ForumDefesa.com

Economia => Portugal => Tópico iniciado por: comanche em Novembro 20, 2007, 01:28:29 am

Título: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: comanche em Novembro 20, 2007, 01:28:29 am
Hugo Chávez em Lisboa recebe críticas dos EUA


 
Citar
Os Estados Unidos estão atentos aos passos de Hugo Chávez, que hoje passará por Portugal para um jantar com José Sócrates. Mas a visita não incomoda, garante o embaixador dos Estados Unidos ao mesmo tempo que vai vincando, em tom de alerta, a necessidade “do respeito pela democracia”. Até na política energética.

Classificou de “perigosa” a relação da Galp com a Petróleos da Venezuela e com a Gazprom. Acha estranho que o primeiro-ministro português receba o Presidente Chavéz ?
Portugal e os Estados Unidos partilham uma tradição de respeito pela democracia, e nós estamos empenhados em promover os valores democráticos na região e no mundo. Portugal, enquanto estado soberano e actualmente na presidência da UE, tem obviamente o direito de tomar as suas próprias decisões acerca de como melhor fomentar o respeito pela democracia e nós aceitamos isso. Pela nossa parte, vários representantes do governo americano já condenaram inúmeras vezes, tanto em público como em privado, os esforços para limitar as liberdades democráticas na Venezuela.

O presidente da Galp respondeu ao seu comentário dizendo que existem duas petrolíferas norte-americanas a fazer negócio na Venezuela (Texaco e Chevron).
Nenhum país compreende melhor do que os Estados Unidos o valor da segurança energética, razão pela qual estamos a tentar diversificar as nossas fontes de energia e também proteger o ambiente. Mas a política energética não pode entrar em contradição com o respeito pela democracia, pelos direitos humanos e pela prosperidade das populações. Como disse o Presidente Bush, os Estados Unidos desejam que “as Américas sejam uma região onde a dignidade de cada um é respeitada, onde todos têm um lugar à mesa e onde as oportunidades chegam as todas as comunidades e a todas as casas”.

Causa algum ruído entre Portugal e Estados Unidos esta relação política e comercial de Lisboa com a Venezuela?
Não.

Como viu o recente incidente entre o Rei de Espanha e o presidente venezuelano?
Cabe ao Rei de Espanha falar sobre esse assunto. O que eu gostava de realçar é aquilo que o Secretário de Estado Adjunto americano para os Assuntos do Hemisfério Ocidental, Tom Shannon, tem repetidamente enfatizado: os Estados Unidos estão disponíveis para manter uma relação positiva com a Venezuela, mas o Presidente Chávez já deixou claro através da sua retórica que, pelo menos por agora, não reconhece valor a este tipo de abordagem. O que é mau tanto para os Estados Unidos como para a Venezuela.


Espanha desvaloriza encontro de Chávez com Sócrates
‘No pasa nada’. Na embaixada de Espanha vive-se com tranquilidade esta passagem do Presidente venezuelano por Portugal, que inclui um jantar com quem diz ter por “melhor amigo político” o primeiro-ministro espanhol: o homólogo português, José Sócrates. E isto apesar da tensão diplomática entre Espanha e Venezuela, depois de o rei espanhol ter mandado calar um Hugo Chávez empenhado em atacar Aznar, na cimeira ibero-americana. O incidente foi relevado por Chávez que lançou o aviso: “Neste momento estou a submeter a uma profunda revisão as relações políticas, diplomáticas e económicas com Espanha”.  O conselheiro de imprensa do embaixador, garantiu ao Diário Económico que “não há nada a dizer” sobre uma visita que “não preocupa” Espanha e que Enrique Calpe terá hoje uma “agenda normal”.


Petróleo e gás natural ao lanche e comunidades ao jantar
Hoje ao fim da tarde, José Sócrates reúne-se com Hugo Chávez em São Bento, seguindo-se um jantar para o qual o primeiro-ministro chamou também o ministro da Economia e o secretário de Estado das Comunidades. E isto porque se o encontro entre Sócrates e Chávez se debruça sobretudo sobre a situação da “comunidade portuguesa na Venezuela” (1,5 milhões de pessoas),  durante a tarde a hora será de outros negócios. O ministro Manuel Pinho assinará com o ministro da Energia e do Petróleo venezuelano um acordo complementar ao memorando de entendimento assinado em Outubro, com a Petróleos da Venezuela, para a área da pesquisa e produção de petróleo e para o gás natural.
Título:
Enviado por: comanche em Novembro 21, 2007, 02:44:48 pm
Portugal vai enviar missão à Venezuela


Citar
Portugal vai enviar uma missão ministerial e empresarial à Venezuela, para definir as "vastas" áreas de cooperação que se abriram com a passagem do presidente venezuelano por Lisboa, ontem à noite.
A informação foi avançada aos jornalistas pelo próprio Hugo Chávez, momentos antes de descolar de Lisboa, rumo a Havana, onde terminará um périplo a quatro países antes de regressar a Caracas.

Hugo Chávez referia-se ao encontro, seguido de jantar, que manteve com o primeiro-ministro português, José Sócrates, no Palácio de São Bento. "Foi um encontro extraordinário e maravilhoso. Falámos de muitos temas, de intercâmbio entre Portugal e a Venezuela, sobretudo dos mecanismos de cooperação bilateral", sublinhou aos jornalistas, no aeroporto militar de Figo Maduro.

"Solicitámos apoio ao primeiro-ministro, a Portugal, na área da alimentação, sobretudo no envio de alimentos, transferência tecnológica para a produção de alimentos, para o desenvolvimento técnico e científico da nossa agricultura", afirmou.

Hugo Chávez destacou que a conversa permitiu também abordar uma "questão muito importante": o das energias alternativas.

"O petróleo algum dia vai acabar. Portugal tem um longo caminho já percorrido e é um bom exemplo. Tem uma alta percentagem de consumo de energia que vem das energias eólica, solar, marítima, das fontes alternativas. Começou-se um trabalho firme nesse sentido", referiu. "Assim que for possível, o ministro da Economia português vai visitar a Venezuela com um grupo de empresários", acrescentou.

O presidente venezuelano disse ainda ter "explicado" a José Sócrates a evolução da economia venezuelana, "que está a crescer a um ritmo de 11,5/12 por cento anualmente, nos últimos três anos" e que o consumo também tem aumentado. "Lembrei que o país precisa do investimento de empresas portuguesas sérias que contribuam para o desenvolvimento dos caminhos-de-ferro, auto-estradas, novas cidades, habitação, novos projectos agrícolas, sistemas de rega, enfim, um mundo de coisas", sustentou.

"Creio que hoje se abriu um grande número de expectativas na cooperação entre os dois países", frisou Hugo Chávez.

Questionado pelos jornalistas sobre que garantias poderá dar à segurança da comunidade portuguesa residente na Venezuela, Hugo Chávez assegurou que o seu governo vai continuar a apoiá-la.

"Há uma grande comunidade. Creio que não há uma localidade na Venezuela onde não haja portugueses. Afortunadamente, ganharam o carinho do povo venezuelano. É uma comunidade que se caracteriza por ser amigável, alegre, trabalhadora. Sempre tiveram o afecto do nosso governo, o apoio do nosso governo e assim continuará", garantiu.

Hugo Chávez esteve em Lisboa numa escala técnica de cerca de quatro horas, terminando o seu périplo pela Arábia Saudita, onde participou na reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), pelo Irão, onde assinou vários acordos de cooperação industrial e energética, e a França, onde se reuniu com o seu homólogo francês, Nicolas Sarkozy.

Em Havana, onde irá encontrar-se com Fidel Castro, o presidente venezuelano terá também reuniões de trabalho com as mais altas personalidades do regime cubano.
Título:
Enviado por: comanche em Dezembro 01, 2007, 10:18:56 pm
Venezuela/referendo: Ex-ministro da Defesa tranquiliza portugueses

Citar
Caracas, 01 Dez (Lusa) - O ex-ministro de Defesa da Venezuela Raul Baduel instou hoje os portugueses a ir votar no referendo de domingo e garantiu à Lusa que as Forças Armadas "não estão ao serviço de pessoas ou de movimentos políticos".

"Tenho elementos suficientes para indicar que as nossas Forças Armadas, todos os homens e mulheres que as integram, estão conscientes do mandato que o povo venezuelano lhes confiou" disse Raul Baduel à agência Lusa.

Baduel explicou que as Forças Armadas Venezuelanas (FAV) são, "essencialmente, profissionais, sem militância política", e estão formadas para "garantir a segurança, independência e soberania da nação e assegurar a integridade do espaço geográfico".

"[As Forças Armadas] não são um árbitro da contenda política. Estão ao serviço exclusivo da nação e não de pessoas ou movimentos políticos. Posso dar fé disso, da obediência legítima e devida aos supremos interesses da nação", disse.

Raul Baduel fez, também, referência às recentes advertências do presidente venezuelano, Hugo Chávez, sobre a existência de uma "operação +tenaza+", através da qual a agência norte-americana CIA pretende assassinar o Chefe de Estado venezuelano.

"Eu denuncio ante o mundo que isso [o plano +tenaza+] é uma 'patranha' para gerar um clima de desconfiança, para procurar acovardar os esforços que, desde o espaço do civismo, estão fazendo muitos venezuelanos", afirmou.

O ex-ministro da Defesa falou, ainda, sobre a possibilidade de surgirem posições xenófobas no país, considerando que estas não são viáveis, principalmente nas FAV, "porque há uma muito boa quantidade de companheiros e companheiras de armas que são descendentes directos de pessoas de outras partes do mundo".

Por isso, diz, a comunidade pode estar tranquila, porque "não é próprio da natureza dos venezuelanos essa natureza xenófoba".

Nas declarações à Lusa, Raul Baduel enaltece a comunidade portuguesa na Venezuela e desvaloriza eventuais episódios de violência contra negócios detidos por estrangeiros.

"Se alguma comunidade ganhou uma alta estima e prestígio no seio da nossa sociedade é a portuguesa, por ser trabalhadora", disse.

"Sempre identificamos o 'portu' [diminutivo carinhoso para os portugueses] com o trabalho. São exemplos, chegaram aqui com poucos recursos económicos, forjaram a economia e fundaram família e negócios, normalmente nas padarias e comércios de venda de víveres", afirmou.

General na reforma e tido como homem de confiança do presidente Hugo Chávez, Raúl Isaías Baduel foi um dos responsáveis pelo regresso de Chávez ao poder, em Abril de 2002.

Em Julho, demitiu-se das funções de ministro do Poder Popular para a Defesa, defendendo que o socialismo do século XXI deveria ser democrático e distanciado-se do "capitalismo de Estado" e da ortodoxia marxista.

A 5 de Novembro, acusou o Parlamento e o Governo de consumarem, "na prática, um golpe de Estado, violando de maneira descarada o texto constitucional e os seus mecanismos" e alertou para as consequências imprevisíveis do processo.

Fontes militares avançaram à agência Lusa que, ante a posição pública do ex-ministro da Defesa, o Governo ordenou aos oficiais das guarnições que percorram o país e ponham em questão, perante as tropas, a moral e imagem de Raúl Baduel.

Título:
Enviado por: comanche em Janeiro 18, 2008, 10:21:59 pm
Portugal/Venezuela: Acordos bilaterais no comércio e energia na agenda da visita de secretário Estado

Citar
Lisboa, 18 Jan (Lusa) - Portugal e a Venezuela estão a preparar acordos bilaterais nas áreas do Comércio e Energia, que serão adiantados durante a visita oficial do secretário de Estado do Comércio ao país sul-americano, entre 21 e 23 de Janeiro.

O secretário de Estado Fernando Serrasqueiro tem agendado para o primeiro dia da visita (segunda-feira) reuniões com o Ministério de Energia e Petróleo da Venezuela e com uma delegação governamental e empresarial, para preparar o referido acordo "de cooperação energética", segundo disse à Lusa fonte diplomática.

De acordo com a mesma fonte, a visita tem ainda como objectivo "estabelecer um conjunto de contactos que permitam abrir oportunidades de negócios para empresas portuguesas".

O Ministério da Economia adianta que será preparado um acordo comercial durante a visita.

A comitiva portuguesa integra 15 empresários, dos sectores de agro-alimentação, energia, equipamentos para a indústria pretrolífera, construção, indústria farmacêutica, telecomunicações e turismo.

Segundo informação disponibilizada pelo Ministério da Economia, entre as empresas representadas estão a Galp Energia e a Petrotec, que se dedica à produção de equipamentos para indústria petrolífera.

O sector agro-alimentar é representado pela Cofaco Açores, Rui Costa e Sousa & Irmão, Vetagri Humana, GelPeixe e Atlantic Meals, enquanto da construção vêm Mota/Engil, DST, Edifer, Teixeira Duarte.

A delegação empresarial é completada por Grupo Azevedos (Indústria farmacêutica, L.N. Moldes (moldes), SGC Telecom e Instituto do Turismo de Portugal.

Para os dias 22 (terça-feira) e 23 (quarta-feira) do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor e os empresários portugueses manterão contactos a nível político em diferentes ministérios venezuelanos.

Estão agendados contactos com diversos departamentos do governo venezuelano, nomeadamente da Saúde, Ciência e Tecnologia, Infraestruturas, Telecomunicações, Ambiente, Turismo, Agricultura, Energia e Petróleo.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, em 2006 Portugal exportou para a Venezuela produtos no valor de 17,3 milhões de euros, tendo as exportações para o país sul-americano crescido em média 16,5 por cento ao ano desde 2002.

Entre as principais exportações estão os produtos agrícolas, máquinas e aparelhos, produtos alimentares, metais, têxteis e madeira e cortiça

A balança comercial entre os dois países é claramente desfavorável a Portugal, tendo atingido 211 milhões de euros no ano passado, quase o dobro do registado em 2002.

O petróleo constitui a quase totalidade das compras portuguesas à Venezuela.

Título:
Enviado por: comanche em Janeiro 20, 2008, 01:08:39 pm
Governo de Chávez recebe empresas portuguesas



Citar
Assinatura de contratos e acordos em Março
O Governo português quer reequilibrar a balança comercial com a Venezuela e levar as empresas nacionais a investirem mais naquele mercado. Este é o objectivo que o Secretário de Estado do Comércio, Fernando Serrasqueiro, leva na bagagem, na visita de dois dias que vai fazer ao país de Hugo Chávez.

Na deslocação que começa amanhã, Serrasqueiro será acompanhado por uma comitiva de representantes de 15 empresas que no conjunto vão ultimar um acordo comercial complementar, que permitirá aumentar as exportações nacionais para o mercado venezuelano dos actuais 17 milhões de euros para 270 milhões até 2009. Um acordo que, no entanto, só deverá ser assinado em finais de Fevereiro ou princípios de Março, entre os dirigentes dos dois países, adiantou ao DN Fernando Serrasqueiro.

Também na mesma altura deverão ser assinados contratos entre empresas portuguesas e venezuelanas, que há meses desenvolvem contactos, e formalizadas candidaturas a projectos, sublinha o governante. As negociações de empresas do sector alimentar são as mais adiantadas, mas não quer dizer que na área da energia, da construção, ou mesmo de outros sectores não possa haver também já alguns negócios concretos, admitiu.

Aquando da visita oficial do primeiro ministro português à Venezuela - em Março, de acordo com informações divulgadas num site oficial do governo venezuelano, e não desmentida pelo gabinete de Sócrates -, deverá realizar-se uma feira de produtos portugueses e um encontro de negócios entre empresários nacionais e venezuelanos. Porque o outro objectivo do Governo "é levar as empresas portuguesas a explorar um conjunto de oportunidades que vão existir naquele mercado, na sequência do programa de investimentos que o executivo venezuelano pretende levar a cabo nas áreas da habitação social, das infra-estruturas, da energia e mesmo da saúde", afirmou o secretário de Estado do Comércio.

"Queremos aproveitar as boas relações políticas e diplomáticas que temos com aquele país para desenvolvermos as nossas relações económicas", acrescenta o governante, que com esta já é a terceira visita que faz à Venezuela.

Na construção civil e obras públicas, bem como na construção naval e na área energética, Fernando Serrasqueiro diz que há grandes possibilidades para as empresas nacionais naquele país. E quando fala da área energética não está só a referir-se ao petróleo e ao gás, onde as relações já existentes entre a Galpenergia e a Petróleos da Venezuela poderão dar bons frutos, mas também ao sector das energias alternativas.

"Podemos ser fornecedores de equipamentos para a produção de energia eólica", diz Serrasqueiro a título de exemplo. Para o governante, Portugal tem condições para ser um dos principais fornecedores de alguns produtos para a Venezuela.
Título:
Enviado por: André em Janeiro 21, 2008, 04:23:01 pm
PM português vai a Caracas assinar acordos para reduzir desequiibrio da balança de pagamentos

Citar
O primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, visita em breve a Venezuela, acompanhado por uma delegação empresarial, anunciou à Agência Lusa fonte diplomática.

Segundo a fonte a visita poderá decorrer entre a segunda quinzena do próximo mês de Fevereiro e a primeira de Março, altura em que se realiza uma feira portuguesa no Forte de Tiúna, principal instituição militar de Caracas.

Segundo referiu à Lusa o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor de Portugal, Fernando Serrasqueiro, a deslocação está pendente da negociação de acordos a realizar durante a visita de quatro dias que este governante iniciou no domingo a Caracas.

Os acordos visam "reequilibrar a balança comercial portuguesa que hoje está muito desequilibrada dadas as importações de petróleo que Portugal faz da Venezuela" e os baixos valores das exportações.

Fernando Serrasqueiro lembrou à Lusa que visita Caracas pela terceira vez e que "as boas relações de natureza político-diplomática têm vindo a ser favoráveis" para criar condições para reequilibrar a balança comercial.

"Estamos neste momento a trabalhar num complemento a um acordo já existente (...) e, se tudo correr bem, quer dizer, se de facto eu conseguir fechar o acordo (...), há a possibilidade de se poder assinar o acordo aqui na Venezuela" entre o primeiro-ministro português e o presidente Hugo Chávez, disse.

O secretário de Estado adiantou que "há ainda algum trabalho para fazer até chegar a essa situação" e a realização da feira servirá para os portugueses mostrarem os produtos tradicionais mais conhecidos, mas também aqueles que são menos conhecidos na Venezuela e têm a ver com o Portugal moderno e as novas tecnologias.

Trata-se de negociações que estão a decorrer de maneira "bastante rápida (...) Eu estive aqui há dois meses e meio e depois disso os venezuelanos estiveram em Lisboa. Agora estou de novo aqui e já temos programado um outro espaço no sentido de poder proporcionar o equilíbrio da balança comercial", afirmou.

Fernando Serrasqueiro chegou no domingo à tarde a Caracas para uma visita de quatro dias, acompanhado por uma comitiva que integra 15 empresários dos sectores de agro-alimentação, energia, equipamentos para a indústria petrolífera, construção naval, indústria farmacêutica, telecomunicações e turismo.

Para hoje, primeiro dia da visita oficial, Serrasqueiro tem previstas reuniões com representantes do Ministério de Energia e Petróleo da Venezuela e com uma delegação governamental e empresarial, visando preparar o acordo "de cooperação energética".

Durante os restantes outros dois dias manterá uma série de encontros em diversos Ministérios com o objectivo de "estabelecer um contactos que permitam criar oportunidades de negócios para empresas portuguesas".

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, em 2006 Portugal exportou para a Venezuela produtos no valor de 17,3 milhões de euros, tendo as exportações para o país sul-americano crescido em média 16,5 por cento ao ano desde 2002.

Entre as principais exportações estão os produtos agrícolas, máquinas e aparelhos, produtos alimentares, metais, têxteis e madeira e cortiça.

A balança comercial entre os dois países é claramente desfavorável a Portugal, tendo atingido 211 milhões de euros no ano passado, quase o dobro do registado em 2002.

O petróleo constitui a quase totalidade das compras portuguesas à Venezuela.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Janeiro 24, 2008, 06:23:52 pm
Objectivos da visita «totalmente atingidos» e perspectivam cimeira Sócrates/Chávez

Citar
Os objectivos das negociações entre Portugal e Venezuela com vista ao equilíbrio da balança comercial entre os dois países «foram totalmente atingidos», revelou o secretário de Estado do Comércio português, e perspectivam uma visita em breve de José Sócrates a Caracas.

Fernando Serrasqueiro falava à Agência Lusa ao finalizar uma visita de quatro dias à capital venezuelana, onde manteve contactos com os responsáveis pelos ministérios de Energia e Petróleo, da Saúde, e ainda com as tutelas das telecomunicações, construção, turismo, infra-estruturas e ambiente.

«Foi excelente (a visita), os resultados foram totalmente atingidos e o clima é óptimo (para as negociações). Deu-se um passo para realizar uma cimeira entre o primeiro-ministro José Sócrates e o Presidente Hugo Chávez, que poderá decorrer muito proximamente» numa visita que realizará a Caracas, disse.

«As relações melhoraram substancialmente e essa visita e a cimeira vão criar novas condições para a comunidade», disse.

Por outro lado o próprio ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou que a visita poderá ocorrer até meados do próximo mês de Março e que, nessa ocasião, será assinado um «mega acordo» com Portugal no qual o governo de Caracas quer que a comunidade lusa participe.

A partir dessa altura Portugal pagará parte da factura petrolífera com produtos alimentares, medicamentos, formação turística e a criação de infra-estruturas.

A data da visita permanece em aberto, estando pendente das agendas de ambos países, e nessa altura terá lugar, em Caracas, um feira portuguesa, que, além de exibir produtos tradicionais portugueses, dará a conhecer aqueles com os quais os venezuelanos não estão familiarizados.

Segundo Fernando Serrasqueiro, nas reuniões foram também abordados temas relacionados com a construção naval e as energias renováveis.

«Foi-nos dado conta da necessidade premente da construção de navios de transporte de crude e combinámos que, no dia 28, uma comissão técnica irá a Portugal para contactar as duas principais empresas de construção e reparação naval, que são a Lisnave e os Estaleiros de Viana do Castelo», disse.

Essa comissão será composta ainda por técnicos das áreas de turismo, infra-estruturas e tecnologia, precisou.

Serrasqueiro explicou também que em matéria de energias renováveis, eólicas, «vão ser atribuidas licenças para a exploração de 200 megawatts, numa área próxima da Colômbia, com muito vento e portanto com condições para a instalação de torres para a produção de energia».

«Há já uma candidatura da GALP para poder entrar nessa operação», disse.

O secretário de Estado do Comércio de Portugal precisou ainda que foram feitos «pontos de contacto» para os empresários lusos da Venezuela para a eventualidade de se negociar com as principais cadeias de distribuição portuguesas a venda de alguns produtos.

Segundo Serrasqueiro, há a possibilidade de os investidores de Portugal participarem «em projectos de ambiente, saneamento e de construção de hospitais» e outros que o governo venezuelano pretende lançar nos próximos meses.

«Esta viagem já tem resultados», enfatizou.

Por outro lado precisou que a visita que o primeiro ministro português efectuará proximamente a Caracas poderá ser uma oportunidade para tratar de um conjunto de acordos que estão pendentes.

Lusa/SOL


Será que o José Socrátes vai dizer que o seu maior amiguinho na América do Sul é o Chávez ....  :lol:  :roll:
Título:
Enviado por: tsumetomo em Janeiro 24, 2008, 10:53:16 pm
Citação de: "André"
Será que o José Socrátes vai dizer que o seu maior amiguinho na América do Sul é o Chávez ....  :lol:  :roll:
Se o Chavez fornecesse petroleo a 50% de desconto, ainda era naquela..
Título:
Enviado por: André em Fevereiro 01, 2008, 08:39:43 pm
Pinho e ministro da venezuelano assinam domingo memorando para investimentos bilaterais

Citar
Os ministros da Economia português e o da Energia e Petróleo venezuelano assinam domingo um memorando de entendimento para definir um plano de actividades com vista à celebração de contratos de exportação e investimento em vários sectores.

Segundo o Ministério da Economia e da Inovação, Manuel Pinho e Rafael Ramírez assinam o memorando com vista "à celebração de contratos de exportação e investimento em vários sectores de actividade económica entre os dois países".

Portugal tem mantido contactos para estreitar contactos com a Venezuela, dando especial atenção ao sector da energia, já que aquele país sul-americano tem um dos maiores recursos de petróleo do mundo, com 100 mil milhões de barris em reservas provadas.

Em Novembro último, quando esteve em Lisboa, o Presidente venezuelano, Hugo Chavez, disse que Portugal iria enviar, assim que fosse possível, uma missão ministerial e empresarial à Venezuela, para definir as "vastas" áreas de cooperação que se abriram com a estada do chefe de Estado a Lisboa.

Na altura, a Galp e a Petróleos da Venezuela assinaram um acordo para o desenvolvimento de projectos conjuntos na área do gás natural liquefeito (GNL), ao abrigo do qual a petrolífera portuguesa poderá vir a comprar à Venezuela 2 mil milhões de metros cúbicos por ano.

O acordo prevê ainda que o gás seja regaseificado em Sines e a participação da Galp na central de liquefacção do Gran Mariscal de Ayacucho, em que poderá vir a ter 25 por cento.

Este acordo irá permitir a Portugal aumentar de 15 para 20 por cento o peso do gás natural no portfólio da energia primária consumida no país.

A Galp assinou também em Outubro um acordo com a Petróleos da Venezuela para a certificação de reservas petrolíferas na Faixa do Orinoco.

Lusa
Título:
Enviado por: comanche em Fevereiro 03, 2008, 05:14:30 pm
Portugal/Venezuela: Protocolo assinado para multiplicar por 10 exportações portuguesas

Citar
Lisboa, 03 Fev (Lusa) - Portugal e Venezuela assinaram hoje um protocolo que cria condições para que as exportações portuguesas para este país possam ser multiplicadas por 10 até ao montante das importações de petróleo de empresas portuguesas.

"Através deste protocolo, que será seguido por um acordo entre os dois governos, Portugal cria condições para vender à Venezuela produtos diversificados num montante até às importações de petróleo de empresas portuguesas", declarou o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, na cerimónia de assinatura do memorando de entendimento em Lisboa.

De acordo com Manuel Pinho, a Galp Energia estima que em 2008 as exportações de petróleo da Venezuela podem ultrapassar os 300 milhões de dólares (202,7 milhões de euros), quando o valor de exportações de Portugal para a Venezuela é actualmente de apenas cerca de 20 milhões de euros.

