Estou de acordo, que haverá em Portugal técnicos para fazer projectos de navios. No entanto a construção de navios militares não é a mesma coisa que a consttrução de navios civis, e ainda mais de um com as características de um LPD.
A teoria é muito boa, mas a prática não é menos importante.
Além do mais o problema não é haver ou não pessoas qualificadas, o problema é não haver de facto trabalho para essas pessoas, porque não há pura e simplesmente projectos suficientes.
Para garantir trabalho para estas pessoas, por exemplo, teremos que pôr varias pessoas a trabalhar mais detalhadamente no projecto do LPD, e temos que lhes dar a possibildade de “inventar” para que eles possam posteriormente fazer como os Holandeses, ou seja, modernizar adaptar e fazer a partir de um navio, outro mais adaptado, melhor.
Mas para isso teríamos que ter planos a longo prazo, por exemplo para a construção de um segundo LPD, baseado no LPD-2 Holandês (eventualmente).
Mas num país onde há pouco tempo ainda não havia auto-estradas a ligar o norte ao sul, e onde há uma taxa de absentismo escolar de 40%, seguramente que temos prioridades mais “prioritárias”...
De qualquer forma, o NPO, tanto quanto sei (fora alguns estudos) é um projecto português. Ainda ontem ouvi o antigo ministro Hernani Lopes, a devender o “cluster” naval, o que aliás faz todo o sentido.
Mais tarde ou mais cedo, vamos entender que no futuro, como no passado, a nossa situação periférica relativamente á Europa, acabará por nos tornar numa total irrelevância, se embarcarmos nesse barco suicida, pilotado pelos nossos politicos incompetentes, que por se saberem incompetentes, preferem vender Portugal á Europa, e assim, continuar imbecilmente no poder.
Em Inglaterra há um partido que é a favor de retirar o Reino Unido da Europa e já vai nos 15% das intenções de voto.
Mas claro, também não podemos culpar a Europa por todos os nossos problemas de afirmação e pela destruição da pouca industria que há num país onde nem sequer houve revolução industrial.
cumprimentos