jornalistas nos mentem de forma descarada e levam a maioria das pessoas a tomar posições sobre assuntos e a concluir com base em informações erradas.
Naquele tempo não havia TV. As coisas funcionavam de forma mais lenta, mas o que choca é que os mecanismos utilizados para levar a «maralha» a protestar, são os mesmos.
É fácil, continua a ser fácil fazer mover as gentes, utilizando argumentação básica e mentiras.
O ministro (este e outros) deveria ser criticado por muitas coisas, mas ninguém se interessou com os problemas reais.
E o que mete medo é a aparente incapacidade para como povo, sermos capazes de introduzir mudanças por consenso.
Enfim, reflexões
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Ricardo Araujo Pereira e o INEM
http://www.youtube.com/watch?v=SYZS_4xQqqc (http://www.youtube.com/watch?v=SYZS_4xQqqc)
"agora é uma boa altura para morrer, porque o governo ainda não começou a fechar os cemitérios!!"