O objecto do acordo é assim "a prazo, equilibrar a balança comercial", entre os dois países.

O ministro explicou que "vai ser constituído em Lisboa um fundo com um montante até ao valor das compras de petróleo à Venezuela, que servirá para financiar as exportações para a Venezuela de empresas portuguesas, de acordo com uma lista previamente acordada".

Dentro de 15 dias os venezuelanos devem indicar os produtos que integrarão a lista, tendo já sido acordadas áreas prioritárias, como produtos alimentares, energias renováveis, construção e engenharia civil, medicamentos e construção naval, adiantou.

Da parte da Venezuela o memorando de entendimento foi assinado pelo ministro da Energia e do Petróleo, Rafael Ramirez, que fez escala em Lisboa no regresso a Caracas só para assinar o protocolo, o que, declarou, prova a "urgência e importância" que o governo venezuelano atribui ao acordo.

Rafael Ramirez disse que o passo seguinte é a criação das comissões mistas (com elementos dos dois países) encarregues da "identificação das áreas e volumes de intercâmbio".

O ministro venezuelano indicou ainda que o acordo formal entre os dois governos será assinado quando o primeiro-ministro português, José Sócrates, visitar Caracas, o que, segundo Manuel Pinho, deverá ser no princípio de Abril.

Trata-se "de um salto muito importante no nosso intercâmbio comercial", salientou Ramirez, referindo as boas relações entre os dois países e a "muito numerosa e importante" comunidade portuguesa na Venezuela.

Manuel Pinho explicou que o acordo foi decidido na sequência da visita a Portugal do presidente da Venezuela, Hugo Chavez, em Novembro.

Na altura, a Galp Energia e a Petróleos da Venezuela assinaram um acordo visando projectos conjuntos na área do gás natural liquefeito.

Entretanto, decorreram encontros bilaterais entre Pinho e Ramirez e há duas semanas o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro, esteve em Caracas acompanhado por duas dezenas de empresários portugueses.

"Para o progresso da economia portuguesa é, mais do que nunca, extremamente importante aumentar e diversificar as exportações e alargar o número das nossas empresas exportadoras", assinalou Pinho.

Por outro lado, salientou, "o aumento do preço do petróleo exige uma aposta nas energias renováveis e uma diplomacia comercial cada vez mais activa".

Segundo Pinho, Portugal está no bom caminho com "grandes resultados na área da energia, o que se traduz em acordos com a Argélia, Angola e Brasil".

O secretário de Estado Fernando Serrasqueiro e o presidente do Conselho Executivo da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira, estiveram presentes na assinatura do memorando de entendimento.

Título:
Enviado por: André em Fevereiro 17, 2008, 02:03:41 pm
Tintas «verdes» procuram oportunidades na Venezuela

Citar
Empresas portuguesas, que exploram na vanguarda o mercado das tintas ecológicas destinadas a plataformas petrolíferas, negociam a exportação de produtos «verdes» para a Venezuela, no âmbito do protocolo recentemente assinado entre Portugal e aquele país.

As empresas portuguesas Triquímica Soluções Químicas e Ambientais, S.A. e Euronavy foram contactadas pela Petróleos de Venezuela (PDVSA) para estarem presentes na Feira de Caracas, a realizar-se em Abril, com a presença prevista do primeiro-ministro, José Sócrates, onde vão ser assinados os contratos para a exportação de produtos, já estabelecidos, de Portugal para a Venezuela.

«Este acordo abre as portas para a exploração mundial do mercado petrolífero», afirmou Idílio Santos, supervisor comercial da empresa Triquímica.

Esta empresa, sediada perto do Autódromo de Estoril, nos arredores de Lisboa, aliciou o mercado petrolífero venezuelano com «o produto de tratamento para a protecção anti-corrosiva de navios e plataformas petrolíferas, acima e abaixo da linha de água», esclarece.

O produto, o Triecoprimer K1, ao fim de quatro anos de estudos e ensaios, recebeu a certificação do Centro de Pesquisas da Petrobras (CENPES), petrolífera brasileira.

Com um produto semelhante, a Euronavy, única empresa não americana a fabricar tintas para os navios da armada dos EUA, espera fornecer o mercado venezuelano «com tintas para a pintura debaixo de água, que é tolerante à humidade e outros produtos complementares», disse à lusa Nuno Ribeiros do departamento de Operações Internacionais da Euronavy.

A presença de empresas portuguesas no mercado venezuelano, segundo a fonte da empresa Triquima, evidencia-se como uma «excelente criação de receitas e visibilidade para Portugal».

As empresas portuguesas Euronavy e Triquíma apresentam produtos de vanguarda no sector da indústria naval já reconhecidos por vários países, apresentando-se agora sob a mira do mercado petrolífero venezuelano.

A 03 de Fevereiro, os governos de Lisboa e Caracas assinaram um protocolo com o objectivo de aumentar as exportações nacionais para a Venezuela até ao valor da importação de petróleo proveniente deste país para Portugal.

Para tal, constituiu-se como base uma lista de produtos, indicada pela Venezuela, cujas áreas prioritárias são produtos alimentares, construção e engenharia civil, energias renováveis, medicamentos e construção naval.

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: comanche em Fevereiro 23, 2008, 11:04:55 pm
Venezuela: Fernando Serrasqueiro em Caracas para preparar visita de José Sócrates

Citar
Caracas, 22 Fev (Lusa) - O secretário de Estado português do Comércio inicia domingo, uma visita de quatro dias a Caracas para "falar de negócios" com o ministro venezuelano da Energia e Petróleo, e "preparar" uma visita do primeiro-ministro José Sócrates.

"Trata-se de uma deslocação que se enquadra no processo preparatório da visita a Caracas do primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, prevista para meados de Abril", revelou à Agência Lusa uma fonte diplomática, que se recusou a avançar mais pormenores.

Por outro lado, o embaixador de Portugal em Caracas, João Caetano da Silva, avançou à Agência Lusa que o secretário de Estado do Comércio, Fernando Serrasqueiro, será acompanhado "por uma comitiva empresarial", composta por representantes de 15 empresas portuguesas do sector metalo-mecânico, ferragens, construção (pré-fabricados), betão e aço, agro-alimentar, energias alternativas e construção naval.

Durante a visita, Serrasqueiro vai dar continuidade "ás negociações do acordo de cooperação económica e energética entre Portugal e a Venezuela".

"Nesse sentido, estabelecerá uma série de contactos, primeiro com o ministro da Energia e Petróleo, Rafael Ramírez, o interlocutor mais directo do Governo português na negociação deste acordo, estando previsto que mantenha encontros também a nível político e nos Ministérios de Infra-estruturas, Casa e Habitação, Indústrias Ligeiras e Comércio", disse.

A Agência Lusa apurou que integram ainda a comitiva, Óscar Gaspar, assessor económico do primeiro-ministro José Sócrates, João Queiroz do Ministério de Economia, Anabela Martins e Luisa Vasconcelos da Secretaria de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor.

João Rodrigues, do ICEP, e dois representantes da GALP Energia e da EDP complementam a comitiva.

Trata-se da quarta visita de Fernando Serrasqueiro a Caracas.

Título:
Enviado por: comanche em Fevereiro 25, 2008, 11:37:53 am
Portugueses estudam eólicas no país de Chavez

Citar
A Galp, a EDP e a Martifer, três das 15 empresas que integram a comitiva empresarial que acompanha o secretário de Estado do Comércio, Fernando Serrasqueiro, numa visita de quatro dias à Venezuela, têm como objectivo estudar oportunidades de negócios no domínio das energias renováveis, nomeadamente da eólica, disse ao DN o governante.

"O Governo venezuelano tem um programa para o desenvolvimento da produção de energia eólica e prepara-se para lançar, em breve, alguns concursos para a construção de parques electroprodutores. As empresas portuguesas podem vir a explorar algumas destas oportunidades, incluindo a Galp, que além de ser uma compradora de petróleo poderá também ser fornecedora de energia daquele País", explicou Serrasqueiro. A petrolífera já deu, aliás, alguns passos no sentido de se tornar uma parceira da Venezuela para o sector energético. Em Outubro passado assinou um memorando de entendimento com a Petróleos da Venenzuela, que lhe abre perspectivas para entrar na exploração de petróleo no país de Hugo Chavez, assim como participar num projecto de liquefação de gás.

Da comitiva empresarial portuguesa fazem ainda parte empresas dos sectores da construção e reparação naval, a Lisnave, de construção civil e obras públicas, entre as quais se destaca a Lena Construções e a Ramos Catarino, da banca, a Caixa Geral de Depósitos, de eletromecânica , a Efacec, de metalomecânica, a A. Silva Matos, e ainda várias do sector agro-alimentar.

A visita que se iniciou ontem à Venezuela é a segunda que Fernando Serrasqueiro faz este ano aquele país. Depois da primeira, realizada no final de Janeiro, e na qual participaram também 15 empresas portuguesas, deslocou-se a Lisboa uma delegação de membros do governo venezuelano para visitarem, outras tantas empresas nacionais que poderiam ser suas potenciais fornecedoras de produtos e serviços, entre as quais os Estaleiros de Viana do Castelo. Após a vinda desta delegação, o ministro dos Petróleos da Venezuela, Rafael Ramirez, e o ministro da Economia português, Manuel Pinho assinaram, também em Lisboa, o memorando de entendimento que estabelece as linhas gerais de um futuro acordo comercial complementar entre Portugal e a Venezeula, que tem como objectivo reduzir o défice de 200 milhões de euros da balança comercial entre os dois países, desfavorável para o lado português.

Com excepção da Galp, nenhum das empresas que faz parte da actual comitiva esteve na anterior. O objectivo, diz o secretário de Estado, é dar a conhecer outras empresas e os produtos e serviços que podem prestar, e, por outro lado, perceber em quais a Venezuela poderá estar interessado. Tudo para que, no decurso da visita do Primeiro Ministro português aquele país, prevista para Abril, possam ser assinados contratos de investimento e de compra de produtos portugueses, que serão pagos com uma percentagem do petróleo venezuelano que consumimos. "Uma percentagem que o Governo português gostaria que fosse, no mínimo de 50%", diz Serrasqueiro.
Título:
Enviado por: comanche em Fevereiro 27, 2008, 12:26:03 pm
Comércio: Lisboa espera que Caracas diga quais os produtos portugueses que lhe interessam


Citar
Caracas, 26 Fev (Lusa) - Portugal aguarda que a Venezuela identifique os produtos abrangidos pelo acordo comercial que os dois países vão assinar durante a visita oficial que o primeiro-ministro português efectua àquele país, em Abril, disse hoje à Lusa fonte governamental portuguesa.

Segundo o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro - que desde domingo se encontra em visita de trabalho à Venezuela -, a aplicação do referido acordo permitirá a Portugal multiplicar por 10 o montante das exportações para a Venezuela, actualmente a rondar os 20 milhões de euros.

"As comissões técnicas estão a tratar dos pormenores e estamos à espera que nos sejam ditas quais as encomendas para sabermos quais os produtos", precisou à Lusa.

O governante português acrescentou que este acordo é uma novidade para Portugal.

"Não temos ainda nenhum contrato deste género. Estamos a iniciar-nos num tipo de contrato que tem características especiais. Digamos, um acordo comercial com características especiais", disse.

Fernando Serrasqueiro classificou como "bom" o ambiente que preside às negociações com a Venezuela, país que mantém este tipo de acordos também com outros países.

"Da nossa parte temos visto que há um interesse em fortalecer as relações com Portugal. As negociações de alto nível continuam", sublinhou.

Fernando Serrasqueiro iniciou no domingo uma visita de quatro dias a Caracas onde, além de ultimar os pormenores do acordo que Portugal a Venezuela prevêem assinar em Abril, está a coordenar a realização de uma feira comercial portuguesa além de actividades culturais.

A feira realizar-se-á lugar durante a visita de José Sócrates à Venezuelaque inclui, em Caracas, uma eventual deslocação ao Centro Português, que celebra 50 anos.

Fernando Serrasqueiro encontra-se na Venezuela acompanhado por uma delegação empresarial, que estabeleceu contactos com empresas venezuelanas que integram a estatal Petróleos de Venezuela S. A. (PDVSA).

Esses contactos permitiram aos empresários portugueses avaliar melhor as possibilidades de negócios, considerou o governante.

"Serviu para que se apercebem qual é, aqui, a actividade económica, quais são as hipóteses que aqui têm", disse.

No final de um encontro com empresários portugueses radicados na Venezuela, Fernando Serrasqueiro precisou que estes estão a sentir que o acordo permitirá estabelecer "relações mais intensas" com empresas de Portugal.

Quanto à comunidade portuguesa explicou que depois de passar por momentos de alguma intranquilidade, em finais de 2007, "vive hoje um momento de maior satisfação, depois de entender que nada do que se passou justifica qualquer atitude precipitada ou pode, de alguma forma, comprometer a sua estada na Venezuela, país onde pretende continuar a viver.

"Continuam interessados e com boas expectativas, porque sabem que isto vai ser um país de futuro, porque é um país que tem riquezas naturais intensas e portanto é só uma questão de tempo", concluiu.

Título:
Enviado por: André em Fevereiro 27, 2008, 09:57:08 pm
Venezuela pode vender petróleo a Portugal, pago com bens e serviços, nomeadamente leite - diz ministro

Citar
A Venezuela poderá vender a Portugal petróleo, que Lisboa pagará com bens e serviços, nomeadamente leite, revelou hoje à agência Lusa o ministro de Energia e Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez.

A troca deverá ser incluída num acordo de cooperação de cooperação económica e energética a assinar durante a visita à Venezuela do primeiro-ministro português, José Sócrates.

Caracas está à espera que Lisboa confirme a data da visita de José Sócrates para poder materializar o acordo de cooperação entre ambos governos, revelou o ministro Rafael Ramírez.

"Preparamos os rascunhos dos documentos que vão ser assinados (...) estamos à espera que os Ministérios (dos Negócios Estrangeiros) de Portugal e da Venezuela, confirmem a data exacta da visita do primeiro-ministro português José Sócrates", disse.

Rafael Ramírez falava à Agência Lusa, à margem de um almoço de trabalho com o secretário de Estado português do Comércio, Fernando Serrasqueiro, que terminará, hoje, uma visita de quatro dias a Caracas, para ultimar detalhes relacionados com um acordo de cooperação económica e energética que os dois governos prevêem assinar.

"Preparámos os rascunhos dos documentos que poderão ser assinados durante a visita do primeiro-ministro português. É um acordo de cooperação económica e energética que implica distintos memorandos nas áreas do gás, petróleos e construção naval", disse.

Segundo o ministro venezuelano, nos últimos dias, "houve reuniões muito importantes" entre representantes das autoridades de Caracas e Lisboa, que permitem asseverar que "a Venezuela vai fornecer petróleo e Portugal vai-nos fornecer bens e serviços, em particular alimentos", nomeadamente leite.

"As duas equipas formadas entre Portugal e a Venezuela estão a preparar a visita do primeiro-ministro José Sócrates, analisando também a formação de empresas mistas (capital privado e público)", sublinhou.

Segundo Rafael Ramírez, durante as últimas reuniões, estiveram também sobre a mesa temas como as energias alternativas, gás e a participação da GALP Energia na exploração de projectos na Faixa Petrolífera de Orinoco.

Por outro lado, precisou que o abastecimento energético de Venezuela a Portugal rondará, "numa etapa inicial" os 500 milhões de dólares (333 milhões de euros) montante que a Venezuela receberá "em alimentos, produtos portugueses e serviços".

Segundo Rafael Ramírez, Caracas está também à espera que Portugal indique qual a melhor localidade venezuelana para realizar, durante a visita de José Sócrates a Caracas, uma feira comercial portuguesa e várias actividades culturais.

A visita, disse "será um sucesso. Vamos recebê-lo com muito calor e entusiasmo".

Segundo fontes não oficiais, a visita de José Sócrates a Caracas poderá ocorrer entre 15 e 20 de Abril de 2008.

Lusa
Título:
Enviado por: comanche em Fevereiro 28, 2008, 11:53:19 am
Venezuela: Acordo entre Lisboa e Caracas abre oportunidades em várias áreas

Citar
Caracas, 28 Fev (Lusa) - O acordo que os governos de Caracas e Lisboa prevêem assinar em Abril abre "importantes oportunidades" para as empresas portuguesas de áreas como a construção civil e pré-fabricados, energias e reparação naval, entre outras, foi hoje revelado em Caracas.

Trata-se de um acordo que tem como propósito re-equilibrar a balança comercial portuguesa, actualmente desfavorável a Portugal, país que importa quase 200 milhões de euros anuais de Caracas mas que exporta apenas 17 milhões de euros/ano para a Venezuela.

"Esperamos que as negociações continuem a avançar de maneira positiva", revelou à Agência Lusa o representante da Viroc Portugal, Fernando Albuquerque, que integra uma delegação de empresários que desde domingo se encontra em Caracas a acompanhar o secretário de Estado do Comércio, Fernando Serrasqueiro.

"A nossa expectativa é a possibilidade de fazermos casas pré-fabricadas. Temos alguns dados que dizem que existe realmente uma necessidade de construir (casas) no país e que o governo venezuelano tem essa vontade", disse.

Albuquerque explicou que a Viroc faz parte de um grupo cimenteiro português e que as suas expectativas "na Venezuela têm a ver com construções em geral, porque é um produto que está enquadrado em vários segmentos da construção civil".

A Viroc tem um mercado "bastante interessante a nível mundial", comentou Fernando Albuquerque, precisando: "Produzimos em Setúbal para todo o mundo, para mercados como os EUA e Martinica, África e América do Sul".

"O nosso material é ecológico, verde, reciclável. É composto por madeira e cimento, resistente à humidade, impacto e, a nível mecânico, pode ser aplicado em fachadas, com revestimento, enquadrado em cima de estruturas mecânicas e resiste a termitas", concluiu.

Francisco Sabino da Efacec espera que o Governo português "seja enfático nesta troca de negócios" e que a Venezuela "estabilize um bocadinho em termos políticos e jurídicos, principalmente para tornar mais fácil a vida a quem quer vir aqui fazer alguns negócios".

Explicou que a Venezuela tem carências na área das infra-estruturas e que a Efacec espera materializar projectos na "área da energia, distribuição eléctrica, geração, centrais hídricas, termo-eléctricas, energias renováveis e construção de sub-estações".

Prevê ainda cooperar na área de transportes ferroviários e ajudar a Venezuela a superar "graves deficiências" no sistema de ferroviário e na área de ambiente, principalmente no tratamento de águas residuais.

Precisou que, "no passado, a Efacec teve negócios com a Edelca e a Cadafe", duas importantes empresas eléctricas venezuelanas e que anualmente designa áreas consideradas estratégias, onde centra os seus recursos e a sua actividade.

Por outro lado, Spranger, presidente da comissão executiva da Lisnave, explicou que o relacionamento daquela empresa com a venezuelana PDVSA "vem do princípio dos anos 90" e que a deslocação a Caracas "levantou a oportunidade" de ampliar contratos.

"Já tínhamos uma encomenda e temos mais três trabalhos em perspectiva", disse.

Sublinhou ainda que a Lisnave "trata da manutenção de navios da frota venezuelana" que desde 1992 era reparada em Portugal mas que, "nos últimos anos, parte dessa manutenção tem sido feita em Cuba".

A pretender reforçar também as suas relações comerciais com a Venezuela está a ATZ S.A., uma empresa que fabrica ferragens, fechaduras normais e com segurança, entre outros.

O seu representante, Joaquim Cruz, explicou à Agência Lusa que nos últimos tempos tem tido dificuldades com o sistema de controlo cambial vigente e que restringe a livre obtenção de moeda estrangeira no país.

"Por causa das divisas, às vezes os pagamentos atrasam-se bastante. Seria muito bom que os produtos que exportamos ficassem garantidos dentro do acordo", disse.

"A Venezuela é um bom mercado. Está interessada em fazer um porto e construir casas, e nós poderíamos fornecer alguns dos materiais necessários", opinou.

Título:
Enviado por: comanche em Fevereiro 28, 2008, 10:13:48 pm
Agricultura: Portugal não tem bens alimentares excedentários para vender à Venezuela em troca de petróleo - CAP

Citar
Lisboa, 28 Fev (Lusa) - Portugal não tem bens alimentares excedentários para vender à Venezuela em troca de petróleo, disse hoje à agência Lusa o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).

A Venezuela e Portugal estão actualmente a negociar um acordo de cooperação económico e energético, que deverá ser assinado proximamente, e que prevê a possibilidade de vender petróleo a Lisboa, em troca de serviços e bens alimentares.

Aquele país da América Latina identificou já como prioridade os bens de primeira necessidade com destaque para o leite, mas de acordo com Luís Mira a agricultura portuguesa "não produz o suficiente para exportação", sendo praticamente toda destinada ao mercado interno.

No caso do leite, aquele responsável sublinhou que a Política Agrícola Comum (PAC) tem imposto limites (quotas) à produção que não podem ser ultrapassados.

Na campanha de 2007/2008, para o Continente e a Região Autónoma dos Açores, que termina em Março, a quota leiteira estabelecida por Bruxelas situou-se em 1.939.187 de toneladas (tons).

"Portugal é apenas excedentário em vinho, mas não me parece que seja um bem de primeira necessidade para a Venezuela", sublinhou à Lusa Luís Mira.

No caso da produção de porcos, não sujeito a qualquer limite de produção, "está [actualmente] equilibrada", o frango situa-se ligeiramente das necessidades do país e o azeite não chega para responder à procura do consumo interno.

"O mesmo se passa com a carne de vaca, o tomate e os produtos hortícolas, que teriam de ter um processo de transporte muito específico", salientou.

Na quarta-feira, o ministro venezuelano da Energia e do Petróleo, Rafael Ramiréz, afirmou à Lusa que "a Venezuela poderá vender a Portugal petróleo, que Lisboa pagará com bens e serviços, nomeadamente leite".

Por sua vez, o secretário de Estado português do Comércio, Fernando Serrasqueiro disse que representantes das autoridades venezuelanas e portuguesas se vão reunir, em Março, em Lisboa, para continuar as negociações de um acordo de cooperação económica e energética a assinar proximamente.

"Evoluímos muito (nas negociações) e vamos ter uma próxima reunião, de alto nível, em Portugal, que deve ser já a final", disse o ministro à Lusa, no âmbito de uma visita de quatro dias à Venezuela, onde manteve diversos contactos, nomeadamente com o ministro de Energia e Petróleo, Rafael Ramírez.

O encontro, disse, ocorrerá no próximo mês e tem duas datas possíveis, 6 ou 13 de Março, e durará vários dias.

Serrasqueiro explicou que nessa data haverá um encontro com Rafael Ramírez, que também é presidente da empresa petrolífera estatal Petróleos da Venezuela S.A. (PDVSA) e que escalará Lisboa, ao regressar ao seu país, depois de uma reunião da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), na Áustria.

A troca deverá ser incluída num acordo de cooperação económica e energética a assinar durante a visita à Venezuela do primeiro-ministro português, José Sócrates.

Caracas está à espera que Lisboa confirme a data da visita de José Sócrates para poder materializar o acordo de cooperação entre ambos governos, revelou ainda o ministro Rafael Ramírez.

A visita de quatro dias do secretário de Estado português do Comércio, Fernando Serrasqueiro, a Caracas, que hoje termina, serviu para ultimar detalhes relacionados com um acordo de cooperação económica e energética que os dois governos prevêem assinar.

"Preparámos os rascunhos dos documentos que poderão ser assinados durante a visita do primeiro-ministro português. É um acordo de cooperação económica e energética que implica distintos memorandos nas áreas do gás, petróleos e construção naval", disse.

Segundo o ministro venezuelano, nos últimos dias, "houve reuniões muito importantes" entre representantes das autoridades de Caracas e Lisboa, que permitem asseverar que "a Venezuela vai fornecer petróleo e Portugal vai-nos fornecer bens e serviços, em particular alimentos", nomeadamente leite.

"As duas equipas formadas entre Portugal e a Venezuela estão a preparar a visita do primeiro-ministro José Sócrates, analisando também a formação de empresas mistas (capital privado e público)", sublinhou.

Rafael Ramírez referiu que, durante as últimas reuniões, estiveram também sobre a mesa temas como as energias alternativas, gás e a participação da GALP Energia na exploração de projectos na Faixa Petrolífera de Orinoco.

Por outro lado, precisou que o abastecimento energético de Venezuela a Portugal rondará, "numa etapa inicial" os 500 milhões de dólares (333 milhões de euros) montante que a Venezuela receberá "em alimentos, produtos portugueses e serviços".

O ministro venezuelano referiu ainda que Caracas está também à espera que Portugal indique qual a melhor localidade venezuelana para realizar, durante a visita de José Sócrates à capital do país, uma feira comercial portuguesa e várias actividades culturais.

A visita, disse "será um sucesso. Vamos recebê-lo com muito calor e entusiasmo".

Segundo fontes não oficiais, a visita de José Sócrates a Caracas poderá ocorrer entre 15 e 20 de Abril de 2008.



Realmente pelo menos em leite, entre entre outros alimentos vais ser difícil a Portugal conseguir fornece-los á Venezuela, existe escassez deste produto no mercado internacional.
Título:
Enviado por: comanche em Fevereiro 29, 2008, 12:08:58 pm
Lisboa quer vender a Chávez 200 milhões de euros em bens

Citar
Dinheiro de petróleo depositado na CGD pagará a fornecedores

As negociações do acordo comercial complementar entre Portugal e a Venezuela deram mais alguns passos decisivos esta semana, no âmbito de mais uma deslocação do secretário de Estado do Comércio, Fernando Serrasqueiro, àquele país, acompanhado por uma comitiva de 15 empresários. Ainda assim, o documento está longe de poder ser assinado, um aspecto que está a condicionar a marcação da visita do primeiro-ministro José Sócrates à Venezuela, prevista para Abril.

Para já o que se sabe é que Portugal espera vender à Venezuela 200 milhões de euros de produtos este ano com as negociações que estão em marcha, adiantou o governante.

