Nao conheco nenhum "bom senso" que apele a morte de civis "inocentes" para atingir objectivos politicos.
Curioso, troque objectivos politicos por militares e é igual à política de Israel.
Nunca vi Israel a apelar a morte de civis inocentes e sempre os vi a tentar evita-la ao maximo...
Se tal como já referi, se declararmos os chamados cívis "hezbollah activos" como não civis, como cumplices, sim. É claro que intencionalmente eles não o fazem, senão as cidades já teriam sido destruídas, e a ONU aniquilada. Mas também não deixa de ser verdade que, mesmo sabendo que estão cívis nos prédios, eles atacam..
Tal como disse, temos que ver que cumplicidades existem, e o mal é que isso não dá para saber. Partindo do princípio de que, se existem terroristas no prédio, a única solução é sair, Israel assim "lava" as mãos provavalmente.
Deverá haver uma obrigação dos cívis de, em quando de um terrorista aparecer no prédio, no caso de guerra, abandonar e procurar outro refúgio.
Mas lá está, muitos até partilham a causa palestiniana, e os recebem de bom grado, como mostra muitas reportagens e histórias. O apoio popular do Hezbollah é alto no sul.
Não é que essas pessoas passem a ser consideradas militares, mas pronto, cumplices. No entanto eu gostaria de ver outro modus operatis em casos como este. Mas pronto..talvez mais 1 década e outros métodos surgirão!
Deve-se ter muita atenção às causas que fomentam o terrorismo. A causa palestiniana não é terrorista. Logo, é justo que haja oposição a Israel. Eu defendo a oposição por palavras, infelizmente não funciona. A oposição por armas deve ser evitada e condenada, mas isso não faz a causa ser terrorista, simplesmente o meio.
As causas sao irrelevantes... o que eu condeno e' o recurso ao terrorismo... e acho que qualquer causa que a ele recorra perde automaticamente qualquer legitimidade que pudesse eventualmente ter. A oposicao por palavras parece ter funcionado bastante bem para MLK e Gandhi...
Ou seja, a ideia seria que qualquer tipo de forma armada de luta deve ser considerada terrorismo? Deve-se condenar o recurso ao terrorismo, mas as causas são importantes.
Existe diferença entre terrorismo e luta armada? Hum, eu penso que sim, senão estariamos a condenar a criação de Portugal, a implosão da Jugoslávia, Kosovo, e muitas outras, aonde se utilizou a luta armada para conseguir a independência. Isto sim é alvo de muita controversia. Por alguma coisa os russos e os americanos tiveram problemas a classificar os tchetchenos.
Os tigres tamil até muito pouco tempo não eram considerados grupo terrorista. No entanto, ataques recentes envolvendo bombas em mercados, etc, levaram a ser classificados como grupo terrorista. Senão seria apenas uns "freedom fighter". Ataques às forças militares são normalmente vistos como ataques não terroristas, logo, o que começou este recente confronto foi um acto não terrorista.
Penso que seria no melhor interesse de todos definir o que é: Grupo terrorista e Grupo de luta armada.
Quando o que se passa em tua casa me afecta a mim nao tenho porque nao ajudar a resolver essa situacao.
Quanto a ser obrigatoria... isso implicaria um tratado assinado e respeitado por todos os paises... ja ouvi sonhos menos utopicos.
Como é que classifica esse afectar? Como é que o conflicto israelo-libanês afecta os nossos países? Nós não fomos atacados nem nada, logo em termos de Direito e Filosofia, o que é que nos autoriza a irmos lá participar? O bom senso e vontade de fazer o bom pelo mundo?
Os americanos começaram com essa política na 2ª guerra Mundial e desde então nunca mais pararam..
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Hum, o Hezbollah surge após a guerra cívil libanesa. Penso que qualquer tentativa que o governo libanês pudesse fazer para acabar com ele simplesmente resultaria no continuar da guerra cívil. Libano preferiu "fechar" os olhos a esse grupo e tentar recuperar o país economicamente. Infelizmente...uma má decisão estratégica, mas prolongar a guerra cívil também não era boa ideia. Força do estrangeiro? Eles até estavam lá no meio da guerra cívil, porque é que então sairam antes de esta ter sido resolvida? Porque é que não aniquilaram o Hezbollah depois dos ataques aos quarteis? Aparentemente a hipótese que levanta não teria resultado, porque na realidade a houve e não resultou. (também não podemos esquecer que a Siria tinha uma boa parte do Líbano na guerra cívil, o que levou até a algumas escaramuças entre forças internacionais e sírios)
Ora aí está uma boa resposta. Só tem um pequeno grande senão. Liberdade. Para mim a liberdade nos países ocidentais (tirando EUA) é uma definição/conceito muito bom. Mas como se viu com o problema da Dinamarca, existe muita gente que encara a liberdade e o papel do estado de forma diferente. Vamos guerrear com meio mundo para mudar isso?
A ideia fundamental de liberdade e' so uma... e a Historia mostra que caminhamos lentamente para ela... neste momento, o Ocidente esta algo mais avancado, alturas houve (e possivelmente ainda voltara a haver) em que a situacao provavelmente era diferente.
