Um dos problemas é que assim que o míssil é lançado, mesmo que destruindo o heli inimigo, sinaliza muito claramente ao resto das forças inimigas a posição do submarino, sendo-lhes então mais fácil fazer convergir todos os seus meios aéreos ASW na área onde o sub está, em vez de os desperdiçar em padrões de busca. Isto é tanto válido em missões anti-superfície, como de inflitração, vigilância, etc
Não digo que não existam situações tácticas onde nao seja útil, mas,em minha opinião :twisted: ) .
Óbviamente o emprego destas armas é condicionado.
Tratam-se de armas defensivas de último recurso a utilizar qd a presença do submarino foi detectada.
Não interessa então neste caso se a utilização da arma revela a presença do submarino.
A questão prende-se com a evolução das tecnologias de detecção por um lado e de furtividade e contra-medidas por outro.
No seu tempo de vida um submarino hoje furtivo pode esperar ver os meios de detecção ultrapassarem-no, podemos dizer que já existam esses meios aquando da entrada em serviço do submarino, apenas não estão nas mãos de potenciais adversários.
De um momento para o outro o submarino pode contudo ser chamado a intervir a uma qualquer região do mundo, num cenário de elevado risco em que uma facção adversa terá acesso a este tipo de meios. Neste cenário a capacidade defensiva seria uma mais valia de vital importância.
Quanto aos meios antí-navio, convém lembrarmo-nos de que é esse o papel principal de um submarino enquanto arma de guerra, e de o torpedo é uma arma com potencialidades decrescentes enquanto que nos mísseis acontece o oposto.
O que se está a assistir é ao ocaso do submarino tradicional armado de torpedos e portanto com um raio de influência limitado a uma pequena zona onde a sua presença deve ser ocultada, o que é de certa forma incompativel com a utilização destas armas (qd um torpedo atinge um navio, o adversário sabe que o submarino não pode estar muito longe), e o surgir de um novo conceito de submarino capaz de controlar uma área muito mais vasta e que portanto mais facilmente poderá esconder-se mesmo após ter efectuado um ataque desde uma distância segura.
É a questão das possibilidades de gestão da situação, das oportunidades e dos riscos. O míssil expande enormemente o leque de cenários em que a utilização efectiva do submarino enquanto arma ofensiva é viável.
Fora destes cenários o submarino acaba por se resumir a um mero meio de transporte dispendioso.