No documento a assinar entre os dois países, a Venezuela não fica obrigada a um valor mínimo ou máximo de compras, nem sequer a adquirir, em produtos portugueses, uma percentagem do petróleo venezuelano que consumimos, tal como se previa inicialmente, confirmou ao DN o secretário de Estado do Comércio. O governante explica que "estabelecer um valor não seria bom, até porque a Venezuela vai comprar mais do que o que poderíamos esperar", sublinha.

Mas o valor de vendas para a Venezuela também vai depender muito da capacidade das empresas nacionais para darem resposta às encomendas venezuelanas, bem como às condições e preços negociados para diversos contratos com o Executivo de Hugo Chávez.

Mas há interesse da Venezuela em ver as empresas portuguesas no sectores da energia, construção e obras públicas, indústria naval e novas tecnologias, entre outros (ver caixa). E quer comprar produtos alimentares portugueses, nomeadamente, leite, frango e conservas. Os contratos estão ainda a ser negociados.

No caso do leite, o mercado português não é excedentário, mas mesmo assim há uma empresa portuguesa - a Vetagri - que está a negociar um contrato para o fornecimento de cerca de um milhão de toneladas de leite em pó. Contactado pelo DN, o responsável daquela empresa, Daniel Pedrosa, diz que não terá problemas em garantir o fornecimento . "E se houver alguma dificuldade em encontrar em Portugal, o que não prevejo, posso comprar a outro país, como a Holanda, por exemplo, para assegurar o fornecimento para a Venezuela", adianta.

No decurso da viagem do secretário de Estado ficaram definidas as modalidades de pagamento dos produtos, disse ao DN Fernando Serrasqueiro. "Será aberta uma conta na Caixa Geral de Depósitos onde a Galp vai depositar o dinheiro para pagar o crude que compra à Venezuela, e este dinheiro vai pagar os produtos que a Venezuela adquirirá a Portugal" . Quanto a garantias de crédito para as empresas portuguesas que vierem a fornecer aquele país, Fernando Serrasqueiro explica que elas já estão asseguradas pela CGD, "que garante o pagamento na base da nota de encomenda.

Com a vinda de uma delegação venezuelana de alto nível a Lisboa, muito provavelmente a 13 de Março, deverão ser fechados os últimos pormenores dos acordo.

Nessa altura, diz Fernando Serrasqueiro, já pode haver contratos fechados.
Título:
Enviado por: André em Março 09, 2008, 03:47:53 pm
Responsável venezuelano 2ª feira em Lisboa para contactos com empresas

Citar
O presidente da entidade venezuelana para a aquisição de produtos agro-alimentares inicia segunda-feira uma visita a Lisboa para negociações com empresas do sector, no âmbito do futuro acordo de cooperação económica e energética entre os dois países.

Georges Kabboul, presidente da Bariven-Pdvsa, vai começar por reunir-se, segunda-feira, com o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro, iniciando depois contactos com empresas com vista à celebração de contratos para fornecimentos portugueses à Venezuela.

Segundo o Ministério da Economia, que divulgou a informação, a agenda da reunião dos dois responsáveis contempla nomeadamente a questão da inclusão do azeite, do bacalhau e de equipamentos de padaria na lista de produtos que podem ser importados pela Venezuela.

O comunicado refere que esta questão tem vindo a ser colocada recorrentemente às autoridades venezuelanas por Fernando Serrasqueiro com o objectivo de aproveitar o momento de relançamento das relações económicas bilaterais para "dar cumprimento aos interesses da comunidade portuguesa na Venezuela".

No início de Fevereiro, Portugal e Venezuela assinaram em Lisboa um protocolo que cria condições para que as exportações portuguesas para este país possam ser multiplicadas por 10 até ao montante das importações de petróleo de empresas portuguesas.

"Através deste protocolo, que será seguido por um acordo entre os dois governos, Portugal cria condições para vender à Venezuela produtos diversificados num montante até às importações de petróleo de empresas portuguesas", explicou então o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho.

Na ocasião, Pinho indicou que a Galp Energia estima que em 2008 as exportações de petróleo da Venezuela possam ultrapassar os 300 milhões de dólares (202,7 milhões de euros), quando o valor de exportações de Portugal para a Venezuela é actualmente de apenas cerca de 20 milhões de euros, pelo que o acordo visa equilibrar a balança comercial, a prazo, entre os dois países.

A Venezuela definiu como uma das áreas prioritárias os produtos alimentares, com destaque para o leite, mas de acordo com o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Luís Mira, Portugal não tem bens alimentares excedentários para vender à Venezuela em troca de petróleo.

"Portugal é apenas excedentário em vinho, mas não me parece que seja um bem de primeira necessidade para a Venezuela", disse Luís Mira em declarações à Agência Lusa em finais de Fevereiro.

O acordo formal entre os dois governos será assinado durante a visita do primeiro-ministro português, José Sócrates, a Caracas, prevista para Abril.

Lusa
Título:
Enviado por: comanche em Maio 11, 2008, 11:22:10 am
Venezuela: Luso-venezuelanos pedem a Governo que inclua empresários locais em futuras negociações

Citar
Caracas, 11 Mai (Lusa) - Os empresários lusos-venezuelanos têm "grande expectativa" na visita do primeiro ministro José Sócrates terça-feira à Venezuela e nos acordos que Lisboa e Caracas prevêem assinar, mas pedem que o Governo inclua o sector empresarial local em negociações futuras.

"Durante esta visita, esperamos ter pelo menos uma aproximação, entre a parte portuguesa e a luso-venezuelana, para um entendimento futuro, numa relação que, de momento, é primária e praticamente de governo a governo", disse o presidente da Câmara Venezuelana Portuguesa de Comércio e Turismo (Cavenport), José Luís Ferreira.

O responsável sublinhou, em declarações à Agência Lusa, que "esse é o sentimento" dos membros daquela organização. Precisou ainda que a Cavenport tem aproximadamente 1.200 ao nível nacional, provenientes de negócios como padarias, supermercados, farmácias, ferragens, restaurantes, construção civil, hotéis, indústria de alimentos, plásticos e metal-mecânica.

"Portugal e a Venezuela sempre têm mantido boas relações, o que pretendemos é que tanto o Governo português, como o venezuelano, entendam que a parte comercial (local) é importante para todos", disse.

"[Os luso-venezuelanos] estamos aqui há muitos anos, de uma forma ou outra participamos na importação e exportação de produtos, há um grande potencial para explorar e áreas para recuperar, como a de maquinarias para cortar madeira, que Portugal já liderou na Venezuela mas que se perdeu", sublinhou José Luís Ferreira.

"A participação de Portugal [na Venezuela], agora é de Estado. É importante que o Governo defenda os interesses do Estado mas também os interesses empresarias [dos luso-venezuelanos]. Com uma aproximação, é possível conseguir benefícios para ambos os estados porque o fluxo comercial entre ambos países beneficia todos", disse.

Manuel Ferreira, empresário na área de supermercados explicou à Agência Lusa que "há comerciantes que não estão filiados nas câmaras de comércio e que vêem o futuro com alguma incerteza" porque a distribuição de alguns produtos está a ser "absorvida" pelo Estado venezuelano.

"Reforçando o papel da Corporação Casa, o Governo criou a PDVAL, uma filial da PDVSA (empresa petrolífera estatal) para importação e distribuição de alimentos, que, dizem [os comerciantes], está a preparar uma rede de supermercados e isso vai afectar-nos", afirmou.

Por outro lado, vincou, "são constantes as críticas e ataques verbais" de vários porta-voz dos diferentes ministérios "contra o sector empresarial, adiantou o empresário.

"Acusam-nos frequentemente e injustamente de açambarcamento, criando um clima de tensão, quando o que queremos é continuar a trabalhar e ganhar o pão para o dia a dia", prosseguiu.

Empresário na área de restaurantes, José Gonçalves vê "com bons olhos" os acordos comerciais que vão ser assinados e a visita do primeiro ministro português a Caracas, mas sugere que o Governo aborde questões como alegadas pressões psicológicas contra os empresários.

"Ainda ontem (sexta-feira) em Sabana Grande mais de duas dezenas de funcionários da Câmara do Município Libertador, passaram a pente fino a documentação de várias dezenas de estabelecimentos comerciais", disse.

Precisou que os empresários concordam com as fiscalizações mas que estas ocorrem com frequência na hora do almoço, em que há maior afluência de clientes, "que já é tensa por si".

"Temos o Seniat (Serviço Nacional de Administração Alfandegária e Tributária) que nos fiscaliza periodicamente, o Indecu (Instituto de Defesa do Consumidor), o IVSS (Instituto Venezuelano de Segurança Social) e na última semana passaram funcionários de dois organismos municipais", explicou.

Precisou ainda que "nalguns casos os diferentes organismos pedem os mesmos papéis, mas noutros pedem documentos de há 15 anos e até 'conformidade de uso' de edifícios com 50 anos".

O primeiro-ministro português, José Sócrates, encontra-se com o presidente venezuelano, Hugo Chavez, terça-feira, no primeiro dos três dias de visita oficial à Venezuela, em que estará acompanhado por cerca de 80 empresários nacionais.

Logo no primeiro dia, após o encontro entre Sócrates e Chavez no Palácio de Miraflores, em Caracas, Portugal e Venezuela assinam um conjunto de acordos institucionais.

Título:
Enviado por: P44 em Maio 13, 2008, 10:29:33 am
Citar

SÓCRATES NO PAÍS DO OURO CHÁVEZ

GRAÇA HENRIQUES
O "ouro negro" venezuelano e as excelentes oportunidades de negócio para as indústrias portuguesas, que poderão trocar os seus produtos pelo petróleo de Hugo Chávez, são a grande marca da visita de três dias que o primeiro-ministro inicia hoje à Venezuela. Mas nem só de negócios viverá esta deslocação: José Sócrates deverá apanhar também por tabela com as polémicas sobre as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

As relações do presidente Chávez com as FARC estiveram nos últimos dias em grande destaque noticioso, com o diário espanhol El País a noticiar que o líder bolivariano auxiliou na entrega de armas à guerrilha. Mas há mais: a comunidade portuguesa na Venezuela (os números oficiais apontam para cerca de 600 mil) já fez saber que espera que o primeiro-ministro português interceda junto de Chávez para que possa mediar as negociações para a libertação de Marc Gonsalves. O luso-americano foi sequestrado pelas FARC a 13 de Fevereiro de 2003, depois de o avião em que seguia com mais quatro passageiros se ter despenhado, enquanto cumpria uma missão de vigilância do cultivo de droga na selva colombiana de Caquetá, ao serviço da Administração norte-americana. Dois dos tripulantes foram então executados pelas FARC.

Sócrates tem preparado para esta viagem um discurso com que pretende acarinhar a comunidade lusa, pelo menos no que diz respeito à instabilidade política e à tremenda insegurança que vive na Venezuela - os portugueses são muitas vezes alvo de sequestros. Situação que, aliás, levou as autoridades nacionais a decidir colocar um agente da Polícia Judiciária em Caracas, como oficial de ligação com as autoridades venezuelanas.

Os portugueses a viver no país são, de resto, apresentados como a "primeira prioridade" da visita pelo Governo português. Por isso, esperam que hoje, no Palácio Miraflores, quando se encontrar com Chávez, Sócrates também fale deste problema que os atormenta.

"É preciso sensibilizar as autoridades para redobrar a segurança policial", nomeadamente junto aos semáforos, diz Filomena Azevedo. Esta portuguesa, citada pela Lusa, foi vítima de uma tentativa de assalto na última semana, nas ruas da capital. Na última quinzena, os motoristas de várias empresas de transportes públicos de Caracas bloquearam mesmo os acessos a algumas das rotas por onde passam, em protesto pela insegurança.

Esta Venezuela, Sócrates certamente não terá oportunidade, nem tempo, para ver. Os três dias da visita têm uma agenda carregadíssima: assinaturas de acordos, contactos com a comunidade emigrante, inauguração de uma mostra de produtos nacionais, um concerto de Mariza e uma deslocação - que promete ser um dos momentos mais excitantes desta empreitada - à Faixa Petrolífera do Orinoco. A mesma de onde virá os cerca de 30 mil barris diários de petróleo acordados com o Governo venezuelano para a Galp.|


http://dn.sapo.pt/2008/05/13/centrais/s ... havez.html (http://dn.sapo.pt/2008/05/13/centrais/socrates_pais_ouro_chavez.html)
Título:
Enviado por: P44 em Maio 15, 2008, 11:07:17 am
esta viagem do sócas á venezuela parece uma comédia...

Citar
Venezuela
   15-05-2008 7:35

Viagem de helicóptero lotada e sem segurança

Após o caso do Primeiro-ministro e do ministro da Economia terem fumado no avião, a deslocação de José Sócrates à Venezuela já tem nova polémica: uma viagem de helicóptero sem condições de segurança.


Trinta e quatro pessoas foram, ontem, obrigadas a viajar num helicóptero com lotação para 16 passageiros.

O aparelho foi disponibilizado para jornalistas e empresários pela petrolífera venezuelana responsável pela parte do programa da visita na Faixa de Orinoco.

Com lotação esgotada, a aterragem do helicóptero fez-se com passageiros no chão agarrados às pernas dos que iam sentados ou às malas.

Entre os 34 passageiros, encontrava-se o presidente da EDP, António Almeida, e dois administradores executivos da eléctrica portuguesa, Jorge Cruz Morais e Paulo Miraldo.

Durante cerca de 40 minutos, uns viajaram no chão, outros ao colo e alguns sentados, a maior parte sem cinto de segurança quase sufocados com um ar irrespirável.

A aterragem foi também insólita, porque os que estavam sentados no chão tiveram de agarrar-se à pernas dos que se encontravam nos lugares, ou às malas que estavam espalhadas pelo corredor do helicóptero.

O grupo que viajou neste helicóptero acabou por chegar a Caracas com cinco horas de atraso, não tendo assistido a todo o programa da tarde do Primeiro-ministro.

Cx/Vera Pinto


http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx ... tId=247181 (http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx?AreaId=11&SubAreaId=39&SubSubAreaId=79&ContentId=247181)
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Maio 15, 2008, 12:42:21 pm
Citar
Portugal deita mão à maior reserva petrolífera


José Miguel Gaspar em Caracas

É sempre Hugo Chavez quem melhor coloca as questões, claro como água, consistente como crude, o presidente da Venezuela eleito há quase dez anos "Este campo tem uma potencialidade impressionante; 1247 km de extensão de onde se podem sacar 85.600 milhões de barris de petróleo. É a maior reserva conhecida do planeta". E Portugal vai deitar-lhe uma irmanada mão.

Ontem à tarde, debaixo de um castigador sol que socava toda a comitiva - Manuel Pinho (Economia) suava a bem suar; Mário Lino (Obras Públicas) literalmente escorria por todos os poros; só Sócrates mantinha alguma pose nas mangas de camisa do Estado -, foram assinados oito novos acordos, três dos quais de índole energética. O mais relevante (Galp + PDVSA) reporta à exploração do Bloco 6 de Orinoco, magna reserva da área Boyacá, na imensa savana de Guarico, Sudeste da Venezuela. Já lá está instalado um alto poço taquigráfico de estudo e certificação, pronto para dar início à extracção do negro ouro. A expectativa tem um cume elevado 200 mil barris por dia.

Depois de ver e certificar 'in situ', esvoaçavam desfraldadas lado a lado as grandes bandeiras dos dois países, estavam todos de pés assentes na vermelha terra seca, Sócrates deixou-se contaminar pela simplicidade de Chavez e abriu um curto discurso de clareza "Este petróleo é essencial para o abastecimento de Portugal", fechando com os olhos postos no futuro: "A amizade é a alavanca do desenvolvimento comum". E resumiu-se grato num "Viva a Venezuela, viva Portugal!".

Com a plateia composta por uma centena de trabalhadores chavistas - nas costas um patriótico "Plena soberania petrolífera" -, o presidencial Hugo, envergando evidentemente vestes rubras, explicou a diferença naquela região antes e depois de ele próprio chegar ao poder "Há uns dez anos, aqui só se falava inglês - nem sequer espanhol se ouvia. Agora temos aqui todas as línguas, todos os povos unidos, Cuba, Vietname, Rússia, Argentina, Brasil, Uruguai, China, Índia, Noruega, Itália, EUA, Espanha e Portugal". E tornou para quem não o tivesse entendido: "Dantes estávamos colonizados; agora somos livres".

Com a aliança luso-venezuelana feita realidade por via da energia, a visita a Orinoco ¬(saiu-se de Caracas de mini-bus; depois ainda houve avionetas e por fim ventosos helicópteros a zunir -, foi plena de peripécias e estafantes atrasos.


Citar
Galp quer triplicar os valores da parceria com a PDVSA

A portuguesa Galp quer triplicar, "rapidamente" os valores do acordo assinado, na última terça-feira, com a petrolífera estatal Petróleos da Venezuela S.A. (PDVSA), revelou à Agência Lusa o secretário de Estado do Comércio, de Portugal, Fernando Serrasqueiro.

"A Galp está interessada em triplicar as compras e a curto prazo podem ser atingidos outros objectivos", disse.

Segundo Fernando Serrasqueiro "A Venezuela era o 60.º cliente de Portugal". Com os acordos assinados na terça-feira, "passa rapidamente para 17.º, e se a Galp triplicar (o valor dos acordos) pode chegar ao top 10 dos clientes mais importantes de Portugal".

"Estamos a falar de passarmos rapidamente de 17 milhões de euros para 200 milhões de euros e se triplicarmos, podemos passar para 600 milhões de euros (anuais) de petróleo. Estamos a falar de passar de 10 para 30 mil barris diários de crude", disse.

Segundo Fernando Serrasqueiro a triplicação do valor dos acordos "implica que a Galp possa ser parceira da PDVSA, ter capacidade de produção, quer na área do petróleo, do gás e da energia eólica".

A PDVSA e a Galp assinaram, na terça-feira, em Caracas, cinco acordos comerciais nas áreas do petróleo, liquefacção de gás e energias renováveis, durante uma cerimónia presidida pelo chefe de Estado venezuelano, Hugo Chávez e pelo primeiro-ministro, José Sócrates.

Em entrevista à Agência Lusa, o presidente da Galp declarou, logo após a assinatura dos convénios, confiar plenamente nos parceiros venezuelanos e que os "acordos representam a entrada da Galp na Venezuela e a transformação da nossa actividade internacional, ancorada essencialmente em três países: Angola, Brasil e Venezuela".



Citar
Acordos institucionais e empresariais

- Acordo Complementar ao Acordo Quadro de Cooperação entre a República Portuguesa e a República da Venezuela, em Matéria de Cooperação Económica e Energética entre a República Portuguesa e a República Bolivariana da Venezuela.

Este Acordo, que vem complementar o Acordo Quadro assinado em 1994, tem como objectivo tentar equilibrar a balança comercial deficitária de Portugal em relação à Venezuela, explicada em grande parte pela importação de produtos petrolíferos. O Acordo estabelece os prazos e mecanismos para a compra de bens e serviços por parte da Venezuela, numa percentagem do valor das compras de produtos petrolíferos por Portugal. O Acordo prevê, designadamente, a criação de uma Comissão Mista de Acompanhamento e estabelece as áreas prioritárias de cooperação.

- Memorando de Entendimento relativo ao Acordo Complementar ao Acordo Quadro de Cooperação entre a República Portuguesa e a República da Venezuela, em Matéria de Cooperação Económica e Energética entre a República Portuguesa e a República Bolivariana da Venezuela.

Dá cumprimento às obrigações decorrentes da execução do Acordo Complementar, designadamente quanto ao mecanismo de pagamentos e garantias inerentes aos projectos de transacções comerciais aprovados.

- Acordo de Cooperação no domínio do Turismo entre a República Portuguesa e a República Bolivariana da Venezuela.

O Acordo estabelece as bases para a cooperação entre entidades públicas e privadas de ambos os países, ligadas ao sector do turismo, nomeadamente no que respeita à troca de informação, ao desenvolvimento de parcerias comerciais e de acções de formação, o intercâmbio de peritos e a uma actuação concertada no seio de organizações internacionais, como a Organização Mundial do Turismo.

- Acordo entre a República Portuguesa e a República Bolivariana da Venezuela sobre o Desempenho de Actividades Remuneradas por Familiares, Dependentes do Pessoal Diplomático, Consular, Administrativo e Técnico das Missões Diplomáticas e Consulares.

O acordo foi proposto pelas autoridades venezuelanas e visa regular as condições de exercício de actividade profissional nos dois países, por parte de nacionais portugueses e venezuelanos que se encontrem nas condições expressas no titulo do acordo, ou seja na situação de familiares ou dependentes de Pessoal Diplomático, Consular, Administrativo ou Técnico das missões diplomáticas ou consulares.

- Memorando de Entendimento entre o Ministério da Justiça da República Portuguesa e o Ministério do Poder Popular para as Relações Internas e Justiça da República Bolivariana da Venezuela em Matéria de Cooperação para Evitar o Tráfico de Estupefacientes e o Branqueamento de Capitais a este associado.

O Memorando de Entendimento em epígrafe elaborado ao abrigo do Acordo entre Portugal e a Venezuela sobre Prevenção, Controlo, Fiscalização e Repressão do Consumo Indevido e Tráfico Ilícito de Estupefacientes e Substâncias Psicotrópicas, de 1994, propondo-se reafirmar os objectivos estabelecidos no Acordo e definir alguns aspectos de aplicação do mesmo.

O objecto do Memorando centra-se no reforço da cooperação no âmbito da recolha, análise e intercâmbio de informação que possa beneficiar a investigação dos crimes de tráfico ilícito de estupefacientes e branqueamento de capitais a ele associado. Nesse âmbito, prevê a possibilidade de designação de funcionários policiais especializados em assuntos de drogas como oficiais de ligação dos dois países.

O Memorando é mais um passo no sentido do estreitamento das relações de cooperação entre os dois países em matéria de combate ao narcotráfico, juntamente com a colocação de um oficial de ligação da PJ junto da nossa Embaixada em Caracas, a realização de actividades de cooperação ao nível da investigação policial e o estabelecimento de contactos no sentido da realização de uma primeira Comissão Mista em matéria de drogas, ao abrigo do artº 11 do Acordo supra referido.

Agro-Alimentares

Acordo entre a CEREALIS e a PDVSA SERVICES, INC relativo ao fornecimento de massas alimentícias
Acordo relativo ao fornecimento de 3 Mil Toneladas entre Junho e Agosto de 2008 (1ª tranche) - 4.4 M€
Acordo relativo ao fornecimento de 4 Mil Toneladas entre Setembro e Dezembro (2ª tranche) a um preço a fixar por acordo entre as partes em meados de Agosto
Acordo entre a VETAGRI e a PDVSA SERVICES, INC relativo ao fornecimento de leite em pó
Acordo para fornecimento de 3 Mil Toneladas com prazo de entrega entre Maio e Julho por 15,2 MUSD
Acordo para fornecimento de 2 Mil Toneladas adicionais a partir de Julho a preço a fixar por acordo entre as partes em meados de Julho
Acordo entre a SOVENA/TAGOL e a PDVSA SERVICES, INC relativa ao fornecimento de óleo de soja
Acordo para fornecimento de 9 Mil Toneladas com prazo de entrega entre Junho e Agosto de 2008 – 17 MUSD
Acordo para fornecimento de 12 Mil Toneladas adicionais com prazo de entrega entre Setembro e Dezembro de 2008 a preço a fixar por acordo entre as partes em meados de Agosto
 
Energia

Acordo quadro entre PDVSA e GALP para o desenvolvimento de dois projectos de liquefacção de gás natural
Dois acordos prevêem a constituição de duas empresas mistas, uma para cada projecto, em cada uma das quais a Galp Energia terá uma participação de 15%. O acordo prevê ainda que a Galp Energia poderá vir a adquirir uma quantidade equivalente a 2 mil milhões de metros cúbicos/ano de GNL., fundamental para a segurança de abastecimento. Primeiro GNL fornecido antes de 2014
Acordo entre PDVSA e GALP para estudo conjunto de desenvolvimento do Bloco BOYACA 6 na FAJA PETROLÍFERA DEL ORINOCO
Acordo Quadro entre PDVSA e GALP para a aquisição de petróleo bruto.
Acordo para fornecimento anual entre 2 a 4 milhões de barris de crude pela PDVSA à Galp Energia, com possibilidade de renovação por períodos anuais.
Memorando de entendimento entre PDVSA Y GALP ENERGIA para o desenvolvimento de parques eólicos.
MoU prevê colaboração no Estudo, projecto e instalação de 4 parques eólicos com capacidade de 72 MW

Construção e Reparação Naval

Acordo entre a LISNAVE e a PDVSA-Naval relativo à reparação de navios da frota da PDVSA Naval nos estaleiros da Lisnave
Potencial reparação de 4 Navios – 10 M€ - 1 navio já em reparação, 1 a ser reparado em Julho/Agosto e 2 em negociação



Citar
Construção e reparação naval portuguesa com carteira de encomendas de 900 milhões


Empresas de construção e de reparação naval portuguesas assinaram nesta quarta-feira, acordos com as autoridades venezuelanas, cuja carteira de encomendas poderá atingir cerca de 900 milhões de euros.

A cerimónia de acordos decorreu na Faixa de Orinoco, cerca de 500 quilómetros a sul de Caracas, e foi presidida pelo chefe de Estado venezuelano, Hugo Chavez, e pelo primeiro-ministro, José Sócrates.

No projecto considerado mais relevante, um consórcio liderado pela Teixeira Duarte (mas que conta com a participação da Consulmar, Mota Engil e do grupo Lena) está em vias de entrar na ampliação do Porto de La Guaira, que serve de abastecimento a Caracas.

Pela carta de intenções hoje assinada entre o Ministério do Poder Popular para as Infra-Estruturas da Venezuela e o ministro português das Obras Públicas, Mário Lino, a obra está avaliada em 500 milhões de euros.

Ainda nas obras públicas, a Teixeira Duarte vai realizar os estudos para a viabilidade da construção da barragem de Los Bocas. A construção da barragem está avaliada em 200 milhões de euros.

Na reparação naval, além do acordo firmado pela Lisnave na terça-feira para a reparação de barcos venezuelanos, os Estaleiros de Viana do Castelo estão agora em vias de construírem para a petrolífera venezuelana, a PDVSA, quatro navios, no valor de 225 milhões de euros.