Sim, se assumirmos as definições filosóficas como universais sim. Na realidade está tudo muito longe. Até nos países ocidentais, basta somente comparar as liberdades que temos na Europa e as dos EUA (agora com as restricções da guerra ao terror)
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Sim, eu sou a favor de posturas ofensivas perante situações malignas [quando identificadas]. Mas usando a ONU. Os países, tal como as pessoas podem ter seus interesses por trás de conflictos, ou tomar parte. Exemplo: EUA e WMD no Iraque, EUA e apoio a Israel (o que os torna ilegíveis para força de paz, explica um pouco o porqué do "não" americano já dito).
O mal é que neste mundo esperar por que a ONU faça alguma coisa é por vezes...melhor esperar sentado. Mas olhar para americanos e Nato como cavaleiros do Bem é muito falacioso. Mas pronto...são utopias, por alguma coisa a história está cheia de guerras e ainda existem muitas outras para começar..
A não ser que os homens se transformem em robots, haverá sempre diferenças de pensamento e de opiniões. Kennedy falava do efeito dominó da Guerra do Vietname. Pois, a guerra foi perdida, e o efeito...aonde esta?
As teorias politicas estao longe de ser teorias cientificas... Mas se calhar estamos a assistir a algo semelhante na America do sul com a Venezuela de Chavez.
Verdade, mas não são os políticos que definem em que país intervir, invadir? Não são eles que são os representantes máximos dos interesses dos seus paises? Logo atribuir a estes indivíduos o poder de escolher intervenções militares PODE levar a erros. Mas no como já disse, no Mundo em que vivemos aonde a ONU é uma bosta, e mesmo essa bosta responde a interesses dos países que dão as maiores contribuições e do Conselho de Segurança. Logo, "vivendo com o que temos", temos que tolerar as decisões americanas em que país intervir ou não. Curiosamente estes não atacam Paquistão, nem falam da falta de liberdade na Arábia Saudita. É o mal desta política. Os EUA, ou quem quer que seja, vão escolher os países a interfir conforme seus interesses. Só espero que Portugal se desmarque. Como disse, um tratado de defesa-mútua deve bastar a Portugal.
E o comunismo? Também foi porque alguém fez frente? Ou caiu sozinho?
Duvido que tivesse caido tao rapidamente sem a guerra fria e consequente competicao com o ocidente/USA.
Exacto, caíria, mas mais tarde, como ja tinha afirmado. É como já tinha dito...é uma questão de decisão..em não fazer nada e esperar que a coisa se resolva a longo tempo, ou fazer algo no curto tempo. Eu prefiro a 1ª, desde que o meio usado seja "limpo" de interesses, e tenha aprovação de pelo menos uma certa percentagem do Mundo (tal como na UE - Conselho, as decisões de Tripla Maioria, artigo 205 ECT, 72,27% dos votos e uma simples maioria dos países desde que estes representem 62% da população da UE)
Se quiserem discutir acerca de se vale a pena encurtar por exemplo 40 anos de direcção sovietica por uma intervenção militar de alguns anos, é discutivel. Mas afirmar que o Mundo está como tá porque no passado felizmente os homens de bem (eheheh...que falem de Wilsons e outros iluminados) decidiram travar o "mal"..é muito discutivel. Aliás, a história provou o contrário. Que o tempo resolve tudo, e faz até impérios cair. Por vezes são até outros homens "maus" a surgir..
Nao concordo... nada muda, se todos ficarem de bracos cruzados.
Acabam por cair...mas demoram mais tempo. Também Salazar caiu sozinho da cadeira..
A federalização resolveria os problemas que delineou. Mas pessoalmente sou contra. Seria o desaparecimento de Portugal...dos ouvidos e olhos do Mundo quase..
Desses, e a meu ver, muitos outros... Quanto a Portugal, esse cantinho a beira mar plantado continuaria plantado a beira mar, as pessoas continuariam a ser as mesmas, a cultura continuaria a ser a mesma, etc... quando muito desapareceria "Portugal" enquanto entidade soberana (e nasceria um Portugal provincia da "Republica Federal da Europa"), mas Portugal e' muito mais do que isso. E nao percebi muito bem isso dos olhos e ouvidos...
Hum, diga lá então que estados é que conhece assim de cabeça da Austrália? E da Alemanha, tirando o da Bavária? Mesmo na Europa são pouco quem conhecem os restantes estados alemães, quanto mais os estranjas. Não é que eles desapareçam, simplesmente as pessoas não sabem que existem.
Demasiado sangue foi derramado para sermos independentes. Uma coisa é a nível economico estarem a ser tomadas decisões pela UE, outra coisa é sermos parte de uma construção artificial chamada UE-Nação perdendo toda a soberania ou quase toda para o resto da Europa.
Caro Azraael, voce acha mesmo que a UE vai caminhar para isso? Os ingleses ainda usam a Libra ora bolas. E os franceses, abdicarem de sua soberania? Até agora que a Alemanha já começa a olhar com outros olhos para si mesmo duvido que avançe para essa perda e soberania.
Mas pronto...já podes dizer..."éramos 2 os sonhadores...Churchill e eu". O que o Churchill queria era que a Europa se transformasse num império à imagem dos americanos. Pensava que toda a gente já tinha aprendido com a história..eles caem..