Ainda no âmbito dos mesmos acordos, empresas nacionais do sector farmacêutico como a Atral Cipan, a Bial, a Generis, a Tecnimed, os Laboratórios Azevedo, a Farma APS e a Bluepharma deverão fazer exportações de produtos anuais na ordem dos 30 milhões de euros.
Título:
Enviado por: nelson38899 em Maio 15, 2008, 02:55:31 pm
Sinceramente não percebo, os benefícios do petróleo do chavez. A GALP têm tantas parcerias nos poços em Angola e no Brasil e não vejo o preço da galp a baixar e já agora não me venham com tangas do imposto, pois sempre ouve esta carga de impostos e eu já cheguei a meter gasosa a menos de um euro.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Maio 15, 2008, 03:48:07 pm
Quem vai ganhar com isto será os grandes accionistas da Galp, nós....vamos pagar e calar! :x
Título:
Enviado por: legionario em Junho 21, 2008, 10:54:56 am
O amigo Chavez esta todo abespinhado com os europeus por causa da nova lei da emigraçao . Se ele retaliar (como diz..), muitas centenas de milhar de europeus (portugueses ) é que vao sofrer na pele ...

Acho sensato começar a fazer o tal navio polivalente :)
Título:
Enviado por: André em Julho 14, 2008, 09:13:25 pm
Portugal receberá primeiro envio de petróleo da Venezuela em Agosto

Citar
A Venezuela efectuará a partir do início de Agosto o primeiro envio de petróleo para Portugal, no âmbito dos acordos assinados em Maio último entre Caracas e Lisboa, anunciou hoje o vice-presidente da República Bolivariana da Venezuela, Ramón Carrizales.

"Os acordos estão a decorrer muito bem. Já temos, inclusive, informação de que o primeiro envio de petróleo para sustentar os acordos vai realizar-se nos primeiros dias de Agosto", disse.

Ramón Carrizales falava à agência Lusa à margem de uma reunião de trabalho com o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, de Portugal, Mário Lino, que teve lugar em "La Viñeta", a residência oficial do vice-presidente da Venezuela.

Por outro lado, Carrizales precisou que "os recursos (fundos económicos) são depositados numa conta com que vamos financiando todos os projectos que estão em marcha".

Segundo aquele responsável, os acordos entre Portugal e a Venezuela "superam os trezentos milhões de dólares" americanos e incluem "o projecto de construção de uma grande barragem, de expansão de um porto (marítimo), aquisição de alimentos, cooperação em matéria de energia e aquisição de medicamentos".

"O ministro (Mário Lino) trouxe também um projecto de telecomunicações que está a ser analisado", disse.

Em declarações à Agência Lusa, Mário Lino disse na reunião de trabalho entre ambos os responsáveis participaram alguns ministros venezuelanos, principalmente da área da saúde, habitação, ambiente e energia.

"Passámos revista a todos os dossiers que fizeram parte da agenda da visita oficial do primeiro-ministro português à Venezuela, em Maio passado, e fizemos o ponto da situação da evolução de cada um dos processos".

"Vi com muita satisfação que há um grande desenvolvimento de todos os dossiers, as coisas têm estado a correr bem, as relações quer ao nível dos ministérios quer ao nível das empresas têm-se vindo a processar, e aproveitamos este ponto da situação precisamente para detectar se havia eventualmente alguma questão que estivesse pendente ou que precisasse de alguma intervenção governamental", disse.

Segundo Mário Lino sobre a mesa estiveram as encomendas venezuelanas de bens alimentares, de produtos farmacêuticos e também projectos na área de infra-estruturas como "ampliação do Porto de La Guaira, o de uma barragem de 'duas bocas', o fornecimento de casas sociais e infra-estruturas para câmaras frigoríficas de peixe"

"Todos (os projectos) estão a andar e há projectos já sob a forma de contratos que vão ser assinados muito brevemente", vincou.

Segundo Mário Lino alguns dos acordos "estão a ser ultimados, porque nós viemos cá em Maio com o primeiro ministro José Sócrates e de Maio para cá algumas empresas tiveram que apresentar propostas que estão a ser analisadas e discutidas", concluiu.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Julho 16, 2008, 09:43:14 pm
Lisboa e Caracas vão cooperar na área das telecomunicações

Citar
Portugal e a Venezuela vão criar, em breve, um grupo de trabalho para desenvolver novos acordos na área das telecomunicações, revelou hoje, Mário Lino, ministro português das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

Mário Lino falava à Agência Lusa no Palácio Presidencial de Miraflores, onde se encontrou com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez Frías.

No encontro, foram passados em revista os diferentes acordos assinados entre Lisboa e Caracas, em Maio, durante a visita do primeiro-ministro português, José Sócrates.

"Atingimos todos os objectivos da viagem. Vim passar em revista, saber o ponto da situação de todos os processos que decorreram dos acordos e isso foi feito directamente com todos os ministros sob a coordenação do vice-presidente", disse hoje Mário Lino.

Por outro lado, sublinhou, "todos os processos estão em bom andamento" e foram acordados objectivos para o seu prosseguimento e datas concretas de concretização.

"Assinámos uma nova carta de intenções (com o Ministério de Infra-Estruturas da Venezuela) na área do transporte aéreo e acordámos desenvolver a cooperação numa nova área, a das telecomunicações, para a qual vamos criar um grupo de trabalho conjunto", enfatizou o ministro.

Mário Lino adiantou que expôs à parte venezuelana "o que Portugal tem vindo a fazer no domínio da massificação de utilização de computadores e da utilização da Internet em banda larga, designadamente "e-escola", o que motivou um grande interesse por parte da Venezuela".

O ministro português salientou "o ambiente de amizade calorosa com que se desenrolaram todos os contactos e o elevado espírito de cooperação" entre as duas partes.

Lusa


Chávez e Lino discutem construção de habitação social e barragem

Citar
A construção em breve de habitação social e de uma barragem na Venezuela foram alguns dos assuntos abordados hoje entre o presidente Hugo Chavez e o ministro português das Obras Públicas, Mário Lino, de visita ao país.
No encontro, foram passados em revista os acordos assinados em Maio entre Lisboa e Caracas, quando da visita à Venezuela do primeiro-ministro português, José Sócrates.

A reunião entre Chavez e o ministro português, em visita de quatro dias à Venezuela, decorreu no Palácio Presidencial de Miraflores, em Caracas.

Os acordos abordados hoje pelos dois políticos permitem avançar, em breve, com a construção de habitações sociais e da barragem de Duas Bocas e respectivo túnel de desvio, em Barquisimeto, e com a expansão do Porto de La Guaira.

As duas partes pretendem também materializar projectos na área das pescas, ligados a molhes, arcas frigoríficas e embarcações.

No encontro de hoje foi feito também um balanço da situação em que se econtram os diversos instrumentos assinados nas áreas da energia e petróleo e das negociações entre a PDV Naval (Petróleos da Venezuela) e os Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

Foram ainda abordados aspectos relacionados com o acompanhamento dos acordos assinados na área de alimentação e da saúde, que envolvem várias empresas portuguesas.

Antes da reunião, Mário Lino reuniu-se com o vice-presidente da Venezuela, Ramón Carrizales, que confirmou a inclusão de produtos portugueses - designadamente azeite, bacalhau e equipamento para a panificação - na listagem de mercadorias prioritárias para importação, às quais a Comissão de Administração de Divisas (Cadivi) outorga divisas preferenciais.

Lusa
Título:
Enviado por: comanche em Julho 23, 2008, 09:18:22 pm
Venezuela: Grupo Lena pode assinar hoje contrato para montar casas pré-fabricadas em Caracas


Citar
Caracas, 23 Jul (Lusa) - A visita, hoje, do Presidente venezuelano a Portugal resultará numa fábrica de módulos para casas pré-fabricadas na Venezuela e no aumento do número de habitações sociais a construir em Caracas pelo Grupo Lena, disseram à Lusa fontes diplomáticas.

"Há um aumento [dos projectos] relativamente ao previsto na Carta de Intenções assinada em Maio, quando o primeiro-ministro de Portugal (José Sócrates) esteve de visita em Caracas, com novas coisas que deverão ser formalizadas nos próximos dias", durante a visita do presidente venezuelano a Portugal, que tem início hoje.

As mesmas fontes indicaram que a novidade consiste na "promoção da instalação de uma fábrica de elementos pré-fabricados, no âmbito de um programa conjunto (Venezuela - Portugal) de transferência tecnológica" e que "no último esboço do acordo se prevê o aumento exponencial do número de casas a ser construídas".

Em Maio, quando a Carta de Intenções foi assinada, estava prevista a construção de 1.000 a 5.000 casas pré-fabricadas, um valor que foi posteriormente revisto em alta, para as 15.000.

No entanto, segundo adiantaram à agência Lusa fontes ligadas ao processo, este valor aumentou "exponencialmente", situando-se agora acima das 30 mil casas pré-fabricadas.

Estes acordos fazem parte de "uma proposta de construção de habitações sociais na área metropolitana de Caracas ou noutras zonas do país", cujo valor global inicial previsto era de até 500 milhões de dólares (aproximadamente 318,4 milhões de euros ao câmbio actual).

A mesma fonte sublinhou ainda que um representante do Grupo Lena esteve esta semana em Caracas onde abordou aspectos técnicos relacionados com o projecto e que algumas das negociações estão a ser acompanhadas pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações de Portugal e pelo Ministério de "Vivienda e Habitat" da Venezuela.

Os ministros da Habitação, do Ambiente, das Infra-Estruturas e das Telecomunicações venezuelanos estiveram esta tarde reunidos, em Lisboa, com o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações português, Mário Lino.

A formalização e contratualização dos acordos deverá coincidir com a visita que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, realizará hoje e quinta-feira a Portugal.

Título:
Enviado por: comanche em Julho 24, 2008, 10:59:54 pm
Portugal Venezuela: GALP vai aumentar áreas de exploração de petróleo - Chavez


Citar
Lisboa, 24 Jul (Lusa) - O presidente da Venezuela, Hugo Chavez, afirmou, hoje, que a GALP vai aumentar a área de exploração de petróleo no seu país, através de um reforço da cooperação com a petrolífera venezuelana, PDVSA.

Em causa, de acordo com o chefe de Estado venezuelano, estão dois blocos de petróleo, um mais antigo que não precisou, e um segundo no Leste do país, Oritupano, onde substituirá uma petrolífera norte-americana.

As declarações de Chavez foram proferidas após ter estado reunido mais de duas horas com o ex-Presidente da República Mário Soares, na Fundação Mário Soares.

No encontro, além do Chefe de Estado de Cabo Verde, Pedro Pires, estiveram ainda presentes o presidente da GALP, Ferreira de Oliveira, o maior accionista da petrolífera nacional, Américo Amorim, e o ministro dos Petróleos da Venezuela.

"Estamos a preparar os próximos passos da cooperação entre a GALP, que tem o meu amigo Oliveira como presidente, e a PDVSA", declarou o chefe de Estado venezuelano aos jornalistas.

Chavez começou por se referir ao acordo assinado em Maio, durante a visita oficial do primeiro-ministro, José Sócrates, à Venezuela, em que Portugal importará deste país cerca de 30 mil barris de petróleo por dia.

"Dentro de poucos dias sai da Venezuela o primeiro barco cheio de petróleo para Portugal. É um acontecimento histórico, não sei se tão importante como a viagem de Cristóvão Colombo mas pelo menos as matérias-primas já não chegam saqueadas da América do Sul", disse, tendo ao seu lado Mário Soares.

Segundo Chavez, na Fundação Mário Soares, foram analisados "os novos projectos da GALP para a Faixa de Orinoco (zona petrolífera a mais de 500 quilómetros de Caracas), que tem a maior reserva de petróleo do mundo, com petróleo para mais de 200 anos".

"Antes da revolução na Venezuela, esta Faixa de Orinoco estava nas mãos do império Gringo [Estados Unidos] mas agoira foi libertada e está a ser oferecida a Portugal, à América do Sul, à China e a países africanos. Temos 25 empresas internacionais", disse.

O presidente venezuelano adiantou depois que a GALP "acabou agora de certificar um bloco para exploração petrolífera com quase 30 milhões de barris de crude de reserva".

"Agora, em aliança com a PDVSA, a GALP vai dar o segundo passo. A GALP vai incorporar-se no campo de Maduro, já antigo, e também participe na exploração de Oritupano, no Leste da Venezuela, onde estava uma empresa norte-americana, que não gostou e foi-se embora", declarou.

PMF.

Lusa/Fim

Título:
Enviado por: André em Agosto 18, 2008, 06:34:31 pm
Venezuela e Portugal acertam pontos de colaboração para a exportação do Magalhães

As negociações entre o Estado português e a Venezuela, para a colaboração em iniciativas tecnológicas, está a ganhar cada vez mais forma. No passado sábado, o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, recebeu uma delegação da Venezuela formada por representantes dos Ministérios das Telecomunicações e Informática, da Educação e dos Negócios Estrangeiros daquele país sul-americano.

A visita que teve como objectivo mostrar um pouco mais do computador português Magalhães à comitiva e analisar as condições para a importação dos equipamentos para o país liderado por Hugo Chavéz.

No âmbito da visita, os representantes venezuelanos reuniram-se com a administração das tecnológicas portuguesas J.P. Sá Couto e Prológica, envolvidas na produção e comercialização do computador de baixo custo em Portugal.

No encontro, Mário Lino e os intervenientes de ambos os países discutiram ideias e traçaram o balanço do trabalho realizado até aqui com o Magalhães. Abordaram ainda quais os esforços necessários para a exportação do computador para outros países, nomeadamente a Venezuela, assim como os trabalhos para a realização de programas de info-inclusão, assistência técnica e cooperação tecnológica para o estrangeiro.

O desejo de levar até à Venezuela os traços gerais do Plano Tecnológico para a Educação foi um dos temas de uma visita de Hugo Chavéz a Portugal no final de Julho. Na altura, o líder do país sul-americano concluía mais um ponto de colaboração com Portugal, logo após manifestar o desejo de reforçar os trabalhos com o nosso país em matérias comerciais, alimentares e tecnológicos durante a visita oficial de Mário Lino à Venezuela, também em Julho.

TEK
Título:
Enviado por: André em Agosto 20, 2008, 11:32:25 pm
CDS estranha que PM tenha dito a Chávez que a economia portuguesa estagnou

O CDS-PP estranhou hoje que o primeiro-ministro tenha «confidenciado» ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, que a economia portuguesa está estagnada, quando o Governo tem sublinhado publicamente que «os resultados são satisfatórios».

«Nesta rentrée, tem sido assumido pelo Governo português que a economia nacional está a conseguir reagir, está a ter resultados satisfatórios. Este é o discurso perante os portugueses», realçou o líder parlamentar dos democratas-cristãos, Diogo Feio, em declarações à Agência Lusa.

Por essa razão, Diogo Feio estranha a declaração de Hugo Chávez terça-feira à noite em Caracas, segundo a qual o primeiro-ministro José Sócrates lhe disse recentemente que a economia portuguesa «está estancada».

«Há pouco [tempo], estive em Portugal e que me comentava o nosso amigo, o primeiro-ministro (José) Sócrates? Que a economia portuguesa está estancada! Estancada? E nós estamos crescendo 7,1%, é um dos primeiros lugares [em crescimento] em todo o mundo«, afirmou Hugo Chávez, aludindo ao encontro que manteve com José Sócrates, quando visitou Portugal a 23 e 24 de Julho.

Para o líder parlamentar do CDS-PP, »não é aceitável que exista um discurso interno relativamente às questões económicas e que exista um outro para chefes de Estado estrangeiros«.

«Esperemos que este episódio seja uma lição no sentido do que deve ser o relacionamento com chefes políticos autoritários que não fazem da discrição o seu molde de intervenção», salientou.

«Mais importante para o CDS é saber qual o modelo de economia que pretende o Governo, qual a solução para a nossa economia não esteja estagnada«, questiona Diogo Feio.

O líder parlamentar democrata-cristão salienta, por outro lado, que os dados de conjuntura hoje revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para »uma situação preocupante«.

«A confiança dos portugueses, das empresas, não está nos seus melhores níveis, o Governo tem de dar soluções, mais do que fazer confidências ao sr. presidente Hugo Chávez», frisou.

A economia portuguesa voltou a apresentar sinais de abrandamento em Junho e Julho, com desacelerações dos indicadores de clima económico e de actividade, segundo o Instituto Nacional de Estatística.

A síntese económica de conjuntura mostra que o indicador de clima económico subiu 0,4 por cento em Julho, menos 0,3 pontos percentuais do que no mês anterior, com o segundo abrandamento consecutivo.

O indicador da actividade económica subiu 0,7 por cento em Junho, contra os 1,4 por cento de Maio.

O INE refere que estes dois indicadores se agravaram «significativamente».

Lusa
Título:
Enviado por: André em Agosto 28, 2008, 12:31:31 am
Governo anuncia que Teixeira Duarte construirá Barragem de Duas Bocas

O Ministério venezuelano do Poder Popular para o Ambiente anunciou, hoje, ter assinado um acordo com a empresa portuguesa Teixeira Duarte para a construção da Barragem de Duas Bocas, na Venezuela.

O acordo a que o Ministério do Ambiente da Venezuela faz referência foi assinado a 23 de Julho, em Lisboa, na presença do presidente venezuelano, Hugo Chávez, e do primeiro-ministro português, José Sócrates.

A primeira fase do projecto está avaliada em 70 milhões de dólares.

Em comunicado de imprensa, o Ministério sublinha que "com a construção deste projecto hidrológico serão beneficiados os habitantes dos Estados de Lara, Yaracuy e Portugal, que têm deficiências no abastecimento de água e abrir-se-ão alternativas para o controlo de inundações nessas regiões".

O acordo assinado contempla a execução da primeira fase do projecto, que consta da construção do túnel de desvio de água, engenharia de detalhes da represa de Duas Bocas, assim como, os ensaios de perfuração, geotecnia, geologia e sismos.

O comunicado concluiu explicando que "além do benefício que a obra proporcionará para a região centro-ocidental do país, este contrato permitirá fortalecer as alianças estratégicas, os princípios de solidariedade, cooperação, complementaridade, reciprocidade e sustentabilidade económica, social e ambiental emanados pelo Executivo Nacional (venezuelano)".

JN
Título:
Enviado por: nelson38899 em Agosto 28, 2008, 09:26:12 am
Citação de: "André"

Em comunicado de imprensa, o Ministério sublinha que "com a construção deste projecto hidrológico serão beneficiados os habitantes dos Estados de Lara, Yaracuy e Portugal, que têm deficiências no abastecimento de água e abrir-se-ão alternativas para o controlo de inundações nessas regiões".


Eu não sabia que na Venezuela tinha um estado chamado Portugal
Título:
Enviado por: André em Agosto 28, 2008, 12:09:06 pm
Citação de: "nelson38899"
Citação de: "André"

Em comunicado de imprensa, o Ministério sublinha que "com a construção deste projecto hidrológico serão beneficiados os habitantes dos Estados de Lara, Yaracuy e Portugal, que têm deficiências no abastecimento de água e abrir-se-ão alternativas para o controlo de inundações nessas regiões".

Eu não sabia que na Venezuela tinha um estado chamado Portugal


Nem eu ...  :lol:  :?
Título:
Enviado por: pedro em Agosto 28, 2008, 12:19:16 pm
e ai vao dois. :lol:
Título:
Enviado por: André em Setembro 14, 2008, 12:26:30 am
Portugal e Venezuela assinaram 9 novos acordos bilaterais

Portugal e a Venezuela assinaram hoje nove novos acordos de cooperação bilateral que vão permitir a ambos países avançar com projectos nos sectores eléctrico, agro-alimentar e habitação.
Os acordos foram assinados no palácio presidencial de Miraflores, onde além do presidente da Venezuela, Hugo Chávez e do ministro de Economia e Inovação de Portugal, Manuel Pinho, estiveram representantes de duas dezenas de empresas portuguesas interessadas em desenvolver diversos projectos naquele país latino-americano.

O primeiro dos acordos, uma carta de intenções entre o Fundo para o Desenvolvimento Endógeno da Venezuela (Fonendógeno) e a empresa portuguesa Rumoflex, tem como propósito a aquisição, instalação e desenvolvimento de maquinaria e equipamentos para a recolha e processamento de resíduos sólidos e águas residuais.

O segundo documento assinado foi um memorando de entendimento entre a Corporação Eléctrica Nacional e a EIP-Electricidade Industrial Portuguesa, Janz, Cabelte, Efacec e o Instituto de Soldadura e Qualidade para o desenvolvimento do sector eléctrico venezuelano.

Este memorando tem como propósito avaliar a capacidade para desenvolver uma rede de valor do sector eléctrico venezuelano mediante uma associação estratégica para o desenvolvimento de abastecimento de serviços, materiais e equipamentos para a geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia eléctrica.

Por outro lado a estatal Pdval (Petroléos da Venezuela Alimentos) e a GEP/Sogyma (que integra as empresas portuguesas Consulfrio, Centauro, Hiperfrio e Ferneto) assinaram um acordo para avançar com projectos na área de empacotagem e refrigeração.

A estatal Pdvsa Agrícola e a portuguesa Arsopi assinaram uma carta de intenção para a aquisição de fábricas completas e equipamentos para a produção de leite pasteurizado, manteiga e queijo na Venezuela.

Na área da habitação, o ministro português da Economia e Inovação, Manuel Pinho, e o ministro venezuelano das Relações Exteriores, Nicolás Maduro, decidiram assinar um acordo complementar que prevê o estabelecimento de fases para o processo de construção de habitações sociais, em duas etapas, a primeira que compreende a construção de 15.000 unidades e a segunda de 35.000.

Ambos os responsáveis assinaram ainda um acordo para a criação de um centro internacional de convenções na Venezuela e outro orientado para o desenvolvimento da indústria da Madeira na Venezuela, que vai desde a exploração florestal, serrações, processamento industrial de madeiras e componentes para a construção, que deverá iniciar-se nos próximos 45 dias.

Uma adenda ao contrato de abastecimento de medicamentos ao mercado venezuelano e uma carta de intenções entre o ministério venezuelano da Economia Comunal (antigas associações de vizinhos) e o ministério português da Economia e Inovação, para a criação de programas em matéria de transferência tecnológica, formação profissional e capacitação técnica, fazem também parte dos acordos assinados hoje.

Lusa
Título:
Enviado por: comanche em Setembro 14, 2008, 08:42:34 pm
Venezuela: Imprensa venezuelana destaca acordos entre Lisboa e Caracas para construir casas pré-fabricadas


Citar
Caracas,14 Set (Lusa) - A assinatura, no sábado, de novos acordos de cooperação entre a Venezuela e Portugal é hoje notícia na quase totalidade da imprensa escrita venezuelana, inclusive a regional, com os diários nacionais a destacar a construção de milhares de casas pré-fabricadas.

"Chávez projecta programas de vivendas lusas nas costas (...) propõe semear pequenas cidades com casas pré-fabricadas" diz o diário El Universal que sublinha ainda que "o governo de Portugal construirá uma fábrica para produtos lácteos".

Por outro lado, precisa que "mais da metade da população vive em zonas costeiras" e que a possibilidade de iniciar desenvolvimentos habitacionais ao longo das costas foi avançada pelo presidente Hugo Chávez durante um acto de assinatura de acordos com as autoridades do governo de Portugal.

"(...) chegou-se a um acordo para que o Estado venezuelano recebe a maquinária para fabricar umas 50.000 vivendas pré-fabricadas com tecnologia portuguesa. Prevê-se que um lote de vivendas chegue desde Portugal por via marítima, mas não se especificou a quantidade", diz o El Universal.

Segundo o mesmo diário "será instalará uma fábrica de pequenos edifícios anti-sísmicos, muito frescos, que se podem montar em conjuntos".

O Últimas Notícias revela na sua edição de hoje que "a Venezuela e Portugal selaram acordos de cooperação" para "impulsionar o sector eléctrico e alimentar, para além da transferência teconológica para fortalecer a indústria láctea e o sector da habitação".

O Diário de Caracas avança que o ministro português de Economia e Inovação, Manuel Pinho esteve de visita à Venezuela onde se encontrou com o presidente Hugo Chávez, num acto em que o Chefe de Estado anunciou que realizará um périplo pela China, Rússia e Portugal.

O diário La Antorcha de Oriente informa que "a Venezuela e Portugal assinaram acordos bi-nacionais em áreas estratégicas", o El Siglo, da cidade de Maracay, que ambos países "assinaram acordos petrolíferos, petro-químicos e agrícolas" e o El Aragueño destaca que os novos acordos vão permitir impulsionar as áreas da "habitação, lácteos e sector eléctrico".

O El Clarín, do Estado de Arágua, faz título com a expressão "Venezuela e Portugal unidos em infra-estruturas, energia e agricultura", o Notitarde precisa que "foram assinados nove acordos" em "matéria ambiental, infraestrutura, saúde e produção industrial".

Segundo o Panorama ,"os governos da Venezuela e de Portugal assinaram uma série de acordos nas áreas de electricidade, petróleo, petroquímica e equipamentos agro-industriais".


Título:
Enviado por: André em Setembro 15, 2008, 12:02:00 am
Hugo Chávez agradece a Portugal

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, agradeceu, este domingo, publicamente, ao primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, e ao governo português o "afã de cooperação" com a Venezuela.

"Agradeço ao primeiro-ministro [José] Sócrates e ao governo de Portugal, o seu afã de cooperação com a Venezuela", disse Hugo Chávez durante o programa dominical, radiofónico e televisivo, "Aló Presidente" número 231. Recordou que Portugal e a Venezuela assinaram sábados vários novos acordos de cooperação bilateral. "Que lhe oferecemos nós a eles? Somos um mercado, estamos comprando, somos consumidores e eles estão interessados em colocar produção, mas depois nós lhes oferecemos petróleo", disse.

"Já saiu o primeiro barco venezuelano com um milhão de barris de petróleo, pela primeira vez na nossa história, destinado a Portugal. Já chegou e já descarregou, para assegurar ao povo português que é um povo amigo, um governo amigo, o abastecimento de energia, para ajudar na sua segurança energética e desenvolvimento", disse.

Portugal e a Venezuela assinaram sábado nove novos acordos de cooperação bilateral que vão permitir a ambos países avançar com projectos nos sectores eléctrico, agro-alimentar e habitação.

Os acordos foram assinados no palácio presidencial de Miraflores, onde além do presidente da Venezuela, Hugo Chávez e do ministro da Economia e Inovação de Portugal, Manuel Pinho, estiveram representantes de duas dezenas de empresas portuguesas interessadas em desenvolver diversos projectos naquele país latino-americano.

JN
Título:
Enviado por: André em Setembro 16, 2008, 10:44:21 pm
Hugo Chávez visita Lisboa na próxima semana

O presidente venezuelano anunciou hoje que viajará na próxima semana a Lisboa para assinar um conjunto de acordos de cooperação, três dias depois de o ministro da Economia português ter concluído uma visita àquele país sul-americano.
No Palácio de Miraflores, Hugo Chávez declarou aos jornalistas que partirá para Pequim no domingo, de onde seguirá para Moscovo e Lisboa.

Sobre a sua estada na capital portuguesa, o chefe de Estado venezuelano precisou que assinará um acordo para edificação de cerca de 15.000 fogos no seu país, bem como para a instalação de duas unidades fabris, uma no sector da construção civil com «tecnologia avançada» e a outra no da informática, neste caso «computadores para jovens» estudantes.

Chávez adiantou que um «fundo estratégico» de 4.000 milhões de dólares (2.800 milhões de euros) da China e metade deste valor da Venezuela foi constituído para avançar com infra-estruturas petroquímicas, sistemas eléctricos e de rega, bem como para o lançamento de novas estradas, sobretudo no meio rural.

Com a Rússia está sobre a mesa a revisão de um conjunto de programas de cooperação bilateral nos sectores militar, tecnológico, industrial e agrícola.

O ministro da Economia e Inovação de Portugal, Manuel Pinho, terminou no sábado uma visita de três dias à Venezuela, saldada com importantes negócios para fornecimento de produtos destinados ao sector energético e montagem de cadeias de supermercados em todas as suas componentes, desde a logística à rede de frio, fábricas de leite e maquinaria.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Setembro 17, 2008, 06:41:42 pm
Portugal vende à Venezuela um milhão de computadores e constrói 50 mil fogos de habitação social

O primeiro-ministro português e o presidente Venezuelano deverão presidir dia 27 à assinatura de acordos para a venda de um milhão de computadores Magalhães e para a construção de 50 mil fogos de habitação social na Venezuela.

Segundo fonte diplomática, prevê-se que Hugo Chavez chegue a Portugal no próximo dia 26 (sexta-feira à noite) para uma escala técnica, vindo de Moscovo, estando a cerimónia de acordos prevista para o dia seguinte.

A mesma fonte adiantou à agência Lusa que os dois países deverão assinar um acordo quadro (entre os ministros das Infra-estruturas da Venezuela e das Obras Públicas, Mário Lino) e três de natureza empresarial.

Para o fornecimento de computadores Magalhães à Venezuela, a empresa nacional JP Sá Couto assinará um acordo para a venda de um milhão de unidades.

Deste um milhão de computadores, 500 mil serão montados numa segunda fase na Venezuela, quando a empresa nacional estabelecer uma unidade neste país da América Latina.

A JP Sá Couto portuguesa deverá ainda assinar um segundo contrato com o Estado venezuelano para prestação de assistência técnica e manutenção - contrato avaliado em 50 milhões de euros.

Já no que respeita à construção de habitação social, o Grupo Lena edificará na Venezuela 50 mil fogos, dos quais 15 mil estarão concluídos até ao final do ano.

Depois da entrega deste primeiro conjunto de 15 mil fogos, progressivamente o Grupo Lena começará a construir as casas de habitação social na Venezuela, onde instalará uma fábrica.

Ainda ao nível da cooperação bilateral, fonte diplomática adiantou que "está em bom ritmo" a troca de produtos nacionais por petróleo venezuelano - acordo assinado na última visita oficial de Sócrates à Venezuela em Junho.

"O primeiro petroleiro venezuelano descarregou em Portugal no mês de Agosto, os medicamentos portugueses que abastecerão o mercado venezuelano estão em fase final de certificação e as conservas portuguesas estão apenas a aguardar que seja feita a tradução para espanhol nas respectivas embalagens", disse a mesma fonte.

Terça-feira, em Caracas, o presidente venezuelano anunciou que viajará na próxima semana para Lisboa, onde assinará um conjunto de acordos de cooperação.

O ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, terminou no sábado uma visita de três dias à Venezuela, saldada com negócios para fornecimento de produtos destinados ao sector energético e montagem de cadeias de supermercados em todas as suas componentes, desde a logística à rede de frio, fábricas de leite e maquinaria.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Setembro 22, 2008, 04:34:22 pm
Imprensa critica compra do Magalhães pela Venezuela

O Governo venezuelano está a ser criticado pela imprensa local por adquirir o portátil português Magalhães sem transferência tecnológica. Em causa está a criação de uma empresa com capitais luso-venezuelanos para montar os equipamentos e a falta de apoio a uma empresa estatal do país

As principais críticas surgem no Ultimas Noticias, o periódico de maior tiragem na Venezuela, que realça o facto de «organismos do Governo tinham realizado já um trabalho para produzir o equipamento no país», algo que agora deixará de acontecer.

O diário dá como exemplos na região o Chile e o Brasil, que «montam os portáteis sem a participação de terceiros».

Apesar de considerar a iniciativa de trazer o Magalhães para o país como sendo positiva, o jornal critica o Governo de Hugo Chávez por criar «outra empresa mista, agora com os portugueses, para montar este computador».

«Porque não se investiram as centenas de milhões que se estão utilizando para este acordo para potenciar a VIT (empresa Venezuelana de Indústrias Tecnológicas)», questiona o jornal.

Focando a falta de resultados desta última empresa, o Ultimas Noticias propõe a reactivação desta para torná-la mais atractiva.

«Porque criar outra empresa se a primeira necessita de respaldo? Não há justificação, pois há países como o Chile e Brasil que instalaram as suas fábricas e agora exportam os Classmate [o modelo do Magalhães] a outras nações da região», conclui.

SOL
Título:
Enviado por: TOMSK em Setembro 24, 2008, 11:45:28 am
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg88.imageshack.us%2Fimg88%2F6011%2Fsocrateschavezfu7.th.jpg&hash=11dac7b20b2d4d27d7cb1bf711b77b8b) (http://http)(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg88.imageshack.us%2Fimages%2Fthpix.gif&hash=c5f88114d74f84eb21e34b2835069097) (http://http)
Título:
Enviado por: André em Setembro 26, 2008, 07:37:26 pm
Portugal e Venezuela avançam para projectos conjuntos no sector da electricidade

Portugal e Venezuela assinam sábado acordos de cooperação para o desenvolvimento conjunto de projectos na área da electricidade, numa cerimónia que será presidida pelo primeiro-ministro português, José Sócrates, e pelo chefe de Estado venezuelano, Hugo Chavez.

De acordo com fonte diplomática, o primeiro memorando, de carácter institucional, diz respeito aos mecanismos de entendimento entre os dois países ao nível da cooperação de bens e equipamentos do sector eléctrico.

Depois, também na área da energia, serão fechados mais seis memorandos de carácter empresarial, envolvendo a Corporação Eléctrica Nacional da Venezuela e as empresas portuguesas EDP, Efacec, Janz, Instituto de Soldadura e Qualidade, Cabelte e Electricidade Industrial Portuguesa.

O presidente da Venezuela chega esta noite a Lisboa, vindo de Paris, para assinar na capital portuguesa alguns acordos que estiveram em preparação ao longo dos últimos meses.

Na cerimónia presidida por Sócrates e Chavez, os acordos mais importantes entre os dois países dizem respeito à venda de um milhão de computadores Magalhães e à construção de 50 mil fogos de habitação social na Venezuela.

No que se refere à venda de computadores e à construção de habitação social, os dois países deverão assinar um acordo quadro (entre os ministros das Infra-estruturas da Venezuela e das Obras Públicas, Mário Lino) e três de natureza empresarial.

Para o fornecimento de computadores Magalhães à Venezuela, a empresa nacional JP Sá Couto assinará um acordo para a venda de um milhão de unidades.

Deste um milhão de computadores, 500 mil serão montados numa segunda fase na Venezuela, quando a empresa nacional estabelecer uma unidade neste país da América Latina.

A JP Sá Couto portuguesa deverá ainda assinar um segundo contrato com o Estado venezuelano para prestação de assistência técnica e manutenção - contrato avaliado em 50 milhões de euros.

Já no que respeita à construção de habitação social, o Grupo Lena edificará na Venezuela 50 mil fogos, dos quais 15 mil estarão concluídos até ao final do ano.

Depois da entrega deste primeiro conjunto de 15 mil fogos, progressivamente o Grupo Lena começará a construir as casas de habitação social na Venezuela, onde instalará uma fábrica.

Lusa
Título:
Enviado por: André em Setembro 27, 2008, 12:13:38 am
Chavez diz «sentir-se em casa» em Portugal

O presidente venezuelano considerou «sentir-se em casa» à chegada a Lisboa, onde terá o seu terceiro encontro com José Sócrates em menos de oito meses. À chegada a Portugal, Hugo Chavez falou das suas recentes viagens a França, China e Rússia.

O presidente venezuelano considerou «sentir-se em casa» à chegada a Lisboa, naquele que será o seu terceiro encontro com o primeiro-ministro português José Sócrates em menos de oito menos.

No aeroporto de Figo Maduro, ao chegar de uma curta visita a França, onde se encontrou com Nicolas Sarkozy, Hugo Chavez saudou «Portugal, o Povo, o Presidente, ministros e a sociedade portuguesa».

O chefe de Estado venezuelano aproveitou para falar das suas recentes visitas à China e à Rússia que considerou «muito proveitosas» e para lembrar que «rejeita um mundo unipolar».

No sábado, Sócrates e Chavez presidem à assinatura de acordos para a venda de um milhão de computadores “Magalhães” e para a construção de 50 mil fogos de habitação social.

No aeroporto de Figo Maduro, Hugo Chavez, que negou que estivesse «cansado» após a sua «longa viagem», foi recebido pelo ministro das Obras Públicas, Mário Lino.

TSF
Título:
Enviado por: André em Setembro 27, 2008, 12:16:42 pm
Queremos comprar bacalhau, azeite e trigo, diz Chavez em Lisboa

O presidente venezuelano afirmou hoje em Lisboa que a Venezuela quer, em Portugal, comprar bacalhau, azeite, trigo e assinar contratos no domínio das pescas, de forma a que o seu país possa lutar contra a pobreza.

Falando aos jornalistas momentos após ter aterrado em Lisboa, quarta etapa de um périplo que o levou à China, Rússia e França, Hugo Chavez salientou ser esse o caminho que a Venezuela pretende seguir para se desenvolver económica e socialmente.

"Queremos comprar bacalhau, azeite e trigo a assinar contratos no domínio das pescas, para que possamos continuar a lutar contra a miséria e a pobreza", sublinhou o chefe de Estado venezuelano, que hoje, em Lisboa, assinará diversos convénios e contratos com o governo e com empresas lusas.

Descontraído e a beber um café ao mesmo tempo que falava com os jornalistas no Aeroporto Militar de Figo Maduro, Chavez realçou o programa de compra de um milhão de computadores, a construção de 50.000 fogos de habitação social e os vários memorandos na área da electricidade.

Ao longo de quase meia-hora de palavras aos jornalistas Chavez disse cinco vezes que se sente "em casa" quando vem a Portugal, onde se deslocou por outras duas em menos de um ano, e elogiou outras tantas o povo português, "amigo dos venezuelanos".

"Não se percebe como as relações estiveram tão baixas quando existe uma grande comunidade portuguesa na Venezuela e que tanto trabalha", afirmou, elogiando o primeiro-ministro português, José Sócrates, pelo trabalho desenvolvido em prol das relações entre os dois Estados.

Lusa
Título:
Enviado por: pedro em Setembro 27, 2008, 12:35:05 pm
Desculpem a pergunta é Portugal excedentário em Trigo?
Cumprimentos
Título:
Enviado por: André em Setembro 28, 2008, 01:31:08 pm
Chávez fecha contratos de 2 mil milhões de euros

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fww1.rtp.pt%2Fnoticias%2Fimages%2Farticles%2F355956%2Fchavezesocrates.jpg&hash=7895f19a593d5c7199dcad558555f62f)

No decurso da estada do Presidente venezuelano em Lisboa foram assinados dois contratos com empresas portuguesas, um para compra de computadores e outro para construção de 50 mil casas na Venezuela. E com a vinda de Hugo Chávez abriram-se portas para outros negócios
No decurso da terceira visita que o presidente da Venezuela fez a Lisboa, no espaço de um ano, foram assinados dois contratos com empresas portuguesas que envolvem um volume de negócios da ordem dos três mil milhões de dólares (2,06 mil milhões de euros). Tratam-se de dois projectos que já estavam a ser negociados há vários meses com o governo Venezuelano. Um deles foi assinado com a Yutsu, a empresa que resulta do consórcio formado pela JP Sá Couto e a Prológica, responsável pela produção do portátil Magalhães, para a compra por parte da Venezuela de um milhão de computadores à empresa. O segundo foi com a Lena Construções, para a edificação de 50 mil casas pré-fabricadas naquele país. Do total das habitações sociais a construir e a instalar, 15 mil serão fabricadas em Portugal e 35 mil já na Venezuela, porque o contrato envolve também a construção de uma fábrica naquele país, a transferência de tecnologia e a formação de mão-de-obra venezuelana.

Mas, durante esta última estadia de Hugo Chávez em Lisboa, de apenas 24 horas, também se abriram novas oportunidades de negócio para outras empresas investirem naquele mercado, no âmbito do acordo comercial assinado entre os dois países, quando o primeiro-ministro português se deslocou a Caracas na Primavera deste ano, e que permite a troca de petróleo por produtos e serviços de empresas portuguesas.

Ontem, no Parques das Nações, na presença de José Sócrates e Hugo Chávez, além dos dois contratos foram assinados também nove memorandos e cartas de intenções entre os governos dos dois países e entre empresas portuguesas e o Governo da Venezuela. Entre eles, um que foi fechado mesmo à ultima da hora, com a Mota-Engil, Martifer e Consulmar e que prevê a possibilidade de aquelas empresas portuguesas, poderem conjuntamente desenvolver projectos na fileira das pescas, explicou aos jornalistas fonte oficial do gabinete do primeiro-ministro. A EDP, Efacec, Cabelte e Janz também assinaram acordos que lhes permitem começar a concretizar alguns projectos. Além disso, Chávez ainda teve tempo para contactar com a alguns empresários.

Nos discursos finais, o primeiro-ministro português e o presidente venezuelano destacaram os resultados destes meses em que os dois países trabalharam com "grande empenho" no desenvolvimento das suas relações económicas, considerando que estas estão, agora,"à altura da amizade" que une Portugal e a Venezuela.

DN
Título:
Enviado por: Tiger22 em Setembro 28, 2008, 02:09:57 pm
Outro ponto de vista:

Citar
Chávez y Sócrates cultivan su idilio

Venezuela compra a Portugal un millón de ordenadores en la cuarta reunión entre sus gobernantes en 10 meses

FRANCESC RELEA  -  Lisboa
 
ELPAIS.com  -  Internacional - 27-09-2008
Hugo Chávez, presidente de Venezuela, culminó en Lisboa una gira que le ha llevado por La Habana, Pekín, Moscú y París. Le recibió el primer ministro portugués, José Sócrates, del Partido Socialista, con quien se reunió por cuarta vez en los últimos 10 meses. Tres veces en la capital portuguesa (noviembre, julio y septiembre) y una en Caracas (mayo pasado). ¿Qué ve el líder venezolano de interesante en Portugal, una nación que poco tiene que ver con Cuba, Libia, Irán, China o Rusia, donde Chávez aparenta sentirse muy cómodo? ¿Cuál es el atractivo de Venezuela para Sócrates, más allá del petróleo?

Formalmente, los acuerdos que ambos países han firmado en las reuniones bilaterales anteriores tienen un marcado carácter económico y comercial. Pero no hay duda de que hay más. Para empezar, una buena sintonía política. Los socialistas portugueses, puede que no todos, sienten debilidad por el ex coronel venezolano. Chávez se refiere a los actuales dirigentes portugueses como "amigos políticos". Un peso pesado del socialismo luso como el ex presidente Mario Soares, que entrevistó a Chávez recientemente para un programa de la televisión pública RTP1, dice rotundo: "No hay duda de que no es un dictador. En Venezuela hay partidos políticos y elecciones libres".

Por su parte, Chávez agradeció ayer a Portugal un "afecto que con afecto se paga" y resaltó las "relaciones sólidas" entre ambos países. Ante Sócrates y varios ministros de ambos países, Chávez afirmó que "la mayoría de los líderes europeos no tienen una idea exacta de lo que pasa en Venezuela y América Latina" y de su actual "revolución democrática".

Afán de cooperación

Hace dos semanas, desde su tribuna televisiva Aló Presidente, Chávez agradeció públicamente al primer ministro Sócrates y al Gobierno portugués "su afán de cooperación con Venezuela". "¿Qué les ofrecemos nosotros?", se preguntó en voz alta. Respuesta: "Somos un mercado, estamos comprando, somos consumidores y ellos están interesados en colocar sus productos. Luego, nosotros les ofrecemos petróleo". Y dio algunos detalles: "Ya salió el primer barco venezolano con un millón de barriles de petróleo, por primera vez en nuestra historia, destinado a Portugal. Llegó y ya descargó, para asegurar al pueblo portugués que es un pueblo amigo, un Gobierno amigo, el abastecimiento de energía que garantice su seguridad energética y desarrollo".

Una alta fuente oficial portuguesa explica que entrará en vigor un memorando de entendimiento en el área energética entre GALP y Petróleos de Venezuela (Pdvsa), que contempla la venta a Portugal de 300.000 barriles de crudo al año. Un tercio de su valor se ingresará en un fondo de garantía, para pagar las exportaciones de Portugal. En otras palabras, Venezuela pagará con petróleo sus compras de alimentos, materiales de construcción y distintas obras públicas (una represa y la ampliación del puerto de La Guaira) a cargo de empresas portuguesas.

Sócrates y Chávez concretaron también varios preacuerdos firmados durante la visita del primer ministro a Caracas. En concreto, Portugal venderá a Venezuela un millón de ordenadores portátiles Magalhães, de fabricación enteramente local, para alumnos de primaria, instalará 50.000 viviendas prefabricadas por la empresa portuguesa Lena, y consolidará su participación en proyectos de extracción de gas en la faja petrolífera del Orinoco.

Socio preferente de Venezuela

Portugal se ha convertido en el socio preferente de Venezuela dentro de la Unión Europea. Pero, ¿todo se reduce a intercambios comerciales? "La cooperación se ha intensificado", reconoce un diplomático en Lisboa, que da su particular interpretación de los hechos: "Portugal respondió al llamamiento de nuestra colonia en Venezuela (más de medio millón de personas) y de empresarios portugueses, que nos pedían estrechar los lazos. De ahí nuestro interés".

Esta vez, política y economía van de la mano. Portugal tiene que buscar nuevos mercados para colocar sus productos. "Tenemos empresas que quieren ampliar sus exportaciones. En primer lugar, miramos hacia los países de habla portuguesa, después al norte de África (Marruecos, Libia, Argelia) y luego, a América Latina. La clave está en diversificar las fuentes energéticas, para disminuir nuestra dependencia de un solo suministrador de petróleo y gas natural. En este sentido es nuestra apuesta por Venezuela, como lo es por Brasil y por Angola", señala el diplomático portugués.
Título:
Enviado por: JQT em Setembro 29, 2008, 09:32:49 pm
El Comandante está errado: a Venezuela há muito que fornece petróleo a Portugal. Creio que durante a 2ª guerra mundial era o nosso principal fornecedor.

Uma coisa que não tem sido citada é que - não esperando por visitas e acções de propaganda - já começaram a ser reparados na Lisnave os petroleiros da PDVSA.

JQT
Título:
Enviado por: comanche em Outubro 06, 2008, 11:46:25 pm
Energia: Grupo EIP preste a criar empresa mista com o Estado venezuelano


Citar
[/Caracas, 6 Out (Lusa) - O Grupo EIP (Electricidade Industrial Portuguesa) deverá constituir uma empresa mista com o Estado venezuelano para actualizar a rede eléctrica do país, disse à Agência Lusa José Horta Osório, presidente do conselho de administração daquele grupo empresarial português.

José Horta Osório encontra-se na Venezuela na comitiva do ministro português de Energia e Inovação, Manuel Pinho, que hoje iniciou uma visita oficial de três dias para detalhar os acordos assinados entre Lisboa e Caracas.

Segundo Horta Osório estão previstas reuniões de trabalho bilaterais que deverão avançar para "a constituição de um empresa mista (composta por capitais públicos e privados) na Venezuela, na qual participaremos com o Estado venezuelano e com a Corpoelec (Corporação Eléctrica Nacional venezuelana), a empresa que vai reunir toda a gestão do sistema eléctrico nacional da Venezuela".

Horta Osório afirmou que "o interesse das autoridades venezuelanas tem uma velocidade fora de normal" e por isso em questão de três semanas será possível avançar para a constituição de contratos.

"A Venezuela tem um plano larguíssimo de desenvolvimento da rede de linha de muito alta tensão e sub-estações, em que nós somos especializados. É um programa altamente ambicioso", disse.

Aquele responsável precisou que na visita que realizou a Caracas há três semanas foi "assinado um protocolo de intenções, na presença do presidente Hugo Chávez, que mostrou muito interesse pela actuação" da empresa portuguesa e enviou uma delegação a Portugal que visitou as instalações da empresa durante a qual responsáveis pela EIP fizeram uma apresentação pormenorizada das valências do Grupo.

Frisou ainda que durante a última visita do presidente Hugo Chávez a Portugal assinaram uma carta de intenções "já mais concreta" e por isso encontram-se na Venezuela três administrados do Grupo e um técnico de electricidade de muito alta tensão.

Segundo Horta Osório, a Venezuela teme um novo apagão eléctrico, pelo facto do sistema já estar um pouco em atraso em relação ao desenvolvimento e procura eléctrica nacional.

"As redes têm que ser reforçadas e modernizadas para poderem resistir realmente às procuras e aos picos de energia eléctrica que sucedem constantemente, hoje em dia, em certos dias do ano", disse.

"Temos aqui perspectivas muitíssimo convidativas, interessantes para nós e temos muito gosto em colaborar com as autoridades venezuelanas, trazer-mos", enfatizou.

Por outro lado revelou que a EIP prevê dar a conhecer às autoridades venezuelanas as suas valências em matérias de centrais hidroeléctricas, traça eléctrica das linhas de ferro e electricidade alta velocidade.

FPG

Lusa/
Título:
Enviado por: comanche em Outubro 09, 2008, 12:10:36 am
Venezuela: Perspectivas de negócios levam Manuel Pinho a prolongar estadia


Citar
Caracas, 08 Out (Lusa) -- As perspectivas de materialização de vários acordos bilaterais e negócios empresariais forçaram, hoje, o ministro português de Economia e Inovação, Manuel Pinho, a prolongar por 24 horas a sua estadia em Caracas, revelaram à Agência Lusa fontes da delegação portuguesa.

Acompanhado por um grupo de empresários Manuel Pinho iniciou, domingo, uma visita de três dias a Caracas para tratar de pormenores relacionados com os acordos de cooperação bilateral assinados entre Portugal e a Venezuela, e identificar novas oportunidades, nomeadamente nas áreas, construção civil, energia e sector eléctrico, infra-estruturas e equipamentos industriais.

Da agenda da visita que deveria terminar hoje faziam parte diversos contactos oficiais e com representantes de instituições venezuelanas.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, visitou Portugal no final de Setembro.

ICO/FPG.

Título:
Enviado por: André em Outubro 09, 2008, 10:09:36 pm
Empresas portuguesas vão criar a maior rede de supermercados da Venezuela

O consórcio português Sogyma (Soluções Globais e Modulares para a Indústria Alimentar) vai criar a maior rede de supermercados da Petróleos da Venezuela Alimentos (Pdval) na Venezuela, no âmbito dos acordos assinados hoje entre Lisboa e Caracas, no valor de 525 milhões de euros.

O Sogyma é um consórcio composto pelas empresas Simab, Consulfrio, Centauro, Hiperfrio, Ferneto, Buclemaq, Ramalhos e Tecno 2004.

Rui Seródio, presidente da Simab, explicou à Agência Lusa que os contratos assinados hoje em Caracas permitem avançar em duas fases: a primeira com criação de uma base estratégica alimentar no Estado venezuelano de Portuguesa (500 quilómetros a Sudoeste de capital) e depois a rede de pequenos supermercados Pdvalitos, supermercados Pdval e Hiper-Pdval.

A primeira fase inclui "um estudo rápido" com base no "muito bom trabalho feito pela Pdval nesta área, que estamos a aproveitar e a rever" e tem como objectivo "fazer um 'layout' final, um master-plano do que deve ser projectado de acordo com as necessidades e com aquilo que vamos avaliar no terreno".

Frisou ainda que "há uma componente técnica na área alimentar e outra relacionada com projectos de arquitectura, de especialidades e de obras".

Em Dezembro, estarão criadas condições para avançar com os projectos de arquitectura dos edifícios que o consórcio vai construir naquela base estratégica.

Segundo Rui Seródio, "o valor global previsto é de 525 milhões de euros, um valor a ter como referência, superior ao investimento da Europa em Portugal".

No seu entender, trata-se de "projectos fundamentais para garantir o abastecimento alimentar ao povo venezuelano", no âmbito de "um acordo importante enquadrado num ambiente negocial fantástico criado pelos governos de Portugal e da Venezuela".

"Já não estamos a falar de memorandos de entendimento, estamos a falar de contratos", frisou aquele responsável, explicando que os empresários já estão a definir uma próxima visita à Venezuela "para trabalhar já no terreno, com estudos topográficos e geotécnicos".

Segundo João Rodrigues, da Hiperfrio, os contratos assinados hoje em Caracas contemplam a área de supermercados e padarias.

"Estamos a falar de uma rede Pdval. Neste momento, são os Pdvalitos (pequenos supermercados), que têm áreas entre 400 e 500 metros quadrados e que se espalharão por toda a Venezuela. São 25 Pdvalitos (pequenos supermercados) e mais 100 com um conceito já de chaves na mão, completamente construídos e entregues".

Francisco Cunha da Consulfrio explicou que cada integrante do consórcio apresentou a sua proposta.

"Há uma empresa que só fornece material de frio, outra que faz a montagem desse material e outra que é a dos projectos (de supermercados). São empresas que se complementam", disse.

Lusa
Título:
Enviado por: cromwell em Outubro 10, 2008, 06:09:48 pm
Lembram-se da porcaria que o jonral El País disse  acerca de Hugo Chavez e Portugal?
Eles estão é com inveja de o Chavez não ter feito negócios com Espanha em vez de Portugal.
BEM FEITO! :D
Título:
Enviado por: André em Março 21, 2009, 12:52:34 pm
Chávez «suspende mega contrato» com Portugal


O projecto de construção de 50 mil casas sociais pré-fabricadas contratado em Setembro do ano passado entre a diplomacia económica de Portugal e o Presidente Hugo Chávez foi congelado pelo governo da Venezuela, afirma o semanário Expresso este sábado.

O negócio de 2 000 milhões de euros e que envolvia o fornecimento de habitações pelo grupo Lena «está em risco» refere a mesma fonte indicando que, apesar de pressões do ministério de Mário Lino e a construtora da região de Leiria, o negócio «não passou da intenção».

Embora fonte do Governo português afirme que não há ruptura, o jornal afirma que o projecto foi congelado em resultado da recente revisão orçamental efectuada pelo governo de Chávez por causa da baixa do preço do petróleo.

Lusa
Título:
Enviado por: P44 em Abril 18, 2009, 03:56:53 pm
Citar
EDP participa com Gazprom em projecto venezuelano

A EDP vai participar com a russa Gazprom na exploração dos jazigos de hidrocarbonetos venezuelanos de Blanquilla Este e Tortuga, com reservas potenciais de 260 mil milhões de metros cúbicos de gás.

 Lusa
18:17 Sexta-feira, 17 de Abr de 2009

A portuguesa EDP , junto com a Gazprom  (Rússia), a Petróleos de Venezuela , a Eni  (Itália) e a Petronas  (Malásia), participará na exploração dos jazigos de hidrocarbonetos venezuelanos de Blanquilla Este e Tortuga, segundo um memorando que a  Gazprom  divulgou.

Segundo o jornal económico Vedomosti, o memorando de cooperação foi assinado pelas empresas Petróleos de Venezuela , Gazprom , ENI , Petronas e EDP em Setembro de 2008, ficando a empresa portuguesa com 05% das acções.

A Gazprom anunciou que as reservas potenciais de ambos os jazigos ascendem a 260 mil milhões de metros cúbicos de gás e 640 milhões de toneladas de crude.


http://aeiou.expresso.pt/edp-participa- ... o-=f509514 (http://aeiou.expresso.pt/edp-participa-com-gazprom-em-projecto-venezuelano-=f509514)
Título:
Enviado por: André em Abril 18, 2009, 04:29:32 pm
Citação de: "P44"
Citar
EDP participa com Gazprom em projecto venezuelano

A EDP vai participar com a russa Gazprom na exploração dos jazigos de hidrocarbonetos venezuelanos de Blanquilla Este e Tortuga, com reservas potenciais de 260 mil milhões de metros cúbicos de gás.

 Lusa
18:17 Sexta-feira, 17 de Abr de 2009

A portuguesa EDP , junto com a Gazprom  (Rússia), a Petróleos de Venezuela , a Eni  (Itália) e a Petronas  (Malásia), participará na exploração dos jazigos de hidrocarbonetos venezuelanos de Blanquilla Este e Tortuga, segundo um memorando que a  Gazprom  divulgou.

Segundo o jornal económico Vedomosti, o memorando de cooperação foi assinado pelas empresas Petróleos de Venezuela , Gazprom , ENI , Petronas e EDP em Setembro de 2008, ficando a empresa portuguesa com 05% das acções.

A Gazprom anunciou que as reservas potenciais de ambos os jazigos ascendem a 260 mil milhões de metros cúbicos de gás e 640 milhões de toneladas de crude.

http://aeiou.expresso.pt/edp-participa- ... o-=f509514 (http://aeiou.expresso.pt/edp-participa-com-gazprom-em-projecto-venezuelano-=f509514)


REPOST ...  :roll:  :roll:

 :arrow:  http://www.forumdefesa.com/forum/viewto ... 4&start=30 (http://www.forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?t=4134&start=30)
Título:
Enviado por: Chicken_Bone em Abril 18, 2009, 05:05:02 pm
André: É díficil saber onde colocar as notícias por vezes. Provavelmente escapou-lhe e é melhor "repostar" do que não pôr algo.
Neste caso, a notícia também é bastante importante pelos países envolvidos.
Título:
Enviado por: André em Abril 18, 2009, 05:08:33 pm
Citação de: "Chicken_Bone"
André: É díficil saber onde colocar as notícias por vezes. Provavelmente escapou-lhe e é melhor "repostar" do que não pôr algo.
Neste caso, a notícia também é bastante importante pelos países envolvidos.


Sim á uns dia atrás também me apagaram uma noticia sobre a situação nos mares da Somália, e nem disseram se era repost ou não ...  :roll:  :roll:
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 23, 2010, 04:23:19 pm
Lisboa vai comprar 150 a 300 milhões de Dólares em petróleo a Caracas


A Galp Energia e a Petróleos da Venezuela assinaram hoje um acordo que prevê que Lisboa compre a Caracas entre 150 e 300 milhões de dólares em petróleo, em 2010, revelou o ministro da Economia português.

«Foi acordado, entre a Galp e a Pdvsa [Petróleos da Venezuela S.A.], o montante de aquisições de petróleo por Portugal à Venezuela para o ano de 2010. Essa definição anual faz parte de um convénio assinado há uns anos atrás. Os valores fixados oscilam entre dois a quatro carregamentos, dois a quatro barcos. Em termos de valores financeiros, isso significa que o valor será entre 150 e 300 milhões de dólares», disse Vieira da Silva.

O ministro falava à margem do encerramento da terceira reunião da Comissão Mista Bilateral de Acompanhamento dos acordos celebrados entre Portugal e a Venezuela, que teve lugar no Hotel Gran Meliá Caracas.

Vieira da Silva explicou que «um terço desse valor constitui um fundo bilateral que depois pode ser utilizado para pagar exportações de empresas portuguesas à Venezuela» e que «neste momento esse fundo tem perto de 140 milhões de dólares, que estão adstritos às exportações que foram negociadas ao longo dos últimos tempos e muitas delas finalizadas» durante a terceira reunião da comissão bilateral.

«O reforço deste fundo permitirá o desenvolvimento de novos negócios de empresas portuguesas na Venezuela, para além de outros negócios que, incluindo-se no âmbito deste convénio, não têm necessidade de ter acesso a esse fundo bilateral e, portanto, são pagos normalmente como qualquer actividade comercial», frisou o ministro.

Segundo Vieira da Silva, a cooperação entre os dois países tem sido «multi-sectorial, nasceu muito ligada ao sector alimentar e energético» mas com «uma penetração depois nas áreas de construção civil, energia, farmacêutica, para citar apenas algumas das mais importantes».

«Têm sido essas que se têm vindo a desenvolver, com relevo muito significativo e crescente para a área da energia, em que as autoridades da Venezuela têm um interesse muito claro na colaboração das empresas e no conhecimento português, nomeadamente na área das energias renováveis», realçou.

Por outro lado, sublinhou que estão também a trabalhar na área da gestão do sistema electro-produto, «quer no âmbito deste convénio com o fundo bilateral, quer duma forma mais global».

Vieira da Silva recordou que a Galp tem vários projectos em desenvolvimento no domínio do gás natural e a EDP no domínio da electricidade, sublinhando que se abriram «boas perspectivas para aprofundar esse trabalho».

«Será provavelmente esse o passo que nos levará ao reforço da cooperação para a quarta comissão de acompanhamento», disse.

Por outro lado, precisou que são «negociações entre dois Estados, que envolvem também muitas empresas».

«Houve um objectivo que marcou muito esta reunião, foi o de simplificar procedimentos. Em negócios entre países distantes e com sistemas integrados em espaços económicos muito diferentes, o sistema de pagamentos é muitas vezes um problema e houve aqui um trabalho conjunto no sentido de agilizar o sistema de pagamentos dessas exportações que são feitas no âmbito do acordo bilateral», explicou o ministro.

Vieira da Silva encontra-se de visita à Venezuela, onde nas próximas horas manterá contactos com a comunidade lusa local a fim de conhecer as suas preocupações.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Maio 29, 2010, 08:10:44 pm
Empresas portuguesas fecham acordos de 1.500 milhões de €€ na Venezuela


As empresas portuguesas vão hoje assinar, no âmbito na visita de Sócrates a Hugo Chávez, contratos no valor de 1.500 milhões de euros.

As empresas integram a comitiva do primeiro-ministro, José Sócrates, que chegou hoje à Venezuela para uma visita oficial.

Entre os contratos que vão ser assinados estão 520 mil computadores Magalhães, avaliados em 102 milhões de euros.

Desbloqueou-se ainda a situação do Grupo Lena para a construção de 12.500 casas pré-fabricadas, no valor de 980 milhões de dólares.

A EDP firmou ainda um acordo para o Puerto Caribe sobre estudos para as energias renováveis na Venezuela, no valor de 10 milhões de euros.

Há ainda uma concessão para o porto de La Tuaira no valor de 9 milhões de euros e ainda os contratos assinados pela Efacec no valor de 510 milhões de dólares.

Uma encomenda no valor de 150 milhões de dólares com a Corporación Eléctrica, bem como uma relativa a uma centra eléctrica, chave na mão, de 360 MGW, avaliada em 360 milhões de dólares.

A EIP (Electricidade Industrial Portuguesa) também assinou um projecto para redes de alta tensão na ordem de 30 milhões de dólares.

No ramo alimentar devem ser fechados ainda 15 contratos, no valor de 35 milhões de dólares.

Estão ainda a decorrer negociações na área dos medicamentos e também na área de fornecimentos de barcos para os estaleiros navais, avaliados em 130 milhões de dólares.

Diário Económico
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: nelson38899 em Maio 29, 2010, 08:42:14 pm
[offtopic]

Luso farias o projecto de uma casa para o Chavez??

[/offtopic]
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Junho 21, 2010, 10:16:55 pm
Petróleo da Venezuela valeu contratos de 262 milhões de €€ a Portugal


As vendas de petróleo da Venezuela a Portugal serviram para financiar a compra de produtos e serviços a empresas nacionais, no valor de 262 milhões de euros. Esta é a soma das verbas depositadas pelo país num fundo em Portugal, em 2008 e 2009, após os primeiros acordos de cooperação bilaterais assinados.

O valor foi revelado pelo vice-ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros. Temir Porras Ponceleón chefiou a delegação que participou, em Portugal, na quarta reunião de acompanhamento dos acordos entre os dois países. O responsável diz que os fundos depositados pela Venezuela, em Portugal, correspondem à venda de dois milhões de barris por ano e admitiu que, em 2010, o valor possa ser semelhante ao de 2009: 114 milhões de euros. Sobre atrasos na concretização de alguns acordos com empresas portuguesas, o governante admite que a execução desses negócios não é independente do preço do petróleo. A Venezuela decidiu trabalhar com Portugal, mas essa colaboração pode ser mais ou menos intensa em função da situação económica, explicou.

Depois de reuniões com a equipa portuguesa liderada pelo ministro da Economia, Vieira da Silva, foi ontem assinado um contrato para o fornecimento de 300 mil contadores, pela empresa Janz, no valor de 14 milhões de euros. Foram igualmente assinados compromissos para compras a empresas portuguesas do sector agro-alimentar (Sovena, Cerealis, Ramirez, Primor, Montebravo e Sapropor) de massa, óleo de soja e conservas de sardinha e pernil de porco sem osso. O valor é de 45 milhões de euros. A maioria dos contratos com empresas nacionais beneficia de financiamentos de bancos portugueses, com destaque para a Caixa Geral de Depósitos que tem uma linha de crédito de 200 milhões de euros para a Venezuela.

Foram ainda assinalados progressos nos dois maiores projectos atribuídos a empresas nacionais e que são financiados por fundos do Estado venezuelano: a construção de 12 512 casas pré-fabricadas e o fornecimento de 525 mil computadores Magalhães. No primeiro projecto atribuído ao Grupo Lena, ficaram acordados aspectos técnicos e o contrato, de 800 milhões de euros, estará em condições de ser assinado.

Ionline
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Daniel em Outubro 22, 2010, 04:47:48 pm
Hugo Chávez: Presidente venezuelano e José Sócrates visitam domingo Estaleiros de Viana


Citar
22 de Outubro de 2010, 15:22

Viana do Castelo, 22 out (Lusa) -- O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, visita domingo os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), empresa que há dias assinou um contrato para a construção de dois navios asfalteiros, no 128 milhões de euros, para aquele país sul-americano.

Fonte oficial da administração dos Estaleiros adiantou hoje à Lusa que Hugo Chavez, acompanhado pelo primeiro ministro português, José Sócrates, inteirar-se-á do projeto daqueles navios e visitará também o navio Atlântida, que poderá igualmente ser vendido à Venezuela, num negócio que, a concretizar-se, rondará os 35 milhões de euros.

O Atlântida foi encomendado pelo Governo dos Açores, está pronto e deveria significar um encaixe de 46,4 milhões de euros para os ENVC, mas em abril de 2009 o cliente anunciou que desistia do contrato, por o navio apenas atingir 16,5 nós de velocidade, quando deveria atingir pelo menos 18.

Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 27, 2010, 12:34:29 pm
Chávez diz que acordos com Portugal são legítimos, transparentes e beneficiam todos


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, defendeu hoje os acordos assinados no fim de semana com Portugal, vincando que são legítimos, transparentes e beneficiam todos.

«Ninguém pode dizer, repito, que estamos a oferecer nada, nem uma gota de petróleo. São acordos legítimos, transparentes e claros que beneficiam todos, mas há que explicar ao povo», disse.

O presidente da Venezuela falava no palácio presidencial de Miraflores durante uma alocução transmitida em simultâneo e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões do país e na qual explicou o alcance dos acordos assinados no périplo que realizou à Rússia, Bielorrússia, Ucrânia, Irão, Síria e Portugal.

Hugo Chávez fazia alusão a algumas críticas de cronistas da imprensa venezuelana sobre o périplo que realizou e que davam a entender que em alguns casos a Venezuela poderia estar a oferecer petróleo em troca de apoio anti-imperialista (norte-americano), mas que em nenhum dos casos fizeram referência directa ou indirecta aos acordos com Portugal.

«Estamos a fazer um mecanismo parecido com Portugal, estamos a enviar petróleo, derivados de petróleo e faz-se um fundo com uma percentagem da factura petrolífera. Eles (Lisboa) pagam uma percentagem, a outra percentagem que é 20 por cento passa para o fundo através do qual vamos financiar muitas coisas», disse.

Como exemplo do financiamento através do fundo, Hugo Chávez, citou a compra de um grande ferry a Portugal.

«Tremendo ferry, compadre, que vem para cá. Já vejo Garcia Carneiro (governador luso-descendente do Estado de Vargas)», disse.

Hugo Chávez explicou que a rota prevista para o novo ferry é do porto de La Guaira até às ilhas de Orchila, Los Roques e Margarita.

«Eu quero meter todos esses meninos pobres de La Guaira, as famílias mais pobres, no tremendo ferry, a classe média também. São 800 pessoas. Aí está um modelo do ferry que já pronto está a partir de Portugal, (será) uma linha de ferry, turismo popular, turismo venezuelano», frisou.

Hugo Chávez, que antes fez alusão ao início de exportações de café para países asiáticos, referiu que o primeiro ministro português, José Sócrates, não gosta de café, mas do chocolate venezuelano e explicou ainda que a Venezuela vai importar computadores e medicamentos de Portugal.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: chaimites em Outubro 28, 2010, 05:07:11 pm
Portugal/Venezuela: Chávez deu exemplar do "maravilhoso" Magalhães à primeira dama da Síria

 -- O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, reafirmou hoje a sua admiração pelo "maravilhoso" computador Magalhães, ao qual diz fazer publicidade em todo o mundo, tendo mesmo dado um exemplar à primeira dama da Síria no início do ano letivo.
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: P44 em Janeiro 08, 2011, 12:04:32 pm
Citar
08-01-2011 - 11:40h
Acordos assinados entre Portugal e Venezuela ainda por concretizar
Em causa a construção de 12.500 casas e dois navios de transporte de asfalto por parte de empresas portuguesas

A construção de 12.500 casas na Venezuela acordada em Outubro ainda não arrancou, tal como a construção de dois navios de transporte de asfalto, mas já a JP Sá Couto está a negociar um novo fornecimento de Magalhães, noticia a Lusa.

No final de Outubro de 2010, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, esteve em Portugal durante dois dias, numa visita que terminou com a assinatura de vários acordos e memorandos de entendimento.

Na altura, foi assinado um acordo com o Grupo Lena que prevê a construção de 12.500 habitações e instalação três fábricas na Venezuela, um negócio avaliado em 900 milhões de dólares (694 milhões de euros).

Contactada pela Lusa, fonte oficial do Grupo Lena afirmou não existir, neste momento, nada a acrescentar sobre o tema, remetendo pormenores para o comunicado divulgado pela empresa.

No comunicado, o Grupo Lena refere que «o plano de construção prevê um conjunto de dois volumes de quatro pisos, com oito apartamentos cada, perfazendo um total de 16», dividindo-se os apartamentos em duas tipologias diferentes - T2 e T3 -, mas sem referir prazos.

Durante a visita do presidente venezuelano foi também assinado um memorando de entendimento para o fornecimento à Venezuela de mais 1,5 milhões de computadores Magalhães nos próximos três anos.

O gestor da área Magalhães da JP Sá Couto, Luís Pinto, disse à Lusa que «os números para este ano ainda não estão fechados», mas garantiu que «serão superiores ao do ano passado».

Em 2010, foram entregues 525.000 portáteis, que na Venezuela foram baptizados com o nome «Canaima», um valor superior aos 350.000 entregues em 2009.

Luís Pinto disse que «as entregas vão decorrer de acordo com o plano a definir após encerramento das negociações».

A visita de Hugo Chávez ficou ainda marcada pela formalização da compra de dois navios de transporte de asfalto pelo Governo de Caracas aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, num negócio avaliado em 130 milhões de euros.

Fonte da comissão de trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo disse à Lusa que a construção dos dois navios ainda não começou, estando a aguardar o desbloqueamento da primeira tranche.

http://diario.iol.pt/politica/venezuela ... -4072.html (http://diario.iol.pt/politica/venezuela-acordos-chavez-navios-tvi24/1224283-4072.html)
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 20, 2011, 12:50:45 pm
Portugal renova acordo petrolífero com a Venezuela


Portugal renovou o acordo petrolífero com a Venezuela e conseguiu mais 200 milhões de dólares para as exportações de produtos portugueses, anunciou hoje em Caracas o secretário de Estado do Comércio português, Fernando Serrasqueiro.

«Foi possível dar continuidade aos projectos que já existiam, designadamente renovar o acordo para o fornecimento de crude pela Venezuela, que serve de base ao fornecimento de produtos portugueses(...). Assim, fizemos uma alocação de cerca de mais de 200 milhões de dólares para pagamentos de produtos e projectos portugueses e simultaneamente foi decidido aumentar o fornecimento de computadores Canaima (nome local dos portáteis Magalhães) em cerca de mais 550 mil», disse.

Fernando Serrasqueiro falava numa conferência de imprensa, no Ministério de Relações Exteriores da Venezuela, à margem da reunião da V Comissão de Acompanhamento Bilateral, que decorreu em Caracas.

«Também se acordou mais um conjunto de propostas de fornecimentos de diferentes produtos portugueses, quer da área alimentar, quer da área da logística, quer também em termos de cabos ópticos», frisou, vincando o bom relacionamento existente entre Lisboa e Caracas.

«Quero saudar o Governo da Venezuela pela oportunidade que nos deu de aprofundarmos as relações que são excelentes e mantermos este clima de diálogo ao longo dos últimos anos», disse.

Fernando Serrasqueiro explicou que foi identificado o local para que a empresa portuguesa Lena, inicie as obras do primeiro grupo de habitações sociais, na localidade de Cúa, Valles del Tuy, a sul de Caracas, no âmbito de um projeto, já assinado, para a construção de 6.256 unidades habitacionais.

«Os cafés Delta tentaram estabelecer aqui uma cooperação ao nível da aquisição de café e eventualmente a construção de uma fábrica de máquinas para café em cápsulas, as negociações iniciaram-se e vão prolongar-se pelos próximos tempos e é mais uma área que podemos acrescentar àquelas (...) em que temos vindo a trabalhar», frisou.

O secretário de Estado do Comércio de Portugal precisou «que as negociações para a compra do ferry Atlântida estão praticamente concluídas» e que «o acordo para as modificações que o barco necessita para os interesses venezuelanos e a posterior vinda, a curto prazo, para a Venezuela» deverá ser assinado nos próximos dias.

Sobre a reunião, adiantou que «foram dois dias de sessões intensas em que participaram algumas dezenas de empresários portugueses» e que foi dado «mais um passo, não só para um relacionamento de amizade mas também em termos económicos (...), um projecto que nasceu há uns anos atrás e que teve o envolvimento directo do Presidente da Venezuela (Hugo Chávez) e do primeiro-ministro de Portugal (José Sócrates)».

No entender de Serrasqueiro, «este bom relacionamento também permite que a comunidade portuguesa possa rever-se» nele.

«É uma comunidade que tem um bom relacionamento com a população que aqui vive, mas que sabendo desta excelente relação que existe entre Portugal e a Venezuela sente-se mais segura, mais integrada e plenamente reconhecida, porque sempre ouvimos do Governo venezuelano palavras de agrado pelo trabalho dos portugueses aqui», concluiu.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: nelson38899 em Fevereiro 20, 2011, 09:48:48 pm
Citar
Há dois anos parado no cais dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, depois de rejeitado pelo Governo dos Açores, o ferry Atlântida deverá ser entregue, dentro de sete meses, à Venezuela, num negócio que renderá aos cofres da empresa pública 42,5 milhões de euros.

A informação foi avançada ao DN por José Luís Serra, um dos administradores dos ENVC, e resultado do acordo alcançado pela delegação da empresa que reuniu em Caracas, no fim-de-semana, liderada pelo presidente do Conselho de Administração, Carlos Veiga Anjos.

Recorde-se que em Dezembro de 2009, Governo Regional dos Açores e a empresa pública com sede em Viana acordaram resolver o diferendo em torno do Atlântida (e também do segundo ferry, Anticiclone), com o pagamento, pelos ENVC de 40 milhões de euros. O acordo agora alcançado na Venezuela deverá ser oficializado quinta ou sexta-feira. Com este negócio, que até fica acima daquilo que o construtor naval ainda tem de pagar aos Açores, os ENVC vão assumir as "necessárias obras de adaptação" do ferry Atlântida, nomeadamente na porta de desembarque do navio, que tinha sido feita à medida dos portos dos Açores, entre outras modificações. "Tratam-se de obras relativamente simples de se fazer, por isso temos esse prazo curto para a entrega", explicou José Luís Serra. Para trás fica um ano de negociação, envolvendo Empordef, administração dos ENVC e, até, José Sócrates, que acompanhou Chávez na visita aos estaleiros de Viana, e ao navio, a 24 de Outubro de 2010.

"Tremendo ferry, compadre, que vem para cá", afirmou Hugo Chávez nos seus habituais programas de rádio e televisão em que se dirige à nação. Neste caso, o presidente da Venezuela garantia a compra de um grande ferry a Portugal e até explicou que a rota prevista para o novo ferry é do porto de La Guaira até às ilhas de Orchila, Los Roques e Margarita. "Eu quero meter todos esses meninos pobres de La Guaira, as famílias mais pobres, no tremendo ferry, a classe média também. São 800 pessoas. Aí está um modelo do ferry que já pronto está a partir de Portugal, (será) uma linha de ferry, turismo popular, turismo venezuelano", frisou.

Chávez que visitou o interior do Atlântida e desde logo garantiu a compra do navio, que agora será efectivada, num negócio que inicialmente apontava para os 35 milhões de euros, mas que ficará afinal por 42,5 milhões de euros. Luxuoso e com capacidade para 750 pessoas, o navio deveria ter seguido em Maio de 2009 para os Açores, mas o Governo Regional decidiu romper o contrato com os ENVC, alegando incumprimento por parte da empresa de Viana, mas Chávez não parece preocupado e durante a visita chegou mesmo a perguntar: "Quantos dias leva para chegar daqui à Venezuela nele?". O Atlântida, nome que deverá ser alterado à chegada ao destino, no final do ano, representa uma parte substancial dos acordos rubricados por Portugal com a Venezuela, e que conseguiu mais 200 milhões de dólares para as exportações de produtos portugueses.

Negociações lideradas em Caracas pelo secretário de Estado do Comércio português, Fernando Serrasqueiro. "Foi possível dar continuidade aos projectos que já existiam, designadamente renovar o acordo para o fornecimento de crude pela Venezuela, que serve de base ao fornecimento de produtos portugueses", explicou. Foi assim decidido aumentar o fornecimento de computadores Canaima (nome local dos portáteis Magalhães) em cerca de mais 550 mil, e já foi identificado o local para que a empresa portuguesa Lena, inicie as obras do primeiro grupo de habitações sociais, na localidade de Cúa, Valles del Tuy, a sul de Caracas, no âmbito da construção de 6.256 unidades habitacionais. "Também se acordou mais um conjunto de propostas de fornecimentos de diferentes produtos portugueses, quer da área alimentar, quer da área da logística, quer também em termos de cabos ópticos", frisou o secretário de Estado, durante uma conferência de imprensa em Caracas, vincando o bom relacionamento existente entre os dois países. "Quero saudar o Governo da Venezuela pela oportunidade que nos deu de aprofundarmos as relações que são excelentes e mantermos este clima de diálogo ao longo dos últimos anos", disse.

dn.pt
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 30, 2011, 06:38:40 pm
Consórcio português assinou contrato para ampliar porto venezuelano


O consórcio Tdmota, integrado pela Teixeira Duarte e Mota Engil, assinou segunda-feira um contrato com uma empresa estatal venezuelana para a modernização e ampliação do porto de La Guaira, 30 quilómetros a norte de Caracas.
O contrato, de quase 400 milhões de dólares (275 milhões de euros), foi assinado pela capitã de navio e presidente da Puertos Litoral Central (PLC), Elsa Gutiérrez, e o representante do consórcio, Luís Alves.

No ato estiveram presentes, entre outros, o ministro luso-venezuelano de Transporte e Comunicações, Francisco Garcês, e o embaixador de Portugal em Caracas, Mário Lino da Silva.

Os trabalhos naquele porto, o mais importante do país, deverão iniciar-se em Janeiro de 2012 e têm uma duração prevista de 30 meses.

Francisco Garcês disse que permitirão ampliar as capacidades de negociação e exportação de produtos da Venezuela para outros países, além de optimizar os tempos de carga e descarga.

«Asseguramos o crescimento e intercâmbio tecnológico, o compromisso social, como parte desta ampliação, que inclusive é como que a criação de um novo porto», frisou.

O ministro explicou que actualmente podem atracar barcos de até duas mil TEU (Twenty-foot Equivalent Unit), ou seja de até dois mil contentores, e que depois da ampliação «poderão chegar até aos 6.500 TEU», estimando-se uma movimentação de até 600 mil contentores por ano.

«Actualmente descarregam-se 11 contentores por hora. Com esta obra passarão para 79 contentores por hora, o que significa um notório aumento, que se traduzirá na diminuição dos tempos de descarga», explicou.

Durante a assinatura do acordo, o embaixador de Portugal em Caracas, Mário Lino da Silva, sublinhou que a execução da obra dará uma nova imagem e infra-estrutura ao porto, contribuindo para o desenvolvimento da Venezuela.

«Este projecto vai permitir a complementaridade com o social e com o processo de mudança e desenvolvimento que a Venezuela está levando», disse.

Em declarações à Agência Lusa, o representante da Tdmota, Luís Alves, explicou que em Maio de 2008, durante a visita a Caracas do ex-primeiro ministro José Sócrates, os ministérios de Transporte e Comunicações de Portugal e de Infra-estruturas da Venezuela assinaram uma carta de intenções para desenvolver o projecto.

«Em Novembro desse mesmo ano assinamos o contrato para estudos e projecto, e agora para a construção e fornecimento de equipamentos do molhe este. Os trabalhos de campo vão começar em Janeiro de 2012, mas a mobilização de equipamentos vai começar imediatamente», disse.

Segundo aquele responsável, a assinatura do acordo «é a consolidação de um projecto, que permite consolidar as relações entre Portugal e a Venezuela, e tem a Teixeira Duarte como empresa líder do consórcio».

O contrato prevê a construção de um cais de 693 metros.

Em Setembro de 2010, o Ministério de Transporte e Comunicações da Venezuela assinou um acordo semelhante com a empresa chinesa Harbourd Engineering Company, para modernizar o porto de Puerto Cabello, o segundo mais importante do país, situado no Estado venezuelano de Carabobo.

Em 19 de Agosto último, a Venezuela negociou com a empresa chinesa National Machinery Industry Corporation a aquisição de 272 máquinas e equipamentos especializados para os portos venezuelanos, por mais de 25 milhões de dólares.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 06, 2011, 06:47:24 pm
Missão portuguesa visitará Caracas em 22 e 23 de Setembro


Uma missão da Associação Empresarial de Portugal, composta por representantes de nove empresas e vários setores, com destaque para os materiais de construção, visitará Caracas entre 22 e 23 de setembro.

A deslocação foi anunciada segunda-feira pela representação local do ICEP em Caracas e do programa constam encontros de negócios e contactos institucionais com agente económicos que operam na capital da Venezuela.

«A visita, que tem por objetivo a identificação de novos mercados e oportunidades de negócio, é mais uma iniciativa para apoiar as empresas no seu processo de internacionalização e conquista de quotas de atividade no exterior e decorre no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional, Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME», explica-se no comunicado em que se divulgou a iniciativa.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 21, 2011, 07:36:53 pm
Nova vaga de exportações com a Venezuela vale até 5.000 Milhões de €€€


O Governo reativou a comissão Portugal-Venezuela para acompanhar o acordo entre os dois países, tendo como potencial volume de negócios sete mil milhões de dólares, disse hoje à Lusa o secretário de Estado adjunto da Economia.

«A constituição desta comissão mista permitiu reatar de uma forma intensa a relação comercial e institucional entre os dois países. A reunião de hoje, onde acorreram umas largas dezenas de empresas e empresários, denota bem o interesse que as empresas portuguesas têm em relação a este mercado», declarou o secretário de Estado adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, Almeida Henriques.

O secretário de Estado afirmou que «do ponto de vista de volumes de negócios existentes está-se a falar de sete mil milhõesde dólares, cerca de 5 mil milhões de euros de dólares de negócios em discussão», sendo o essencial o reatar da cooperação e a parceria entre os ministérios da Economia e dos Negócios Estrangeiros.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 30, 2011, 01:15:41 pm
Desbloqueada a compra de um milhão de barris de petróleo pela GALP à Venezuela


A compra de um milhão de barris de petróleo pela GALP à Venezuela foi desbloqueada no âmbito da visita do ministro dos Negócios Estrangeiros português a Caracas, disse hoje à Lusa fonte diplomática. O porta-voz do Ministério de Estado e dos Negócios Estrangeiros (MENE) disse que Paulo Portas, que começa hoje uma visita de dois dias à Venezuela, pretende «contribuir para abrir novas oportunidades de negócio».

Os dois países querem «trabalhar activamente» em sectores relacionados com «combustíveis, energia, obras públicas, portos, sector agro-alimentar, tecnologias da educação e tecnologias da informação», afirmou.

«O primeiro sinal da existência de um bom ambiente neste relacionamento foi o facto de se ter desbloqueado a compra de 1 Milhão de barris de petróleo pela GALP. Em 2011 ainda não se tinha concretizado qualquer negócio do género, e este valor alimenta o programa petróleo por exportações. Ou seja, um valor entre 50 e 100 M euros desta compra fica na Caixa Geral de Depósitos para apoiar e impulsionar as exportações portuguesas para a Venezuela», disse Miguel Guedes à Lusa.

Explicou ainda que esta visita a Caracas acontece na sequência de «trabalho diplomático discreto que decorreu ao longo dos últimos três meses».

«Para preparar esta visita, o ministro dos Negócios Estrangeiros teve dois encontros com o homólogo venezuelano Nicolau Maduro (um deles no Peru, por ocasião da posse do Presidente peruano – reuniram-se na embaixada da Venezuela - e outro, durante uma escala de Nicolau Maduro em Lisboa há três semanas», afirmou o porta-voz do chefe da diplomacia portuguesa.

«A mensagem do novo governo português foi clara: Portugal quer ter as melhores relações com a Venezuela, onde vivem mais de 300 mil portugueses e a política de presença de empresas portuguesas na Venezuela é para manter e incrementar», disse o porta-voz.

Miguel Guedes anunciou que ficou acordado «reactivar a comissão mista Portugal-Venezuela que estava parada desde o início do ano e marcar a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros à Venezuela quando o trabalho prévio já fosse suficiente para abrir uma nova geração de oportunidades de negócio entre os dois países».

De acordo com a mesma fonte, «a comissão mista reuniu-se na passada semana no Ministério dos Negócios Estrangeiros. Do lado venezuelano esteve o vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros e do lado português estavam o secretário de Estado da Economia, Almeida Henriques, e o secretário de Estado-adjunto do MENE, Morais Leitão», afirmou.

«Participaram nesta reunião cerca de 65 empresas portuguesas» e ficou decidido fazer-se a «31 de Outubro uma segunda parte da reunião, desta vez em Caracas», disse.

Paulo Portas chegou «em simultâneo com uma missão empresarial do AICEP à Venezuela» e pretende «organizar em Caracas vários grupos de trabalho entre empresas portuguesas e ministérios e organizações venezuelanas», disse.

Sendo assim, Paulo Portas «convidou as empresas portuguesas, as da missão empresarial e as que já estão instaladas, para encontros na embaixada. O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros quer que as embaixadas sejam a vanguarda das exportações, da internacionalização das pequenas e médias empresas e que procedam à captação de investimento estrangeiro», concluiu.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Malagueta em Novembro 02, 2011, 03:07:51 pm
Caracas renovou acordo para abastecimento de petróleo a Portugal
11h19m
A Venezuela renovou na terça-feira o Acordo de Cooperação Económica e Energética, assinado em Maio de 2008 com Portugal, que prevê que Caracas abasteça petróleo a Lisboa e que originou a criação do Fundo Binacional Petrolífero.

Paulo Portas e o ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, Nicolas Maduro
 
O acordo foi assinado pelo vice-ministro venezuelano de hidrocarbonetos do Ministério de Energia e Petróleo, Iván Orellana, e Mário Lobos, diretor geral de actividades económicas do Ministério de Economia de Portugal numa sessão presidida pelo ministro luso dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas e o seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro.

Segundo fontes diplomáticas o Fundo Binacional Petrolífero financia as exportações portuguesas de diversas áreas, nomeadamente a de produtos alimentares.

A Governação do Estado de Bolívar (sudeste de Caracas) e a empresa Metalcértima acordaram criar uma segunda linha de fabrico de materiais para a construção civil, nomeadamente blocos de argila, aumentando a produção diária de 248 para 496 toneladas. O mesmo projecto será repetido no Estado de Falcón (nordoeste de Caracas) com a construção de uma fábrica com uma linha de produção de 248 toneladas diárias.

Por outro lado O ministro venezuelano de Turismo, Alejandro Fleming e a portuguesa Brifur assinaram uma ata de compromisso para o abastecimento de mobiliário e equipamento para os hotéis administrados pela venezuelana Venetour e a reactivação de hotéis mantendo o seu carácter histórico.

Pdvsa-Gas, filial da estatal Petróleos da Venezuela e a empresa portuguesa Domingos da Silva Teixeira Visabela comprometeram-se a desenvolver um projecto de engenharia para o abastecimento de gás directo em Cumaná (leste de Caracas).

A venezuelana Corpoelec e Eletricidade Industrial Portuguesa vão desenvolver conjuntamente uma linha de transmissão de 400 KVA com 98 quilómetros de longitude e a ampliação de uma subestação.

Por outro lado, a Corpoelec negociou com a Efacec a aquisição e instalação de subestações eléctricas móveis de diferentes dimensões e com Cabelteara o abastecimento de 240 mil metros de cabo pré-ensamblado


A renovação da cooperação petrolífera faz parte dos 13 acordos assinados esta terça-feira, entre eles um memorando de entendimento entre a empresa Bolivariana de Portos e a empresa Administração de Portos de Douro Leixões de Portugal, que adiciona a formação de pessoal e transferência de conhecimentos como complemento de um projecto em curso de consórcio português liderado pela Teixeira Duarte para a ampliação e modernização do Porto de La Guaira (norte de Caracas).

Por outro lado o ministério venezuelano de Ciência, Tecnologia e Indústrias Intermédias assinou uma ata compromisso com a Teixeira Duarte para a construção de uma fábrica de computadores portáteis Canaima (nome local dos Magalhães).

Um outro acordo assinado entre o mesmo ministério e a empresa Youtsu prevê a aquisição de 180 mil peças e partes para a fábrica de computadores e de 450 mil computadores a serem distribuídos por alunos do 5º ano de escolaridade, elevando para dois milhões o número de portáteis comprados pela Venezuela.

Os acordos prevêem ainda que a Yans envie para Caracas 140 mil contadores de energia com os seus acessórios fazendo a respectiva instalação. Estes contadores têm a característica de permitir fazer o controlo do consumo eléctrico à distância.

Caracas e Lisboa avançam ainda na última fase de detalhes de um acordo para a construção de uma fábrica de antibióticos.
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: nelson38899 em Novembro 02, 2011, 03:30:39 pm
Estas propostas fazem me lembrar o socrates!

E o mais certo é darem em nada.
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Malagueta em Novembro 02, 2011, 04:07:01 pm
Boas,

concordo, mas pelo menos ficamos a saber que já foram vendidos para lá 1.5 milhoes de magalhaes....
se venderem o que esta previsto ja não é mau.

a diferença, ou pelo menos não se sabia, é que desta vez o dinheiro da compra de petroleo fica depositado na CGD, que depois serve para pagar as empresas Portuguesas.

De resto só vendo para crer.
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Edu em Novembro 02, 2011, 05:55:46 pm
Epá, não é estar a defender o anterior executivo, mas estes negócios que agora se falam são simplesmente a continuação dos negócios que já estavam a ser feitos com o governo de José Socrates.

E falou-se ai muito mal do magalhães mas a verdade é que há conta do magalhães são mais exportações para Portugal.

Pessoalmente fico satisfeito por ver que este executivo está a dar seguimento aos projectos do anterior, vamos lá ver se os levam a bom porto.
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: chaimites em Novembro 02, 2011, 06:39:25 pm
Os  primeiros contactos  para a construção de navios  para a Venezuela sao de 2002/2003 ja nem me lembro quem era  o ministro na altura,  nao foi Jose Socrates que tirou o coelho da cartola.
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Edu em Novembro 02, 2011, 06:49:01 pm
Caro chaimites eu não me estava a referir aos contractos dos ENVC estou mesmo a falar dos do magalhães e dos contratos de petroleo por exportações.
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Cabecinhas em Novembro 03, 2011, 04:18:06 pm
Sou a favor que se sigam os bons trabalhos (mesmo que muito poucos)... agora não meto as minhas mão no fogo em relação depois ao destino dos dinheiros!
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Março 04, 2012, 10:57:29 pm
Chávez aprovou 79,2 milhões de €€ para compras em Portugal


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou hoje que aprovou 79 milhões de euros para importar maquinaria de Portugal para uma fábrica de blocos de argila no estado venezuelano de Falcón, a 500 quilómetros a este de Caracas.

"Aprovei uma empresa mista entre o governo nacional e o de Falcón e disponibilizei 79,2 milhões de euros do Fundo de Desenvolvimento Nacional para importar de Portugal a maquinaria necessária", disse.

Hugo Chávez falava durante um programa transmitido hoje pelo canal de televisão estatal Venezuelana e gravado sábado em Havana, Cuba, onde se encontra em recuperação depois de ser submetido a uma operação cirúrgica para extração de uma "lesão", no mesmo sítio onde em junho de 2011 lhe foi extraído um tumor cancerígeno.

"Isto é importante, o financiamento para a produção de blocos em Falcón, meu querido Falcón, minha querida governadora (Stella Lugo de Montilla)", frisou.

O presidente da Venezuela explicou que a fábrica estará instalada na estrada que liga a cidade de Coro, capital do Estado de Falcón, à localidade de Churuguara.

Frisou ainda que a argila venezuelana "é das melhores do mundo" segundo o resultado de amostras levadas "a laboratórios de Europa, onde há muita experiência".

"A Venezuela algum dia vai ser país exportador de blocos de argila e mármore", sublinhou.

O chefe de Estado sublinhou estar "em franca recuperação" da operação cirúrgica a que foi submetido, frisando que "há uma evolução médica muito favorável".

"Os sinais vitais, a frequência cardíaca, a pressão arterial. Não há febre nem infeção, como andam a escrever por aí os especuladores (...). Já estamos a fazer a fisioterapia correspondente a esta primeira etapa da evolução, incluindo caminhadas", disse.

Frisou ainda que se submeterá a um tratamento de radioterapia de uma hora diária.

Hugo Chávez viajou a 24 de fevereiro para a capital cubana para ser operado a uma nova "lesão" de dois centímetros que, segundo o próprio, foi detetada no mesmo sítio onde em junho de 2011 lhe foi extraído um tumor com células cancerígenas.

Hugo Chávez, 57 anos, foi operado de urgência em Cuba a 10 de junho de 2011 a um "abcesso pélvico". A 01 de julho último, enviou uma mensagem ao país a revelar que também tinha sido submetido a uma segunda operação, durante a qual lhe foi extraído um tumor com células cancerígenas.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 23, 2012, 04:30:38 pm
Relações entre Venezuela e Portugal estão a fluir com benefícios mútuos


O secretário de Estado da Economia português, António Almeida Henriques, defendeu na quarta-feira, em Caracas, que as relações entre Portugal e a Venezuela estão a fluir com benefícios para ambos países e para a comunidade luso-venezuelana. «Concretizámos, no início deste ano, o recepcionar de mais uma remessa de petróleo, portanto as relações têm vindo a fluir e penso que com vantagens mútuas para os dois países e também para a comunidade portuguesa que aqui está sediada», disse.

António Almeida Henriques falava à agência Lusa à chegada ao Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía, onde foi recebido pelo homólogo venezuelano, Temir Porras, no âmbito de uma visita de três dias que realiza ao país latino-americano.

«Há cerca de nove meses que sou, da parte portuguesa, o responsável pela Comissão Mista [de acompanhamento bilateral] e tenho tido as melhores relações com o meu homólogo venezuelano», frisou.

O secretário de Estado português explicou que, «só neste primeiro semestre do ano, o volume das exportações de bens e serviços de Portugal triplicou face ao semestre do ano anterior, e no último ano o volume de exportações de Portugal para a Venezuela foi superior a 300 milhões de euros».

Durante esta deslocação à Venezuela, António Almeida Henriques terá encontros com Temir Porras e outros «membros do Governo venezuelano e com empresários que têm temas que estão neste momento a ser negociados no âmbito da Comissão mista», disse.

Será também equacionada «a possibilidade da marcação da próxima [reunião da] Comissão Mista, dentro de uma relação excelente que tem existido, designadamente com um país com quem Portugal tem laços e onde hoje temos 700 mil emigrantes portugueses ou luso-descendentes, numa perspectiva de podermos aprofundar cada vez mais esta relação e ao mesmo tempo tratarmos de algumas questões pendentes», acrescentou.

«Aproveitarei também a visita para passar por dois projectos emblemáticos que estão a ser desenvolvidos por empresas portuguesas, designadamente o porto de La Guaira e as obras da fábrica de casas pré-fabricadas que está ser desenvolvida pelo grupo Lena», apontou.

António Almeida Henriques quer aproveitar a visita à Venezuela para, com a ajuda do embaixador luso em Caracas, «fazer um ponto de situação dos vários projectos que estão a ser desenvolvidos» e ter «algum contacto também com empresários da comunidade portuguesa e venezuelanos».

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: chaimites em Setembro 10, 2012, 04:08:51 am
mira como abla castellano!!!
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Setembro 10, 2012, 05:20:21 pm
Exportações para a Venezuela até Junho superaram todas as de 2011


Nos primeiros seis meses de 2012 Portugal exportou para a Venezuela 159 milhões de euros, superando a totalidade do exportado em 2011, revelou hoje em Caracas o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas. «No primeiro semestre deste ano, Portugal já exportou para a Venezuela mais da totalidade do ano de 2011, o que quer indiscutivelmente dizer que a última Comissão Mista (Bilateral) que aqui tivemos em Caracas teve bons frutos e a nossa meta é contar a que um aumento, só um aumento já é extremamente significativo», disse.

O chefe da diplomacia portuguesa falava na sessão de encerramento da sétima reunião da Comissão Mista de Acompanhamento Bilateral, ato que contou com a presença do seu homólogo venezuelano Nicolás Maduro, dos embaixadores da Venezuela em Lisboa e de Portugal em Caracas, Lucas Rincón e Lino da Silva.

«Portugal, no primeiro semestre (de 2012) exportou 159 milhões de euros para a Venezuela. No ano anterior, em todo o ano, exportámos 151 milhões de euros, estamos portanto no bom caminho», frisou.

Segundo Paulo Portas «a Venezuela é neste momento o segundo maior cliente de Portugal na América Latina e isso representa uma geografia muito importante para as duas economias e para as empresas e as sociedades dos dois lados».

Sublinhou como muito importante a relação entre a portuguesa Galp e a estatal Petróleos da Venezuela, «constitui um âncora fundamental para o desenvolvimento e o financiamento das exportações portuguesas» e há uma «série de produtos portugueses que são ajudados na sua exportação precisamente por estes contactos» entre aquela empresa e a petrolífera venezuelana.

Explicou que no Acordo Bilateral ficou estabelecido que anualmente Portugal terá o acesso à compra de um milhão de barris de petróleo com opção para outro milhão de barris.

O chefe da diplomacia precisou ainda que «a relação Estado a Estado com a Venezuela é muito importante para Portugal, existem mais de 400 mil portugueses a viver na Venezuela e o primeiro dever de um governante é olhar os seus compatriotas em qualquer parte do mundo e são muitos os que participam todos os dias na vida económica, social e cívica da Venezuela».

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: P44 em Setembro 11, 2012, 05:46:25 pm
Afinal os comunas chineses e venezuelanos são uns porreiraços  :mrgreen:  :twisted:
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: miguelbud em Setembro 11, 2012, 08:35:08 pm
Citar
Grupo Lena Venezuela celebra acordo de mais de 1.000 milhões de dólares

Grupo Lena Venezuela assinou um acordo de mais de 1000 milhões de dólares (782,069 milhões de euros) para a construção de mais 12.512 apartamentos e duas fábricas componentes pré-fabricados, revelou a empresa em comunicado.

O acordo celebrou-se no âmbito do projecto “Gran Mission Vivienda Venezuela”.

Este projecto prevê um total de quatro fábricas e 25 mil apartamentos a construir pelo Grupo Lena. A primeira fábrica, de pré-fabricados de betão, foi já concluída. Além deste contrato a empresa integrará um grupo de trabalho para a promoção da construção destinada à classe média venezuelana e espera concluir negócios até ao fim de 2012.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=577899 (http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=577899)
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 22, 2013, 12:35:25 pm
Portugal exportou mais de 500 milhões de €€€ para a Venezuela


Portugal registou mais de 500 milhões de euros em exportações para a Venezuela em 2012, avançou à Lusa o secretário de Estado da Economia português, sublinhando que foi "o melhor ano de sempre" nas relações bilaterais. "Ainda não temos os dados das exportações de serviços de Dezembro, mas já poderei dizer sem receio de falhar, que ultrapassaremos os 500 milhões de euros de exportações para a Venezuela, o que coloca o mercado da Venezuela como segundo mercado mais importante da América Latina para Portugal, logo a seguir ao Brasil", disse António Almeida Henriques, em declarações à agência Lusa em Caracas.

António Almeida Henriques iniciou quarta-feira uma visita de cinco dias à Venezuela, durante a qual irá desenvolver contactos e reuniões de trabalho a diferentes níveis, para preparar a próxima reunião da Comissão Mista Bilateral (CMB).

Nas declarações à Lusa, o governante português explicou que o volume das exportações "coloca também a Venezuela como quinto mercado mais importante para Portugal fora da União Europeia, o que reflecte bem todo o trabalho de formiga que se tem vindo a fazer no âmbito desta CMB e a forma como as empresas portuguesas têm aproveitado a oportunidade que lhe é dada pela abertura deste mercado".

Por outro lado, frisou que "houve um crescimento de quase 70 por cento da relação com a Venezuela" e a verdade é que, nos últimos cinco anos, 2012 foi "claramente o ano que mais se destacou face aos anteriores".

"Efectivamente, ultrapassar os 500 milhões de euros é um bom trabalho e no fundo, fazendo jus àquilo que é a prioridade do governo português, que é promover a exportação dos nossos produtos, neste caso dos nossos bens e dos serviços transaccionáveis e fazer com que Portugal ganhe espaço num mercado com grande potencial como é o da Venezuela, onde, para além desta relação da CMB, existe também uma comunidade portuguesa muito significativa", disse.

Segundo Almeida Henriques, "estes números também não reflectem o envolvimento global das empresas portuguesas".

"No domínio da construção civil, há empresas portuguesas que neste momento estão a fazer o porto de La Guaira (norte de Caracas), ao fazer um acesso que virá desde o aeroporto até Caracas, para além da construção duma fábrica de papel, que está a ser feita por uma empresa de construção civil portuguesa, para não falar das habitações que estão a ser construídas pelo Grupo Lena", exemplificou.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 24, 2013, 10:27:18 pm
Empresários luso venezuelanos querem estimular comercialização de produtos portugueses


Os empresários luso venezuelanos querem estreitar as relações que mantêm com Portugal e estimular a importação e comercialização de produtos portugueses no mercado da Venezuela, disse hoje em Caracas o secretário de Estado Adjunto da Economia, António Almeida Henriques.

"Há desde logo uma boa predisposição destes empresários para estreitarem a relação com a mãe pátria, no sentido de poderem estimular a importação de produtos portugueses para serem comercializados aqui na Venezuela", disse.
 
António Almeida Henriques falava à Agência Lusa, em Caracas, depois de um encontro com empresários portugueses radicados na Venezuela, alguns há mais de 40 anos, dos setores da construção civil, alimentação e transporte.
 
Explicou que "esta foi uma primeira reunião" antecedendo a da Comissão Mista Bilateral (CMB) que terá lugar em Caracas a 15 e 16 de março e que teve como propósito ver "a possibilidade de até este convénio que existe Estado a Estado poder também ser explorado, designadamente no setor alimentar, pelas comunidades portuguesas" radicadas na Venezuela.
 
Por outro lado, sublinhou o secretário de Estado, a relação bilateral entre ambos os países "é cada vez mais cordial e aberta, porque o facto de haver um histórico de relacionamento com as empresas portuguesas em que tem havido um sistemático bom cumprimento de prazos e também de qualidade de serviço, há claramente uma relação de confiança que tem vindo a ser consolidada, o que se traduz em mais oportunidades".
 
António Almeida Henriques deixará Caracas dentro de algumas horas, depois de uma visita de cinco dias que tinha como objetivo preparar a próxima CMB "que tem todas as condições para ser uma boa reunião bilateral entre os dois países".
 
Durante a visita manteve contactos a diferentes níveis, entre eles com o vice-ministro de Relações Exteriores para a Europa, Temir Porras, e a ministra da Saúde Eugénia Sader.
 
Os contactos permitiram passar em "revista todos os 'dossiers'" de áreas como a construção civil, infraestrutura, do gás, que "vão ser aprofundadas na próxima CMB".
 
A Venezuela mostrou-se interessada em avançar com parcerias com Portugal no domínio da produção e projetos agrícolas, equipamentos para a agricultura e também na área do turismo "quer na vertente da construção, quer da realização de estabelecimentos hoteleiros, quer do equipamento para estabelecimentos".
 
Caracas pretende ainda que Portugal continue a subministrar medicamentos para a Venezuela e mostrou-se interessada na tecnologia de rastreio da retinopatia diabética, desenvolvida pela empresa portuguesa Critical Software.
 
Portugal pretende ultrapassar, em 2013, os mais de 500 milhões de euros registados em exportações para a Venezuela em 2012.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Março 20, 2013, 12:48:12 pm
Crianças venezuelanas receberam mais de 2,4 milhões de Magalhães


A Venezuela distribuiu mais de 2,4 milhões de computadores Canaima, o nome local do "Magalhães", ao abrigo do acordo de cooperação bilateral assinado em 2008 com Portugal, disse hoje à agência Lusa fonte do Ministério de Ciência e Tecnologia. A mesma fonte explicou, também, que a Venezuela atingiu um novo máximo superior a 230.000 unidades dos computadores produzidos no país.

"Superámos as estimativas previstas com mais de 2,4 milhões de portáteis já distribuídos e também batemos recorde com mais de 230 mil "cainamitas" produzidos na Venezuela", disse a fonte que insistiu em vincar a importância do acordo de cooperação bilateral assinado entre Caracas e Lisboa.

Por outro lado, em declarações aos jornalistas, Manuel Fernández, presidente da empresa estatal Companhia Anónima Telefones da Venezuela (Cantv), a principal operadora telefónica do país, revelou que ao longo de 2013 Caracas prevê "produzir mais de meio milhão destes computadores".

Segundo aquele responsável, os computadores foram distribuídos aos alunos do ensino básico, mas o objectivo do projecto Canaima é atingir também outros níveis de escolaridade, prevendo-se que em Abril comecem a ser entregues os portáteis aos alunos do secundário.

"Um computador numa casa é uma mudança, é um movimento em frente e uma oportunidade que se abre não só para os que estão a estudar, mas para toda a família", disse, sublinhando que o objectivo é fechar colmatar a falha tecnológica não só dos jovens como dos núcleos familiares.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Get_It em Março 20, 2013, 01:37:09 pm
O Sócrates bem que podia substituir o Chavez... Será que eles ainda não pensaram nisso?

Cumprimentos,
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: PereiraMarques em Março 20, 2013, 02:07:48 pm
Na América Latina gostam mais de "machões" desbocados. O "Homem Armani" é demasiado g*y para aquelas paragens.
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Maio 21, 2013, 09:35:28 am
Novos acordos entre Portugal e a Venezuela rondam os 800 milhões de €€€


O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, revelou hoje em Caracas que os novos acordos assinados com a Venezuela rondam os 800 milhões de euros, destacando que os trabalhos da Comissão Mista de Acompanhamento Bilateral decorreram com "o pé direito".

"Assinámos um conjunto de contratos cujo valor potencial não será inferior a 800 milhões de euros e que actuam quer no sector da fileira agro-alimentar, quer no sector das telecomunicações e electricidade, quer no sector de tecnologias de educação", disse, ao referir-se aos cinco acordos estabelecidos.

Para o Ministério dos Negócios Estrangeiros a reunião da Mista de Acompanhamento Bilateral (Cmab) serviu também "para resolver alguns temas pendentes, nomeadamente alguns atrasos de pagamentos que às vezes colocam problemas de tesouraria às empresas, nomeadamente no sector farmacêutico mas não só".

"Resolveu-se o que havia a resolver e há uma agenda muito importante para a Comissão Mista em Lisboa, a 18 de Junho", frisou, fazendo alusão à segunda parte dos trabalhos que terão lugar no próximo mês em Portugal.

Em declarações à Agência Lusa e à RTP explicou que estão sobre a mesa novos "projectos" para concluir em Lisboa, "na área da construção de habitação, tanto na área social como para a classe média, na área das energia, da electricidade e do melhor funcionamento da rede eléctrica na Venezuela, ligados às energias alternativas, de desenvolvimento, de fornecimentos na área alimentar, onde as nossas exportações são muito fortes".

Frisou ainda que estão em negociações projectos para a "instalação de fábricas, por exemplo, para matérias de construção, cerâmicas e outros, na área de turismo pela primeira vez, também em sectores das indústrias da cultura".

"Tem aqui alguns exemplos de uma agenda muito preenchida que os dois governos e sobretudo as empresas vão trabalhar até Lisboa e eu penso que começámos com o pé direito e vamos continuar em Lisboa", frisou.

Paulo Portas voltou a insistir que as relações bilaterais entre Portugal e a Venezuela são "uma prioridade" na política externa portuguesa.

"É mesmo uma prioridade, desde logo porque estão aqui 400.000 portugueses e o nosso primeiro dever é fazer tudo para que eles sejam bem tratados. Depois porque há centenas de empresas a tratar este mercado e a Venezuela é o nosso segundo maior cliente na América Latina".

"Num só dia de trabalho, assinar contratos na ordem dos 800 milhões de euros como valor potencial, e ter uma agenda que se cifra em valores muito elevados que vamos tentar fechar total ou parcialmente em Lisboa, significa oportunidades para as empresas portuguesas ganharem aqui mercado, defender postos de trabalho em Portugal, conseguir no mercado externo aquilo que está mais difícil no mercado interno", disse.

Frisou ainda que "isso também permite, como em vários sectores se vai notar, que empresas portuguesas se juntem a empresas venezuelanas e tentem ganhar os mercados regionais aqui à volta".

"A todos os títulos, manter esta boa relação com a Venezuela é importante. Trazer mais empresas para a Venezuela ainda é mais importante, e isso implica uma regra sem quebra, respeito pela soberania de cada país", concluiu.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Junho 17, 2013, 05:23:14 pm
Exportações para a Venezuela multiplicaram-se por seis nos últimos cinco anos



Portugal vê na Venezuela uma "janela recíproca" para impulsionar as relações de cooperação económica entre os empresários, tendo as exportações portuguesas para este país multiplicado por seis o valor nos últimos cinco anos, para 313 milhões de euros. De visita oficial a Portugal, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, vem tratar de assuntos de interesse bilateral e participar na reunião da 8.ª Comissão Mista de Acompanhamento Bilateral, que começou a 20 de Maio em Caracas e termina terça-feira em Lisboa.

A nível comercial, as exportações de Portugal para a Venezuela, que atingiam os 50,9 milhões de euros em 2008, subiram para 313 milhões no final de 2012, enquanto as importações passaram dos 140,5 milhões de euros para os 164,7 milhões nos últimos cinco anos.

O saldo da balança comercial entre os dois países era favorável a Portugal em 148,7 milhões de euros em 2012, depois do défice de 89,6 milhões em 2008.

Nos primeiros três meses deste ano, as vendas de Portugal atingiram os 45,4 milhões de euros, abaixo dos 69,3 milhões no mesmo período do ano passado.

Neste período em análise, as importações por Portugal deste país da América Latina registaram uma quebra, apesar do saldo comercial se manter favorável a Portugal, situando-se em 45,2 milhões de euros.

Ao nível do investimento a Atral Cipan é um dos laboratórios que está na Venezuela e o Governo deste país foi um dos países que comprou os portáteis Magalhães, actualmente dispersos por diversos países do mundo.

Além da área dos medicamentos, nomeadamente os antibióticos, o grupo de construção Lena está na Venezuela onde realizou investimentos na construção de habitações sociais.

Quanto à construção naval, um dos projectos mais conhecidos tem a ver com a encomenda venezuelana de navios asfalteiros fabricados nos Estaleiros de Viana do Castelo.

O investimento directo líquido da Venezuela em Portugal, que teve o seu pico de 17,4 milhões de euros em 2011, caiu para 6,8 milhões de euros no ano seguinte.

No primeiro trimestre do ano atingiu 1,13 milhões de euros, contra 2,6 milhões em igual período de 2012.

Em termos de turismo, a Venezuela ocupa a 19.ª posição ao nível das receitas nos primeiros três meses do ano, posição igual à observada no mesmo trimestre do ano anterior.

Esta é a primeira visita que Nicolás Maduro realiza a Portugal, depois de ter sido eleito Presidente da Venezuela, a 14 de Abril último.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 14, 2014, 01:42:05 pm
Há "boas perspectivas para empresas portuguesas" na Venezuela diz Paulo Portas


O vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas, disse hoje existirem boas perspectivas para as empresas portuguesas na Venezuela, país onde hoje e quarta-feira decorrerá a nona reunião da Comissão Mista de Acompanhamento Bilateral. "Eu acho que há boas perspectivas para as empresas portuguesas, para os produtos portugueses, para as marcas portuguesas, de conseguirem ganhar ainda mais negócio aqui, no mercado da Venezuela, e com isso proteger a gente que trabalha e a gente que dirige as empresas que são essenciais para o crescimento, na nossa retaguarda em Portugal", disse.

Paulo Portas falava à agência Lusa em Caracas onde chegou acompanhado pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Luís Campos Ferreira, pelo secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, Pedro Gonçalves e uma delegação empresarial.

A reunião da Comissão Mista de Acompanhamento Bilateral decorrerá na Casa Amarela, sede do Ministério de Relações Exteriores venezuelano, e terá como tema central o reforço da cooperação e das relações bilaterais que são uma prioridade para o Governo português, segundo fonte diplomática.

Durante os dois dias de visita vão ser realizadas nove mesas de trabalho em áreas como petróleo, energia eléctrica, agricultura e alimentação, infra-estruturas, saúde, ciência tecnologia e inovação, indústria, turismo e cultura.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 15, 2014, 09:11:42 pm
Portugal e Venezuela assinaram acordos de cooperação de 1,6 mil milhões de €€€


Lisboa e Caracas assinaram hoje vários memorandos de entendimento e atas de compromisso no valor de 1,6 mil milhões de dólares para projectos de construção, portos, habitação social e indústria. A assinatura dos acordos teve lugar na Casa Amarela, sede do ministério de Relações Exteriores da Venezuela, numa sessão que foi presidida pelo ministro venezuelano de Relações Exteriores, Elías Jaua e pelo vice-primeiro-ministro de Portugal, Paulo Portas, durante a IX reunião da Comissão Mista de Acompanhamento Bilateral Portugal - Venezuela.

Entre os acordos assinados está uma ata de compromisso entre a venezuelana Bolivariana de Portos (Boliportos) e a portuguesa Teixeira Duarte Engenharia e Construções, para o desenvolvimento do projecto de engenharia, construção e reabilitação e ampliação do terminal de silos nos portos de Puerto Cabello e Maracaibo.

Também um memorando de entendimento entre a venezuelana Corpomiranda e o Banco Espírito Santo para desenvolver projectos e programas de habitação social, dirigidos à classe média e os sectores mais jovens venezuelanos. Este memorando contempla a criação de uma comissão técnica que se encarregará de avaliar os termos e condições através dos quais aquele banco português poderá outorgar financiamento àquele organismo venezuelano para a execução dos projectos.

Um outro memorando de entendimento para o estudo de engenharia e construção do projecto de construção da fábrica física dos estaleiros da Dianca e uma ata de compromisso para o fornecimento de 7 mil toneladas de leitão congelado e sem osso.

As empresas portuguesa vão ainda construir um complexo multi-industrial no Estado venezuelano de Sucre (leste de Caracas), reconstruir os estaleiros de Guiria e construir um centro de convenções de Cumaná.

Por outro lado a Yutusu deverá fornecer 1,6 milhares de computadores portáteis Canaima (nome local do Magalhães) à Venezuela e 50 mil tablets para o ensino universitário venezuelano.

Lusa
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 18, 2017, 04:43:04 pm
Venezuela e a Teixeira Duarte assinam acordo estratégico



O Presidente da Venezuela assinou uma "aliança estratégica" entre a estatal Bolivariana de Portos (Bolipuertos) e a portuguesa Teixeira Duarte.

O Presidente da Venezuela assinou hoje uma “aliança estratégica” entre a estatal Bolivariana de Portos (Bolipuertos) e a portuguesa Teixeira Duarte Engenharia e Construção, para transformar La Guaira no primeiro porto marítimo da América do Sul e Caraíbas. “Os serviços portuários são indispensáveis para que o nos propomos fazer na economia, tanto no comércio externo, como no interno (…). O Porto de La Guaira tem que ser o porto com melhores serviços e de mais avançada tecnologia da América, tem que ser o primeiro porto das Caraíbas (…) e estamos em condições de que seja assim, com os nossos sócios de Portugal”, disse Nicolás Maduro.

O acordo foi assinado em Caracas, num ato transmitido pela televisão estatal venezuelana, durante o qual o Presidente Nicolás Maduro fez alusão à crise económica venezuelana, vincando que o seu Governo passou “dois anos de tremenda tempestade” e demonstrou que tem força para continuar navegando. “Chegámos ao ano de 2017, que será marcado pelo signo da recuperação, crescimento e desenvolvimento, expansão de toda a força produtiva. Os serviços portuários fazem parte dos serviços indispensáveis que estamos dispostos a fazer”, declarou.

Nicolás Maduro explicou que os acordos de cooperação com a Teixeira Duarte procuram ampliar o comércio marítimo, depois de a Venezuela ter dependido totalmente, durante cem anos, dos rendimentos petrolíferos. Por outro lado, Pedro Teixeira, presidente da Teixeira Duarte, explicou que os trabalhos que vão ser desenvolvidos localmente fazem parte de projetos iniciados pelo falecido líder Hugo Chávez (que presidiu o país entre 1999 e 2013), a quem “agradeceu a iniciativa”. Segundo o ministro venezuelano de Transporte, Ricardo Molina, a Teixeira Duarte investiu 40 milhões de dólares no projeto de melhoramento e ampliação do Porto de La Guaira. “Depois de três anos de trabalho conjunto, têm-se uma extraordinária obra para o serviço do povo. O trabalho feito aumenta extraordinariamente a capacidade de carga. Só podíamos receber barcos até 250 metros, mas vamos poder receber até 335 metros de comprimento, com uma capacidade de carga de 4.000 a 8.000 contentores por barco”, explicou.

A Venezuela prevê que grandes embarcações façam o descarregamento de produtos no porto marítimo de La Guaira e que os países da região procedam à distribuição, com barcos mais pequenos, o que permitirá poupar combustível, tempo, custo de tripulação e mobilizar 600.000 contentores por ano. Por outro lado, Máduro anunciou que o novo terminal marítimo deve iniciar operações a 14 de abril de 2017.



>>>>  https://www.dinheirovivo.pt/empresas/venezuela-teixeira-duarte-assinam-acordo-estrategico/
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Viajante em Novembro 08, 2018, 11:15:24 am
Como foi desmascarado o carrossel do GES com a Venezuela que tornou Salgado suspeito de associação criminosa

Um emigrante português na Suíça transformado em gestor de alta finança mediava negócios com venezuelanos ligados a Chávez e Maduro. Mais de 120 milhões giraram entre o Dubai, o Texas e a Madeira.

    Os fundamentos para o crime de associação criminosa
    O papel de Salgado, a investigação dos EUA e a nova offshore da ex-PGR da Venezuela
    Presos em Espanha e extraditados para os Estados Unidos
    O envolvimento do BES no esquema de Rincon e Shiera
    Os primeiros pagamentos e o homem da mala para Cristina Kirchner
    O aprofundamento da relação com o Grupo Rincon e Shiera
    Como Roberto Rincon perdeu 200 milhões de dólares com a queda do GES

Era um homem pacato que trabalhava num pequeno hotel na Suíça. Como tantos portugueses, tinha emigrado para terras helvéticas com a sua mulher em busca de melhores condições de vida. Trabalhador e atento a novas oportunidades, Paulo Murta — assim se chama o nosso protagonista — conheceu no final dos anos 90 um suíço chamado Michel Joseph Ostertag, um financeiro da confiança de Ricardo Salgado. Quase sem dar por isso, Murta tinha nas mãos um convite para ir trabalhar na Gestar, uma sociedade de gestão de fortunas do Grupo Espírito Santo (GES). Não olhou para trás e entrou no mundo da alta finança. Algo que mudaria a sua vida para sempre.

Avancemos um pouco mais de 10 anos. Paulo Murta já vive no Dubai, é o braço direito de Michel Ostertag na ICG Wealth Management, uma sociedade semelhante à Gestar, e passa a vida entre os Emirados Árabes Unidos e a Suíça. Pelo meio, faz algo que lhe desagrada de sobremaneira: viaja inúmeras vezes para Caracas, a capital da Venezuela. Para quê? Para tratar diretamente com os verdadeiros titulares das estruturas (leia-se sociedades offshore) que Ostertag, o ‘fininho’ como era conhecido entre a família Espírito Santo, criava para os clientes venezuelanos que Ricardo Salgado escolheu para o ajudarem, na fase de puro desespero na salvação do GES. Muitos desses clientes não só eram membros dos Governos de Hugo Chávez e do seu sucessor Nicolas Maduro como faziam parte da elite política e económica da Venezuela — um país onde as duas esferas tinham sido alvo de fusão com o patrocínio da revolução bolivariana.

O papel de Paulo Murta era recolher assinaturas para a documentação de criação das sociedades offshore, assim como para as transferências bancárias entre diferentes instituições financeiras — como as do GES e de outros grupos bancários europeus — que criariam um pequeno carrossel financeiro entre o Dubai, a Suíça, a Madeira e o Texas, nos Estados Unidos. Praticamente todos os clientes de Murta escolhiam familiares como testas-de-ferro das sociedades sediadas em paraísos fiscais, para ocultarem o verdadeiro proprietário. Estávamos em 2012. A Venezuela estava longe da crise económica e humana dramática em que está hoje mergulhada e o GES era, à primeira vista, uma rocha financeira — sólida e segura. Contudo, todo o cuidado era pouco, apesar da crença de que todas aquelas empresas e transferências seriam secretas para sempre.

Mas, como esta história revela, não só a crença estava errada, como é difícil guardar segredos quando as justiças de Portugal, Espanha e Estados Unidos cooperam de forma eficiente. Como tem acontecido no envolvimento de Ricardo Salgado e do GES no alegado desvio de mais de 3,5 mil milhões de euros da empresa Petróleos da Venezuela, que o Observador noticiou em exclusivo. Pelo meio, há malas de dinheiro a partirem de Caracas com centenas de milhares de dólares para financiar em Buenos Aires a campanha da futura presidente Cristina Kirchner e a prisão preventiva dos alegados principais cabecilhas venezuelanos nos Estados Unidos e em Espanha. Em Portugal, depois do fim da prisão domiciliária de João Alexandre Silva (ex-diretor do BES Madeira) ninguém está detido. Nem a acusação do processo Universo Espírito Santo estará terminada antes do final de 2019.

Os fundamentos para o crime de associação criminosa

As autoridades norte-americanas e espanholas não só ajudaram a equipa do procurador José Ranito, titular do inquérito Universo Espírito Santo, a identificar os beneficiários venezuelanos que receberam somas avultadas da sociedade offshore Espírito Santo (ES) Enterprises, o famoso saco azul do GES, como deram informação essencial para reconstruir o alegado esquema de corrupção e branqueamento que tem a Venezuela como centro da ação.

Pior: Ricardo Salgado passou a ser suspeito da alegada prática do crime de associação criminosa.

Quem o diz é o procurador José Ranito que constituiu Paulo Murta como arguido em dezembro de 2017, tendo voltado a interrogá-lo em setembro de 2018. Tido por Ranito como um dos principais operacionais do alegado esquema de corrupção do BES na Venezuela, Murta foi constituído arguido pelo crime de associação criminosa por uma prática continuada e duradoura de alegado branqueamento de capitais como forma de apoio a alegados crimes de corrupção de políticos e funcionários públicos venezuelanos. Tudo com base numa alegada cadeia de comando que seria liderada por Ricardo Salgado — sendo que a organização, alegadamente o BES, estava dispersa por várias jurisdições internacionais para facilitação do alegado plano criminoso.

Paulo Murta, por exemplo, é suspeito da alegada prática de 14 crimes de branqueamento do produto de corrupção no comércio internacional, sendo que onze deles terão por base alegados atos de corrupção com prejuízo no comércio internacional que alegadamente terão sido decididos por Ricardo Salgado e de inúmeros alegados crimes de falsificação de documento.

O Observador enviou um conjunto de perguntas a Paulo Murta mas o seu advogado, Henrique Salinas, recusou responder, invocando o segredo de justiça. “Os factos sobre os quais são pretendidos os esclarecimentos estão, todos eles, abrangidos pelo segredo de justiça relativo a processo pendente, pelo que a prestação de esclarecimentos ou a publicação dos mesmos traduz a prática do crime de violação de justiça”, justificou.

As mesmas questões foram enviadas a Ricardo Salgado que, através do seu porta-voz, afirmou que “não comenta inquéritos em curso.”

Como o Observador já tinha noticiado, o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) tem na sua posse uma lista de 30 sociedades offshore alegadamente criadas por Michel Ostertag que pertencem a Pessoas Politicamente Expostas (PEP) venezuelanas — um conceito da legislação europeia contra o branqueamento de capitais que, em parte, se refere a todo e qualquer responsável público ou político e aos seus familiares mais diretos. As 30 sociedades offshore tinham todas contas no Espírito Santo (ES) Bankers Dubai — e, algumas delas, no Banque Privée Espírito Santo, na Suíça — e receberam pagamentos regulares da ES Enterprises, alegadamente a mando de Ricardo Salgado.

Três dos nomes dos titulares das offshore acima descritas já foram revelados pelo Observador:

    Margarita Mendola Sanchez — ex-procuradora-geral da Venezuela e atualmente ministra conselheira da Embaixada da Venezuela em Lisboa que será a titular da offshore The Paratus Investments Ltd que um total de 6,8 milhões dólares americanos (cerca de 5,8 milhões de euros) entre 16 de março de 2009 e 26 novembro e 2012.
    Rafael Cure — pai de Rafael Alfredo Cure Lopez, gerente das operações internacionais da Petróleos da Venezuela (PDVSA), titular da sociedade offshore Golden Captive que terá recebido cerca de 10,8 milhões dólares americanos (cerca de 9,2 milhões de euros ao câmbio atual) entre 16 de março de 2009 e o 2 de fevereiro de 2012.
    Arnoldo Cardenas Hernandez — tesoureiro do Banco del Tesoro que terá recebido uma transferência de 330 mil euros da ES Enterprises no dia 15 de junho de 2009 através da sociedade offshore AC [Arnoldo Cardenas] Chacal Investiments, Ltd.

Assim, como Domingo Galán Macias, chefe da Divisão de Engenharia Financeira da PDVSA, que terá recebido cerca de 3 milhões de euros como alegada contrapartida por ter favorecido o GES num concurso público para a gestão de um fundo de pensões da PDVSA.

.......................

https://observador.pt/especiais/como-foi-desmascarado-o-carrossel-do-ges-com-a-venezuela-que-tornou-salgado-suspeito-de-associacao-criminosa/
Título: Re: Relações Portugal-Venezuela
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 08, 2018, 10:15:24 pm
Um ano depois das acusações a Portugal, Venezuela já recebeu os pernis para o Natal


A Venezuela anunciou, esta quinta-feira, que já chegaram os pernis de porco que vão ser distribuídos durante o Natal, quase um ano depois de ter acusado Portugal de sabotar o envio daquele produto, muito procurado pelos venezuelanos durante a época natalícia.

"Estamos a rever a mercadoria que está a chegar ao país, através do porto de La Guaira", anunciou o ministro de Alimentação venezuelano, Luís Medina.

A chegada do pernil foi confirmada pelo ministro venezuelano através do Twitter, onde explicou que garantirá uma tradição do povo da Venezuela, mas sem confirmar a quantidade de pernis ou a sua proveniência, que chegaram ao principal porto marítimo do país.

Em finais de 2017 o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou Portugal de sabotar a importação de pernil de porco por parte do seu governo, que não cumpriu a promessa de distribuir entre o povo este tradicional alimento de Natal.

"O que se passou com o pernil? Fomos sabotados e posso dizer de um país em particular, Portugal. Estava tudo pronto, comprámos todo o pernil que havia na Venezuela, mas tínhamos que importar e sabotaram a compra", disse na altura Nicolás Maduro, durante uma alocução televisiva.

O Presidente da Venezuela referiu que tinha feito um plano e acertado os pagamentos, mas que "foram perseguidos e sabotados os barcos" que traziam o pernil, lamentando ainda que alguns países tivessem bloqueado as contas bancárias que iriam ser utilizadas para efetuar os pagamentos.

Por outro lado, o vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo), Diosdado Cabello, tido como o segundo homem do regime, acusou os portugueses de se terem assustado com os norte-americanos.

"Os portugueses comprometeram-se, os 'gringos' (norte-americanos) assustaram-nos e não mandaram o pernil e estamos em apertos", disse à televisão estatal, atribuindo a sabotagem a uma estratégia da "direita" para que "o povo brigue com o próprio povo".

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, rejeitou a acusação de sabotagem à venda de carne de porco à Venezuela, frisando que Portugal é uma economia de mercado em que o Governo não interfere nas relações entre empresas.

"O Governo português não exporta pernil de porco, nem para a Venezuela, nem para nenhum país do mundo", disse então Augusto Santos Silva à imprensa à margem do 6.º Fórum de Graduados Portugueses no Estrangeiro, em Lisboa.

Ainda em finais de 2017, a empresa agroalimentar Raporal - Rações de Portugal revelou que a Venezuela devia, na altura, cerca de 40 milhões de euros às empresas portuguesas fornecedoras de pernil de porco àquele país.

A falta de pernil motivou vários protestos da população, que reclamou pela falta de alguns bens alimentares, mas também pelos altos preços de alguns produtos.

Estima-se que pelo menos 6 milhões de venezuelanos recebem pernil a preços subsidiados através das bolsas de alimentos subsidiados pelo Estado.


:arrow: https://www.jn.pt/mundo/interior/um-ano-depois-das-acusacoes-a-portugal-venezuela-ja-recebeu-os-pernis-para-o-natal-10151925.html?fbclid=IwAR1LKSZGby8-CLHn8qwGki1jJ3Km8ZqUiXCVxNPJLH226yzpKWrfpHBNzYk